BOLSONARO TRAI MICHELLE E FLÁVIO SERÁ CANDIDATO! Fácil pro Lula

Em um movimento que sacudiu os bastidores da política brasileira, Jair Bolsonaro finalmente bateu o martelo: Flávio Bolsonaro será o nome escolhido para enfrentar Lula nas eleições presidenciais de 2026. A decisão, que já vinha sendo especulada nos círculos bolsonaristas, ganhou contornos ainda mais dramáticos após a crise entre Michelle Bolsonaro e o PL no Ceará. Agora, a escolha do ex-presidente não é apenas um gesto político — é uma reação direta, calculada e carregada de tensão, para barrar o avanço de Michelle e manter o poder dentro do clã.
Para muitos analistas, Bolsonaro não apenas escolheu Flávio — ele traiu Michelle. E é justamente essa mistura explosiva de estratégia, medo, disputa interna e sobrevivência política que torna 2026 um dos cenários mais imprevisíveis desde 2018. Mas se há uma certeza na equação, é a seguinte: com Flávio no ringue, o jogo fica ainda mais fácil para Lula.
O episódio que Bolsonaro nunca esqueceu: Flávio no debate da Band
Para entender a fragilidade dessa escolha, é preciso voltar a 2016. Enquanto candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro travavam um debate caliente na Band, um incidente grotesco marcaria para sempre a imagem pública de Flávio Bolsonaro.
Sim, aconteceu mesmo:
Durante o debate, Flávio Bolsonaro literalmente defecou nas calças.
Assessores tiveram de agir às pressas. O desconforto físico virou desconforto político — e desde então, este episódio circula como um fantasma que nenhum marqueteiro do mundo consegue exorcizar. Agora, dez anos depois, Bolsonaro coloca o mesmo Flávio para debater ao vivo com Lula em rede nacional. Para muitos, isso beira o surreal.
Lula já está vencendo em todos os cenários

Enquanto o bolsonarismo tenta reorganizar seu tabuleiro, Lula segue consolidado. Segundo a recente pesquisa AtlasIntel, o petista ainda lidera com folga e aparece vencendo no primeiro turno em praticamente todos os cenários testados.
E isso antes mesmo de Flávio ser oficialmente lançado.
Com o anúncio da candidatura, a avaliação geral é simples:
Se Flávio não defecar nas calças em algum debate presidencial, isso já será considerado uma vitória moral para a família Bolsonaro.
Mesmo dentro do PL, a confiança é baixa. O próprio Bolsonaro sabe que Flávio não tem chance real — e é justamente por isso que a escolha faz sentido dentro da lógica interna do bolsonarismo.
A real intenção de Bolsonaro: 2026 é só um teatro para 2030
A candidatura Flávio não foi pensada para vencer Lula. Essa não é a aposta. Nem de longe.
O objetivo é outro:
Manter o poder dentro da família Bolsonaro até 2030.
Se Bolsonaro escolhesse Michelle como candidata:
ela ganharia protagonismo nacional;
poderia disputar 2030 como nome forte e independente;
a liderança da direita deixaria de ser propriedade do clã Bolsonaro e passaria a ser propriedade… dela.
Bolsonaro não pode permitir isso.
Se escolhesse Tarcísio de Freitas:
o governador de São Paulo se tornaria a principal figura da direita;
conquistaria musculatura e autonomia;
poderia se desvincular do clã.
Bolsonaro também não pode permitir isso.
Com Flávio, o cenário é outro:
ele não ameaça o pai;
ele não cresce politicamente sozinho;
ele mantém o bolsonarismo “preservado”, mas sob controle total.
É uma jogada de sobrevivência — não para ganhar 2026, mas para evitar que o movimento bolsonarista morra antes de 2030.
A grande crise: Michelle desafiou o clã e quase tomou o controle
Tudo mudou depois do episódio no Ceará. Michelle Bolsonaro surpreendeu aliados, confrontou decisões do PL, criticou abertamente articulações com Ciro Gomes e, no fim, venceu o confronto interno. Flávio foi desautorizado, precisou se retratar publicamente e o clã Bolsonaro saiu derrotado — humilhado, segundo muitos observadores.
