Minha Prima Chegou com Três Filhos e a Frase ‘Não Temos Para Onde Ir’. O Que O Cowboy Perguntou em Seguida Vai Te Chocar!

Sarah sentia a poeira levantada atrás da carroça enquanto ela seguia pelo caminho de terra rumo ao rancho de Caleb Morgan. Suas mãos, duras e calejadas, seguravam as rédeas com força, talvez demais. Três rostos pequenos espiavam por baixo da lona da carroça, os olhos cheios de incerteza. “Já chegamos, mamãe?” perguntou Emma, a mais nova, com apenas quatro anos. Sarah engoliu em seco. “Quase, querida. Já quase lá.”

A última vez que ela vira seu primo Caleb foi no funeral de sua avó, há oito anos. Naquele momento, ele já era um homem feito, alto, reservado, com aquela força silenciosa que parecia ser característica dos Morgan. Nos anos seguintes, trocaram cartas esparsas, mas sempre focadas nos detalhes necessários, sem muito espaço para o que realmente acontecia em suas vidas. Mas agora, ela não tinha mais a quem recorrer.

O rancho Double M surgiu à vista quando subiram a colina, modesto, mas bem cuidado, com uma casa branca de dois andares contrastando com a vastidão da paisagem do Colorado. Um homem estava na varanda, observando sua aproximação, uma das mãos descansando sobre o post e a outra protegendo os olhos do sol poente. Caleb.

Sarah puxou a carroça e parou no pátio. Por um momento, ninguém se moveu. Então Caleb desceu da varanda, seus passos pesados no cascalho. “Sarah.” Sua voz era mais grave do que ela se lembrava. “Olá, Caleb.” Ela tentou sorrir, mas seus lábios tremiam. “Faz tanto tempo.” Os olhos dele se desviaram para a carroça onde três rostos pequenos agora espiavam, Emma com seus cachos dourados, James de seis anos com seus olhos sérios, e Charlotte, de oito anos, que lembrava tanto o pai, o que fazia o coração de Sarah doer. “Esses são meus filhos”, ela disse suavemente. “Charlotte, James e Emma.” Caleb assentiu lentamente, com uma expressão difícil de ler. “Não sabia que tinha filhos pequenos.” “Há muita coisa que não sabemos um sobre o outro, parece.”

O silêncio se estendeu entre eles, quebrado apenas pelo som de um moinho de vento que rangia ao longe e o barulho nervoso das crianças. “Não temos a quem mais recorrer, Caleb.” As palavras saíram pesadas, com o peso de tudo o que ela havia passado nos últimos meses. Seus olhos, os mesmos azuis profundos dos dela, estudaram seu rosto. E então, sem emoção, ele fez a pergunta que ela temia. “E o pai deles?” Sarah sentiu a garganta apertar. Atrás de si, ouviu o suspiro agudo de Charlotte. “Thomas se foi.” Ela não conseguiu dizer mais nada. Não ainda. Não com as crianças ouvindo. Não com a memória ainda tão fresca. Algo nos olhos de Caleb mudou, talvez uma faísca de compreensão. Ele deu um passo à frente, olhando diretamente para as crianças pela primeira vez. “Vocês devem estar famintos depois da viagem”, disse, sua voz mais suave agora, destinada aos pequenos. “A Mrs. Peterson deixou um ensopado na panela antes de ir embora. Bastante para todos.” Emma espiou mais, a curiosidade evidente. “Tem cenouras?” Um sorriso fugaz tocou os lábios de Caleb. “Sim, senhorita. Com cenouras.”

Naquela noite, depois que as crianças foram acomodadas em camas cujos quartos cheiravam a cedro e lavanda, Sarah ficou na varanda com Caleb, o peso de sua história pairando entre eles no ar frio da noite. “Eu deveria ter escrito”, ela sussurrou. “Antes de chegar assim, mas não teria feito diferença.” “Família é família”, ele respondeu, olhando para o horizonte escuro. “É isso que ainda somos, depois de todo esse tempo?” Caleb se virou para ela, seu rosto meio iluminado pela luz da lanterna. “Algumas coisas não mudam, Sarah. Não importa quantos anos se passem.”

Naquele momento, sob o céu estrelado de Colorado, Sarah sentiu algo que não sentia há meses: esperança. O amanhecer chegou sobre o rancho Double M com raios dourados e rosas pintando o céu. Caleb já estava de pé há horas, verificando cercas, alimentando o gado. Sua mente, no entanto, estava cheia com a repentina mudança que havia se instalado em sua vida silenciosa. Ele pausou perto do curral, assistindo seu cavalo de corrida favorito trotar ao longo da cerca.

O som da porta de tela batendo chamou sua atenção de volta para a casa. Emma estava na varanda, com seu vestido de noite, os cachos dourados formando uma aura ao redor de seu rosto sonolento. “Bom dia, Sr. Caleb”, ela chamou, sua voz ecoando pelo pátio. Apesar de si mesmo, Caleb sentiu seus lábios se curvarem em um sorriso. “Bom dia, Miss Emma.” “Mamãe disse que não devo te incomodar quando você estiver trabalhando.” “Não me incomoda nem um pouco.” Ele caminhou em direção à casa, tirando o chapéu. “Você está acordada cedo.” “O galo estava muito barulhento”, Emma fez uma careta. “Você tem panquecas?” Atrás dela, Sarah apareceu na porta, parecendo aflita. “Emma, eu sinto muito, Caleb. Ela escapou enquanto eu estava me vestindo.” “Nenhum mal feito.” Ele subiu os degraus da varanda. “E para responder à sua pergunta, senhorita, acho que podemos fazer umas panquecas.”

Dentro, a casa já parecia diferente. Brinquedos no chão, uma escova de cabelo na mesa, pequenos sapatos alinhados perto da porta, sinais de vida onde antes havia silêncio. Mais tarde, quando Caleb mostrou Charlotte e James ao redor do celeiro, Sarah lavava as louças do café da manhã. Pela janela, ela observava seu primo, esse homem quase um estranho, ajoelhado mostrando a seu filho como alimentar com segurança uma das cavalos mais mansos. “Sua mãe me disse que você é bom com números”, Caleb estava dizendo a James, sua voz atravessando a janela aberta. James assentiu solenemente. “Eu sei somar, subtrair e multiplicar por dois.” “Impressionante”, Caleb descansou a mão brevemente no ombro do garoto. “Talvez precise de sua ajuda para calcular a ração um dia.” O rosto de James se iluminou. “Sério?”

Essa troca simples entre Caleb e as crianças marcou o começo de uma mudança, um novo começo para Sarah e seus filhos, e uma nova chance de construir uma família, uma que ela nunca imaginou ser possível após a dor que enfrentaram.

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