As 5 Depravações Sexuais Que Definiram o Imperador Calígula

O ano é 39 d.C. No coração de Roma. Dentro do Palatino, o maior palácio do mundo conhecido, uma mulher chamada Livia Orestila está de pé diante de um espelho de bronze polido. Suas mãos tremem enquanto ajeitam o véu de noiva pela última vez. É o dia do seu casamento com Gaius Piso, um senador respeitado, filho de uma das famílias mais antigas de Roma. Ela deveria estar feliz, mas há algo no ar que faz seu estômago revirar, uma sensação de pavor que ela não consegue nomear. Do lado de fora do quarto, ela ouve passos. Não são os passos leves das escravas, são botas militares, pesadas, deliberadas. A porta se abre sem que ninguém bata. E então ela o vê: Gaius Caesar Augustus Germanicus, o homem que todos chamam de Calígula, o Imperador de Roma. Ele tem 27 anos, cabelos escuros, olhos que parecem avaliar cada centímetro do seu corpo, como um comerciante avaliaria gado no mercado. Ele sorri e nesse sorriso Lívia entende. O casamento que deveria ser o dia mais feliz da sua vida, está prestes a se tornar seu pior pesadelo. Porque Calígula não veio como convidado, ele veio como predador.

O que aconteceu naquela noite foi registrado pelo historiador romano Suetônio em sua obra A Vida dos Doze Césares, escrita cerca de 80 anos depois dos eventos. Suetônio tinha acesso aos arquivos imperiais, aos diários dos senadores, às cartas interceptadas pela Guarda Pretoriana. Ele escreveu que Calígula entrou na festa de casamento de Lívia e Piso, comeu, bebeu e, no meio da celebração, simplesmente levantou-se, pegou a noiva pela mão e a levou para seus aposentos privados. Enquanto isso, o noivo, Gaius Piso, ficou sentado à mesa, imóvel. Porque recusar o Imperador não era apenas insubordinação, era sentença de morte. Horas depois, Calígula retornou ao banquete. Lívia vinha atrás dele. O véu estava rasgado, os olhos estavam vermelhos. Ela não olhava para ninguém. Calígula sentou-se ao lado de Piso e, segundo Suetônio, começou a descrever em detalhes explícitos o que havia acabado de fazer com a esposa dele. Ele falou sobre o corpo dela, sobre como ela havia reagido, sobre o que ela havia dito. E então, com a mesma naturalidade com que alguém comenta sobre o clima, Calígula anunciou que estava se casando com Lívia. O casamento de Piso foi anulado naquele instante e Livia Orestila tornou-se, por decreto imperial, a esposa de Calígula. Durou dois dias. No terceiro dia, Calígula a divorciou publicamente, alegando que ela era inadequada para a grandeza de Roma. E aqui está o que ninguém te contou nas aulas de história. Isso não foi um caso isolado. Foi o primeiro exemplo do que se tornaria o padrão de comportamento de Calígula pelos próximos dois anos, até ser assassinado por sua própria guarda em 41 d.C. O jornalista pede: Se você está interessado em documentos históricos que revelam as verdades enterradas nos arquivos de Roma, inscreva-se no canal. Cada visualização, cada curtida, cada inscrição nos ajuda a trazer mais uma voz das sombras da história. Agora vamos voltar ao palácio. Porque o que Calígula fez com Lívia foi apenas a primeira depravação. Havia quatro mais e cada uma delas foi pior.

