FLÁVIO DINO ROMPE O SILÊNCIO: DEFENDE PROPOSTA DE GILMAR E REVELA QUE MORAES ESTARIA SOB AMEAÇAS!

Brasília vive mais um dia de tensão institucional — e desta vez, quem acende os holofotes do debate é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, que decidiu romper o silêncio e falar abertamente sobre a polêmica decisão liminar de Gilmar Mendes relacionada às regras de impeachment para ministros da Corte. A reação do Congresso foi imediata, explosiva, e já há quem fale em “blindagem”, “interferência” e até “guerra entre poderes”.
Mas Dino trouxe algo ainda mais forte à mesa: a revelação de que Alexandre de Moraes estaria sendo alvo de uma espécie de perseguição sistemática, com indícios de chantagem política, dado que metade dos pedidos de impeachment em tramitação hoje são direcionados apenas contra ele.
Em uma conversa franca, densa e repleta de metáforas contundentes, Dino explicou o que está por trás dos 81 pedidos de impeachment — um número absolutamente sem precedentes na história do Brasil e, segundo ele, “jamais registrado em nenhum país do planeta”.
A seguir, entenda tudo o que aconteceu — e por que esse movimento pode redefinir a relação entre Legislativo, Executivo e Judiciário nos próximos meses.
A LIMINAR DE GILMAR MENDES — E A EXPLOSÃO NO CONGRESSO
O estopim da crise veio com uma liminar concedida por Gilmar Mendes alterando regras da Lei do Impeachment de 1950 para ministros do STF. Essas mudanças deverão ser julgadas definitivamente em breve, mas só a decisão provisória já sacudiu Brasília de forma violenta.
Líderes no Congresso reagiram quase instantaneamente, acusando Gilmar de tentar “proteger” a Corte da enxurrada de pedidos protocolados nos últimos meses. Para muitos parlamentares, a liminar tocou diretamente no nervo sensível da disputa entre poderes.
Dino, porém, rebate essa leitura simplista.
Ele afirma que Gilmar apenas colocou luz sobre uma anomalia institucional, pois:
Nunca houve tantos pedidos simultâneos contra ministros do STF.
A legislação é ultrapassada, anterior até mesmo à Constituição de 1988.
Não há parâmetros claros, simetria jurídico-constitucional ou filtros institucionais bem definidos.
Segundo Dino, o debate precisa ser técnico, não político.
81 PEDIDOS DE IMPEACHMENT — “UM CENÁRIO NUNCA VISTO EM LUGAR NENHUM DO MUNDO”

Ao abordar o tema, Dino foi categórico:
“Temos hoje 81 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. Isso jamais aconteceu antes no Brasil, e nunca aconteceu em nenhum país do planeta.”
Ele aponta dois caminhos possíveis para interpretar a avalanche de pedidos:
Ou estamos diante de ‘serial killers jurídicos’, como ele ironizou,
Ou há uma perseguição organizada, uma chantagem institucional contra determinados ministros, especialmente Alexandre de Moraes, que sozinho concentra mais de 40 pedidos.
Com essa afirmação, Dino implodiu o silêncio que cercava os bastidores do Judiciário — e colocou no centro do debate a possibilidade de que a Corte esteja sofrendo ataques coordenados com motivação política.
A METÁFORA DO TRIÂNGULO DE NIEMEYER E LÚCIO COSTA
Em um dos momentos mais marcantes de sua fala, Dino recuperou a concepção arquitetônica da Praça dos Três Poderes:
Proximidade, para simbolizar cooperação.
Distância, para simbolizar controle e autonomia.
E completou:
“O problema não é a existência de freios e contrapesos, mas sim sua deturpação quando há excessos.”
Para ele, o que está acontecendo hoje — com dezenas de pedidos de impeachment sem fundamentos sólidos — é justamente esse tipo de excesso que ameaça a estabilidade institucional.
MORAES SOB ATAQUES — PERSEGUIÇÃO OU POLÍTICA?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/S/W/EvHFVTTyyOBZLtGAyNLA/arte-7-.png)
Quando questionado sobre a concentração de pedidos contra Alexandre de Moraes, Dino não deixou margens para interpretações dúbias:
“Ou se trata de um criminoso em série — o que evidentemente não é o caso — ou estamos diante de alguém que está sendo vítima de perseguição e chantagem.”
