Cowboy Encontra Três Apaches no Riacho, Que Não Fogem: O Início de Uma Escolha Corajosa no Kansas

O sol pairava alto sobre as colinas de Wyoming naquela tarde pesada de verão de 1879. Grant Macauen seguia o riacho estreito com passos firmes e cuidadosos, verificando a cerca que parecia sempre quebrar após uma noite de vento forte.
Ele se portava da mesma maneira desde que enterrara sua irmã, dois anos antes: ombros eretos, mandíbula cerrada, o silêncio sendo um hábito que ele não se incomodava mais em quebrar.
A terra permanecia quieta, exceto pelo murmúrio do riacho e o roçar suave dos galhos contra sua camisa.
Ele parou ao ouvir algo que não pertencia ao gado, ao vento ou aos pássaros: um respingo suave seguido por uma risada silenciosa e leve. Aquele som o fez ficar rígido, pois ele não ouvia alegria tão de perto há muito tempo.
Grant avançou com cautela, afastando um galho. A cena do outro lado o congelou no lugar. Três jovens mulheres Apache estavam com a água na altura dos joelhos em uma curva rasa do riacho.
A água escorria em suas pernas enquanto lavavam a sujeira e o suor da pele. Seus cabelos pendiam longos e pesados. Seus vestidos de pele de veado estavam sobre as rochas próximas.
As mulheres o viram no mesmo segundo em que ele as viu. Todo movimento parou. Os olhos se aguçaram, os corpos ficaram tensos, como se esperassem o pior.
Grant levantou ambas as mãos ligeiramente, palmas abertas, e recuou, sem dizer uma palavra. Seus dedos não se aproximaram do revólver em seu quadril. Ele manteve o olhar fixo no chão à sua frente.
Uma mulher saiu da água devagar, a água escorrendo por suas pernas enquanto pegava a parte de cima do vestido na rocha. Ela pressionou-a contra o peito, a respiração irregular, mas não correu.
Essa mulher, Seiya, tinha um vestido rasgado. A frente rasgara na altura do peito durante o que quer que tivessem sobrevivido, deixando uma linha visível que ela tentava proteger com o braço.
Grant manteve o foco constante e respeitoso no chão entre eles, para que ela soubesse que ele não tinha a intenção de machucar.
“Não queremos problemas,” ela disse em inglês cauteloso e com sotaque, a voz tensa de medo e exaustão.
“Eu também não,” Grant respondeu calmamente, no mesmo tom que usava com cavalos assustados. “Estou apenas verificando minha cerca.”
Ela o estudou. A companheira permaneceu logo atrás, observando cada respiração dele.
“Você veio sozinho?” ela perguntou.
“Sim.”
Grant estendeu a mão lentamente até sua bolsa de sela e pegou um embrulho envolto em pano. Ele o colocou em uma rocha plana a meio caminho entre eles, depois recuou novamente.
As mulheres não se moveram. Então Seiya se aproximou, os olhos fixos nele até que alcançou o embrulho e levantou o pano. Dentro havia pão.
Ela partiu um pedaço, deu um pouco para as outras, e quando olhou para ele, algo em sua postura havia mudado. Ainda havia preocupação, mas o medo agudo havia diminuído.
“Qual é o seu nome?” ela perguntou.
“Grant Macauen.”
Ela tocou o decote rasgado novamente, tentando manter o tecido junto. “Meu nome é Seiya.”
O nome se instalou entre eles como algo frágil. Grant inclinou a cabeça em reconhecimento. Seiya notou como ele mantinha as mãos paradas e nunca se aproximava da arma.
“Nós não estávamos nos banhando por conforto,” disse Seiya, a voz apertando novamente. “Nosso acampamento foi atacado. Corremos para a floresta. Minha irmã foi levada.”
Grant não pressionou por mais. “Eu sinto muito.”
Ela olhou para o tecido molhado do vestido e depois para ele. “Não nos resta nada.”
“Vocês podem pegar cobertores,” disse Grant, acenando para seu cavalo. “E mais pão.”
