Maria das Dores, A Envenenadora do Recôncavo Que Matou 15 Fazendeiros Durante o Carnaval de 1847

15 homens morreram na mesma noite. 15 dos fazendeiros mais ricos e poderosos do Recôncavo baiano. Todos envenenados durante as festas do carnaval de 1847. A polícia imperial jamais descobriu quem fez, mas nas cenzalas de toda a região. Um nome era sussurrado com uma mistura de medo e admiração. Maria das Dores.
Esta é a história da mulher que transformou seu conhecimento sobre plantas medicinais na arma mais letal que a escravidão brasileira já viu e que conseguiu fazer o que poucos escravizados conseguiram: vingar-se completamente e escapar impune. O recôncavo baiano em 1847 era o coração da produção de açúcar e fumo do Brasil.


Suas terras férteis, banhadas pelos rios que desembocavam na baía de todos os santos, sustentavam dezenas de engenhos e fazendas que enriqueciam seus proprietários sobre o sangue e suor escravizados. A região concentrava alguns dos homens mais cruéis do império, fazendeiros que competiam entre si, não apenas em riqueza, mas em métodos cada vez mais brutais de controlar suas propriedades humanas.
Entre esses homens estava o coronel Joaquim Ferreira de Matos, dono do engenho São José. tinha o costume de marcar seus escravos com ferro quente no rosto para que todos soubessem de quem eram propriedade. O capitão Antônio Rodrigues da Silva, do engenho Santa Cruz, que separava mães de filhos recém-nascidos como forma de punição.
O Senr Manuel de Souza Pinto, que mantinha um calaboço privado, onde escravos ficavam acorrentados no escuro por semanas. Eram homens assim que dominavam o recôncavo, homens que consideravam suas vítimas menos que animais. Maria das Dores nasceu em 1812 numa fazenda próxima à cachoeira. Sua mãe, Benedita, era parteira e conhecedora das folhas, uma das mulheres que guardavam os segredos ancestrais sobre as plantas que curavam e aquelas que matavam.
Desde muito pequena, Maria acompanhava a mãe pelas matas, aprendendo a identificar cada erva, cada raiz, cada semente. prendeu que a mamona em pequenas doses purgava o intestino, mas em grandes doses causava hemorragias fatais, que o tingui paralisava os músculos até parar o coração, que a espirradeira produzia um veneno tão potente que bastavam algumas folhas moídas na comida para matar um homem adulto.
Benedita não ensinava essas coisas por maldade, mas por necessidade. conhecimento é a única coisa que não podem tirar de nós”, dizia ela. “Aprende bem, porque um dia pode ser que precise se defender.” Ela não imaginava o quanto estava certa. Aos 15 anos, Maria foi vendida para o engenho São José, propriedade do coronel Joaquim.
Foi separada da mãe que nunca mais viu. O coronel a comprou especificamente porque soube de suas habilidades com ervas medicinais. Sua esposa, dona Amélia, sofria de dores constantes nas articulações e nenhum médico conseguia aliviá-las. Maria preparou um unguento com banha, folhas de arnica e outras ervas que finalmente trouxe alívio aá.
Por causa disso, Maria ganhou um privilégio raro, uma pequena casa nos fundos da propriedade, onde mantinha suas ervas e preparava seus remédios. era também responsável por cuidar dos escravos doentes, o que lhe dava acesso a todas as cenzalas do engenho. O coronel havia como propriedade valiosa, mas nunca imaginou que estava criando sua própria assassina.
Durante 10 anos, Maria trabalhou no Engenho São José. Viu horrores que marcaram sua alma para sempre. viu o coronel Joaquim açoitar uma menina de 12 anos até a morte, porque ela derramou café na toalha da mesa. Viu ele vender um casal de escravos idosos para um traficante cruel apenas porque não produziam mais o suficiente.
