“Você Consegue Lidar Com Todas Nós Cinco?” — Disseram as Belas Mulheres na Cabana Que Ele Herdou

Clayton Reeves encarava a escritura em suas mãos trêmulas. O advogado havia sido claro: a cabana isolada de seu Tio Jeremiah, falecido há três anos, deveria estar vazia.

Então, por que havia fumaça subindo pela chaminé e cinco cavalos pastando pacificamente no prado abaixo?

Ele desmontou. O som de risadas femininas e o tilintar de pratos flutuaram no ar gelado da manhã. Clayton bateu na porta.

Quando ela se abriu, seu coração disparou. A mulher mais bonita que ele já vira estava à sua frente. Alta, graciosa, com olhos verdes penetrantes.

“Eu sou Clayton Reeves. Esta cabana pertence a mim agora,” ele disse, erguendo a escritura.

A mulher, Clarabel, não olhou para o documento. “Eu sou Clarabel. Por favor, entre. Precisamos conversar.” Sua voz era firme, cheia de uma autoridade que o intrigou.

O interior da cabana não era o que ele lembrava. Estava ricamente decorado e cheirava a lavanda. Aquelas mulheres haviam feito dali um lar permanente.

Atrás de Clarabel, as outras quatro apareceram: Ruby (ruiva, feroz), Sadie (loira, gentil), Violet (morena, calculista) e Grace (ruivo-acastanhado, forte).

Ruby se adiantou, desafiadora. “Temos todo o direito de estar aqui.”

Sadie, a loira, implorou: “Não estamos tentando causar problemas.”

Violet, de longe, o estudava com intensidade.

Clarabel se aproximou de Clayton. “A questão não é se você é o dono desta cabana, Clayton. A questão é se você consegue lidar com o que vem junto com ela.” Ela sorriu, um convite e um desafio. “Você consegue lidar com todas nós cinco.”

Antes que ele pudesse reagir, Grace se adiantou com um pedaço de papel dobrado.

“Este é um contrato assinado por seu tio três meses antes de ele morrer,” explicou Grace. “Ele nos concede direitos de residência nesta propriedade pelo tempo que precisarmos, em troca de manter a cabana e a terra.”

A assinatura era, inconfundivelmente, do Tio Jeremiah. O sonho de Clayton de uma herança simples desmoronou.

“O advogado nunca mencionou isso,” ele protestou, mas sua voz falhou.

Ruby ironizou: “Advogados nem sempre sabem de tudo. Às vezes, velhos guardam segredos.”

Clarabel o circulou, aproximando-se perigosamente. “Podemos lutar contra isso no tribunal, ou podemos encontrar outro arranjo.”

“Que tipo de arranjo?”

“O tipo em que todos conseguem o que precisam. O tipo em que um homem aprende que às vezes as coisas mais valiosas da vida vêm em pacotes inesperados.”

Neste exato momento, o som de cavalos se aproximando ecoou pelo vale. Ruby correu para a janela, seu corpo tenso.

“Eles nos encontraram,” ela sussurrou, e o medo real transpareceu em seus olhos.

Clayton se moveu para a janela, mas Clarabel o segurou com força surpreendente no pulso. “Fique longe da janela. Eles não podem saber que você está aqui.”

Três cavaleiros, vestidos de escuro e portando armas, emergiram da floresta.

“É Morrison e seus homens. Eles estão nos rastreando há semanas,” disse Ruby, com a voz carregada de ódio.

“Quem é Morrison?”

“Um homem que pensa que as mulheres são propriedade a ser reivindicada e controlada,” respondeu Violet das sombras. “Ele tinha papéis alegando que éramos servas contratadas. Escapamos há três meses, mas ele tem conexões.”

A raiva de Clayton subiu. A ideia de que aquelas mulheres fossem tratadas como posses fez seus punhos se fecharem.

“Vocês estão sob minha proteção agora,” ele disse, com convicção.

Clarabel o encarou. “Tem certeza de que quer fazer essa escolha, Clayton? Ficar conosco significa ficar contra homens que não têm respeito pela lei.”

Antes que ele pudesse responder, os passos pesados de Morrison ressoaram na varanda. “Sabemos que vocês estão aí, senhoritas. Hora de voltar para casa, para onde vocês pertencem.”

Clayton alcançou a maçaneta. Ao abrir a porta, Morrison, alto e de olhos frios, o encarou.

