Última hora. Flávio Dino desmaia. Magnitsk não tem volta. O anúncio caiu sobre Brasília como um soco no estômago. Assessores corriam pelos corredores do Supremo Tribunal Federal quando a informação circulou. A aplicação da lei Magnitsk contra autoridades brasileiras já estava em andamento e não havia possibilidade de reversão.
A notícia se espalhou de gabinete em gabinete em questão de minutos e todos sabiam o que aquilo significava. Flávio Dino, recém-cheggado ao tribunal, foi um dos primeiros a ser informado oficialmente. Ele estava reunido com auxiliares diretos, discutindo despachos de rotina quando um assessor entrou com o rosto tenso e um papel nas mãos.
A voz saiu trêmula, mas firme. Ministro, chegou a confirmação. A magnites que foi aplicada. Dino levantou os olhos imediatamente. A expressão de segurança que costumava exibir deu lugar a uma rigidez visível. O silêncio tomou conta da sala. Nenhum dos presentes ousou falar. Repita! ordenou Dino com o olhar fixo no assessor.
O jovem engoliu seco e respondeu: “Está confirmado. O governo americano não recuou. O processo já está em execução e não há espaço para a revisão imediata. As mãos de Dino, que descansavam sobre a mesa, apertaram-se até se tornarem punhos fechados. O ministro respirou fundo, tentando manter a compostura, mas sua face ficou pálida.
Em seguida, ele empurrou a cadeira para trás e se levantou de forma brusca. Isso é uma afronta direta. Eles não podem”, disse interrompendo-se no meio da frase. A respiração estava pesada, irregular, como se buscasse ar em meio ao impacto. O ambiente ficou sufocante. Dois assessores se aproximaram para apoiá-lo, temendo que algo pior acontecesse.
De repente, Dino cambaleou. A mão direita buscou apoio na borda da mesa, mas não resistiu. Seu corpo perdeu firmeza e ele caiu de lado diante do olhar atônito de todos. “Chame ajuda rápido!”, gritou um assessor. Outros correram até ele, tentando levantá-lo, mas Dino permanecia imóvel, com os olhos semiados e o rosto coberto de suor frio.
A cena se espalhou pelos corredores em segundos. O boato do desmaio chegou a ministros e parlamentares que já aguardavam novidades sobre a crise. Muitos se levantaram das cadeiras tentando confirmar a informação. O episódio deixava claro que o golpe não era apenas político, mas também físico. O homem que se apresentava como inabalável diante da imprensa agora estava caído, cercado por subordinados desesperados.
Os corredores do Supremo estavam em alvoroço. Assessores entravam e saíam da sala em velocidade, falando ao telefone, pedindo silêncio e, ao mesmo tempo, acionando médicos de emergência. O clima era de pânico controlado. Dentro da sala, dois auxiliares levantavam Flávio Dino pelos ombros, tentando mantê-lo sentado em uma poltrona próxima.
O ministro tinha o olhar perdido, a respiração curta e murmurava frases desconexas. Não pode. Não é possível. Isso não se sustenta. Um dos assessores mais velhos se aproximou e disse em voz baixa, mas firme: “Ministro, mantenha a calma. Já chamamos a equipe médica. Eles estão a caminho.” Dino fechou os olhos por um instante, apertando a testa com a mão esquerda.

Tentava recompor-se, mas o tremor em seus dedos denunciava o impacto. A porta da sala se abriu de repente e outro assessor entrou apressado. “A imprensa já sabe, estão ligando sem parar.” A reação foi imediata. Dino abriu os olhos e, mesmo debilitado, levantou a voz: “Não deixem que isso saia agora.
Nenhuma palavra até eu decidir o que será dito.” A ordem ecou com força, mostrando que, apesar da fraqueza física, sua preocupação maior era com o controle da narrativa. “Um dos auxiliares mais próximos retrucou: “Ministro, não temos como segurar por muito tempo. As redes já estão comentando. O congresso também.
