Prepare-se para rever seus conceitos. A estrela que o Brasil viu crescer diante das câmeras, Maísa Silva, de apenas 23 anos, acaba de provocar um verdadeiro terremoto nas redes sociais e nos bastidores da mídia. Em uma entrevista reveladora e sem filtros no podcast Chapéus Há Muitos, Maísa soltou o que muitos consideram uma “bomba existencial”: ela não sonha em ser mãe e não tem pressa alguma para encontrar um parceiro.

Num país onde a maternidade ainda é colocada como um dos maiores objetivos femininos, a fala da jovem artista causou rebuliço, aplausos fervorosos, críticas afiadas e, acima de tudo, muito debate.

“Nunca sonhei em ser mãe” – a frase que quebrou a internet

Sem rodeios, Maísa cravou:

“Nunca tive esse sonho. Desde criança, isso nunca fez parte de mim. Todo mundo diz que vai mudar, que é uma fase… Mas não. Eu simplesmente não me vejo sendo mãe.”

Essa declaração virou trending topic em questão de horas. Para alguns, ela foi taxada como “fria”, “desapegada demais”. Para outros, um sopro de liberdade em um mundo que ainda insiste em colocar o útero como destino final de toda mulher.

Casar sim, mas ser mãe? Talvez nunca.

Apesar da contundência, Maísa não se mostra radical. Ela admite que, embora não deseje filhos, casar é um sonho que permanece vivo.

“Tenho muito mais vontade de casar do que de ser mãe. A maternidade, se vier, será algo natural. Mas não é uma meta. Não fico planejando como vai ser meu filho, ou o nome dele. Isso não me atrai.”

Ela confessa um medo quase paralisante da maternidade, não por repulsa, mas pela imensidão de responsabilidades que a acompanham. Para Maísa, trazer uma criança ao mundo é um ato que vai muito além do afeto — exige entrega física, emocional, mental, social.

“Ser mãe não é brincar de casinha. É entregar sua vida, sua rotina, seus sonhos, por outra pessoa. Eu não sei se quero isso. Pelo menos, não agora.”

Solteira há quatro anos — e não é por falta de opções

Outro ponto que incendiou a entrevista foi quando Maísa revelou estar solteira desde 2021, e que isso não a incomoda nem um pouco. Ela contou que, ao contrário do que muitos pensam, não está à procura de um amor a qualquer custo. O motivo? Altas exigências. Mas não por arrogância — e sim por influência direta de uma figura que ela admira profundamente: seu pai.

“Eu tenho um problema que é meio engraçado: meus pais têm um relacionamento tão bonito, tão respeitoso, que eu criei um padrão altíssimo. Meu pai trata minha mãe como uma rainha. E eu fico pensando: por que eu vou aceitar menos que isso?”

Ela define isso como “daddy issues reversos” — uma expressão que arrancou risos, mas também revelou a seriedade com que ela encara o amor.

“Ele ferrou minha vida amorosa (risos). Me ensinou a não me contentar com migalhas.”

Feminismo e liberdade: a maternidade como escolha, não obrigação

Maísa não está sozinha nessa jornada. Cada vez mais, mulheres jovens ao redor do mundo estão assumindo que não querem filhos — e não por egoísmo, mas por entendimento, por consciência de suas prioridades, por coragem de romper padrões.

“Ser mãe não me tornaria mais completa. Eu me realizo de outras formas: no trabalho, nos meus projetos, na minha liberdade. Isso deveria ser suficiente, né?”

Com essa fala, ela levantou um espelho para toda uma geração. Uma geração que, pela primeira vez, está podendo escolher o próprio caminho sem medo do rótulo de “incompleta”.

A indústria, o trabalho e a culpa invisível

Outro ponto que a atriz destacou foi o dilema que mulheres enfrentam no meio artístico ao se tornarem mães. Ela já viu colegas tendo que esconder a gravidez, evitar falar dos filhos ou se culparem por não conseguirem estar presentes em todos os momentos da vida das crianças.

“O mundo ainda não está preparado para mães que trabalham, muito menos para mães artistas. E eu me pergunto: quero passar por isso? Quero me dividir até não sobrar nada de mim?”

Reações violentas nas redes — mas Maísa não se cala

A internet explodiu em opiniões. Muitos aplaudiram sua lucidez e coragem.

“Maísa está anos-luz à frente de sua geração”, escreveu uma seguidora.

“Ela é o que muitas mulheres querem dizer e não conseguem”, disse outra.

Mas, claro, também vieram as críticas.

“Ela vai se arrepender!”

“É só uma fase.”

“Espera passar dos 30…”

Para todas essas, Maísa tem uma resposta simples:

“Talvez eu mude. Talvez não. Mas hoje, essa é minha verdade. E eu tenho o direito de vivê-la.”

Conclusão: Maísa e o novo grito de liberdade feminina

Maísa não é apenas uma atriz. Não é só uma ex-apresentadora mirim. Hoje, ela se posiciona como porta-voz de uma geração que quer amar sem se anular, construir sem se sacrificar, escolher sem se explicar. E se para isso ela precisar abrir mão da maternidade e ficar solteira por mais alguns anos — que assim seja.

Ela pode não sonhar em ser mãe. Mas está ensinando uma geração inteira a sonhar com algo ainda mais valioso: ser livre.