O Apagão da Democracia: A Noite em que Hugo Motta Silenciou a TV Câmara e Deixou Glauber Braga Sob Ataque

“O Apagão da Democracia: A Noite em que Hugo Motta Silenciou a TV Câmara e Deixou Glauber Braga Sob Ataque”

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Na noite de terça-feira, Brasília mergulhou em um clima de tensão que lembrava os capítulos mais sombrios da política nacional. Tudo começou por volta das 19h42, quando uma ordem inesperada do presidente da Comissão, Hugo Motta, determinou que a TV Câmara fosse retirada do ar imediatamente. A transmissão se encerrava bruscamente no momento em que debates acalorados aconteciam, especialmente após um discurso inflamado do deputado Glauber Braga, conhecido por suas intervenções diretas e críticas contundentes. O que ninguém sabia era que a interrupção seria apenas o primeiro ato de uma noite cheia de confrontos, intimidação e um silêncio forçado que fez muitos questionarem até onde certos poderes estavam dispostos a ir.

Segundo fontes que estavam presentes nos corredores naquele momento, a atmosfera já era estranha horas antes do episódio. Funcionários relataram um movimento de seguranças acima do normal, celulares sendo recolhidos e portas trancadas em áreas que normalmente permaneciam abertas. Um assessor que pediu para não ser identificado afirmou que, por volta das 18h30, viu Hugo Motta conversando em um tom ríspido com dois diretores de comunicação, repetindo a frase: “Hoje não vai ter espetáculo.” Ninguém entendeu exatamente o que ele queria dizer — até a luz vermelha da transmissão se apagar.

Quando a TV Câmara saiu do ar, Glauber Braga estava prestes a apresentar uma série de documentos que, segundo ele, revelariam manobras internas graves. O deputado havia prometido que falaria “sem filtros e sem medo”, e que “nomes importantes” poderiam ser expostos. Minutos depois da interrupção, Glauber tentou seguir com seu discurso, insistindo que a população tinha o direito de acompanhar o que estava sendo discutido. Foi então que o caos começou.

Relatos de pessoas presentes afirmam que um grupo de seguranças se aproximou do deputado com a justificativa de “encerrar o tumulto”, mas o tom agressivo era evidente. O clima ficou ainda mais tenso quando Glauber Braga recusou-se a deixar a mesa e elevou a voz dizendo que aquilo era censura explícita. Testemunhas contam que um segurança tentou puxar o microfone de suas mãos, enquanto outro o empurrava pelo ombro, iniciando um princípio de agressão que deixou parlamentares e assessores em choque.

O comportamento dos seguranças parecia coordenado. Não era uma ação improvisada. Alguns deputados tentaram intervir, mas foram bloqueados. O tumulto tomou conta da sala. Em meio ao empurra-empurra, Glauber foi empurrado contra uma das paredes laterais, derrubando papéis e microfones. A confusão durou menos de dois minutos, mas deixou uma marca profunda. Muitos ali sabiam que estavam testemunhando algo inédito — e extremamente perigoso.

Glauber Braga - Wikipedia

Enquanto isso, nos corredores, celulares começavam a vibrar. A notícia do “apagão” da TV Câmara corria rapidamente pelas redes internas, mas sem nenhuma transmissão oficial, tudo dependia dos relatos de quem estava presente. Alguns assessores tentaram filmar o ocorrido, mas foram rapidamente impedidos por funcionários que afirmavam agir “sob determinação superior”.

De acordo com um funcionário do setor técnico, a ordem para desligar a transmissão veio acompanhada de instruções específicas: bloquear qualquer tentativa de retransmissão, impedir o acesso às câmeras de segurança e até suspender temporariamente o sistema automático de gravação. “Nunca vi algo parecido. Parecia operação militar”, disse ele, ainda visivelmente abalado.

Enquanto Glauber Braga era amparado por alguns colegas e tentava recuperar o fôlego, Hugo Motta reapareceu na sala com uma expressão fria. Segundo testemunhas, ele disse que a sessão estava encerrada por “falta de ordem” e que qualquer contestação deveria ser feita posteriormente “pelos meios adequados”. Suas palavras só aumentaram a indignação de quem estava ali. Muitos encararam o gesto como um ultimato: quem ousasse desafiar a ordem estabelecida naquela noite pagaria o preço.