Seiya trocou um olhar com as outras mulheres. Ela se aproximou lentamente enquanto Grant colocava os itens no chão. Quando ela pegou o cobertor, seus dedos roçaram a borda da mão dele por um breve segundo. O contato a assustou, mas ela não se afastou. Grant permaneceu parado, firme.
Quando ela finalmente recuou, apertou o cobertor contra o peito. “Você nos ajudou sem pedir nada,” ela disse.
“Parecia que vocês precisavam.”
O silêncio se alongou. O sol baixou, e as companheiras de Seiya se reuniram com seus pertences. Antes de partirem, Seiya olhou para Grant mais uma vez.
“Você é diferente dos homens de quem fugimos,” ela disse suavemente.
“Estou apenas tentando fazer o certo.”
Ela assentiu, depois se afastou com as outras. Seus pés descalços deixaram marcas úmidas nas rochas até que as árvores engoliram seus últimos rastros. Grant permaneceu no riacho muito depois que elas desapareceram. Pela primeira vez em anos, o silêncio ao seu redor não parecia o mesmo.
Grant seguiu a cerca até que o céu escureceu. Seu ritmo era o mesmo, mas sua mente voltava constantemente para a curva do riacho.
Seus passos arrastaram-se pela terra seca enquanto ele caminhava em direção à cabana. Ele viu o contorno familiar do pequeno prédio, mas notou algo. Fumaça subia fraca da chaminé. Ele não havia acendido o fogo.
Isso significava que outra pessoa o tinha feito.
Ele diminuiu o passo imediatamente. Atingindo a beira do pátio, ele notou pequenas pegadas descalças na entrada. Três pares.
Elas tinham vindo para cá. As mesmas mulheres. Ele não esperava que elas confiassem nele.
Ele entrou devagar. O fogo crepitava baixo no fogão, emitindo um brilho laranja que preenchia a cabana. As três mulheres Apache estavam sentadas perto do fogão, envoltas nos cobertores dele.
Seiya levantou-se imediatamente. “Viemos porque não tínhamos para onde mais ir,” ela disse, a voz quieta, mas firme. “Não arrombamos. A porta não estava trancada.”
Grant exalou lentamente. Não estava zangado. “Vocês estão seguras aqui. Podem ficar até recuperarem as forças.”
Seiya se aproximou. “Os homens que atacaram nosso acampamento não eram invasores de passagem. Eles estão nos procurando. Eles conhecem estas florestas. Se nos escondermos nas árvores, eles nos encontrarão antes do amanhecer.”
Grant entendeu. Caçadores habilidosos. Homens que não parariam.
“Por que eles invadiram seu acampamento?” ele perguntou, dando a Seiya a chance de preencher a lacuna que o ouvinte exigiria.
Ela engoliu em seco. “Nos recusamos a sair. Eles queriam nossos cavalos. Queriam minha irmã porque ela pode trocar ervas e remédios.”
“Onde era o seu acampamento?”
“Cerca de cinco quilômetros a nordeste, perto da crista da rocha rachada. Não podemos voltar.”
Grant puxou uma cadeira e gesticulou para que se sentassem. Seiya o observava com uma avaliação silenciosa, como alguém decidindo se um homem pode ser confiável a longo prazo.
“Você está ferida,” disse Grant, notando o tremor sutil em seus braços. “Todas vocês estão.”
Ele pegou uma pequena caixa de estanho e a colocou na mesa. “Eu tenho pomada e ataduras.”
Nenhuma das mulheres se moveu. Grant esperou. A paciência dele foi a resposta de que precisavam.
Seiya se aproximou primeiro, sentando-se à sua frente. Ela colocou a mão na mesa, com a palma para baixo, mostrando um arranhão nos nós dos dedos. Grant abriu a lata, mergulhou os dedos na pomada e fez uma pausa, esperando que ela assentisse antes de tocá-la.
Ele aplicou o unguento com pressão firme e cuidadosa. A respiração dela diminuiu, não de dor, mas por perceber que ele não estava tentando reivindicar nada através do gesto.
