E se o valentão da escola mexesse com a garota errada, uma com uma conexão tão poderosa que poderia mudar tudo? Esta história inspiradora acompanha Maya Williams, uma nova aluna tímida que se torna alvo de Bryce Carter, o cara mais temido da escola. Ele a considera fraca, uma vítima fácil, mas o que ele não sabe é que Maya tem um segredo que vai virar o jogo da maneira mais inesperada. Fique até o final, porque o que começa com a arrogância de um valentão terminará com a sua queda. Maya Williams desceu do ônibus segurando as alças da mochila.
Enquanto olhava para a enorme entrada principal da Clear View High School em Houston, Texas, o ar fresco de outono trazia o cheiro de grama recém-cortada e o asfalto ainda quente do calor residual do verão. Os alunos se moviam em grupos, risos e conversas casuais preenchendo o espaço ao seu redor, mas Maya se sentia uma estranha. Ela não era estranha a novas escolas; na verdade, esta era sua quarta transferência em apenas 3 anos. Algumas crianças se mudavam porque seus pais conseguiram novos empregos. Maya se mudou porque precisava de um novo começo. Ela manteve a cabeça baixa enquanto caminhava em direção às portas principais, esperando se misturar. Alguns alunos viraram a cabeça, curiosos. sobre a garota nova, mas ela evitava olhares. A Clear View High não era particularmente especial, uma grande escola suburbana, frequentada principalmente por crianças de classe média que se conheciam desde o jardim de infância. O time de futebol americano era decente, a equipe de líderes de torcida era popular e a hierarquia social já existia muito antes da chegada de Maya. Nada disso importava para ela; ela tinha um objetivo: permanecer invisível. Dentro do corredor, a energia pulsava: armários batiam, tênis rangiam contra o piso de azulejo e os professores tentavam conduzir os alunos para suas salas de aula antes do primeiro sinal tocar. Maya continuou caminhando, segurando seu horário. Ela estava acostumada com essa rotina: encontrar seu armário, decidir onde sentaria no almoço e, o mais importante, identificar os alunos dos quais precisava ficar longe. Foi então que ela viu Bryce Carter: alto, ombros largos, com uma confiança natural que só os caras mais populares e intocáveis do ensino médio possuíam. Ele estava encostado em uma fileira de armários, cercado por um grupo de garotos

usando jaquetas universitárias, cada um rindo de algo que ele acabara de dizer. Mesmo à distância, Maya podia ver que ele tinha uma aura de controle, o tipo de aura que fazia as pessoas ou segui-lo ou temê-lo. Ela conhecia o tipo dele. Bryce era o garoto de ouro, o astro do futebol americano, bonito, de família rica, mas havia algo mais: o jeito como os alunos ao seu redor riam um pouco alto demais, o jeito como mudavam o peso do corpo nervosamente quando ele falava. Maya reconheceu o padrão; ela já havia conhecido garotos como Bryce antes, aqueles que prosperavam com poder e intimidação. Ela não planejava chamar a atenção dele, mas o destino tinha outros planos. Ao passar por alguém, esbarrou em seu ombro. Não foi um acidente; seus livros caíram no chão, espalhando-se pelo corredor. Alguns alunos se viraram para observar, alguns rindo baixinho. Ela se abaixou rapidamente, ignorando o ardor nas bochechas. “Bem, bem, o que temos aqui?” Maya congelou. Ela não precisava olhar para cima para saber de quem era a voz: Bryce Carter. Sua voz era calma, divertida, mas havia uma ponta de aspereza nela, como um leão brincando com sua presa. Ela podia ouvir seus amigos rindo atrás dele. Lentamente, ela olhou para cima. Bryce estava parado sobre ela, de braços cruzados, exibindo aquele sorriso irritante que ela já tinha visto antes em valentões que sabiam que mandavam na escola. “Acho que não…” “Já te vi antes”, ele disse. “Você sabia?” Maya não respondeu, apenas pegou seus livros e se levantou, passando por ele sem dizer uma palavra. Mas Bryce não havia terminado. “Ei, cadê seus modos?”, ele gritou, sua voz ecoando pelo corredor. “Eu te fiz uma pergunta.” Maya continuou andando. Ela já tinha jogado esse jogo antes. A melhor maneira de lidar com