A segunda depravação de Calígula foi transformar o palácio imperial no maior bordel de Roma. Mas não um bordel comum, um bordel onde as prostitutas eram as esposas e filhas dos senadores. Suetônio registra que depois de esgotar os cofres imperiais em festas, jogos e construções absurdas, Calígula precisava de dinheiro. Então ele teve uma ideia que mesmo para os padrões romanos era chocante. Ele mandou preparar várias salas do palácio como quartos de bordel. Decorou-as com pinturas eróticas nas paredes, incenso importado da Índia, camas cobertas com seda da China. E então ele enviou convites, não para prostitutas, mas para as matronas de Roma: as esposas dos senadores, dos generais, dos magistrados, mulheres que passavam a vida inteira protegendo sua reputação. Porque em Roma a reputação de uma matrona era tudo. O convite dizia que era uma festa privada no palácio. Honra imperial. Recusar não era uma opção. Quando elas chegaram, descobriram a verdade. Calígula as estava oferecendo aos homens mais ricos de Roma: comerciantes, banqueiros, governadores provinciais. Qualquer um que pudesse pagar. Os preços eram absurdos: $16.000 por hora, o equivalente a mais de $50.000 hoje. E o pior, os maridos estavam lá sentados em cadeiras ao redor do salão principal, forçados a assistir, enquanto suas esposas eram levadas para os quartos por homens que eles desprezavam. Calígula andava entre eles com uma taça de vinho, rindo, fazendo piadas sobre quem tinha o melhor negócio. Ele anotava tudo em um livro-razão: nomes, preços, tempo, como se estivesse gerenciando uma operação comercial. E tecnicamente estava, porque todo o dinheiro ia diretamente para os cofres imperiais. Suetônio escreve que algumas mulheres choravam, outras ficavam em silêncio, com os olhos fixos no chão, tentando dissociar suas mentes do que estava acontecendo com seus corpos. Uma mulher, cujo nome foi perdido na história, tentou se recusar. Ela gritou que preferia morrer a se deitar com um mercador de azeite. Calígula sorriu e então ordenou que ela fosse levada para fora da cidade e crucificada na Via Ápia para que todos que entrassem em Roma vissem o que acontecia com quem desafiava o Imperador. Depois disso, ninguém mais se recusou. Pense nisso por um momento. Roma, a maior civilização do mundo antigo, a cidade que conquistou três continentes, a superpotência militar que dominava desde a Britânia até o Egito. E no centro dessa civilização, no palácio que deveria representar a majestade de Roma, mulheres estavam sendo prostituídas à força, enquanto seus maridos assistiam impotentes. Essa não foi apenas uma violação de corpos, foi uma violação da própria estrutura social romana. Porque em Roma, um homem que não conseguia proteger sua esposa não era homem, e Calígula sabia disso. Ele não estava apenas arrecadando dinheiro, ele estava quebrando o orgulho dos homens mais poderosos de Roma, um por um, mostrando que não importava o quão rico você fosse, não importava quantas legiões você comandasse, não importava quantos ancestrais ilustres você tivesse: diante do Imperador, você não era nada. Sua esposa não era sua. Sua dignidade não era sua. Até sua capacidade de sentir vergonha pertencia a Calígula.

A terceira depravação foi o incesto, mas não qualquer incesto, incesto público. Calígula tinha três irmãs: Agripina, a Jovem, Drusila e Júlia Livila. Todas eram filhas de Germânico, o general mais amado de Roma, e netas de Augusto, o primeiro Imperador. Sangue imperial. Sangue sagrado. Segundo Suetônio e Cássio Dio, outro historiador romano, Calígula mantinha relações sexuais com as três irmãs. Mas Drusila era sua favorita. Ele a amava desde criança, não como irmão, mas como amante. Há relatos de que quando Calígula era adolescente, sua avó Antônia os encontrou na cama juntos. Ela ficou tão chocada que baniu Drusila da casa por meses. Mas quando Calígula se tornou Imperador, nada podia pará-lo. Ele trouxe Drusila de volta e não a escondeu. Ele a exibia. Em banquetes públicos, Calígula colocava Drusila para se reclinar na mesma cama que ele, uma posição que em Roma era reservada apenas para esposas, enquanto sua esposa oficial, Cesônia, reclinava-se em uma cama separada. A mensagem era clara. Drusila era sua verdadeira companheira. Algumas fontes sugerem que Calígula até tentou casar oficialmente com Drusila, mas mesmo em Roma, onde o incesto não era crime para a elite, casar com sua própria irmã era demais. Os senadores recusaram. Então Calígula fez algo pior. Quando Drusila morreu em 38 d.C., provavelmente de febre, Calígula a deificou. Ele declarou que ela era uma deusa, construiu templos para ela, ordenou que todos em Roma a adorassem. E aqui está a parte que te fará questionar tudo. Calígula não estava apenas fazendo isso porque amava Drusila. Ele estava fazendo isso para provar um ponto, para mostrar que ele estava acima das leis humanas, que ele podia fazer o impensável e ninguém podia detê-lo. Porque se o Imperador pode dormir com suas irmãs e transformá-las em deusas, então que lei pode limitá-lo? Que moralidade pode julgá-lo? Nenhuma. E todos em Roma entenderam a mensagem.