“Por que você não nos deixou no riacho?” perguntou Seiya, observando-o. “A maioria dos homens teria ido embora ou tentado nos forçar a segui-los.”
Grant não olhou para a mão dela enquanto enfaixava seus nós dos dedos. “Você parecia assustada. Eu não encurralo pessoas assustadas.”
“Você não fala muito.”
“Falar não me ajudou muito no passado.” A resposta dele tinha peso. Fez com que ela parasse.
Ela se inclinou ligeiramente. “O que aconteceu com sua irmã?”
Grant manteve o movimento firme enquanto respondia. “Disputa de terra. As pessoas agiram com raiva. Ela foi pega no meio.”
“Ela era jovem?” Seiya perguntou, a voz baixa.
“Jovem demais.”
Ele terminou de enfaixar sua mão e colocou os suprimentos restantes na mesa para que as outras duas mulheres pudessem se aproximar.
Seiya não se afastou. Ela permaneceu sentada à sua frente.
Lá fora, o vento mudou. Alguém ou algo se moveu perto da linha das árvores. Grant levantou-se imediatamente, ouvindo, a cabeça inclinada para a janela.
O som não era alto, mas também não era aleatório. As mulheres congelaram. Seiya levantou-se e se aproximou dele instintivamente.
Grant moveu-se para a janela, levantando a cortina apenas o suficiente para ver o pátio escurecendo.
“Eles estão perto,” sussurrou Seiya.
“Talvez,” murmurou Grant. “Ou talvez seja apenas o vento.” Ambos sabiam que não era apenas o vento.
Grant abaixou a cortina e virou-se para ela. “Vocês podem ficar aqui esta noite. Barrem a porta quando eu sair. Vou garantir que nada esteja se aproximando demais.”
Seiya agarrou seu pulso, detendo-o. O toque dela era leve, mas firme. “Não nos deixe sozinhas por muito tempo.”
Grant assentiu. “Não vou.”
Ele saiu. As mulheres fecharam a porta.
Grant moveu-se para o pátio e notou um conjunto de pegadas na poeira. Rasas, deliberadas, e espaçadas como as de alguém tentando não ser ouvido. Não eram as pegadas das mulheres. Eram maiores, mais pesadas. Alguém as tinha seguido.
Ele voltou para a porta, bateu duas vezes e esperou que a barra fosse levantada.
“Você encontrou algo,” disse Seiya.
“Pegadas,” respondeu Grant. “Alguém rondou o quintal antes de eu chegar em casa. Estava observando.”
Seiya deu um passo à frente. “Os homens que levaram minha irmã não são estranhos a esta terra. Eles se movem em pequenos grupos. Eles se esgueiram, depois atacam rápido.”
“Por que eles as seguiriam para tão longe do seu acampamento?” ele perguntou.
Seiya aceitou um copo de água, as mãos tremendo. “Porque eles levaram minha irmã. E eles acham que voltaremos por ela. Eles a estão usando como isca.”
Grant sentou-se. Seiya respondeu às perguntas não feitas.
“O nome dela é Ta. Ela tem 17 anos. Ela conhece medicina. Os invasores a levaram porque ela pode mantê-los vivos por mais tempo.”
“Por que vocês não procuraram ajuda do seu povo?”
“Nossa tribo se dispersou dias atrás. Não sabemos onde eles estão agora. E não sabemos mais em quem confiar.”
A menor das mulheres perguntou: “Eles virão aqui?”
“Se viram seus rastros levando para este lugar,” disse Grant, cuidadosamente. “Eles podem vir, mas ainda não estão perto. Temos tempo.”
“Por que você está nos ajudando?” perguntou Seiya suavemente.
Os olhos de Grant baixaram por um momento. “Porque eu vi o que acontece quando as pessoas são deixadas sozinhas com o perigo se aproximando. Eu não vou deixar isso acontecer aqui.”
A resposta dela fez a respiração de Seiya diminuir, não de alívio, mas por reconhecer um homem que havia perdido alguém e se recusava a repetir o erro.