” Dino bateu a mão na mesa com força. O gesto surpreendeu a todos. Eu não vou ser colocado no mesmo nível de ditadores e criminosos. Isso não vai acontecer aqui. O silêncio voltou a dominar o espaço. Os olhares trocados entre assessores revelavam um temor maior do que apenas a saúde do ministro. O desespero de quem percebia que a blindagem construída durante anos começava a ruir diante de todos.
A chegada da equipe médica intensificou a tensão. Dois profissionais entraram acompanhados por seguranças, trazendo consigo maletas e aparelhos de verificação rápida. Um deles se inclinou diante de Flávio Dino, colocou um estetoscópio no peito do ministro e perguntou em tom direto: “O senhor consegue respirar fundo?” Dino respondeu com dificuldade: “Consigo, mas a pressão está baixa.
” O médico fez um sinal discreto para o colega, confirmando a gravidade da situação. Enquanto verificavam sinais vitais, os assessores se amontoavam ao fundo da sala, coxixando entre si. Um deles, com o celular em mãos, mostrava as primeiras notificações de sites independentes. Dino passa mal após notícias sobre Magnitsk. As manchetes ainda eram especulativas, mas já causavam inquietação.
Outro assessor sussurrou: “Se isso se espalhar agora, perdemos o controle. Precisamos de uma nota oficial.” O clima ficou ainda mais pesado quando a porta voltou a se abrir, desta vez com um ministro do STF entrando apressado. Ele parou ao verdino cercado pela equipe médica. O olhar de surpresa não poôde ser contido.
Aproximou-se e disse em voz firme: “Flávio, precisamos falar sobre as implicações. Isso não pode te derrubar agora”. Dino, com esforço, levantou a cabeça e retrucou. Já derrubou. Eles foram longe demais. Não há volta. O tom amargo e resignado contrastava com sua postura habitual de enfrentamento. Os médicos recomendaram levá-lo a um hospital imediatamente, mas Dino insistiu em permanecer.
Não posso sair daqui carregado. Seria a imagem da derrota. Os assessores se entreolharam sem saber como reagir. De um lado, a saúde do ministro comprometida. Do outro, a pressão política de não mostrar fraqueza diante da opinião pública. A decisão parecia impossível, mas a cada minuto que passava, o peso do episódio crescia.
Os minutos seguintes foram marcados por uma disputa silenciosa entre a equipe médica e os assessores políticos. Os médicos insistiam. Ele precisa ser removido agora, não podemos arriscar. Um deles já havia preparado a maca portátil, mas os auxiliares se colocaram à frente, bloqueando a movimentação. Um assessor mais próximo de Dino argumentou em tom ríspido.
Se o levarem nesse estado, a cena vai parar em todos os noticiários. Isso acaba com ele antes mesmo de começar. Dino, ainda pálido, levantou a mão pedindo silêncio. Com o esforço, falou pausadamente: “Vocês não entendem. Se me virem saindo daqui deitado, será o fim. Eu não sou um doente. Eu sou o ministro do Supremo.
A frase soou carregada de orgulho, mas também de desespero. Um dos médicos retrucou. Ministro, a sua pressão está despencando. É irresponsável permanecer aqui. Dino encarou o profissional com olhar duro. Eu decido. Não vou sair carregado. Enquanto isso, na antesala, os celulares não paravam de tocar. Parlamentares buscavam confirmação do ocorrido, jornalistas pressionavam por declarações e até ministros do governo ligavam exigindo informações.
Um assessor atendeu rapidamente e respondeu de forma evasiva: “O ministro está bem, apenas indisposto. Mais tarde falaremos oficialmente.” Ao desligar, olhou para os colegas e murmurou: “Não temos muito tempo. Se vazar que ele desmaiou por causa da Magnitsk, a repercussão será explosiva.