pessoas como ele era não interagir. Mas Bryce não gostava de ser ignorado. Foi então que ela sentiu: um puxão forte em sua mochila, puxando-a levemente para trás. Não o suficiente para machucá-la, mas o suficiente para que ela soubesse que Bryce não deixaria isso passar. Maya parou lentamente. Ela se virou por um momento. O corredor parecia silencioso; até mesmo os alunos que não estavam prestando atenção antes começaram a observar. Ela encontrou o olhar de Bryce e, pela primeira vez, algo brilhou em seus olhos: curiosidade, talvez até um pouco de surpresa. “Você não deveria ter feito isso”, disse Maya baixinho. Bryce ergueu uma sobrancelha e riu, uma risada lenta e zombeteira. “E por que isso?”, ele sorriu de lado. Maya não respondeu; ela apenas sustentou seu olhar, sem piscar. Bryce inclinou a cabeça. “Você é meio estranha.” Você sabe que alguns risinhos de seus amigos, Maya, se virou e foi embora. Ela não precisava olhar para trás para saber que Bryce ainda não tinha terminado com ela e não fazia ideia do tipo de erro que estava prestes a cometer. O resto do dia passou num piscar de olhos. Maya ficou no fundo da sala de aula, respondendo apenas quando necessário, evitando contato visual. Ela almoçou sozinha, encontrando um lugar perto da borda do refeitório onde pudesse observar sem ser observada. Bryce e seus amigos dominavam o refeitório.
Eles ocuparam a maior mesa no centro, conversando alto e rindo como se não tivessem nenhuma preocupação no mundo. De vez em quando, Maya sentia os olhos dele se voltarem para ela, mas ele não se aproximava. Ainda não. No final do dia, Maya estava aliviada por finalmente escapar da escola. O calor de Houston ainda era forte, fazendo o asfalto brilhar enquanto ela caminhava em direção ao ponto de ônibus. Assim que estendeu a mão para pegar o celular, ouviu uma voz atrás dela.
Ei, garota nova! Ela se virou. Bryce estava parado ali, com as mãos nos bolsos e um sorriso ainda estampado no rosto. Atrás dele, alguns amigos esperavam. Ao lado de Maya, o que você quer? Bryce deu um passo lento para frente. Você tem um problema de atitude, sabia? Maia não respondeu. O sorriso de Bryce se alargou. O que? Você acha que é melhor do que eu? Maia soltou uma risada curta, não nervosa, nem assustada, apenas divertida. E isso, mais do que qualquer outra coisa, pegou Bryce de surpresa. “Acho que você deveria ir embora”, disse ela lentamente. O sorriso de Bryce vacilou por meio segundo antes de se recuperar. “Ah, é?” Ele deu outro passo em direção a ela, imponente. Ela e por que isso? Maya se inclinou levemente, a voz quase um sussurro. Porque você não tem ideia de quem eu sou. Bryce riu, balançando a cabeça. E quem é você exatamente? Maya não respondeu. Em vez disso, deu um passo para trás, pegou o celular e pressionou um único botão na tela. Um ronco alto de motor preencheu o ar. Um Dodge Charger Hellcat preto parou ao lado da calçada, o tipo de carro que chama a atenção. O vidro fumê desceu lentamente e lá estava ele: Vin Diesel. O sorriso de Bryce desapareceu. Maya se virou para Bryce, sorrindo pela primeira vez naquele dia. Ainda acha que sou estranha?, perguntou. Bryce não respondeu porque, pela primeira vez na vida, era ele quem se sentia pequeno. Maya observou o sorriso confiante de Bryce desaparecer, seu maxilar se contraiu, seus olhos oscilando entre ela e a figura inconfundível sentada no banco do motorista do Dodge Charger. O ar parecia pesado, a arrogância antes brincalhona em sua postura agora estava rígida de inquietação. Ele deu meio passo para trás, seus amigos atrás dele trocando olhares nervosos, nenhum deles ousando falar. Maya Por outro lado, ela levou seu tempo, ajustando a alça da mochila e expirando lentamente, como se não tivesse acabado de inverter os papéis com o autoproclamado Rei da escola. Vin Diesel não disse nada a princípio, apenas ficou sentado, uma mão no volante, o olhar fixo em Bryce. Era um olhar carregado, o tipo de presença que não precisava de palavras para transmitir uma mensagem. Bryce engoliu em seco. “Espere um segundo”, murmurou baixinho, quase como se estivesse se convencendo de que