A Queda do ‘Cidadão de Bem’: Zezé Di Camargo Detona Lula e Janja, Mas é Engolido por Escândalo de Corrupção Milionária e Misoginia Exposta

POR DENTRO DA BOMBA QUE ABALA O BRASIL!
O cantor sertanejo Zezé Di Camargo, figura proeminente do movimento bolsonarista e conhecido por suas posturas ultraconservadoras, acaba de mergulhar no olho de um furacão político-financeiro que promete redefinir sua carreira e imagem pública. O que começou como um ataque virulento e misógino à Primeira-Dama Janja e às filhas de Silvio Santos, rapidamente se transformou em um vexame de proporções épicas, com a descoberta de um contrato de R$ 500 mil em verbas federais para um show em uma cidade minúscula, levantando suspeitas graves de corrupção.
Da Po$$e à Oposição Raiz: O Fascismo que Falou Mais Alto
Para quem não se lembra, Zezé Di Camargo nem sempre foi um inimigo declarado do Partido dos Trabalhadores (PT). O artista, que forma dupla com Luciano, chegou a cantar na posse do Presidente Lula em 1º de janeiro de 2003. No entanto, o comentarista que trouxe o caso à tona no YouTube é enfático ao afirmar que “o fascismo falou mais alto” no interior do cantor, transformando-o em um “bolsonarista raiz”.
A conversão ideológica é um fenômeno comum entre a classe artística, especialmente no sertanejo, mas o caso de Zezé é um retrato da hipocrisia que permeia o discurso conservador no Brasil. Ele se tornou o modelo do “cidadão de bem”, aquele que prega a moral e os bons costumes, mas cuja vida pessoal e conduta política são marcadas por contradições gritantes.
O estopim da crise ocorreu no lançamento da SBT News, o novo braço jornalístico da emissora de Silvio Santos. A presença do Presidente Lula no evento foi um claro sinal de que a emissora busca um espaço democrático, ecoando a tradição de Silvio Santos de dar voz a “todos os lados”. Contudo, Zezé, gravou um vídeo de Natal para a emissora e, ao ver a presença de Lula, exigiu que o especial fosse cancelado, alegando que as filhas de Silvio Santos estavam “se prostituindo para o governo Lula”.
O Veneno da Misoginia e a Detonação de Janja
A acusação de Zezé, dirigida a mulheres em posição de poder, não foi apenas uma crítica política; foi um ataque pessoal e carregado de misoginia. Associar a participação de mulheres em eventos institucionais à “prostituição” é um reflexo imediato da mentalidade machista que busca desqualificar e diminuir a presença feminina no espaço público, especialmente quando elas não se alinham à agenda conservadora.
O comentarista do vídeo vai além, traçando um perfil chocante do “cidadão de bem”: Zezé, que prega valores familiares, é lembrado por ter traído sistematicamente a esposa e tentado, após a separação, não deixar “absolutamente nada” para a mulher que o apoiou nos momentos mais difíceis e criou seus filhos. É o “retrato perfeito”, o “puro suco do bolsonarismo”, onde a moralidade é uma máscara que cai diante do privilégio e da ganância.
A resposta veio à altura. A Primeira-Dama Janja da Silva não se calou e soltou uma nota pública devastadora em seu Instagram. Janja não hesitou em classificar o discurso de Zezé como “machismo e a misoginia presentes no pensamento e nas ações de homens que seguem desrespeitando a presença de mulheres em espaços de poder, alimentando discursos de ódio contra nós”. Ela ressaltou que esse tipo de pensamento “fere moral e fisicamente mulheres diariamente no nosso país” e fez um apelo para que a sociedade não se cale diante da violência contra a mulher.
A nota da Primeira-Dama não só defendeu as herdeiras de Silvio Santos, mas também reforçou a importância do legado democrático do comunicador, que sempre prezou pela imparcialidade da imprensa. A detonação de Janja, direta e sem rodeios, marcou um ponto de inflexão, transformando Zezé Di Camargo de atacante em alvo.
Os R$ 500 Mil: A Corrupção Milionária no Interior de Pernambuco

Mas o maior tiro pela culatra estava por vir. No auge de sua fúria contra o governo Lula, a equipe do comentarista desvendou um contrato no Diário Oficial da União (DOU) que ligava Zezé Di Camargo a um volumoso contrato de verba federal. O cantor embolsaria R$ 500.000 (quinhentos mil reais) para realizar um show em São José do Egito, Pernambuco.
O valor, por si só, já é escandaloso, mas o contexto o torna insustentável:
O Local: São José do Egito é um município de apenas 30 mil habitantes no interior de Pernambuco.
A Impossibilidade de Venda: O comentarista faz uma análise irrefutável sobre a viabilidade financeira do show. Para Zezé embolsar R$ 500 mil em ingressos (já descontando custos de marketing, aluguel de local, palco, som, equipe, etc.), o faturamento total precisaria ser muito maior. Se todos os 30 mil habitantes da cidade — incluindo bebês e idosos que não iriam ao show — pagassem R$ 15 cada, o faturamento total seria de apenas R$ 450.000. É matematicamente impossível, sem licitação pública, que um show neste local custe R$ 500 mil.
O Método: O contrato foi solicitado pela Secretaria Municipal de Cultura. Embora possa ter sido enviado via emenda parlamentar ou diretamente pelo governo federal como verba destinada a municípios, a ausência de licitação e o valor altíssimo levantam a suspeita clássica: corrupção com artista e potencial esquema de rachadinha (divisão de propina).
O comentarista questiona com veemência: “Peraí, você tem 500 mil para show. Vamos ver se os servidores públicos dessa cidade estão recebendo em dia. Vamos ver se os médicos, professores, professoras estão tendo salários reajustados… As ruas da cidade estão bem asfaltadas, cidade tá bem saneada, hein? Que tem dinheiro para gastar com Zezé de Camargo, mas tem dinheiro para pro bem da população ou só tem dinheiro para corrupção com artista?”.
A Queda Musical: A Voz de ‘Galo Rouco’
Para coroar a desgraça do cantor, o vídeo ainda faz questão de ridicularizar o estado atual da sua voz. Enquanto o sertanejo critica o governo, o comentarista aponta que o vício em álcool de Zezé Di Camargo, chamado de “cachaceiro” por muitos, teria prejudicado não só sua saúde, mas seu principal instrumento de trabalho.
A voz do cantor, descrita como “taquara rachada” ou “galo rouco”, é comparada ao som desafinado em apresentações ao vivo. O escárnio é duplo: ele critica um governo enquanto recebe uma fortuna em dinheiro público, para um show que, segundo o comentarista, mal vale a pena ser ouvido.
O destino de Zezé Di Camargo, o bolsonarista raiz que recebeu meio milhão de verba federal do governo que tanto critica, agora está nas mãos do Ministério Público. A investigação é iminente. O comentarista chega a prever que, como já ocorreu com outros sertanejos bolsonaristas como Gusttavo Lima e Leonardo, o MP pode intervir e pedir a suspensão liminar do show, cancelando o contrato e expondo ainda mais a podridão da corrupção municipal.
Zezé Di Camargo tentou dar um golpe de ataque político e moral, mas o que ele recebeu de volta foi o maior golpe de sua carreira: a exposição pública de sua hipocrisia, misoginia e o questionamento oficial sobre o uso de dinheiro público. A queda do ‘cidadão de bem’ não é apenas uma notícia, é uma radiografia perfeita da moralidade seletiva no cenário político-cultural brasileiro. A briga com Janja e Lula pode custar muito mais do que a sua imagem, pode custar meio milhão e, pior, sua credibilidade para sempre.