Nesse momento, Dino pediu água. Ao receber o copo, suas mãos ainda tremiam. Bebeu lentamente e respirou fundo, como se tentasse recuperar alguma dignidade perdida. Em seguida, olhou fixamente para os assessores mais próximos e declarou: “Eu quero um pronunciamento escrito hoje mesmo. Preciso deixar claro que continuo no comando.
” O contraste entre seu estado físico debilitado e sua voz firme deixava claro o tamanho do choque. Dino não aceitava demonstrar fragilidade, mesmo quando seu próprio corpo já não obedecia. O texto do pronunciamento começou a ser redigido às pressas por dois assessores que se sentaram lado a lado, digitando no notebook enquanto trocavam frases curtas.
“Precisamos de algo firme, sem admitir nada”, disse um deles. O outro respondeu: “Mas não pode soar artificial, senão a imprensa vai perceber”. Dino, ainda sentado, acompanhava com olhos semicerrados, mas fazia questão de interferir. “Escrevam que é mentira, que não existe nenhuma sanção válida contra mim. Quero deixar claro que isso é ingerência estrangeira.
Os médicos observavam a cena com inquietação. Um deles insistiu mais uma vez: “Ministro, o senhor não está em condições de tomar decisões agora”. Dino o interrompeu em tom ríspido. Eu estou em condições de decidir sobre meu nome, sobre minha honra e sobre meu cargo, e ninguém vai me substituir nessa escolha.
O silêncio foi pesado. Nenhum dos presentes ousou contrariá-lo naquele momento. Na antesala, um assessor entrou apressado com o celular na mão. Ministro, já circulam prints nas redes, dizendo que o senhor teria desmaiado ao saber da notícia. Estão usando sua imagem em montagens. Dino fechou os olhos por alguns segundos e depois respondeu.
É exatamente por isso que esse pronunciamento precisa sair agora. Cada minuto que passa, eu perco espaço. A ordem soou definitiva. Um dos redatores leu em voz alta o rascunho inicial. O ministro Flávio Dino está em pleno exercício de suas funções e as notícias divulgadas são falsas e sensacionalistas. O Supremo Tribunal Federal não reconhece qualquer tentativa de aplicação da lei magnitisk contra autoridades brasileiras sem validação nacional.
Dino ouviu em silêncio e com esforço ergueu a mão. Adicione que não aceitaremos intimidações. Quero firmeza, quero desafio. A pressão política era tão grande que até os médicos entenderam que não conseguiriam removê-lo. O corpo debilitado estava à beira de colapsar novamente, mas a mente permanecia fixada em um único objetivo, sustentar a narrativa de que ainda controlava a situação.
O rascunho foi revisado linha por linha. Um assessor, com expressão de preocupação, disse em voz baixa: “Ministro, se publicarmos isso agora, vamos ter que enfrentar perguntas diretas da imprensa. Eles vão querer saber porque o senhor passou mal. Como vamos responder sem nos contradizer?” Dino, apoiado nos braços da poltrona para não perder o equilíbrio, encarou o assessor.
Ninguém vai falar sobre meu estado de saúde. Quem tocar nesse ponto será responsabilizado. O foco é a ingerência estrangeira. Entenderam? Outro auxiliar mais cauteloso sugeriu: “Podemos divulgar apenas uma nota curta, sem muitos detalhes? Assim ganhamos tempo.” Dino negou com um movimento firme da cabeça.
“Não, se mostrarmos hesitação, vão nos esmagar. O texto deve ser direto, sem rodeios. Quero que fique claro que não aceito esse ataque.” Sua voz saiu firme, mas carregada de tensão. Enquanto isso, a movimentação no Congresso crescia. Nos corredores parlamentares trocavam comentários em reservado. Você soube? Dino caiu quando ouviu a notícia da Magnitsk.
