ESTOU IMUNDA… POR DENTRO E POR FORA,” ELA DISSE – O VAQUEIRO LEVANTOU O COBERTOR… E CONGELOU DE CHOQUE AO QUE VIU!

No verão de 1893, nas proximidades de Ghost Ranch, Novo México, o céu parecia pesar sobre a terra, e o calor se assentava pesado sobre tudo. A poeira se agarrava à pele, e até os lagartos se mantinham à sombra. Nada se movia. Nada ousava. Exceto um homem, Thomas Graves. Ele não procurava problemas. Estava apenas voltando para casa após negociar blocos de sal e balas na cidade. Um homem quieto, do tipo que falava pouco, mas lembrava de tudo. Quando virou em um caminho de desfiladeiro, avistou algo estranho debaixo de uma árvore de junípero. De longe, parecia um pacote de pano. Então, viu a pele, pálida, machucada, exposta. Ele parou abruptamente. Era uma garota, talvez 20 anos, talvez mais nova, enrolada em um cobertor sujo, mal pendurado em seu corpo. As pernas estavam arranhadas até o osso, os lábios rachados pelo sol e pela sede. Seu cabelo grudado ao rosto em tufos de sangue. Seus olhos, no entanto, estavam vazios. Ela não gritou, não se esquivou, não pediu ajuda. Apenas disse, com uma voz como vento seco atravessando cascalhos:

“Estou suja por dentro e por fora.”

Ele não precisou de mais explicações. Seus hematomas, o cobertor rasgado, os olhos vazios. Seu corpo contava histórias que nenhuma palavra jamais poderia. Aquelas palavras pairaram no ar como fumaça. Thomas não se moveu por um tempo. Ele já havia visto guerra, morte, visto o que os homens fazem quando ninguém está olhando. Mas nunca tinha visto uma alma tão quebrada que já não temia nada. Não perguntou o que aconteceu. Não perguntou quem fez isso. Apenas deu um passo à frente, colocou seu casaco no chão, e a pegou nos braços como se ela não pesasse nada. Não por heroísmo, não por misericórdia, mas porque era a única coisa a se fazer. Ela não resistiu. Apenas repousou sua cabeça no peito dele, como se estivesse esperando alguém dar permissão para parar de correr. E naquele momento, sob aquela árvore, com o sol assando a terra e o mundo cruel demais para se importar, um homem que perdeu tudo encontrou alguém que tinha ainda menos. Ele não sabia o nome dela. Não sabia a história dela. Mas sabia disso: seja qual for o inferno de onde ela veio, ela não voltaria sozinha.

O que aconteceu a seguir os mudaria para sempre.

O Caminho de Volta para a Fazenda

O caminho de volta até a fazenda foi longo, áspero e quieto. Thomas não disse uma palavra, e a garota também não. Ela apenas se apoiava nele, olhos fechados, seu corpo tremendo de vez em quando, como se seus nervos ainda não tivessem entendido que ela estava segura. A fazenda ficava escondida atrás de uma linha de colinas cobertas de arbustos, tranquila e longe da cidade, exatamente do jeito que Thomas gostava. Nenhum vizinho, nenhuma pergunta, apenas madeira rangendo, janelas empoeiradas e o som suave do vento passando pelas cercas quebradas.

Ele a deitou no velho catre no canto da cabana, trouxe água morna, colocou um vestido limpo da sua falecida esposa na mesa e, sem dizer uma palavra, saiu para a varanda e a deixou sozinha. Acendeu um cigarro e observou o céu se transformar de dourado para ferrugem.

Ele não sabia o que ela faria. Fugir, chorar, talvez quebrar algo. Mas ela não fugiu. Na manhã seguinte, ele a encontrou no celeiro, sentada em silêncio, abraçando um saco de ração como se fosse a última coisa macia no mundo. Ela não disse nada. Ele lhe ofereceu uma lata de feijão e um pedaço de pão de milho. Ela comeu devagar, como alguém que aprendeu a não confiar em comida que aparece facilmente.