A quarta depravação foi ainda mais calculada. Calígula começou a convidar casais para jantares privados no palácio. Não festas grandes, jantares íntimos, apenas o casal, Calígula e talvez alguns servos. A atmosfera era relaxada, vinho fluindo, comida excelente, conversas sobre política, arte, filosofia. E então, no meio da noite, Calígula se levantava, caminhava até a esposa do convidado e a examinava. Literalmente. Suetônio escreve que Calígula levantava o queixo dela com a mão, como um comprador examinando uma escrava no mercado. Ele olhava seus dentes, tocava seu cabelo, passava os dedos pelo pescoço dela. Às vezes, ele pedia que ela ficasse de pé para que ele pudesse avaliar sua postura. Tudo isso enquanto o marido assistia, calmo, sorrindo, porque mostrar qualquer desconforto era perigoso. E então, se a mulher agradasse a Calígula, ele simplesmente a levava para fora da sala de jantar, porque as paredes do palácio eram finas o suficiente para que sons passassem. Meia hora depois, às vezes mais, Calígula voltava. A mulher vinha atrás dele, ajeitando o cabelo, evitando olhar para o marido. E Calígula se sentava de volta à mesa e começava a falar. Ele descrevia em detalhes o corpo da mulher, o que ela tinha feito bem, o que ela tinha feito mal. Ele comparava-a com outras mulheres que havia tido. Fazia comentários sobre suas habilidades técnicas. Suetônio registra uma cena em que Calígula, depois de voltar com a esposa de um senador chamado Valerius Catullus, sentou-se e disse: “Ela não é tão boa quanto sua mãe.” Valerius Catullus riu. Porque o que mais ele poderia fazer? Anos depois, depois que Calígula foi assassinado, Catullus revelou publicamente o que havia acontecido naquela noite. Ele disse que Calígula não apenas o havia humilhado, mas que a experiência havia esgotado completamente sua esposa. Ela nunca mais foi a mesma. Ela se recusava a deixar o quarto. Parou de comer. Três meses depois, ela morreu. Os médicos disseram que foi doença, mas Catullus sabia a verdade. Ela havia morrido de vergonha. E Calígula nem sequer se lembrava do nome dela. Para ele, ela era apenas mais uma.

A quinta e última depravação é a que quebra o coração, porque não foi apenas sobre poder ou prazer, foi sobre destruir a própria ideia de família. Calígula tinha uma filha, Júlia Drusila, nomeada em homenagem à sua irmã favorita. Ela nasceu em 39 d.C., filha de Calígula e sua última esposa, Cesônia. Cesônia era diferente das outras esposas de Calígula. Ela era mais velha, não era particularmente bonita, segundo os padrões romanos, mas Calígula parecia genuinamente apegado a ela. Há registros de que ele a levava consigo para inspeções militares, vestida com armadura, montada em um cavalo ao seu lado. Parecia, por um breve momento, que Calígula poderia ser capaz de amor. Então, Júlia Drusila nasceu e algo dentro de Calígula quebrou de vez. Ele começou a dizer que a criança havia herdado sua crueldade. Ele apontava para o rosto dela e ria, dizendo que ela já tinha os olhos de um assassino. Quando Júlia tinha apenas alguns meses de idade, Calígula começou a fazer testes. Ele colocava a criança perto de outras crianças de escravos e observava para ver se ela tentava machucá-las. Ele dizia aos senadores que estava treinando a próxima Imperatriz de Roma. Suetônio registra uma cena aterrorizante. Durante um jantar, um senador comentou que Júlia era uma criança bonita. Calígula olhou para ele e disse: “Se ela é minha filha, então ela tem meu sangue. E se ela tem meu sangue, então ela é perigosa. Talvez eu devesse matá-la antes que ela me mate.” Ele estava rindo quando disse isso, mas ninguém sabia se era uma piada. E aqui está o que te fará questionar tudo sobre poder e sanidade. Calígula realmente acreditava que estava certo. Ele acreditava que as leis que governavam pessoas comuns não se aplicavam a ele, porque ele não era uma pessoa comum, ele era um deus. Literalmente. Em 40 d.C., Calígula começou a exigir que as pessoas o adorassem como divindade. Ele construiu um templo para si mesmo no Fórum Romano. Colocou sua própria estátua coberta de ouro ao lado das estátuas de Júpiter. Ordenou que sacrifícios fossem feitos em seu nome. E quando alguém questionava isso, quando alguém ousava sugerir que talvez ele estivesse indo longe demais, Calígula respondia com uma pergunta simples: “Se eu posso fazer qualquer coisa que eu quero e ninguém pode me parar, então não sou eu um Deus?” Era uma lógica tortuosa, mas era a lógica de um homem que havia crescido em um mundo onde ele viu sua família inteira ser destruída pelo Imperador anterior, Tibério. Ele viu sua mãe morrer de fome no exílio. Ele viu seus irmãos serem executados por traição fabricada. Ele viu que em Roma poder absoluto significava sobrevivência. E quando ele finalmente obteve esse poder, ele o usou da única maneira que conhecia: sem limites, sem moralidade, sem humanidade.