aquilo não era real. Sua voz, geralmente tão arrogante, tinha um tom repentino de incerteza. Ele olhou para Maya novamente, desta vez parecendo realmente tentar juntar as peças de algo que deveria ter sido óbvio desde o início. Maya se inclinou levemente, o suficiente para que Bryce a ouvisse, mas fez questão de manter a voz firme e baixa. “Ainda acha que sou só uma garota qualquer?”, perguntou. O pomo de Adão de Bryce subiu e desceu enquanto ele engolia em seco novamente, a boca abrindo e fechando como se quisesse dizer algo, mas tivesse perdido toda a capacidade de formar palavras. Então Vin falou: “Entre, garota”, disse ele, com a voz calma, mas firme. Não era uma pergunta. Maya não hesitou, ela entrou. Passando por Bryce, pelo silêncio atônito da multidão que começara a se formar, ela abriu a porta do passageiro no momento em que deslizou para dentro. Vin engatou a marcha e o Charger soltou um rugido profundo ao arrancar da calçada, deixando para trás um turbilhão de sussurros e olhares arregalados, como se viessem de um corredor de escola. Por um instante, nenhum dos dois falou. A cidade de Houston passou borrada pelas janelas, o sol do fim da tarde lançando longos raios de laranja e dourado pelo painel.
Maya tamborilou levemente os dedos no joelho, expirando ao finalmente se livrar da tensão que vinha se acumulando desde que pisara naquele campus. Vin manteve os olhos na estrada, os dedos tamborilando ritmicamente no volante. “Você está bem?” Maya assentiu brevemente e, após uma pausa, soltou uma risadinha. “Foi meio dramático, não foi?” Vin sorriu de canto, seu meio sorriso característico surgindo um pouco em seu rosto. Ela balançou a cabeça, deixando o olhar vagar pela janela. “Eu não queria que eles descobrissem assim.” Vin olhou para ela e pensou: “E qual teria sido uma maneira melhor? Deixar um moleque qualquer como aquele te humilhar?” Maya apoiou o joelho no chão. Com a cabeça encostada no banco, ela disse: “Eu não ia deixar ele me pisotear. Eu só estava esperando.” Vin ergueu uma sobrancelha, curioso para saber o porquê. Ela deu de ombros, esperando o momento certo. Vin ficou em silêncio por um instante antes de soltar uma risadinha. “Você soa como eu quando tinha a sua idade.” Maya se virou para ele, o canto dos lábios se curvando em um sorriso malicioso. “Que pensamento assustador.” Vin deu uma gargalhada, dessa vez balançando a cabeça. “Espertinha.” Eles dirigiram em um silêncio confortável por um tempo, a tensão anterior se dissipando à medida que a familiaridade da conversa entre eles se instalava. Mas Maya sabia que só porque o momento havia passado não significava que o problema tinha desaparecido. Bryce Carter não era do tipo que deixava as coisas para lá, e mesmo que tivesse…
Naquele momento, ela sentiu medo. O medo tinha uma maneira engraçada de se transformar em raiva quando eles chegaram à entrada de casa, uma casa moderna e elegante escondida em um subúrbio tranquilo de Houston. Maya desabotoou o cinto de segurança, mas não se moveu para sair imediatamente. Vin percebeu algo mais em sua mente. Maya hesitou e então
expirou. Ele não terminou comigo. Vin a observou por um longo momento. Não, disse ele finalmente, com a voz firme. Mas eu também não terminei com ele. Maya encontrou seu olhar. Você acha que eu deveria revidar? Vin recostou-se no banco, apoiando o braço no volante. Acho que você precisa estar preparada, porque caras como ele não gostam de perder. Maya apertou os lábios, pensando, e finalmente assentiu. Sim, eu sei. Na manhã seguinte, na escola, Maya esperava sussurros. O que ela não esperava era quantas pessoas estavam sussurrando. Ela caminhava pelo corredor, sempre sentindo o peso de cem olhares se voltando