Seiya notou que Grant não tinha fotos de família ou itens pessoais. Ela se aproximou. “Não há presentes de sua irmã?” ela perguntou gentilmente.
“Eles queimaram no fogo que a levou,” ele disse.
Seiya colocou a mão na mesa perto da dele. “Você não precisa ficar sozinho com essa memória.”
Lá fora, o vento mudou novamente. Grant foi para a janela e levantou a cortina. “Eles ainda não estão aqui,” ele disse. “Mas estão procurando.”
Seiya se aproximou dele, o ombro roçando seu braço. “O que faremos?”
“Amanhã,” disse ele, a voz firme. “Nós vamos encontrar sua irmã.”
O fôlego de Seiya parou. “E esta noite?” ela perguntou.
“Esta noite,” disse Grant, abaixando a cortina. “Vocês ficam na cabana, e eu vigiarei.”
Ela tocou as costas de seu pulso. “Eu confio em você.”
Grant apenas permitiu que o momento se instalasse entre eles.
Grant ficou perto da porta, ouvindo a escuridão se instalar. Ele sabia que não havia lugar seguro para enviá-las. “Não há lugar seguro para onde enviar vocês,” ele disse baixinho. “A crista é muito aberta, e a cidade é muito longe. Resolveremos isso aqui.”
Seiya acordou e o viu. “Você não dormiu.”
“Estou bem,” ele respondeu. “Preciso que você esteja firme quando começarmos a procurar por sua irmã.”
Ela se levantou. Ela olhou para um pequeno cavalo de madeira esculpido em uma prateleira. “Isso pertencia à sua irmã?”
“Ela fez para mim.”
“Ela deve ter amado você.”
“Ela era brilhante, gentil demais para o mundo em que vivíamos,” ele disse. “Eu carrego a memória dela porque mais ninguém o fará.”
Um baque suave soou lá fora, um som abafado de bota batendo na terra. A postura de Grant mudou instantaneamente.
“Há alguém lá fora,” disse Grant. “Ele está verificando o lugar antes que os outros cheguem.”
“Ele virá até a porta?” perguntou Seiya.
“Ainda não. Ele está esperando o escuro ficar mais profundo.”
Grant vestiu o casaco. “Ele precisa saber que este lugar não é um alvo fácil.”
“Você estará caminhando para o perigo,” disse Seiya, a voz trêmula.
“Eu não planejo lutar. Eu só quero que ele saia da propriedade.”
Seiya agarrou o pulso dele novamente. “Se algo acontecer com você, não sobreviveremos.”
“Nada vai acontecer comigo.”
“Volte,” ela sussurrou.
“Eu voltarei,” ele disse.
Ele saiu. O homem escondido entre as árvores se moveu. Grant parou na beira do pátio, as mãos abertas.
“Você já viu o suficiente,” ele disse na escuridão. “Se você se aproximar, responderá a mim.”
O homem recuou para a escuridão mais profunda, movendo-se silenciosamente. Grant esperou. Quando ele voltou para a cabana, Seiya abriu a porta com alívio visível.
“Ele se foi,” disse Grant. “Mas voltará com mais homens.”
“Saímos ao primeiro sinal de luz,” disse Grant. “Encontraremos sua irmã antes que a usem para encontrar vocês.”
Ao amanhecer, Grant liderou-as para longe do rancho. Ele usou uma trilha antiga de caça.
“Eles ainda estão avançando para o sul,” ele murmurou. “Eles não perceberam o erro.”
“Onde eles a estão mantendo?” perguntou Seiya.
“Na ravina, perto da rocha rachada.” Grant estudou a terra, observando o ângulo das rochas e os esconderijos. “Eles colocarão um guarda na entrada, outro mais fundo. O líder ficará perto de Ta.”
“Como você sabe disso?”
“Porque é assim que eu faria se não quisesse que ninguém entrasse ou saísse.”
Seiya não discutiu. Ela liderou as outras mulheres para trás de um pinheiro caído.
“Não me deixe para trás,” ela sussurrou para Grant.
“Eu não vou,” ele respondeu.