“Não me lembro de termos nos conhecido. Eu sou Thomas Morrison, e estou aqui para recolher minha propriedade.”

“Não há propriedade aqui que pertença ao senhor,” respondeu Clayton, bloqueando a vista. “Esta é propriedade privada, e o senhor está invadindo.”

Ruby falou de dentro: “Esses contratos foram assinados sob coação, depois que você ameaçou nossas famílias.”

Morrison zombou: “A lei é bem clara sobre tais assuntos. Vocês têm dívidas a pagar.”

Clarabel se impôs: “Nossas dívidas foram fabricadas pelo senhor. Falsificou registros e intimidou testemunhas. Temos provas.”

Violet saiu das sombras com uma sacola de couro. “Documentação de cada transação fraudulenta. Três meses nos deram tempo para reunir o que precisávamos.”

Morrison ficou lívido de raiva. “Vocês pensam que podem me enganar? Eu tenho juízes no meu bolso.” Ele abaixou a mão para a arma. “Saia da frente, estranho. Isso não lhe diz respeito.”

Neste momento, Grace se adiantou, com um pequeno locket de prata na mão.

“O senhor reconhece isto, não reconhece?” perguntou Grace, com a voz firme. “Pertenceu à sua esposa, Margaret. A esposa que o senhor alegou ter morrido de tuberculose há cinco anos.”

Morrison empalideceu. “Onde você conseguiu isso?”

“De Margaret. Ela está muito viva, Thomas, e muito interessada em compartilhar sua história com as autoridades territoriais.”

Clarabel adicionou: “Margaret nos contou tudo. Como o senhor a declarou morta para roubar as reivindicações de mineração do pai dela e financiar seu esquema para adquirir mulheres através de contratos fraudulentos.”

Sadie interveio: “Temos declarações de 12 outras mulheres, todas dispostas a testemunhar. O xerife territorial está esperando por nossa evidência dentro de uma semana.”

A compostura de Morrison desmoronou. Ele se deu conta de que estava perdido.

O som de múltiplos cavalos se aproximando ecoou pelo vale. Seis cavaleiros, os distintivos brilhando: o xerife territorial e seus deputados.

Morrison, desesperado, sacou sua arma, mirando em Clarabel.

Clayton agiu por instinto. Ele puxou Clarabel para trás com um braço e ergueu o revólver do Tio Jeremiah com o outro. O tiro de Morrison e o de Clayton soaram juntos. A bala de Morrison acertou a moldura da porta. O tiro de Clayton atingiu Morrison no ombro, fazendo-o largar a arma.

O xerife e seus deputados cercaram Morrison.

“Você está ferida?” perguntou Clayton, virando-se para Clarabel, a voz rouca de adrenalina.

“Não, graças a você,” ela respondeu, suas mãos quentes em seu rosto. “Você poderia ter sido morto.”

“E você também,” Clayton replicou. Naquele instante, ele soube que tudo em sua vida havia levado a proteger aquela mulher.

O Marshall Thompson se aproximou. “Foi um tiro excelente, filho.”

Clarabel segurou a mão de Clayton, seus dedos se entrelaçando. “Você poderia ter ido embora. Por que não o fez?”

“Porque algumas coisas valem a pena lutar, mesmo quando você as acabou de descobrir.”

Três meses depois, Morrison estava sentenciado. Sua rede de corrupção havia desmoronado. Margaret Morrison havia recuperado seus bens e estava ajudando outras mulheres.

A cabana de Clayton havia sido expandida, com jardins e um curral maior. Ruby, Sadie, Violet e Grace prosperavam, gerindo o rancho com maestria.

Clarabel se aproximou de Clayton na varanda. “Mais um pedido de cavalos. Precisaremos expandir a operação novamente.”

“Faremos isso,” ele concordou, puxando-a para perto. “Você está tendo segundas intenções sobre o nosso arranjo?”

Clarabel riu. “Nunca. Embora eu às vezes me pergunte se sou eu quem está sendo conduzido por cinco mulheres notáveis, em vez do contrário.”

“Talvez estejamos lidando uns com os outros,” respondeu Clayton. “Talvez seja exatamente assim que deve ser.”

Ele percebeu que a herança de seu tio não havia sido a cabana ou a terra, mas sim a chance de se tornar o homem que ele estava destinado a ser, construindo uma existência rica e complexa, lado a lado com as mulheres que ele havia escolhido proteger.

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