para ela. Os murmúrios se espalhavam pelos grupos de alunos como um incêndio. Alguns estavam curiosos, outros divertidos, e alguns, como os amigos de Bryce, estavam furiosos. Ela os viu perto dos armários. Um grupo unido de atletas e aspirantes a valentões, todos lançando olhares de desprezo em sua direção. Bryce estava no meio, encostado no metal, de braços cruzados. Quando a viu, não deu um sorriso irônico, apenas o encarou. Maya não se intimidou. Sustentou o olhar dele por meio segundo a mais do que o necessário antes de se virar e ir para a sua aula. Ela podia ouvi-los cochichando atrás dela, mas não se importava. Se Bryce queria jogar a longo prazo, ela também podia jogar. Na hora do almoço, as coisas tinham se intensificado. Enquanto carregava sua bandeja em direção a uma mesa vazia, um dos capangas de Bryce, Ryan, um linebacker parrudo com mais músculos do que neurônios, acidentalmente esticou o pé. Maya sentiu-se tropeçar, mas se conteve antes de cair completamente. Sua bandeja tilintou levemente. Alguns alunos se viraram para observar, seus olhos alternando entre ela e o grupo de atletas que agora riam como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Maya se endireitou, ajeitando a bandeja. Ela não reagiu, o que pareceu irritá-los ainda mais. “O quê?”, Ryan sorriu. “Sem resposta, princesa”, ela exalou bruscamente, mal conseguindo conter o sorriso irônico. simplesmente não percebi que homens das cavernas ainda existiam. Os alunos ao redor soltaram um “o” coletivo e o sorriso de Ryan vacilou. Bryce, que havia observado tudo, inclinou levemente a cabeça como se estivesse tentando descobrir seu próximo movimento. Maya não esperou que eles tivessem uma ideia; passou por eles, sentou-se à sua mesa e começou a comer como se nada tivesse acontecido, mas ela sabia que não. Bryce não ia deixar isso passar.
Quando o último sinal tocou, ela já estava preparada para que algo acontecesse. Então, quando encontrou seu armário completamente destruído, seus livros jogados no chão, caneta permanente rabiscada por todo o metal, ela não se surpreendeu. Suspirou, encostando-se no armário ao lado. Alguns alunos estavam por perto, observando; nenhum deles corajoso o suficiente para se aproximar, mas todos interessados o suficiente para ver o que ela faria. Maya se abaixou, pegando seus livros um por um, empilhando-os cuidadosamente. Suas mãos não tremeram, sua expressão não vacilou. Ela podia sentir Bryce observando do outro lado do corredor.
Esperando, então ela não lhe disse nada. Levantou-se, fechou seu armário e foi embora sem uma palavra que, mais do que qualquer outra coisa, pareceu… para deixá-lo nervoso, à noite, em casa, Maya sentava-se à mesa da cozinha, batucando os dedos na superfície de madeira, enquanto Vin Diesel se encostava no balcão, de braços cruzados, observando-a atentamente. “Eles destruíram meu armário hoje”, disse ela finalmente. Vin ergueu uma sobrancelha. “Essa é a melhor jogada deles.” Maya sorriu de canto. “Por enquanto.” Vin assentiu lentamente. “Então, qual é a sua?” Maya ficou em silêncio por um momento e, finalmente, sorriu. “Vou deixá-lo cavar a própria cova.” Vin sorriu. “Essa é a minha garota.”
Maya recostou-se na cadeira, sentindo a familiar emoção do controle se instalar em seus ossos, porque Bryce Carter pensava que era ele quem comandava o jogo, mas Maya estava apenas começando. Maya sabia exatamente o que estava fazendo. Ela já tinha visto caras como Bryce antes: falastrões, cheios de si, sempre precisando de uma plateia para validar sua crueldade. Eles prosperavam com as reações que provocavam, com o medo instilado no poder que pensavam ter. Mas a verdade era que caras como Bryce não eram tão invencíveis quanto queriam que todos acreditassem. Eles cometiam erros e Maya…
ela era paciente. Ela o deixaria continuar cavando a própria cova até que não houvesse mais saída. Na manhã seguinte, ela entrou na Clear View High como se nada tivesse acontecido. Os sussurros ainda estavam lá, mas eram diferentes agora. Ontem, as pessoas cochichavam sobre a garota que foi buscada por Vin Diesel em um carro potente; hoje, cochichavam sobre o que Bryce tinha feito com o armário dela. A escola estava dividida: alguns acharam hilário, outros pensaram que Bryce estava apenas se envergonhando, e Maya podia sentir
isso mudando. No momento em que as pessoas começaram a questionar a autoridade do rei, seu reinado enfraqueceu. Bryce estava encostado nos armários como de costume, cercado por seu grupo de atletas. Eles estavam rindo.
