URGENTE: SAÚDE DE BOLSONARO EM RISCO E O CERCO POLÍTICO APERTA—CIRURGIA É AUTORIZADA, MAS JULGAMENTO E ANISTIA EMPERRAM

POR DENTRO DA TRAMA QUE PARALISA BRASÍLIA: HÉRNIA DE URGÊNCIA, A GUERRA CONTRA EX-PRESIDENTES E ALIADOS, E A FARSA DA DOSIMETRIA QUE NÃO LIBERTA.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente sob custódia, enfrenta uma nova e dramática batalha, desta vez contra o seu próprio corpo. A urgência de uma cirurgia para tratar duas hérnias inguinais, descoberta após exames na Superintendência da Polícia Federal (PF), trouxe à tona não apenas o risco iminente à sua saúde, mas a frieza e a morosidade do sistema judiciário em lidar com a situação. A doença de Bolsonaro é apenas o pretexto que revela uma perseguição política cada vez mais ampla, que atinge generais, ex-ministros e até mesmo o principal ativo político da direita, em um jogo de poder que ignora a legalidade e a humanidade.
A urgência médica veio à tona após a defesa do ex-presidente solicitar um novo exame, conduzido por um médico de sua própria equipe e com equipamento portátil, na sede da PF. O resultado confirmou o diagnóstico de duas hérnias inguinais, localizadas na região da virilha. A equipe médica atribui o problema à consequência das diversas cirurgias pelas quais Bolsonaro passou após o atentado de 2018 e, ironicamente, ao quadro de soluços que ele frequentemente enfrenta, o que aumenta a pressão abdominal. A única solução para o quadro, segundo os especialistas, é a intervenção cirúrgica.
A Desconfiança do Judiciário e a Ação de Moraes
Ainda que a situação fosse de urgência médica, o Ministro Alexandre de Moraes, responsável pela custódia, agiu com extrema cautela, ou, como a defesa sugere, com desconfiança política. Inicialmente, o Ministro contestou os laudos médicos apresentados por serem “antigos”, com uma data de emissão de pelo menos três meses.
Moraes determinou uma perícia própria da Polícia Federal, dando um prazo máximo de 15 dias para o procedimento, ignorando a urgência e a recomendação imediata da equipe médica de Bolsonaro. Essa atitude levou a defesa a criticar a postura do ministro por não acatar a recomendação de médicos sob juramento hipocrático.
O fato de a defesa ter que realizar um “exame extra” para provar a veracidade de uma condição médica diante do Judiciário é o sintoma de um processo profundamente politizado. No entanto, diante da comprovação das hérnias, a expectativa é de que o Ministro autorize a cirurgia, que não pode ser legalmente negada a nenhum ser humano. A incógnita que permanece é o destino pós-cirurgia: será Bolsonaro mantido no hospital, sob custódia e escolta, como já ocorreu com outros réus políticos? A incerteza paira sobre a vida do ex-presidente, mesmo em um leito hospitalar.
O Cerco Ampliado: Generais e Ex-Ministros na Mira
O drama da saúde de Bolsonaro acontece em meio a um recrudescimento da perseguição contra todo o seu círculo político e militar. O cerco não se limita ao ex-presidente, mas se estende a generais e figuras-chave de seu governo.
1. Cancelamento de Portes de Armas e Patentes: O Exército Brasileiro iniciou um processo administrativo para cancelar os portes de armas de generais e militares ligados a Bolsonaro, incluindo nomes como General Braga Netto e General Heleno. O processo é visto como um prelúdio para a perda de patentes no Superior Tribunal Militar (STM) para aqueles que já foram condenados pelo STF. A remoção do direito ao porte de arma e a ameaça à patente é um duro golpe contra a honra militar e a lealdade institucional.
2. Expulsão de Corporações e Corte de Benefícios: A perseguição atingiu ex-ministros e até mesmo um filho do ex-presidente:
Anderson Torres e Alexandre Ramagem já perderam suas funções nas suas respectivas corporações (Delegado de Polícia Federal).
Eduardo Bolsonaro, que é escrivão da PF (e recebia salário, apesar de afastado), é alvo de um novo pedido de expulsão da corporação. A probabilidade de isso ocorrer é considerada grande, dada a percepção de que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça estariam sob o controle direto do Executivo.
3. Privilégios de Ex-Presidente Suspensos: Em um ato inédito, um vereador de Belo Horizonte conseguiu na Justiça a suspensão dos benefícios de ex-presidente para Jair Bolsonaro enquanto ele estiver preso. O salário permaneceu, mas motoristas, assessores e carros foram todos cortados. A iniciativa, que visa desumanizar e fragilizar o ex-presidente, é mais um indício da guerra jurídica travada contra o clã.