E mais: Michelle mostrou uma força política que poucos esperavam.
Enquanto Flávio fala e ninguém se importa, Michelle arrasta multidões, emociona fiéis e tem presença nacional. No bolsonarismo, há um ditado que virou realidade:
Michelle fala, a multidão ruge.
Flávio fala, o público vai ao banheiro.
E Bolsonaro percebeu o risco. Se nada fosse feito, Michelle poderia ganhar força suficiente para chegar a 2026 como a única opção viável da direita. E então, o protagonismo não seria mais da família — seria dela.
Isso não poderia acontecer.
Bolsonaro reage: neutraliza Michelle e a empurra para o Senado
A reação de Bolsonaro foi imediata e estratégica:
Lançou Flávio como candidato, mesmo sabendo que ele não vence Lula.
Tirou Michelle do tabuleiro presidencial, enfraquecendo seu potencial.
Empurrou Michelle para uma candidatura ao Senado, onde ela terá menos liberdade para circular pelo país, discursar e mobilizar massas.
No Senado, Michelle deixa de ser uma ameaça nacional e vira uma peça controlável.
No Planalto, Flávio vira um escudo — fraco, mas útil — para preservar o poder do pai.
Bolsonaro não está preocupado com vencer;
Ele está preocupado com não perder espaço dentro da própria direita.
Tarcísio respira aliviado
Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, Tarcísio foi avisado diretamente por Flávio sobre a decisão de Bolsonaro.
E para o governador de São Paulo, essa foi uma benção.
Entrar numa disputa direta contra Lula em 2026 seria:
politicamente arriscado,
estrategicamente contraproducente,
eleitoralmente suicida.
Tarcísio sabe que tem grandes chances de se reeleger em SP, talvez até no primeiro turno. Ele não iria abandonar isso para entrar numa briga perdida. Agora, com Flávio no front, Tarcísio fica livre para se manter no governo e pensar em 2030 ou 2034 sem precisar se submeter 24 horas por dia ao clã Bolsonaro.
Flávio Bolsonaro: um candidato que não empolga nem os aliados
Bolsonaro insiste que Flávio vai “ganhar musculatura” assim que for lançado. Mas a realidade é outra.
Flávio não tem:
retórica,
carisma,
engajamento,
narrativa,
presença de palco,
capacidade de mobilização.
Ele não convence, não atrai, não emociona.
Comparado a Michelle, parece um amador; comparado a Lula, parece um estagiário.
Em um debate presidencial, Lula engoliria Flávio com facilidade — ainda mais falando de temas populares como:
redução do imposto de renda,
políticas de emprego,
pauta social,
programas econômicos.
Flávio não tem discurso para enfrentar Lula, muito menos histórico.
E o eleitor sabe disso.
A pergunta que fica: isso ajuda Lula?
A resposta, quase unânime entre analistas, é:
Sim. Muito. Possivelmente no primeiro turno.
Flávio não divide a direita — ele a apaga.
Flávio não mobiliza — ele esfria.
Flávio não ameaça Lula — ele facilita.
Para Lula, é o cenário dos sonhos:
enfrenta um adversário fraco,
sem preparo,
sem trajetória nacional,
sem narrativa convincente,
e carregando um passado constrangedor que jamais será esquecido.
Conclusão: Bolsonaro trai Michelle para salvar o próprio poder — mas entrega 2026 de bandeja para Lula
A escolha de Flávio é, acima de tudo, um ato de autopreservação.
Bolsonaro sabe que 2026 está perdido — mas ainda assim sacrifica as chances reais da direita para evitar perder seu domínio interno.
Michelle foi barrada.
Tarcísio foi aliviado.
A direita ficou órfã de um nome competitivo.
E Lula ganhou um presente antecipado.
Agora, a pergunta que fica é:
Bolsonaro consegue manter o bolsonarismo vivo até 2030 só com o nome de Flávio?
Ou essa decisão é o começo do fim da influência da família na política brasileira?
O tempo — e os debates, com ou sem acidentes — vão dizer.