Na política brasileira, há histórias que nunca chegam ao público, escondidas atrás de discursos bem ensaiados, sorrisos calculados e estratégias que só poucos conhecem. Esta é uma dessas histórias — uma narrativa ficcional, construída a partir de hipóteses, rumores imaginários e cenários possíveis que circulam nos bastidores de Brasília. Nada aqui deve ser lido como fato comprovado, mas como um retrato dramático de como o poder pode ser encenado.
Tudo começou em uma noite abafada, em um restaurante discreto longe dos holofotes. Na mesa do fundo, personagens influentes conversavam em voz baixa, celulares virados para baixo, como se cada palavra pudesse ser capturada pelo ar. Ali, segundo a narrativa fictícia, teria nascido a ideia de uma candidatura estratégica, pensada não para vencer, mas para movimentar peças em um tabuleiro muito maior.
O nome escolhido para o centro dessa história foi Flávio Bolsonaro — não como protagonista consciente, mas como símbolo de uma engrenagem política maior. Na ficção, a tal “candidatura fake” não significaria uma farsa explícita, e sim uma candidatura de fachada, criada para cumprir objetivos ocultos: testar rejeições, medir forças, distrair adversários e abrir caminho para outros atores políticos.

No enredo, marqueteiros experientes teriam defendido a tese de que, em tempos de polarização extrema, lançar um nome forte poderia funcionar como cortina de fumaça. Enquanto a opinião pública se concentraria em polêmicas, discursos inflamados e debates artificiais, decisões reais estariam sendo tomadas longe das câmeras.
A história avança quando um personagem-chave surge: um assessor fictício, conhecido apenas como “O Estrategista”. Segundo a narrativa, ele seria o cérebro por trás do plano. Em reuniões fechadas, explicava com frieza matemática que não importava ganhar ou perder — o essencial era controlar a narrativa, dominar o ciclo de notícias e manter o nome da família no centro das atenções.
A suposta candidatura, nessa ficção, seria alimentada por vazamentos seletivos, declarações ambíguas e silêncios calculados. Cada gesto teria um propósito. Cada ausência, uma mensagem. A imprensa, sempre faminta por novidades, faria o resto do trabalho, amplificando sinais mínimos e transformando suposições em manchetes.
Enquanto isso, nos bastidores do Congresso fictício, aliados e adversários reagiriam como esperado: alguns se aproximariam buscando acordos, outros atacariam com força total. Tudo isso, segundo o enredo, já estaria previsto. O conflito público serviria para mapear lealdades e identificar inimigos.
Um dos momentos mais tensos da história ocorre quando um “documento” — também fictício — começa a circular em grupos fechados de jornalistas. Nele, haveria indícios de que a candidatura jamais teria estrutura real de campanha. Nada de comitês sólidos, nada de coordenação nacional robusta. Apenas o suficiente para parecer legítima.
A partir daí, a narrativa ganha tons de thriller político. Telefones tocando de madrugada. Reuniões canceladas de última hora. Discursos reescritos às pressas. O clima de paranoia se instala. Quem sabe demais vira risco. Quem pergunta demais é afastado.
Mas toda bomba, mesmo fictícia, precisa de um estopim. Na história, ele surge quando uma fonte anônima decide “vazar” informações, revelando que tudo não passaria de uma encenação estratégica. O objetivo? Influenciar alianças, proteger outros nomes e preparar o terreno para um movimento maior no futuro.

O impacto imaginário é imediato. Analistas políticos se dividem. Alguns chamam de teoria conspiratória. Outros dizem que sempre souberam que algo não fechava. Nas redes sociais, o país se parte novamente em dois: os que acreditam cegamente e os que rejeitam tudo como fantasia.
No centro de tudo, a figura de Flávio Bolsonaro permanece envolta em silêncio — na ficção, um silêncio interpretado de mil formas diferentes. Seria estratégia? Desconhecimento? Ou apenas cansaço de um jogo que nunca pediu para jogar?
O texto termina sem respostas definitivas, porque essa é a essência da ficção política: provocar, questionar e inquietar. Mais do que dizer o que é verdade ou mentira, a história convida o leitor a refletir sobre como candidaturas podem ser usadas como ferramentas, como narrativas são construídas e como o poder, muitas vezes, se move longe do voto.
No fim, fica a pergunta que ecoa: quantas candidaturas, na história real, já não foram apenas peças de um jogo maior?
Essa resposta, ao contrário desta história, talvez nunca venha totalmente à tona.