Grant deslizou para a ravina com passos medidos. O ar estava frio. Ele viu o reflexo fraco de algo metálico à frente. Uma arma.
Ele encontrou o guarda e o derrubou. Um a menos.
Ele se moveu para uma clareira escondida. Duas barracas improvisadas. Dois homens sentados. E Ta, sentada ao lado de um tronco caído, com os pulsos frouxamente amarrados. Ela estava viva, mas com hematomas.
Grant descobriu que eles não a levaram apenas como isca. Eles precisavam do conhecimento dela em medicina.
O líder se levantou, percebendo o barulho da luta. “Saia,” chamou o líder.
Grant avançou. Quando o líder levantou a arma em direção a Ta, Grant agiu. Ele desviou o braço do homem, enviando a bala para o ar. O tiro ecoou pela ravina.
Grant empurrou o homem contra uma rocha, nocauteando-o.
Ta olhou para Grant. “Você não está com eles.”
“Não,” disse Grant. “Sua irmã me enviou.”
“Seiya está viva!”
“Está,” ele disse. “E esperando.”
Ele cortou a corda em seu pulso. Ta levantou-se. Grant a guiou para fora. Seiya correu para eles, abraçando a irmã.
“Você a trouxe de volta para mim,” disse Seiya.
“Ainda não estamos fora de perigo,” disse Grant. “O tiro trará os outros.”
“Nós os enfrentaremos juntos.”
“Então, vamos nos mover rápido.”
Grant os guiou através de uma trilha escondida que ele conhecia. A perseguição se dividiu.
“Eles estão nos caçando,” sussurrou Ta.
“Eles estão seguindo o caminho que vocês saíram,” disse Grant. “Não este.”
Ele os levou para uma crista que dava para uma ravina escondida atrás de uma rocha enorme. “Ninguém vai encontrar vocês aqui.”
“E você?” perguntou Seiya.
“Vou criar um rastro falso. Atraí-los para o sul, depois volto.”
Ta agarrou sua manga. “Se eles o pegarem…”
“Eles não vão,” disse Grant.
Seiya se aproximou. “Volte,” ela sussurrou.
“Eu voltarei,” ele disse.
Grant criou a trilha falsa. Ele ouviu os bandidos se aproximando. Ele os despistou no riacho, usando a água para esconder seus rastros. Ele conseguiu escapar e voltou para o esconderijo.
Seiya correu para ele. “Você voltou.”
“Eu disse que voltaria.” Seiya segurou o rosto dele por um breve momento.
“Vamos sair ao primeiro sinal de luz,” disse Grant. “Encontraremos o caminho de volta para minha cabana.”
Eles voltaram para a cabana pela rota escondida. O lugar estava seguro.
Seiya encarou Grant. “O que vai acontecer agora?”
“Vocês podem ficar aqui até decidirem o seu próximo caminho. Ninguém vai forçá-las a se mover.”
“Você espera que partamos em breve?”
“Não,” ele disse. “Eu espero que vocês se curem. O resto é escolha de vocês.”
Seiya se aproximou. “Você arriscou tudo por nós.”
“Eu não teria feito isso se não achasse que importava.”
Seiya tocou o rosto dele. “E nós pertencemos a essa casa?” ela perguntou.
Grant respondeu sem hesitar. “Se vocês escolherem isso.”
Seiya pegou a mão de Grant. “Eu não quero ir embora.”
“Então não vá,” ele disse.
O beijo deles foi lento, cuidadoso. Duas pessoas se firmando após sobreviverem a algo que quase os quebrou.
“Você nos encontrou na água,” ela murmurou. “E você nos deu um lugar para viver.”
“Vocês encontraram o caminho para cá,” disse Grant. “Eu só estou feliz por estar lá quando vocês precisaram de alguém.”
Naquela noite, o rancho permaneceu em calma. O futuro estava claro. Seiya e suas irmãs escolheram ficar. Grant escolheu deixar seu coração se abrir novamente. E pela primeira vez desde a tragédia, Grant Macauen não enfrentou mais o mundo sozinho.