provavelmente sobre mais uma de suas piadas cruéis, mas quando Maya passou, a conversa vacilou. Os olhos de Bryce se voltaram para ela, esperando uma reação, algum tipo de reconhecimento de que ela ainda estava incomodada com o que havia acontecido ontem, mas ela não deu nenhuma. Passou direto por ele sem nem parar. Só isso já fez sua expressão se contrair. Na hora do almoço, ela podia sentir a tensão aumentando. Bryce não estava acostumado a ser ignorado; ele prosperava com o controle, e Maya não estava jogando pelas regras dele. Ele precisava fazer algo maior, algo público. Então, ela não se surpreendeu quando entrou no refeitório e o viu sentado em sua mesa de sempre. Um sorriso malicioso se estendeu em seu rosto enquanto ele gritava: “Ei, Maya, você ainda está chorando por causa do seu armáriozinho?” O refeitório ficou um pouco mais silencioso, os alunos olhando entre eles. Maya nem sequer se mexeu enquanto pegava sua bandeja e passava por ele até seu lugar de sempre. Mas Bryce não havia terminado. “Acho que você não consegue lidar com isso, né? Talvez seu papai durão devesse vir lutar suas batalhas por você.” Isso chamou mais atenção: algumas risadas, alguns olhares inquietos. Maya finalmente olhou para ele. É engraçado, disse ela com a voz calma, você continua falando do meu pai como se você não fosse o único que quase se mijou de medo quando o viu. O refeitório ficou em silêncio absoluto. O rosto de Bryce escureceu. Seus amigos se remexeram desconfortavelmente, sem saber se deveriam rir ou fingir que não ouviram. Maya deu uma mordida lenta na comida, os olhos fixos em Bryce. Ela queria que ele ficasse com aquele sentimento, aquela vergonha, aquela vulnerabilidade, porque caras como ele não sabiam lidar com o fato de serem motivo de piada. Bryce CL, com a mandíbula contraída, forçou uma risada, embora estivesse tensa. “Você acha que é durão, é?”, disse ele, andando por aí como se fosse dono do lugar só porque tem um papai rico e famoso que te busca num carro chique. Sua voz era alta o suficiente para todos ouvirem. “Você acha que é melhor do que nós?” Maya inclinou a cabeça levemente. “Não”, disse ela simplesmente, “eu só não preciso provar nada”. E essa era a diferença. Bryce passou a vida inteira provando que era o mais durão, o mais forte, o mais intocável. Maya não precisava provar nada porque sabia quem era e Isso, mais do que qualquer outra coisa, o deixou furioso. Foi quando ela viu, no momento em que Bryce tomou sua decisão, a maneira como seus músculos se tensionaram, como sua mão se fechou em um punho antes que ele a forçasse a relaxar rapidamente. Ele não tinha terminado, ele ia tentar algo pior e Maya estava pronta. Depois da aula, ela manteve o passo lento enquanto caminhava em direção ao estacionamento. Ela sabia que Bryce estaria esperando e, com certeza, lá estava ele, encostado em seu carro, braços cruzados, sua expressão indecifrável. Seus amigos não estavam com ele.
Desta vez, isso era só entre eles. Maya parou a alguns passos de distância, erguendo uma sobrancelha. Deixe-me adivinhar, outro discurso brilhante sobre como eu não pertenço a este lugar. Bryce exalou bruscamente pelo nariz. Não, ele disse. Eu só quero saber uma coisa. Maya cruzou os braços. E o que é? Bryce a estudou por um longo momento e então disse: Por que você não revida? Sua voz não era zombeteira desta vez, não era arrogante nem cruel, era algo mais, curiosidade genuína. Ela considerou a pergunta por um segundo e então deu de ombros: Porque eu não preciso. Bryce bufou, balançando a cabeça.