Um deputado que estava sentado duas fileiras atrás relatou que, quando Glauber tentou argumentar com Motta, um dos seguranças deu um passo à frente, como se estivesse pronto para impedir qualquer aproximação. “A mensagem era clara: não era para falar, não era para questionar. Era para aceitar e ficar calado”, afirmou o parlamentar, visivelmente revoltado.

Nos bastidores, rumores começaram a se espalhar de que Hugo Motta havia tomado as medidas extremas para evitar que documentos “sensíveis” fossem divulgados em rede nacional. Alguns diziam que o material que Glauber pretendia apresentar envolvia contratos milionários e supostos favorecimentos políticos. Outros acreditavam que Motta estava apenas tentando conter o que via como um ataque direto à sua liderança. A verdade, porém, permanecia envolta em sombras.

Hugo Motta: o homem da alma pequena

Por volta das 21h, a situação começou a vazar para as redes sociais. Jornalistas, mesmo impedidos de entrar na sala principal, começaram a publicar pequenos relatos, fragmentos de vídeos captados à distância e áudios de pessoas que testemunharam o episódio. Em menos de 30 minutos, o nome de Hugo Motta já estava entre os tópicos mais comentados do país. A hashtag #CensuraNaCâmara tomou conta do X (antigo Twitter).

Enquanto isso, Glauber Braga, ainda abalado, conseguiu dar uma breve declaração na saída do prédio. Cercado por apoiadores e colegas, ele afirmou que havia sido vítima de agressão e que o Brasil tinha acabado de assistir a “um atentado à democracia”. Disse ainda que não se intimidaria e que continuaria lutando para expor tudo o que precisava ser exposto. Suas palavras ecoaram nas redes e foram amplamente compartilhadas por milhares de usuários indignados.

Porém, a reação de Hugo Motta foi completamente oposta. Em uma nota divulgada por sua assessoria, ele afirmou que a suspensão da TV Câmara se deu por “questões técnicas” e que o tumulto foi consequência de “atitudes irresponsáveis” de Glauber Braga. A justificativa, entretanto, convenceu poucos. Muitos viram a nota como uma tentativa de controlar os danos — danos que já estavam fora de controle.

Especialistas começaram a comentar o caso em programas ao vivo, e analistas políticos classificaram o episódio como “alarmante” e “sem precedentes”. Em um país marcado por disputas intensas, a ideia de que um parlamentar pudesse ordenar o desligamento de um canal público e ainda permitir a agressão de outro deputado era algo que ultrapassava qualquer limite tolerável.

À medida que a madrugada avançava, mais testemunhas começaram a aparecer. Um técnico afirmou ter ouvido gritos de “Tira ele daqui agora!” vindos de uma sala próxima. Uma assessora relatou que viu um segurança limpando sangue da manga da própria camisa, enquanto outro tentava bloquear a visão de quem passava pelo corredor. O clima era tenso, quase sufocante.

Alguns parlamentares começaram a se mobilizar para pedir uma investigação formal. Uma deputada afirmou que “se isso passar impune, amanhã qualquer um pode ser calado à força”. Outros exigiam que as gravações internas fossem liberadas imediatamente. Até o início da manhã seguinte, entretanto, nenhum vídeo oficial havia sido divulgado.

Brasília acordou em choque. O episódio virou manchete de praticamente todos os portais. A sociedade civil começou a se organizar para pressionar por esclarecimentos. E, enquanto isso, os bastidores fervilhavam com especulações sobre os próximos passos.

Para muitos, a noite em que Hugo Motta mandou tirar a TV Câmara do ar e os seguranças agrediram Glauber Braga será lembrada como um divisor de águas — um alerta de que a democracia, quando mais precisa ser protegida, pode ser atacada de dentro para fora.

E a grande pergunta permanece: quem vai responder por isso?

 

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