A soma desses fatos — a suspensão de benefícios, a ameaça de expulsão de corporações, o cancelamento de portes de armas e a morosidade em autorizar uma cirurgia de urgência — desenha um cenário de Lawfare sem precedentes no Brasil, onde o objetivo final parece ser a anulação política e social de todo o movimento de direita.
A Grande Farsa da Dosimetria: Engano e Desespero no Congresso
Em meio a esse cerco, a esperança de aliados e familiares dos presos do 8 de Janeiro reside na votação do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, frequentemente confundido com uma “anistia”. Contudo, o que se apresenta como solução é, na verdade, uma miragem legal que pode se tornar uma nova fonte de frustração.

Especialistas jurídicos, como o Dr. Chiquini, desmascaram o projeto, afirmando que o texto é “muito, muito, muito longe de ser a solução de liberdade dos presos políticos”. O PL, aprovado na Câmara e agora em discussão no Senado, enfrenta críticas severas:
1. Benefício Mínimo nas Penas: A redução da pena, na prática, será muito pequena, não correspondendo à “matemática” otimista apresentada por alguns parlamentares, como Paulinho da Força.
2. A Única Vantagem: O único ponto positivo do PL é a redução do quantum de cumprimento de pena para a progressão de regime. O texto propõe que o condenado precise cumprir apenas 16% da pena total para progredir do regime fechado para o semiaberto ou aberto. Isso, de fato, beneficiaria os condenados, mas é insuficiente.
3. O Engano e o Efeito Colateral: A maior crítica é que o texto não se limita aos condenados do 8 de Janeiro. De forma inexplicável, o PL foi ampliado para beneficiar “criminosos comuns”, incluindo aqueles condenados por crimes sexuais e ambientais. Essa inclusão não apenas desvirtua o propósito original do projeto, mas é vista como uma manobra para inviabilizar sua aprovação ou forçar o veto do presidente, já que misturar presos políticos com criminosos hediondos é politicamente insustentável.
4. O Calvário Legal da Implementação: O maior obstáculo, porém, é a aplicação do PL. Por não ser uma anistia (que perdoa o crime), a Dosimetria é uma lei que precisa ser aplicada individualmente. Isso significa:
Revisão Criminal: Cada preso terá que ingressar com uma Revisão Criminal, uma ação que não é um recurso simples e que depende da boa vontade do relator e do plenário do STF.
Morosidade: A revisão criminal leva, em média, oito meses a um ano para ser julgada.
Julgamento Individual: Cada condenado será julgado individualmente, com prazos e cálculos de pena independentes.
O Dr. Chiquini é categórico: o PL, se aprovado, não garantirá que os presos passem o Natal ou o Ano Novo em casa, e talvez nem o próximo ano. Os advogados terão um trabalho árduo para conseguir a retroatividade da lei mais benéfica e o recálculo das penas, o que demandará tempo e recursos em um cenário já exaurido.
O Grito de Desespero e a Luta por Sobrevivência
A crise política e a insegurança jurídica estão cobrando um preço humano e emocional altíssimo. A situação dos presos e de seus familiares é dramática.
O vídeo traz o depoimento de Claudete, esposa de Moisés dos Anjos, um “preso político” do 8 de Janeiro. Ela relata que, devido ao estresse e à depressão causados pela prisão do marido, desenvolveu vitiligo (manchas na pele) e precisa de medicação. Claudete revela que, com o marido – o provedor da casa – preso, a família passa por grandes dificuldades financeiras, pois a ajuda que recebiam cessou.
A doença e a miséria de Claudete são o rosto da tragédia que se abateu sobre milhares de famílias. É a prova de que a guerra política extrapola os tribunais e atinge a vida de inocentes. O comentarista, ao fazer um apelo de urgência para a ajuda financeira a Claudete, reforça a tese de que a luta contra o sistema é árdua e a solidariedade é o último bastião.
Em conclusão, o Brasil assiste a uma perseguição política em escala industrial. A saúde de um ex-presidente é tratada com desconfiança judicial, seus aliados são despojados de sua honra e seus direitos, e a “anistia” prometida se revela um labirinto legal que apenas prolongará o sofrimento. A luta pela liberdade e pela verdade está longe de terminar, e o que está em jogo é o futuro democrático de uma nação onde o Judiciário parece ter se tornado um poder absoluto.