Alguns sorriam discretamente, outros falavam em tom grave. Isso pode mudar o jogo. O STF não é intocável como parecia. As ligações entre deputados e jornalistas multiplicavam os rumores, tornando impossível controlar totalmente a narrativa. Na sala, um assessor entrou apressado com o celular aberto em uma rede social.
Ministro, já há vídeos de opositores comemorando. Estão dizendo que o senhor é o símbolo da queda de um projeto autoritário. Dino, pálido, fechou os punhos e murmurou: “Eles não sabem com quem estão lidando. Quero que esse pronunciamento saia em questão de minutos. O país precisa me ouvir. Não eles.” Os médicos resignados se afastaram um pouco.
Um deles comentou em voz baixa com o colega. Ele pode até segurar agora, mas se a pressão continuar caindo, não dura muito tempo assim. O alerta foi ignorado pelos assessores, que continuavam focados na construção de um texto político capaz de estancar a hemorragia de credibilidade. O texto final do pronunciamento foi concluído em poucos minutos.
Um dos assessores respirou fundo antes de ler em voz alta. O ministro Flávio Dino continua exercendo suas funções com plena capacidade. Informações que circulam sobre supostos problemas de saúde ou sanções internacionais são falsas, sem qualquer fundamento. O Supremo Tribunal Federal reafirma que nenhuma decisão estrangeira tem validade em território nacional sem homologação judicial brasileira.
Dino ouviu atentamente e interrompeu: “Incluam a palavra mentirosas. Quero que fique claro que não são apenas falsas, mas mentirosas. Isso muda o tom”. O assessor corrigiu rapidamente e prosseguiu. Outro auxiliar levantou a dúvida. Ministro, devemos citar a lei Magnitsk diretamente ou deixamos implícito? Dino respondeu de imediato.
Citem: “Se omitirmos, parecerá que temos algo a esconder. Escrevam: O Supremo não reconhece qualquer tentativa de aplicação da chamada lei magnitisk contra autoridades brasileiras.” Enquanto a nota era finalizada, um dos celulares tocou com insistência. era um jornalista conhecido buscando confirmação sobre o desmaio. O assessor atendeu e, em tom firme, repetiu a versão oficial.
O ministro está trabalhando normalmente, o resto é invenção. Ao desligar, porém, confessou ao colega, eles não vão parar até ver uma imagem. Precisamos mostrar que ele está de pé. Nesse momento, Dino, com esforço, tentou levantar-se novamente. Dois assessores o seguraram pelos braços para evitar que caísse. Ele insistiu: “Tirem uma foto agora.
Quero que registrem que estou firme. Apesar do suor visível e do semblante abatido, ordenou que fosse feito. Um celular capturou a imagem. Dino, sentado ereto, ajustando a gravata, tentando parecer estável. A foto seria divulgada em minutos, como prova de que continuava no controle. Os médicos trocavam olhares incrédulos, conscientes de que a prioridade deixara de ser a saúde e passara a ser apenas a imagem pública.
Para Dino e sua equipe, o desmaio já não era apenas um problema físico, era um risco político que precisava ser neutralizado a qualquer custo. A foto circulou rapidamente entre os assessores antes de ser enviada essa imprensa. Um deles a encaminhou para agências de notícias com a legenda ministro Flávio Dino despachando normalmente.
Poucos minutos depois, sites aliados publicavam a imagem tentando neutralizar os rumores, mas o efeito foi imediato também nas redes sociais. Internautas compararam a foto ao estado visivelmente abatido do ministro, destacando o suor no rosto e a expressão tensa. Comentários surgiram em avalanche. Isso é cara de quem está bem? Tentam enganar, mas a verdade já escapou.
Dentro da sala, Dino percebeu a movimentação nos celulares e perguntou com voz cansada. Já está no ar. Um assessor confirmou. Sim, ministro, já está rodando nas agências. Dino assentiu lentamente e completou. Agora precisamos de declarações de apoio. Ligue para os senadores aliados, para os governadores próximos.
