Enviaram a Noiva Cega para o Fazendeiro Como uma Piada… Mas Ela Voltou Com Dois Bebês!

Era uma noite quente de verão quando o carro de bois parou em frente à cerca do rancho de Jed Collins. A poeira que subia das rodas parecia uma capa, cobrindo tudo ao redor, como um manto sombrio. Fa Carile estava sentada ali, imóvel, com as mãos delicadamente sobre o colo. Seus olhos, vazios de visão, estavam fixos em algum ponto à frente, como se ela pudesse ver além do que os outros podiam.

A beleza de Fa era inegável, com seus cabelos dourados que brilhavam à luz do sol, sua pele delicada e suas feições de porcelana. Mas os três homens que a acompanhavam não estavam prestando atenção em sua beleza. Eles riam, sussurrando entre si.

“Vai lá, diz a ele”, disse Otis Caldwell para seu companheiro, mal conseguindo segurar o riso. “Diz a ele sobre a esposa dele.” O som da porta de uma casa rústica rangendo ao abrir ecoou no ar, seguido por passos pesados na madeira da varanda. Jed Collins apareceu à porta, um homem alto com mãos calejadas e olhos da cor das nuvens de tempestade. Ele olhou para o carro de bois e para Fa, ainda sentada dentro, sem se mover, e algo em seu olhar mudou.

“Que história é essa?” Sua voz era calma, mas carregava o peso de um homem que não desperdiçava palavras.

Otis desceu do banco do condutor e sorriu largo. “Sua noiva, Jed, como combinamos. Fa Carile, como prometido.” Ele fez uma pausa, saboreando o momento. “Claro, talvez tenhamos esquecido de mencionar um pequeno detalhe na carta.”

Fa virou a cabeça em direção aos sons das vozes e, naquele momento, Jed percebeu. Seus olhos eram azuis como o céu de inverno, lindos além da medida, mas vazios de visão. Ela era cega.

O silêncio pairou entre eles, espesso e tenso. Otis e seus amigos esperavam uma explosão, esperavam que Jed ficasse furioso, que mandasse Fa embora com um palavrão. Eles haviam planejado essa piada cruel por semanas, com a precisão de uma operação militar. Mas Jed não reagiu como eles esperavam. Ele deu um passo à frente, aproximando-se da carruagem e observando Fa, que ainda se mantinha ereta, digna, apesar da crueldade ao seu redor.

“Miss Carile”, disse ele calmamente.

Ela se virou em sua direção, e pela primeira vez, os homens pararam de rir. Havia algo na maneira como ela se portava, algo que sugeria que eles haviam subestimado mais do que apenas sua beleza.

“Sr. Collins”, respondeu ela, sua voz firme apesar da insegurança que, com certeza, queimava por dentro.

Nenhum dos três homens imaginava que aquele momento, essa piada cruel que deveria humilhar os dois, se tornaria o início de algo que abalaria as fundações de tudo o que pensavam saber sobre força e o verdadeiro significado da visão.

“Não vai perguntar o que estamos fazendo aqui?” Otis disse, desconcertado. “Enviamos uma mulher cega, Jed. Uma noiva cega.”

Jed apertou os dentes, mas seus olhos nunca deixaram o rosto de Fa. Ela estava ali, com a postura ereta, a cabeça erguida, uma dignidade que cortava o ar, como uma lâmina afiada. “Eu posso ouvir vocês falando de mim como se eu não estivesse aqui”, disse Fa, calmamente, mas com força suficiente para fazer Otis recuar.

“Se esse acordo não for aceitável para o Sr. Collins, então me leve de volta à cidade. Eu não ficarei onde não sou bem-vinda.”

As palavras de Fa atingiram Jed como um soco no estômago. Ele pensou na carta que recebera três semanas antes, na proposta cuidadosamente escrita pela comunidade, oferecendo-lhe uma esposa. Ele, um homem solitário que administrava um rancho, precisava de uma esposa. Eles escreveram, alguém para cozinhar, limpar, gerar filhos, alguém para compartilhar o peso da vida na fronteira. Eles não mencionaram o nome dela, não mencionaram sua cegueira. Mas agora, olhando para ela, Jed percebeu que também não haviam mencionado sua força.

“Miss Carile”, disse ele, sua voz mais suave agora. “Você me permitiria ajudá-la a descer da carruagem?”

Otis riu nervosamente. “Jed, você não pode estar falando sério. Ela é cega. Não pode cozinhar, não pode limpar, não pode fazer nada que uma esposa de rancho precise fazer. Isso tudo foi para ensinar uma lição.”

“Que lição seria essa?” Jed perguntou, seus olhos agora frios ao olhar para Otis. “Que quem mendiga não pode escolher?”

Otis olhou para a mulher, com uma expressão cruel. “Você recusou todas as mulheres que apresentamos a você. Pensamos que se enviássemos uma mulher danificada, você finalmente apreciaria o que poderia ter.”

Fa sentiu suas mãos tremerem ligeiramente, mas sua voz não vacilou. “Eu entendo a situação agora, Sr. Collins. Sou claramente vítima de uma ideia cruel de alguém. Se o senhor quiser que esses homens me levem de volta à cidade, eu encontrarei meu próprio caminho.”

Mas enquanto Jed estendia a mão para ela, algo passou entre eles que nenhum dos outros viu. Seus dedos encontraram os dele com surpreendente precisão. E no momento em que suas peles se tocaram, algo mudou no ar ao redor deles.

“Você não vai para lugar nenhum”, disse Jed, sua voz calma e cheia de certeza.

E naquele instante, Otis percebeu que a piada que ele havia orquestrado não estava indo conforme o planejado.

Fa olhou para Jed, sua expressão cautelosa, mas com uma esperança cautelosa misturada com descrença. “O senhor não entende o que está fazendo comigo”, ela sussurrou.

Mas Jed não se afastou. Ele sabia que havia algo mais nela do que os outros tinham percebido. E assim começou a jornada de Fa Carile, que, contra todas as probabilidades e todas as piadas cruéis, provaria a todos que a verdadeira força vem de dentro, não importa o que os outros vejam.

E enquanto os homens de Otis se afastavam, Jed sabia que sua vida estava prestes a mudar para sempre.

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