Viu ele estuprar sistematicamente as escravas mais jovens, incluindo algumas que Maria considerava amigas. Mas o que quebrou algo definitivo dentro de Maria aconteceu em 1845. Ela havia se aproximado de Rosa, uma escrava de 19 anos, grávida de 6 meses. O pai da criança era o próprio coronel, resultado de um dos muitos estupros que ele cometia.
Rosa estava apavorada com a ideia de dar à luz um filho do Senhor, sabendo que isso só traria mais sofrimento. Uma noite, Rosa tentou fugir. Foi capturada depois de apenas dois dias. O coronel Joaquim ordenou que ela fosse amarrada no tronco e açoitada como exemplo. Maria implorou de joelhos. Senhor, ela tá grávida. Vai matar a criança? O coronel olhou para ela com frieza absoluta.
E daí? É só fazer outra. Rosa recebeu 50 chibatadas. Perdeu o bebê naquela noite e morreu de hemorragia na manhã seguinte. Maria cuidou dela até o último momento, segurando sua mão enquanto a vida se esvaía. As últimas palavras de Rosa foram: “Vingue a gente! Alguém precisa vingar a gente”. Foi naquele momento que Maria tomou sua decisão.
Não seria apenas o coronel Joaquim, seria todos eles, todos os monstros do recôncavo que transformavam vidas humanas em mercadoria. Ela sabia que não viveria muito depois disso, mas não importava. Algumas coisas valiam mais que a própria vida. Maria começou seu planejamento com a paciência de quem sabe que tem apenas uma chance.
Durante dois anos, de 1845 a 1847, ela observou, coletou informações e preparou seu arsenal mortal. Através da rede informal de comunicação entre escravos, aquela teia invisível que conectava todas as cenzalas da região. Maria mapeou os fazendeiros mais cruéis do recôncavo. Descobriu que 15 deles tinham o costume de se reunir todo o ano durante o carnaval na cidade de Cachoeira, numa festa privada organizada pelo coronel Joaquim em sua casa na cidade.
Era uma celebração de três dias, onde bebiam, jogavam cartas, faziam negócios e se gabavam de suas riquezas e crueldades. A festa de 1847 seria no dia 2 de março, uma terça-feira gorda. Maria tinha acesso privilegiado, porque o coronel sempre a levava para a cachoeira durante o carnaval. Dona Amélia participava das festas e precisava de Maria por perto, caso suas dores voltassem.
Isso significava que Maria estaria dentro da casa com acesso à cozinha e às provisões. Durante os meses de preparação, Maria coletou e processou três tipos de venenos diferentes. O primeiro era extrato concentrado de espirradeira que causava parada cardíaca em poucas horas. O segundo era pó de sementes de mamona torradas e moídas que provocava hemorragias internas severas.
O terceiro era uma mistura de tingui com folhas de mandioca brava que causava convulsões e morte por asfixia. Ela preparou tudo em pequenas porções guardadas em frascos minúsculos que escondia amarrados ao corpo. Cada veneno tinha características específicas que seriam confundidas com doenças naturais pelos médicos da época.
Maria era estratégica, não queria deixar evidências óbvias de envenenamento, mas não trabalhava sozinha. Através dos meses de preparação, ela recrutou cuidadosamente outras três mulheres para ajudá-la. Joana, cozinheira na casa do capitão Antônio, que tinha perdido dois filhos vendidos pelo senhor, Francisca Mucama do Senr.
Manuel, que havia sido estuprada repetidamente por ele desde os 14 anos. E Teresa, escrava de ganho, que circulava livremente por cachoeira e poderia trazer informações valiosas. Não estou pedindo que matem ninguém. Maria disse a elas numa reunião secreta, semanas antes do carnaval: “Só preciso que vocês me ajudem a colocar o que eu preparei na comida e na bebida deles.
Eu assumo toda a responsabilidade. Se descobrirem, digam que não sabiam de nada.” As três concordaram sem hesitar. Cada uma tinha suas razões, suas dores, suas mortes para vingar. O carnaval de 1847 chegou com o calor sufocante, típico do verão baiano. Cachoeira fervilhava com as festividades, máscaras, fantasias, músicas, bebidas.
