Era uma manhã gelada de Natal quando Cathy Bennett, uma CEO milionária, estava passeando pelo parque coberto de neve, perdida em seus pensamentos. De repente, uma voz suave interrompeu o silêncio, pedindo algo que Cathy nunca imaginara ouvir: “Eu não tenho mamãe. Posso passar um dia com a senhora, por favor?” Cathy olhou para baixo e viu uma garotinha, não mais velha que três anos, com um casaco vermelho e um ursinho de pelúcia surrado. Seus olhos castanhos brilhavam com esperança.
A voz da menina tocou algo profundo no coração de Cathy. Ela observou o homem que estava a uma curta distância, olhando-os com uma postura protetora, mas tranquila. Cathy sentiu um aperto no peito e, sem saber por que, estendeu a mão para a garotinha. “Qual é o seu nome, querida?”, perguntou ela, sua voz suavizada de uma maneira que a surpreendeu. “Lena”, respondeu a menina com a voz suave.
Lena apenas queria saber como era segurar a mão de uma mãe, mesmo que por um dia. O pedido partiu o coração de Cathy, que sentiu uma conexão instantânea com a menina. O homem, Charles, se aproximou e, com um sorriso calmo, explicou que ela não era normalmente tão ousada, mas hoje parecia precisar pedir isso.
Os três caminharam juntos pelo parque, Cathy, a milionária, Charles, o homem simples de botas gastas, e Lena, com buracos nas luvas, mas com um coração mais puro que qualquer ouro. Cathy, por um momento, esqueceu das reuniões de executivos, das capas de revistas e das responsabilidades empresariais. Ela sentiu algo muito mais importante: conexão humana.
Após um tempo, Cathy levou Lena para comprar um sorvete e, enquanto elas caminhavam, Lena falou sobre o que seu pai fazia: “Meu papai faz brinquedos de madeira. Ele fez um cavalo de balanço e até um dragão. Um dragão?”, Cathy riu surpresa. Lena explicou que o dragão não soltava fogo, mas guardava sua cama.
Durante a caminhada, Lena falou sobre os contos de fadas, e Cathy contou algumas histórias que ela adorava, como Cinderela e Rapunzel. Lena, com um brilho nos olhos, falou sobre a menina dos fósforos e Cathy, tocada, disse: “Vamos fazer hoje ser quente, ok?”
A noite foi se aproximando, e os três se sentaram em um banco do parque. Charles, com um olhar cheio de sentimentos não ditos, olhou para Cathy e disse: “Ela me criou primeiro”. Cathy, tocada pelas palavras, entendeu que a vida dela estava mudando, talvez para sempre.
Após um tempo de convivência, Cathy e Charles começaram a construir uma rotina. Cathy ensinava Lena a escrever, enquanto Charles, sempre calmo, falava sobre sua vida e seu amor por Lena. Cathy se sentia cada vez mais parte de algo maior, algo mais verdadeiro do que qualquer sucesso corporativo.
No entanto, a dúvida ainda a assombrava. Ela temia que o amor que começava a sentir por Lena fosse tirar algo de Charles. Um dia, enquanto estavam no parque, Lena perguntou: “Mama Kathy, se eu já tenho a minha mamãe Kathy, preciso do meu papai?” Cathy respondeu, sem hesitar: “Você sempre precisará do seu papai. Ele é o seu lar.”
As semanas seguintes passaram, e Cathy sentiu o peso do que estava acontecendo entre ela e Charles. Quando Lena adoeceu, Cathy apareceu no hospital, e foi lá que os dois, pela primeira vez, sentiram que talvez algo real estivesse nascendo entre eles.
Passado um ano, Cathy, Charles e Lena estavam em um parque, no mesmo lugar onde tudo começou. Dessa vez, no entanto, a história era diferente. Lena segurava a mão de ambos, sorrindo e dizendo: “Agora eu tenho uma mamãe Kathy, e é para sempre.” Cathy e Charles sorriram e, juntos, disseram: “Para sempre e sempre.” E naquele momento, a verdadeira magia do Natal aconteceu.