Mulher Apache Fechou Os Olhos Para MORRER – E Acordou Na Cama de Seu INIMIGO, Com uma Decisão Que Mudaria Tudo

Era 1883. O xerife Marcus Sullivan já havia visto sangue suficiente para durar dez vidas, mas nada o preparou para o que encontrou naquele beco atrás do Murphy’s Saloon.

Ela estava ali, caída entre as caixas de madeira, com seu vestido de pele de cervo rasgado e o cabelo escuro ensanguentado. Apache, ele pôde perceber pela joia de prata que ainda permanecia em seus pulsos e pelas cicatrizes ritualísticas nas suas costas. Alguém a espancara até quase matá-la e a abandonara para morrer.

Marcus Sullivan, Mac para os amigos, se abaixou ao lado dela, suas mãos calejadas tremendo ao procurar um pulso. Ainda estava viva, por pouco. Sua pele bronzeada estava marcada por hematomas, sua respiração era fraca. Na luz suave da lamparina que vinha da porta dos fundos do saloon, ele percebeu que ela era bonita. Perigosamente bonita. Ele deveria ter ido embora, deveria ter deixado a natureza seguir seu curso, mas algo dentro dele quebrou quando ela despertou e seus olhos escuros se encontraram com os dele.

“Ajude-me,” ela sussurrou em perfeito inglês.

Mac tinha passado 20 anos cumprindo ordens, fazendo o que era esperado dele. Agora, pela primeira vez, ele estava prestes a quebrar todas as regras que havia seguido por toda a sua vida.

Ele olhou ao redor. O beco estava vazio. O som de piano e risos bêbados vinha do saloon, abafando qualquer outro barulho. Mac pegou-a nos braços, levantando-a com cuidado. Ela estava mais leve do que deveria, com ossos afiados e músculos tensos.

“Não,” ela sussurrou, tentando empurrá-lo. “Deixe-me morrer.”

“Isso não vai acontecer,” Mac resmungou enquanto a carregava em direção ao seu cavalo.

A viagem até sua cabana levou 20 minutos, atravessando o matagal do deserto. A homestead de Mac ficava isolada, a três milhas da cidade, exatamente como ele preferia. Ele havia construído o lugar após a morte de Mary, quando as memórias na casa antiga se tornaram difíceis de suportar. Ali, no deserto, com o vento e os coiotes como companhia, ele podia beber sua laudanum em paz e esquecer.

Ao chegar em sua cabana, Mac a deitou na cama, a única cama no pequeno aposento. Ela estava inconsciente novamente, sua respiração irregular. Mac acendeu a lamparina e a observou. O espancamento tinha sido meticuloso, profissional. Costelas provavelmente quebradas, o rosto inchado, mas nada permanentemente danificado. Alguém queria que ela fosse machucada, mas não morta – pelo menos não rapidamente.

Enquanto aquecia água e começava a limpar as feridas dela, seus olhos se abriram. Ela deu um sobressalto quando o pano úmido tocou o corte em sua testa.

“Fique quieta,” ele disse suavemente. Ela o olhou com a intensidade de um animal selvagem, encurralado.

“Você é o xerife,” ela disse, fitando o distintivo em seu peito.

“Sou.”

“Então você deveria me prender.”

Mac olhou para ela, sua expressão séria. “Por quê? Por ser Apache na minha cidade?”

O silêncio entre eles ficou denso. Mac havia cumprido essas leis não ditas por anos, ignorando a justiça que era aplicada em becos e salas escuras, dizendo a si mesmo que era assim que as coisas eram.

“Qual é o seu nome?” ele perguntou, em vez de responder.

Ela hesitou. “Ayana.”

“Eu sou Mac,” ele disse, continuando a limpar suas feridas. “Quem fez isso com você?”

Ela apertou os dentes. “Homens que achavam que me possuíam.”

“Eles possuíram você?”

“Não. Nenhum homem me possui.”

As palavras dela tinham um tom de ferro, apesar da fraqueza. Mac acreditou nela. Havia orgulho em sua voz, no jeito como ela manteve a postura mesmo enquanto estava quebrada na cama de Mac. Orgulho que alguém tentara espancar dela, mas não conseguiu.

Ele estava enrolando uma bandagem ao redor das costelas dela quando ela pegou seu pulso. Sua pegada era surpreendentemente forte.

“Eu te conheço,” ela disse, com um tom de mudança na voz.

Mac parou. Reconhecimento apareceu nos olhos dela. E algo muito mais perigoso.