Quero mensagens públicas, reforçando que estou bem. Um dos auxiliares pegou o telefone e começou a discar, enquanto o outro redigia mensagens prontas que seriam replicadas nas redes de aliados políticos. Ministro, o governador já respondeu. Vai publicar que conversou com o senhor e que está tudo sob controle. Dino esboçou um meio sorriso, mas logo fechou os olhos, apoiando-se novamente na poltrona.
O barulho do lado de fora crescia. Parlamentares aguardavam informações mais sólidas. Jornalistas pressionavam por detalhes. E dentro da sala a atenção era quase insuportável. Um assessor se aproximou dos médicos e perguntou em tom baixo: “Ele corre risco imediato?” O médico respondeu sem rodeios. Sim. precisa de repouso de exames.
Se continuar sob esse estresse, pode piorar rápido. O assessor balançou a cabeça e respondeu: “Não vai aceitar. Para ele, sair daqui agora seria admitir a derrota”. Dino, ouvindo parte da conversa, abriu os olhos e disse com firmeza: “Exatamente, não vou sair daqui. Vocês cuidem do resto, mas eu não vou dar essa imagem para ninguém.” Sua voz, mesmo fraca, carregava a obstinação de quem se recusava a admitir fragilidade diante de um cenário em que a reputação valia mais do que a própria saúde.
Os aliados começaram a se manifestar nas redes sociais em questão de minutos. Mensagens de governadores e deputados apareciam em sequência. Conversei agora com o ministro Flávio Dino. Está bem e trabalhando normalmente. As publicações eram coordenadas, copiando quase a mesma frase, numa tentativa evidente de criar uma versão única para neutralizar os rumores.
Mas no Congresso a reação foi diferente. Nos corredores, parlamentares da oposição riam discretamente. Um deputado comentou em voz baixa para um colega: “Se ele precisa de uma campanha de desmentido desse tamanho, é porque a situação é real.” Outro retrucou. Não importa se desmaiou não, a percepção já está criada. Dino está fragilizado.
Essas conversas rapidamente chegaram aos jornalistas que circulavam pelo local, aumentando ainda mais a pressão. Na sala, Dino exigia atualizações constantes. O que estão dizendo os jornais maiores? Já reagiram? Um assessor respondeu: “Estão cautelosos. Nenhum manchete forte até agora, mas não estão negando o que circula nas redes.
Dino franziu a testa e respondeu: “É o silêncio que mais me preocupa. Se não falam nada, é porque esperam confirmar”. Um assessor mais ousado sugeriu: “Ministro, poderíamos organizar uma rápida aparição ao vivo?” O senhor lê a nota, aparece de pé, mostra firmeza. Isso pode encerrar a especulação. Os médicos reagiram de imediato.
Isso é impossível. Ele não está em condições de falar diante de câmeras. Dino, mesmo fraco, levantou a mão. Eu vou falar. Se não fizer isso agora, amanhã será tarde demais. O embate entre saúde e política ficou explícito. Os médicos tentavam proteger sua integridade física, mas os assessores viam a imagem pública se deteriorando a cada minuto.
Dino, no centro tomava a decisão mais arriscada. enfrentar o país ao vivo, mesmo debilitado, para provar que ainda tinha controle sobre a narrativa. Os preparativos para a aparição foram feitos em sigilo dentro da própria sala. Um dos assessores trouxe uma pequena câmera, ajustou a iluminação improvisada com luminárias e testou rapidamente o áudio.
Outro posicionou um fundo neutro, tentando evitar qualquer sinal de que Dino estivesse em ambiente médico ou em situação de emergência. O objetivo era simples, transmitir a imagem de normalidade. Dino, sentado, respirava fundo, tentando controlar a fraqueza. Os médicos ao lado balançavam a cabeça em desaprovação. Um deles advertiu em tom firme: “Ministro, alguns minutos diante da câmera podem causar um colapso.