Calígula reinou por menos de 4 anos, de 37 a 41 d.C. Mas, nesse curto período, ele conseguiu fazer o impensável. Ele transformou o Palácio Imperial em um bordel. Ele estuprou esposas de senadores enquanto os maridos assistiam. Ele dormiu com suas próprias irmãs. Ele humilhou os homens mais poderosos de Roma e ele chegou tão perto de matar sua própria filha que quando foi finalmente assassinado, os conspiradores não esperaram. Eles o esfaquearam 30 vezes no corredor do palácio, enquanto ele voltava dos jogos. Não houve julgamento, não houve debate, apenas justiça rápida, violenta, final. Os historiadores debatem até hoje se Calígula era insano ou simplesmente mau, se ele sofria de epilepsia, como alguns sugerem, ou se era apenas um homem corrompido pelo poder absoluto. Mas aqui está o que sabemos com certeza. Suetônio teve acesso aos arquivos imperiais. Ele leu as cartas, ele entrevistou pessoas que estiveram lá. E tudo que você acabou de ouvir está documentado em múltiplas fontes. Não é propaganda, não é exagero, é história. E a história de Calígula importa, porque ela nos mostra algo que ainda é verdade hoje: que poder sem limites não corrompe gradualmente. Ele explode. Ele destrói não apenas o poderoso, mas todos ao seu redor. As cinco depravações de Calígula não foram apenas crimes sexuais, foram crimes contra a própria ideia de civilização. Porque em uma civilização existem regras, existem limites, existe a noção de que algumas coisas são impensáveis. Mas quando uma pessoa, um único homem, tem tanto poder que pode fazer o impensável sem consequências, então não há mais civilização, há apenas caos. E todos que vivem sob esse caos se tornam vítimas. Você acabou de testemunhar uma das verdades mais sombrias da história romana. Se histórias como esta te fazem refletir sobre o quão frágil é a linha entre poder e monstruosidade, então inscreva-se e mantenha viva a memória daqueles que sofreram, porque algumas verdades merecem ser lembradas mesmo séculos depois.

Calígula foi assassinado em 24 de janeiro de 41 d.C. Sua esposa Cesônia foi morta no mesmo dia. Sua filha Júlia Drusila, com apenas 2 anos de idade, foi espancada até a morte pelos conspiradores. Não porque ela fosse uma ameaça, mas porque carregar o sangue de Calígula era crime suficiente. O Senado tentou apagar Calígula da história. Eles destruíram suas estátuas, queimaram seus decretos, tentaram fazer com que Roma esquecesse que ele havia existido, mas não funcionou, porque as cicatrizes que ele deixou eram profundas demais. As mulheres que ele violou continuaram vivas. Os maridos que ele humilhou continuaram vivos. E eles contaram suas histórias, passaram para seus filhos e seus filhos passaram para os historiadores. E agora, 2000 anos depois, ainda estamos falando sobre Calígula. Não porque ele foi um grande Imperador, mas porque ele foi um aviso, um lembrete de que a crueldade humana não tem limites e que quando o poder se torna absoluto, a monstruosidade se torna inevitável.

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