Mais tarde, ela pediu um pente. Foi a primeira coisa real que ela disse. Ele lhe entregou um, observando enquanto ela trabalhava nas mechas em silêncio. Então, uma única vez, ela perguntou: “Por que você não me tocou?”

Ele a olhou por um longo momento antes de responder: “Porque ninguém deveria.”

Ela não chorou, mas seu lábio tremia o suficiente para trair a tempestade que ela estava segurando. Naquela noite, ela não dormiu no celeiro. Ficou dentro de casa, enrolada em um cobertor perto do fogo. Thomas não pressionou, apenas se sentou novamente na varanda, ouvindo os coiotes uivarem à distância. E na quietude daquela segunda noite, algo mudou. Ela ainda não estava segura. Mas pela primeira vez, não estava sozinha.

A Pressão Crescendo

Não se passaram nem três dias antes de uma figura do passado aparecer novamente. Enquanto Thomas saía para a cidade para pegar algumas coisas, ela se escondeu, de volta ao lugar onde os olhos da cidade pudessem vê-la. Thomas viu o homem vindo em sua direção, com um sorriso que não parecia amigável.

“Ah, veja quem o gato arrastou de volta,” o homem disse, rindo, mas seu tom estava longe de ser amistoso.

Thomas virou-se, e o homem, alto e vermelho de raiva, estava visivelmente bêbado, mesmo ao meio-dia. Ele se aproximou mais, enquanto a garota congelava de medo. O homem então disse: “Ela não te contou, né? Tivemos um acordo. A mocinha fugiu antes da hora marcada.”

Sem pedir explicações, Thomas avançou e deu um soco tão forte que o homem voou para o chão, ainda com um sorriso nojento no rosto. Ele cuspiu sangue. “Você acabou de fazer inimigos, velho. Não faz ideia de quem está por trás de mim.”

“Não me importo com quem está atrás de você. Ela não é sua,” Thomas disse calmamente.

Eles saíram da cidade na mesma hora. Mas as palavras seguiram-nos como uma maldição.

O Caminho de Volta e a Luta Final

Aquela noite, Thomas fez os preparativos. A guerra estava se aproximando. Não demorou muito até que os sinais aparecessem: rastros, frescos, claros demais para serem apenas comerciantes perdidos. Thomas sabia o que estava acontecendo. Eles estavam sendo seguidos.

Na quarta noite, pegaram o primeiro. Um dos homens foi preso em uma armadilha de corda, quebrando a perna. Ele gritou, mas ninguém ouviu. Thomas o arrastou para longe do caminho e, sem alarde, fez uma única pergunta: “Quem te mandou?”

O homem apenas riu, cuspindo sangue. “Você vai ver. Você acha que isso é pessoal? Ela viu coisas… coisas que não deveriam sair daquela casa.”

Naquela noite, tiros ecoaram na madrugada. Nenhum acerto, mas foi claro. O outro estava por perto.

O que veio a seguir não foi apenas sobrevivência, mas guerra. Pedra após pedra, respiração após respiração. Quando tudo terminou, apenas Thomas estava de pé, com sangue nas mangas e fumaça nos pulmões. E ela ainda estava lá, viva, olhando para ele, sem saber se deveria chorar ou falar.

Você matou por mim, disse ela.

Thomas olhou para ela, limpando a boca. “Eu vivo por você primeiro.”

Mas não era o fim. Ainda havia algo mais a ser revelado.

Conclusão

Após semanas, na calmaria de uma nova vida, Thomas e Eda nunca mais olharam para trás. Nenhuma explicação, nenhum retorno à cidade. Às vezes, o mundo não precisa da sua história. Só precisa de você para sobreviver a ela.

Eles não voltaram à cidade, não explicaram nada. Mas, para os dois, o que ficou foi a certeza de que ainda há caminhos a seguir, mesmo depois de tanto sofrimento.

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