Essa afirmação mexeu profundamente com o debate público.
Se existe perseguição organizada, quem está por trás?
Se é chantagem, qual o objetivo?
Se é pressão política, quem ganha com a desestabilização do ministro mais ativo em investigações sensíveis?
Dino não respondeu diretamente — mas as perguntas ficaram ecoando.
MENOS GRITARIA, MAIS REFLEXÃO: A RECEITA DE DINO PARA A CRISE
O ministro também criticou a “espetacularização” da política, afirmando que a retórica agressiva tem dominado o debate, enquanto a reflexão desaparece.
Segundo ele, o país não vive um momento de caos institucional, como setores sugerem. Pelo contrário, comparado a outros países da OCDE, o Brasil estaria até mais estável do que se imagina.
Ele reforça que:
O STF tem atuado dentro de seu papel constitucional
O Legislativo e o Executivo, apesar de tensões, têm cumprido suas funções
A harmonia entre poderes não é automática, mas construída diariamente
E lançou uma analogia surpreendente:
“Harmonia é como casamento. Não nasce pronta. É construída todo dia no diálogo e no amor.”
AS DECISÕES MONOCRÁTICAS — MITO OU REALIDADE?
Parte das críticas contra Dino e Moraes envolve o suposto “excesso” de decisões monocráticas. O ministro desmontou essa narrativa em detalhes:
Muitas das decisões mais polêmicas foram colegiadas, não monocráticas.
O inquérito das fake news, por exemplo, foi aberto por Toffoli e confirmado pelo plenário.
As três decisões mais importantes sobre emendas parlamentares, relatadas por Dino, foram aprovadas por 11 a 0.
E ironizou:
“A culpa é do Dino? Isso mostra como o debate mal feito conduz à distorção.”
A crítica não foi apenas jurídica — foi também política, denunciando a superficialidade das narrativas que se espalham nas redes e repercutem no Congresso.
EMENDAS PARLAMENTARES — DO SÉCULO XVIII AO XXI
Entrando no tema das emendas parlamentares, Dino reafirmou que o Brasil está passando por um processo de modernização institucional que pode ser comparado à transição da “Idade Média para a Revolução Francesa”.
O ministro reforçou que:
As decisões do STF não podem ser guiadas pela temperatura política.
O Judiciário é, por natureza, contramajoritário.
Se o Supremo deixasse de decidir para agradar políticos, estaríamos caminhando para uma ditadura.
Dino também rebateu críticas de que suas decisões não consideram impactos políticos:
“Meu ofício exige que eu decida independentemente da temperatura política. Se não for assim, redesenhem a tripartição dos poderes.”
O QUE VEM A SEGUIR — UM JULGAMENTO QUE PODE SACUDIR O PAÍS
A liminar de Gilmar será julgada em breve. Dino não antecipou seu voto — e frisou que não pode fazê-lo — mas deixou claro que:
O tema é jurídico, não político
O marco normativo precisa ser revisado
O Congresso deve assumir sua responsabilidade legislativa
Há expectativa de que o julgamento sirva como “chamada” para o Legislativo finalmente atualizar as leis que regem ministros do STF, algo que não acontece desde 1950.
CONCLUSÃO — UM BRASIL EM DISPUTA, MAS NÃO EM COLAPSO
Flávio Dino, em sua fala firme, técnica e carregada de metáforas, tenta trazer lucidez a um debate envolto em tempestades políticas.
Em meio a ruídos, pedidos de impeachment em massa e narrativas extremadas, ele manda três recados claros:
Há perseguição contra ministros do STF — especialmente Moraes.
A legislação atual é ultrapassada e precisa ser revista urgentemente.
O Brasil não está em colapso institucional — mas precisa de serenidade, diálogo e responsabilidade.
O julgamento que se aproxima promete ser um dos mais importantes do ano. E, se depender das revelações de Dino, os próximos capítulos não serão menos turbulentos.