” Dino respondeu sem hesitar. “Um colapso público seria pior se eu me calar agora. Prefiro arriscar.” O silêncio que se seguiu revelou que ninguém mais conseguiria convencê-lo do contrário. Do lado de fora, os jornalistas já aguardavam qualquer sinal. As redes fervilhavam com a expectativa de uma declaração.
O assessor responsável pela transmissão aproximou-se e perguntou: “Ministro, pronto para começar?” Dino ajeitou a gravata com as mãos ainda trêmulas e respondeu: “Sim, vamos encerrar isso.” Quando a luz vermelha da câmera acendeu, Dino ergueu o rosto e falou com voz firme: “Embora baixa. Quero deixar claro ao povo brasileiro que sigo trabalhando normalmente.
As informações que circulam são falsas e mentirosas. Nenhuma sanção internacional tem validade sem o reconhecimento do nosso Supremo Tribunal Federal. Não aceitamos intimidações. Os assessores respiraram aliviados, mas os médicos observavam atentos, prontos para intervir caso ele perdesse as forças. Dino prosseguiu, olhando diretamente para Palente.
Estamos diante de um ataque que busca enfraquecer nossas instituições. Não vamos ceder. Continuo no exercício pleno das minhas funções. A gravação foi encerrada após poucos minutos, mas o impacto seria imediato. A gravação foi enviada às pressas para as redações e publicada nas redes oficiais do Supremo.
Em questão de minutos, os canais de televisão começaram a exibir trechos da fala. As imagens mostravam um dino firme no discurso, mas o olhar cansado e os movimentos contidos não passavam despercebidos. Analistas políticos convidados para comentar ao vivo observaram: “Ele fala em força, mas o corpo mostra outra coisa.” Enquanto a transmissão se espalhava, a oposição reagia imediatamente.
Deputados e senadores publicaram mensagens irônicas: “Se está tudo normal, porque precisava de vídeo à pressas?” Outro escreveu: “Não é um ministro estável, é um ministro acuado.” Nas redes sociais, a reação foi ainda mais intensa. Hashtags, com o nome de Dino dispararam entre os assuntos mais comentados, acompanhadas de memes e montagens que ironizavam sua condição física.
Dentro da sala, os assessores monitoravam os resultados. Ministro, conseguimos conter parte da especulação, mas as críticas estão fortes. Muitos apontam que sua aparência confirma que houve um problema sério. Dino, visivelmente irritado, respondeu: “Eles podem dizer o que quiserem. O que importa é que minha voz está no ar, não a deles.
” Os médicos voltaram a insistir em levá-lo para atendimento adequado. “Não há mais tempo, ministro. A pressão continua baixa e o risco aumenta a cada hora”. Dino, apoiado na mesa, replicou em tom seco: “Eu já fiz o que precisava. Agora vocês cuidem para que ninguém use isso contra mim.” O conflito entre o físico debilitado e a necessidade de manter a narrativa atingia seu ponto mais crítico.
O pronunciamento, ao invés de encerrar a polêmica, acendeu ainda mais o debate. Nas redações, jornalistas discutiam se o governo conseguiria sustentar a versão oficial diante da força das imagens. Nos corredores do Congresso, a sensação era clara. Dino não estava mais no controle, mesmo que tentasse aparentar o contrário. Nas horas seguintes, a sala virou um centro de comando improvisado.
Assessores atualizavam Dino a cada minuto sobre a repercussão, exibindo telas computadores com comentários, reportagens e transmissões ao vivo. Ministro, a imprensa estrangeira já começou a repercutir. Agências internacionais destacam que a lei Magnitisk foi confirmada e relacionam seu nome diretamente às sanções.
Dino fechou os olhos por alguns segundos e murmurou: “É exatamente isso que eu temia. Agora não é só Brasília que me observa, é o mundo inteiro.” Os aliados políticos tentavam reagir em uníssono, mas a pressão aumentava. Um senador governista ligou e falou em tom preocupado: “Flávio, precisamos de calma.