Era o momento perfeito para o plano de Maria. Com tanta confusão, tanta gente nas ruas, seria mais difícil rastrear qualquer coisa. A festa dos fazendeiros começou na tarde do dia 2 de março na casa do coronel Joaquim. 15 homens estavam presentes, os donos dos engenhos mais prósperos da região, cada um acompanhado de alguns escravos pessoais.
A casa estava decorada, havia mesas fartas de comida, barris de cachaça, vinho português, charutos cubanos. Era uma demonstração obscena de riqueza enquanto seus escravos passavam fome nas cenzalas. Maria chegou com dona Amélia pela manhã e imediatamente começou a executar seu plano. Na cozinha trabalhavam cinco escravas preparando a comida para a festa.
Joana era uma delas, posicionada estrategicamente para ter acesso aos pratos que seriam servidos. Teresa circulava pela casa servindo bebidas. papel perfeito para adicionar os venenos líquidos às garrafas. O primeiro alvo foi o vatapá, prato tradicional que seria servido como entrada. Enquanto as outras cozinheiras estavam distraídas, Joana misturou o pó de mamona na panela enorme que fervia no fogão.
Era uma quantidade calculada com precisão, suficiente para 15 homens, mas diluída o bastante para não alterar o sabor característico do prato. O segundo vetor foi a cachaça. Teresa adicionou gotas do extrato de espirradeira em três garrafas específicas que seriam servidas na mesa principal.


A cachaça forte mascaria qualquer gosto estranho e os homens sempre bebiam em quantidade durante o carnaval. O terceiro e mais letal foi no Caruru, outro prato tradicional baiano que seria o prato principal da noite. Maria pessoalmente adicionou a mistura de tingui e mandioca brava, aproveitando um momento em que foi chamada à cozinha para preparar um chá para dona Amélia.
Suas mãos não tremeram quando despejou o veneno. Ela pensou em Rosa, em todas as crianças arrancadas dos braços de suas mães, em todos os corpos marcados. e quebrados. A festa transcorreu normalmente durante toda a tarde. Os fazendeiros comiam, bebiam, riam alto, contavam histórias sobre seus negócios e suas crueldades, como se fossem conquistas dignas de orgulho.
Maria os observava de longe, servindo dona Amélia, e via não homens, mas monstros que finalmente receberiam o que mereciam. [Música] Os primeiros sintomas começaram por volta das 8 da noite. O Senr. Manuel de Souza Pinto levantou-se da mesa subitamente, a mão no estômago, o rosto pálido. “Não tô me sentindo bem”, murmurou antes de correr para os fundos da casa.
Minutos depois, o Capitão Antônio também ficou pálido, suores frios descendo pelo rosto. Em meia hora, todos os 15 fazendeiros apresentavam sintomas. Alguns vomitavam violentamente, outros se contorciam com dores abdominais lancinantes. Alguns começaram a ter convulsões. O caos se instalou na casa. Escravos corriam de um lado para outro, tentando ajudar.
As esposas gritavam por médicos, mas em cachoeira durante o carnaval médicos eram difíceis de encontrar. Maria manteve-se calma, fingindo preocupação enquanto ajudava a cuidar dos doentes. Por dentro, sentia uma satisfação fria e profunda. Estava funcionando exatamente como planejara. O primeiro a morrer foi o coronel Joaquim Ferreira de Matos.
Às 9:30 da noite, seu corpo convulsionou uma última vez antes de ficar completamente imóvel, os olhos abertos, fixos no teto. Maria estava ao lado da cama quando ele morreu e sussurrou baixinho, próximo ao seu ouvido. Isso é pela rosa e por todos que você matou. Entre 9 da noite e 3 da madrugada, todos os 15 fazendeiros morreram.
As causas aparentes variavam. Alguns pareciam ter morrido de hemorragia interna, outros de parada cardíaca, alguns de asfixia. Os médicos que finalmente chegaram ficaram completamente confusos. 15 homens saudáveis morrendo na mesma noite, suspeitaram de envenenamento, mas os venenos usados por Maria eram tão bem escolhidos que simulavam doenças naturais.