Não é assim que funciona. Funciona, Williams. Pessoas como eu, nós pressionamos, e pessoas como você ou reagem ou são atropeladas. Maya deu um passo à frente, baixando a voz. Ou talvez pessoas como eu… espere, nós deixamos pessoas como você continuarem pressionando, continuarem cometendo erros, continuarem provando a todos o quão fracos vocês realmente são. E então, quando você está no meio da bagunça que você criou, nós não precisamos fazer nada. Você já se destruiu. Bryce a encarou e, pela primeira vez, Maya viu algo brilhar em sua expressão: dúvida. Mas ele disfarçou rapidamente. Você acha que me decifrou?
Ele disse, forçando um sorriso irônico. Você não sabe absolutamente nada sobre mim. Maya o estudou. Talvez não, mas eu sei que você está com medo. Bryce está. Seu corpo ficou rígido. Eu não tenho medo de você. Maya sorriu, mas não havia calor em seu sorriso. Não de mim, ela disse. De ser irrelevante, de perder, de acordar um dia e perceber que ninguém se importa com você, a menos que você esteja fazendo alguém se sentir pequeno. É isso que realmente te assusta, Bryce. Ele cerrou os dentes, suas narinas se dilatando levemente. Maya podia ver a guerra acontecendo dentro de sua cabeça. a necessidade de
atacar para retomar o controle, mas não havia nada que ele pudesse dizer, nada que ele pudesse fazer, porque, no fundo, ele sabia que ela estava certa. Maya balançou a cabeça. “Eu não preciso brigar com você, Bryce. Você já está brigando consigo mesmo.” Ela se virou e foi embora, e pela primeira vez desde que o conhecera, Bryce não teve uma resposta naquela noite. Maya sentou-se à mesa da cozinha, girando o gelo em sua bebida, enquanto Vin Diesel se encostava no balcão, observando-a. “Algo aconteceu hoje”, disse ela finalmente. Vin ergueu uma sobrancelha. “Com Bryce?” Maya assentiu. “Acho que entrei na cabeça dele.” Vin sorriu. “Bom”, Maya suspirou. “Mas isso não significa que ele acabou.” Vin a estudou por um momento, depois caminhou até ela e sentou-se à sua frente. “Você…”quer que isso acabe Maya franziu a testa. O que você quer dizer? Vin se inclinou ligeiramente para a frente. Você poderia acabar com isso agora mesmo, confrontá-lo, envergonhá-lo na frente de toda a escola. Você tem mais poder do que pensa, garoto. Maya ficou em silêncio por um longo momento, então finalmente balançou a cabeça. Não, ela disse. Eu quero que ele acabe com isso sozinho. Vin sorriu. Inteligente. Maya se recostou, esticando os braços acima da cabeça. É, mas vai exigir paciência.
Vin riu. Que bom que você tem bastante disso. Maya sorriu de lado. É, eu tenho. E ela sabia que era apenas uma questão de tempo até que Bryce Carter se destruísse. Maya sabia que o jogo estava chegando ao fim. Bryce pressionou, pressionou e pressionou, esperando que ela cedesse, mas em vez disso, era ele quem estava se desmoronando. Ela via isso na maneira como seus olhos se moviam rapidamente quando ela entrava em uma sala, na maneira como ele parecia mais tenso cada vez que alguém mencionava seu nome, na maneira como seus amigos não riam mais tão facilmente de suas piadas. Ele sempre fora aquele
no controle, aquele com todo o poder, mas agora ele estava se agarrando a qualquer coisa, tentando desesperadamente se agarrar a algo que já estava escapando por entre seus dedos, o prego final em O caixão chegou 2 dias depois. A escola estava em polvorosa com o assunto. Antes mesmo de Maya chegar naquela manhã, ela entrou pela porta da frente e imediatamente percebeu as vozes sussurradas, as risadas abafadas, o jeito como as pessoas se aglomeravam, cochichando e olhando para os armários. Algo tinha acontecido e ela tinha a sensação de que já sabia o que era.