O governo não pode se desgastar mais do que já está. Essa situação pode respingar em todos nós. Dino respondeu com dureza. Ninguém vai me tratar como bode expiatório. Isso não é pessoal. É um ataque contra o Supremo. O senador insistiu, mas o alvo agora é você e todos sabem disso. O silêncio do ministro foi interpretado como uma confirmação.
Na Câmara, parlamentares comemoravam discretamente. Alguns diziam que o episódio era um divisor de águas que mostrava pela primeira vez uma fragilidade real no núcleo de poder do STF. “Eles não são intocáveis”, comentou um deputado da oposição em conversa gravada por jornalistas. Essas declarações se espalharam rapidamente, fortalecendo a percepção de que Dino havia perdido parte da autoridade conquistada com sua nomeação.
Enquanto isso, os médicos voltavam a pressionar para que ele fosse transferido. Ministro, precisamos agir agora. A exaustão é visível e sua condição pode se agravar. Dino respondeu sem abrir espaço para a negociação. Só saio daqui quando tudo estiver sob controle. Até lá ninguém decide por mim. O desgaste era evidente, mas a obstinação em manter a narrativa mostrava até que ponto estava disposto a arriscar.
O país inteiro acompanhava o desenrolar da crise em tempo real. E, pela primeira vez, a imagem de um ministro supremo parecia abalada não apenas por críticas políticas, mas pelo peso de uma pressão internacional que nenhum discurso conseguiria apagar. Do lado de fora da sala, o burburinho não cessava. Jornalistas aguardavam qualquer confirmação oficial e celulares não paravam de vibrar com mensagens cruzadas entre parlamentares, ministros e lideranças partidárias.
Um assessor entrou apressado e anunciou: “Ministro, o Palácio do Planalto quer falar com o senhor imediatamente. O presidente exige um posicionamento claro.” Dino ergueu o rosto suado e cansado, mas respondeu com firmeza: “Digam que já falei ao país. Se quiserem mais do que isso, que venham até aqui.
” O telefonema foi repassado a outro assessor que tentou acalmar os ânimos do lado do governo. Ele está consciente, mas debilitado. Já deu a declaração necessária. O restante será conduzido com calma. Do outro lado da linha, a pressão era evidente. Calma opção. A repercussão internacional é grave demais. Precisamos mostrar unidade.
Enquanto essas negociações ocorriam, Dino pediu que lhe trouxessem novamente o texto do pronunciamento. Leu em silêncio, respirou fundo e acrescentou de próprio punho uma frase: “Não há volta. O Brasil não se curva a em posições externas”. olhou para os assessores e disse: “Façam essa frase circular em todos os canais possíveis”. O ambiente na sala estava carregado.
Os médicos trocavam olhares tensos, conscientes de que o quadro de Dino podia piorar a qualquer instante. Um deles arriscou mais uma vez. Ministro, precisamos de pelo menos um exame rápido. Não pode continuar assim. Dino, com a voz já mais fraca, respondeu: “Vocês não entendem. Não é só sobre mim. Se eu caio agora, levo o Supremo comigo, e isso eu não vou permitir.
A frase eccoou entre os presentes. Não era apenas uma questão de saúde, mas de poder. Dino se via como a última barreira entre a pressão internacional e a imagem de soberania do tribunal. Cada palavra, cada gesto era calculado para manter uma posição que já escapava das suas mãos. O silêncio dentro da sala se tornou absoluto.
Os assessores, já exaustos, evitavam se olhar. A situação havia ultrapassado qualquer plano de contingência. Um deles mais jovem sussurrou: “Isso está fugindo do controle. Se ele tiver um colapso aqui dentro, não tem versão que segure.” O comentário não foi respondido. A tensão era tamanha que até os mais próximos evitavam tomar decisões sem que Dino autorizasse.