A cidade de Cachoeira acordou na manhã de 3 de março em completo caos. 15 homens mais poderosos do recôncavo haviam morrido durante a noite. As famílias estavam em desespero, as autoridades em pânico. A polícia imperial iniciou investigações imediatas, mas enfrentou um problema. Havia dezenas de pessoas na casa naquela noite, entre escravos, familiares, convidados.
Como descobrir quem tinha envenenado a comida? Maria e suas cúmplices mantiveram-se perfeitamente calmas durante todos os interrogatórios. Eram apenas escravas cumprindo suas funções, preparando comida, servindo bebida. Por que suspeitariam delas especificamente? As autoridades prenderam e torturaram vários escravos ao acaso, mas ninguém sabia de nada porque realmente não sabiam.
Apenas quatro mulheres conheciam a verdade e nenhuma delas falou uma palavra. A investigação durou 3s meses. Autópsias rudimentares foram feitas, mas a medicina da época não tinha capacidade de detectar os venenos vegetais que Maria usara. As autoridades concluíram que havia sido envenenamento em massa, mas nunca conseguiram identificar os culpados.
O caso foi oficialmente arquivado em junho de 1847 como crime sem solução. Mas nas cenzalas do recôncavo a história se espalhou como fogo. Escravos sussurravam sobre Maria das dores. A mulher que havia vingado tantas mortes, tantos sofrimentos. Seu nome se tornou lenda, símbolo de que mesmo no sistema mais opressor, a resistência era possível.
Maria continuou trabalhando no Engenho São José, agora sob a administração do filho do coronel Joaquim, um homem mais jovem e significativamente menos cruel que o pai. Ela jamais admitiu publicamente o que fizera, mas seus olhos, quando encontrava outros escravos, diziam tudo que precisava ser dito. Joana, Francisca e Teresa também sobreviveram às investigações.
As três continuaram em suas posições, mas agora com um segredo compartilhado que as unia para sempre. encontravam-se ocasionalmente em festas religiosas e trocavam olhares que valiam mais que 1000 palavras. Os efeitos das mortes reverberaram por todo o recôncavo por anos. 15 fazendas ficaram sem seus administradores principais.
Muitas entraram em crise financeira, pois os herdeiros não tinham a experiência dos pais. Alguns engenhos foram vendidos, outros divididos entre vários herdeiros que brigavam entre si. A estrutura de poder da região foi profundamente abalada, mas talvez mais importante que isso foi o efeito psicológico sobre os fazendeiros sobreviventes.
Eles tinham visto 15 dos seus morrerem numa única noite, envenenados por alguém que nunca foi capturado. Isso criou uma paranoia constante. Muitos passaram a usar provadores de comida, como reis antigos. Outros se recusavam a participar de eventos sociais onde houvesse muita gente. Alguns até começaram a tratar seus escravos com um pouco mais de cuidado, não por compaixão, mas por medo de serem os próximos.
Maria das Dores viveu mais 28 anos após aquela noite de carnaval. Testemunhou a lei do ventre livre em 1871, que declarava livres os filhos de escravas. viu a lei dos sexagenários em 1885, libertando escravos com mais de 60 anos. E finalmente, em 13 de maio de 1888, aos 76 anos, experimentou a liberdade legal quando a princesa Isabel assinou a lei áurea.
Naquele dia, Maria estava em Cachoeira, numa pequena casa que alugava fazendo trabalhos de parteira e curandeira. Quando soube da notícia da abolição, ela caminhou até o local onde ficava a antiga casa do coronel Joaquim, onde tudo acontecera 41 anos antes. A casa estava abandonada em ruínas, tomada pelo mato.
Maria ficou ali parada por longos minutos, lembrando daquela noite, lembrando de Rosa, de todas as vítimas, de todos os que não viveram para ver aquele dia. E sussurrou para o vento: “Conseguimos. Não do jeito que queríamos, não tão rápido quanto precisávamos, mas conseguimos. Maria das Dores morreu em 1891, aos 79 anos.