Ela caminhou em direção à multidão que se reunira perto do armário de Bryce. Os alunos olhavam fixamente, alguns tirando fotos com seus celulares, outros murmurando incrédulos. E ali, colada por toda a porta de metal, havia uma coleção de capturas de tela impressas, mensagens, comentários, conversas diretas, cada coisa cruel, vil e degradante que Bryce já havia dito sobre as pessoas pelas costas. Algumas eram sobre alunos da escola, pessoas com quem ele fingia ser amigo apenas para depois zombar delas em particular. Outras eram piores:
comentários sobre professores, observações racistas e sexistas, coisas que não podiam ser levadas na brincadeira. Mas a pior parte era que os registros de data e hora dessas mensagens mostravam que não eram de anos atrás, eram recentes. Bryce abriu caminho pela multidão, o rosto pálido, os olhos arregalados. Ao ver o que havia sido postado, ele pensou: “Que diabos é isso?” Sua voz era áspera, suas mãos tremendo levemente enquanto arrancava os papéis do armário, mas era tarde demais, o estrago estava feito. Maya não precisou dizer uma palavra; simplesmente se encostou no armário oposto, braços cruzados, observando, observando enquanto a reputação de Bryce desmoronava diante de seus olhos, observando as mesmas pessoas que costumavam rir de suas piadas agora o olhavam com nojo, observando seus amigos se afastarem lentamente, se distanciando, sem querer afundar com ele. Bryce se virou, seus olhos fixos nos dela. Desta vez, não havia sorriso presunçoso, nenhuma arrogância, nenhuma bravata falsa, apenas pura raiva desenfreada. “Você fez isso?”, ele sibilou, sua voz baixa, tremendo com uma fúria mal contida. Maya inclinou a cabeça levemente. “Eu fiz?”, suas narinas se dilataram. “Você se acha tão esperta, é? Acha que isso te torna melhor do que eu?” Maya deu um passo lento para frente, sua voz calma, mas firme. “Não, Bryce, eu acho que isso te torna exatamente quem você é. A única diferença é que agora todos os outros também veem isso.” Seus punhos se fecharam ao lado do corpo. Com o corpo todo vibrando de raiva, por um segundo ela pensou que ele poderia realmente perder a cabeça, que poderia realmente tentar agredi-la ali mesmo, no meio do corredor, mas ele não fez isso. Ele não podia, porque se fizesse, só provaria que ela estava certa. Em vez disso, ele se virou nos calcanhares e saiu furioso, empurrando os alunos pelo caminho. Mas Maya sabia que, não importava o quão longe ele corresse, não poderia escapar disso. Seu reino havia caído e
não havia como reconstruí-lo. Naquela tarde, ao sair da escola, ela encontrou Vin Diesel encostado em seu Charger, esperando. Ele tinha sua expressão calma de sempre, mas havia algo mais em seus olhos, algo orgulhoso. Ela deslizou para o banco do passageiro, expirando lentamente. Vin não ligou o motor imediatamente; apenas olhou para ela. “Está pronto, né?” Maya assentiu. “Está pronto.” Vin a estudou por um momento e então sorriu de canto. “Você nem precisou dar um soco.” Maya sorriu, encostando a cabeça no banco. “Não precisava”, ele riu. Finalmente, girando a chave na ignição, o Charger roncou e ganhou vida enquanto eles se afastavam da escola. “E agora?” Maya pensou sobre isso, pensou sobre as últimas semanas sobre Tudo que a levou a este momento, pensou em quanta coisa havia mudado, não apenas com Bryce, mas com ela mesma. Ela se virou para Vin, um pequeno sorriso brincando em seus lábios: “Agora finalmente posso aproveitar o Ensino Médio.” Vin riu, balançando a cabeça: “Essa é a minha garota.” E enquanto aceleravam pela estrada, o peso que pressionava o peito de Maya há tanto tempo finalmente desapareceu. Ela havia vencido, não por ser mais barulhenta, mais forte ou mais implacável, mas por ser mais inteligente, por ser paciente, por deixar a verdade fazer todo o trabalho por ela. E quanto a Bryce Carter, ele era apenas mais um conto de advertência, um lembrete de que o poder se constrói sobre o medo.O silêncio nunca dura para sempre e, às vezes, os quietos são os que você mais deve temer.