A equipe médica se aproximou mais uma vez. Um deles se ajoelhou à frente do ministro e disse em tom direto: “Ministro, com todo respeito, o senhor está com sinais claros de esgotamento. Se não permitir intervenção médica agora, arrisca sua vida.” Dino ergueu a cabeça lentamente. A respiração era curta, a testa coberta de suor.
Eu estou ciente, mas também estou ciente do que representa essa sala vazia se eu sair carregado aqui agora. Eu sou mais que paciente. Sou símbolo. Lá fora, os rumores tomavam forma. Veículos internacionais como Reuters e ao País publicavam matérias relacionando a da aplicação da lei Magnitsk a uma possível crise institucional no Brasil.
Alguns jornalistas estrangeiros já especulavam sobre a reação do STF diante da pressão global. A narrativa escapava completamente ao controle do governo. A oposição ganhava força. Líderes conservadores convocavam entrevistas exigindo esclarecimentos formais e cobrando o governo sobre o papel de Dino no que chamavam de sufocamento institucional.
Deputados falavam em plenário, exigindo transparência. A pauta do dia mudou completamente. Dino havia se tornado o centro do noticiário nacional e internacional. Dentro da sala, um dos assessores recebeu uma nova notificação. Ministro, acaba de sair uma carta conjunta assinada por parlamentares dos Estados Unidos e da União Europeia, pedindo explicações formais sobre violações de direitos humanos no Brasil.
“O senhor é citado nominalmente”, Dino fechou os olhos. por um instante, não respondeu. Respirou fundo, apoiou-se na borda da mesa e disse apenas: “Então é oficial. A confirmação da carta conjunta internacional representou o último golpe. Com o nome exposto em documentos diplomáticos estrangeiros, Flávio Dino compreendeu que o episódio havia ultrapassado qualquer limite interno.
Já não era apenas uma questão de reputação nacional, agora era visto por outros países como um símbolo de autoritarismo e ameaça às liberdades civis. Dentro da sala, o silêncio se impôs mais uma vez. Nenhum assessor teve coragem de comentar a notícia. Os médicos se aproximaram com cautela e um deles falou com voz serena: “Ministro, agora é inevitável.
O senhor precisa de atendimento urgente. Isso não é mais uma escolha.” Dino não respondeu de imediato. Levantou o olhar lentamente, fixou nos olhos do médico e disse: “Entendido!” Com ajuda, levantou-se da cadeira. Suas pernas tremiam e o corpo oscilava de um lado para o outro. Os assessores se posicionaram ao seu lado, formando um escudo improvisado para protegê-lo da exposição.
O médico se manteve próximo, pronto para agir caso o ministro perdesse o equilíbrio. Antes de sair, Dino pediu o celular a um assessor e com dificuldade digitou uma frase curta que seria publicada em seu perfil oficial. Continuo trabalhando. O Brasil é maior do que qualquer ataque externo. A caminhada até a saída foi lenta, tensa e silenciosa.
A imprensa não teve acesso à imagem. Nenhum jornalista pôde registrar o momento. Mas mesmo sem fotos, a notícia correu. Flávio Dino havia sido retirado discretamente do Supremo por motivos médicos. A repercussão não demorou. A imagem do homem forte do governo, agora debilitado, simbolizava o que muitos viam como o início da desintegração de uma blindagem construída ao longo dos últimos anos.
O Supremo estava exposto, o governo pressionado e a oposição fortalecida. Queridos ouvintes, o desmaio de Flávio Dino marcou mais do que um episódio isolado. Representa o colapso moral de um sistema que acreditava estar acima de qualquer limite. A aplicação da lei Magnitsk não apenas impacta fisicamente, mas destrói a narrativa de impunidade.
O que resta agora é observar até onde essa queda se estenderá e quem mais será arrastado com ela. Se esta história te impactou, te convido a se inscrever no canal para acompanhar os próximos desdobramentos. Até a próxima.