Foi enterrada no cemitério de Cachoeira, numa cova simples, mas digna. Compareceram ao enterro dezenas de pessoas, ex-escravos que ela ajudara ao longo dos anos, mulheres cujos partos assistira, crianças que tratara de doenças. Muitos não sabiam seu segredo, mas alguns sabiam. E esses sussurravam entre si sobre a mulher que havia feito o impossível.
Joana morreu em 1895, Francisca em 1898. Teresa foi a que viveu mais tempo, morrendo em 1903, aos 81 anos. As quatro mulheres levaram seu segredo até o túmulo, mas a história sobreviveu através de relatos passados, de geração em geração, pelas famílias descendentes. Nos anos que se seguiram, historiadores ocasionalmente encontravam referências ao massacre do carnaval de 1847 em documentos policiais antigos.


Alguns escreveram artigos especulando sobre o que realmente acontecera, mas nunca chegaram perto da verdade. Como poderiam, a história oficial não registrava os nomes de mulheres escravizadas, não documentava suas habilidades, seus conhecimentos, sua capacidade de resistência. Mas nas comunidades negras do recôncavo, especialmente entre as mulheres curandeiras e parteiras, que ainda preservam conhecimentos ancestrais sobre plantas, o nome de Maria das Dores é lembrado com respeito.
Ela representa algo fundamental, que o conhecimento é poder, que a resistência pode assumir muitas formas e que mesmo no sistema mais opressor, aqueles considerados impotentes podem encontrar formas de lutar. A história de Maria é diferente da história de Joana, que viu seu filho queimar e nunca conseguiu se vingar. Maria conseguiu.
Ela planejou, executou e escapou. Ela transformou o conhecimento que sua mãe lhe ensinou numa arma letal. Ela vingou não apenas suas próprias dores, mas as dores de centenas de outros que sofreram nas mãos daqueles 15 homens. Não é uma história de heroísmo tradicional. Maria matou 15 pessoas, mas essas 15 pessoas eram responsáveis por incontáveis mortes, estupros, torturas, separações de famílias.
Era um sistema onde a lei protegia os opressores e punia as vítimas, onde não havia justiça legal possível para os escravizados, onde a única justiça possível era aquela feita pelas próprias mãos. Maria das Dores entendeu isso e agiu não com raiva impulsiva, mas com planejamento cuidadoso, não sozinha, mas construindo uma rede de apoio, não buscando glória, mas simplesmente fazendo o que acreditava ser necessário.
E conseguiu não apenas matar seus algozes, mas também sobreviver, escapar da punição e viver para ver o sistema que a escravizara finalmente desmoronar. Hoje, mais de 170 anos depois, sua história permanece relevante. Ela nos lembra que o conhecimento ancestral, especialmente o conhecimento guardado e transmitido por mulheres negras, sempre foi uma forma de poder e resistência, que a memória dos oprimidos preserva verdades que a história oficial tenta apagar, e que às vezes, quando todas as outras portas estão fechadas, a justiça
precisa ser feita pelas mãos daqueles que mais sofreram a injustiça. Maria das Dores não está nos livros de história. Seu nome não aparece em monumentos, mas nas rodas de conversa entre descendentes de escravizados, nas casas de curandeiras que ainda usam as mesmas plantas que ela usava nas histórias sussurradas de mãe para filha.
Ela vive e continuará vivendo enquanto houver quem lembre que a resistência nem sempre é barulhenta, nem sempre é óbvia, mas sempre é possível. 15 homens morreram naquela noite de carnaval de 1847. 15 monstros que acreditavam ser invencíveis. 15 opressores que descobriram tarde demais que mesmo os mais poderosos podem cair pelas mãos daqueles que subestimaram.
E tudo graças a uma mulher chamada Maria das Dores, que transformou sua dor em propósito, seu conhecimento em arma e sua vingança em lenda. [Música]

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