“Passagem Apache,” ela sussurrou. “Dois verões atrás, você estava lá.”

A lembrança atingiu Mac como um golpe físico. A carga de cavalaria, a luta desesperada, o guerreiro Apache que lutou como um demônio até que a bala de Mac encontrou seu coração.

“Você matou meu marido.”

O silêncio se estendeu como uma corda esticada. Mac não negou. Não podia.

“Homem alto,” Mac disse finalmente. “Pintura de guerra. Lutou até o fim.”

“Nalnish,” ela murmurou, o nome quebrando sua voz. “Ele era o chefe de guerra da nossa tribo.”

Mac parou. “Eu me lembro dele. Foram três homens para derrubá-lo.”

“Você lembra?” os olhos de Ayana brilharam. “Você lembra das mulheres e crianças que deixou desprotegidas? Você lembra como morremos de fome naquele inverno?”

A acusação atingiu Mac. Ele havia pensado sobre isso. Perdera o sono com isso. A laudanum não conseguia apagar tudo.

“Eu lembro,” ele disse quietamente.

Ayana tentou se sentar. Ignorando a dor. “Então por que me salvar?”

“Por que não me deixar morrer e terminar com isso?”

Mac olhou para ela. Realmente olhou. Mesmo quebrada e machucada, ela era magnífica, desafiadora. Não quebrada. Ela era tudo o que sua falecida esposa fora antes da doença a levar.

“Porque estou cansado da morte me perseguindo,” ele respondeu, surpreso com suas próprias palavras.

Nos dias seguintes, uma trégua incômoda se formou. As feridas de Ayana cicatrizavam lentamente, e Mac começava a voltar para casa, após os deveres de xerife, para verificar como ela estava. Ela nunca o agradeceu, mas também parou de tentar matá-lo com a faca de cozinha quando ele não estava olhando.

Ela lhe contou que fora capturada em um ataque, vendida para pagar dívidas de jogo de homens Apaches desesperados por uísque. Passara meses em um bordel em Santa Fé, antes de ser trocada novamente, acabando em Silver Creek, onde fora espancada quando recusou os pedidos de um cliente específico.

“Você poderia ter se submetido,” Mac disse uma noite enquanto trocava as bandagens dela.

“Sobrevivido.”

“Sobreviver sem honra não é sobreviver,” ela respondeu. “É uma morte lenta.”

Mac entendeu aquilo. Ele havia estado morrendo lentamente por três anos.

À medida que a força de Ayana retornava, sua beleza também se renovava. Mac se pegava observando-a enquanto ela se movia pela cabana, a luz do fogo iluminando sua pele, a forma graciosa como ela trançava o cabelo longo. Quando ela se banhava na bacia, ele se forçava a desviar o olhar, mas a imagem queimava em sua mente.

Uma noite, ela o pegou olhando. Ao invés de se cobrir, ela manteve seu olhar, desafiadora e orgulhosa.

“Você quer?” ela perguntou, não como uma pergunta, mas como uma constatação.

Mac engoliu seco. “Ayana…”

“O homem que matou meu marido quer me ter. Como isso se sente, xerife?”

Antes que ele pudesse responder, o som de botas na varanda. Mac pegou sua arma e fez sinal para Ayana ir para o quarto dos fundos.

“Mac, você está aí?” a voz do Deputado Clayton ecoou do lado de fora.

“Boa noite, Clayton.”

Clayton empurrou a porta, forçando passagem, seus olhos vasculhando a cabana.

“Você tem companhia, Mac?” Clayton perguntou, um sorriso frio nos lábios.

“É meu negócio, Clayton.”

Naquele momento, a conversa se transformou em algo mais ameaçador. Clayton estava ciente da situação, das tensões em torno de Mac. “O território quer um homem mais jovem,” Clayton disse. “Alguém que entenda como lidar com o problema Apache da maneira certa.”

Depois de Clayton sair, Mac encontrou Ayana perto da janela. Ela estava pálida, os olhos cheios de tristeza. “Ele sabe,” ela disse.

“Não importa,” Mac respondeu. “Eu sei o que importa.”

Na manhã seguinte, quando o sol ainda estava baixo no céu, Mac sabia que Clayton voltaria com reforços. Ele sabia que sua carreira provavelmente estava acabada e que sua vida também.

Mas Ayana tinha uma decisão a fazer. Ela escolheu o caminho da liberdade, do futuro incerto, mas o caminho dela.

Ela montou o cavalo e seguiu em direção ao sol nascente, carregando a memória de Max como uma chama sagrada em seu coração.

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