“Deus, só quero um pai para a mamã…” — Uma menina rezou na igreja, sem saber que um milionário ouvia…

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“Deus, só quero um pai para a mamã…” — Uma menina rezou na igreja, sem saber que um milionário ouvia…

O sol da tarde filtrava-se pelas janelas de vitrais da Igreja de São Miguel, lançando poças de luz colorida sobre os bancos de madeira desgastados. Era uma terça-feira, quieta e tranquila, com apenas o som distante do tráfego lembrando a todos que o mundo continuava lá fora, além dessas paredes sagradas. Margaret Sullivan ajoelhava-se em um banco próximo ao fundo, suas pequenas mãos pressionadas em oração. Aos 7 anos, ela já decorara as orações que sua mãe lhe ensinara. Mas hoje ela falava do coração, de maneira simples e honesta, como só uma criança consegue.
“Querido Deus,” sussurrou, sua voz quase inaudível na igreja vazia. “Por favor, ajude minha mamãe. Ela trabalha tanto e está sempre cansada. E, por favor, eu só quero um papai para a mamãe. Alguém que a faça sorrir de novo. Alguém que fique. Amém.”

O que Margaret não sabia era que ela não estava sozinha. Três filas atrás, sentado, estava Thomas Bennett, 41 anos, vestido com um terno azul-marinho que denunciava reuniões de negócios e salas de diretoria. Entrara na igreja por impulso, buscando um momento de silêncio depois de uma manhã particularmente difícil de negociações. Estava ali, perdido em seus próprios pensamentos sobre fusões e participações de mercado, quando aquela pequena voz cortou seu devaneio.

A princípio, tentou não ouvir, respeitando a privacidade da criança, mas suas palavras perfuraram suas paredes cuidadosamente construídas.
“Eu só quero um papai para a mamãe.”

Thomas sentiu algo mudar em seu peito. Passara os últimos 15 anos construindo a Bennett Industries de uma pequena startup para uma corporação multimilionária. Sacrificara relacionamentos, perdera feriados, escolhera o trabalho em vez de momentos de conexão. E, em algum momento, deixara de pensar sobre família, filhos ou qualquer coisa além do próximo negócio. Mas a oração daquela criança lembrara-o de algo que ele havia esquecido: a simples necessidade humana de conexão, de amor, de família.

A menina levantou-se, ajeitando seu vestido bege com a barra ligeiramente gasta. Olhou ao redor da igreja com olhos arregalados, como se esperasse que alguém tivesse ouvido sua oração e pudesse respondê-la imediatamente. Então, caminhou em direção à porta com passos cuidadosos de uma criança ensinada a ser respeitosa em espaços sagrados.

Thomas se encontrou levantando-se e seguindo-a, embora não soubesse exatamente por quê. Ao saírem à luz da tarde, ele viu uma mulher se aproximando do outro lado da rua. Ela tinha cabelos loiros que captavam a luz do sol e vestia um simples vestido bege, limpo e passado, mas claramente não novo. Movia-se com a graça eficiente de alguém acostumada a fazer tudo rapidamente, acostumada a não ter tempo suficiente.

“Mamãe,” chamou Margaret, correndo até ela.

A mulher sorriu, e Thomas pôde ver o amor em sua expressão, mas também o cansaço. Parecia ter pouco mais de 30 anos, com um rosto que seria despreocupado se não fossem as linhas de preocupação ao redor dos olhos.

“Aí está você, querida,” disse ela, segurando a mão de Margaret. “Terminei meu turno cedo. Você se comportou para o Padre Michael?”

“O Padre Michael não estava aqui,” disse Margaret. “Mas eu rezei sozinha. Fui uma boa menina.”

Thomas permaneceu nos degraus da igreja, observando-os, e tomou uma decisão que o surpreendeu até a si mesmo.
“Com licença,” chamou ele.

A mulher se virou instintivamente, puxando a filha para mais perto.
“Sim?”

Thomas aproximou-se lentamente, sem querer alarmá-la.
“Desculpe invadir. Meu nome é Thomas Bennett. Eu estava na igreja agora há pouco e não pude deixar de ouvir.”

Ele fez uma pausa, sentindo-se de repente tolo. O que estava fazendo?
“Sua filha estava rezando.”

A expressão da mulher mudou para constrangimento, e ela olhou para Margaret com uma repreensão suave.
“Margaret, você estava incomodando este cavalheiro?”

“Não, não,” disse Thomas rapidamente. “De forma alguma. Ela não sabia que eu estava lá. Eu só…”

Procurou as palavras certas.
“Fiquei comovido com a fé dela. E me perguntei, ‘Isso pode soar estranho, mas você e sua filha gostariam de tomar um café ou sorvete comigo, talvez para a jovem senhora?'”

A mulher parecia incerta, seus instintos de proteção claramente em conflito com outra coisa. Talvez curiosidade, talvez desespero, talvez o simples fato de ele parecer genuíno.
“Normalmente, não aceito convites de estranhos,” disse ela cuidadosamente.

“Claro que não. Não esperaria que aceitasse.”

Thomas tirou a carteira e entregou-lhe um cartão de visita.
“Este é quem eu sou. Podemos ir ao café bem em frente, muito público, e se em algum momento você se sentir desconfortável, pode sair. Sem perguntas.”

A mulher examinou o cartão. Seus olhos se arregalaram ligeiramente ao lê-lo.
“Bennett Industries. Você é Thomas Bennett?”

“Sou. Eu li sobre você no jornal. O programa de bolsas de estudo que você iniciou no ano passado.”

Thomas assentiu.
“Isso mesmo. Estamos financiando bolsas para estudantes carentes.”

A mulher olhou para a filha e depois voltou-se para Thomas. Ele pôde ver que ela fazia cálculos, pesando riscos e possibilidades. Finalmente, ela assentiu.
“Tudo bem, só por um tempo. Meu nome é Eleanor, aliás. Eleanor Sullivan, e esta é Margaret. É um prazer conhecê-lo.”

O café era acolhedor e convidativo, com o cheiro rico de café e doces frescos no ar. Os olhos de Margaret se arregalaram diante da vitrine de sobremesas, e Thomas não pôde deixar de sorrir.
“Escolha o que quiser,” disse ele.

Eleanor começou a protestar, mas Thomas levantou suavemente a mão.
“Por favor, isso me deixaria feliz.”

Margaret escolheu um cupcake de chocolate com cobertura rosa, e eles se acomodaram em uma mesa de canto. Thomas pediu café para si e para Eleanor, e por alguns momentos sentaram-se em silêncio ligeiramente constrangedor, observando Margaret cuidadosamente desmontar seu cupcake, comendo a cobertura primeiro.

“Então,” disse Eleanor finalmente, “por que realmente nos convidou aqui, Sr. Bennett?”

Thomas apreciou sua franqueza.
“Honestamente, não tenho certeza. Ouvi sua filha rezando na igreja, e isso me afetou de uma maneira que não esperava.”

As bochechas de Eleanor coraram levemente.
“O que exatamente você ouviu?”

“Ela rezava por você, pelo seu bem-estar,” Thomas hesitou, depois decidiu ser honesto.
“Ela rezava para que você encontrasse alguém, um pai para ela.”

Eleanor fechou os olhos brevemente, e Thomas viu a dor passar pelo seu rosto.
“Margaret, querida, já conversamos sobre isso. Algumas orações levam tempo para serem atendidas.”

“Eu sei, mamãe,” disse Margaret, lambendo a cobertura dos dedos. “Mas Deus ouve todas as orações. Você me disse isso.”

“Sim, bebê. Ele ouve, com certeza.”

 

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