Uma garota aparece misteriosamente no quintal de uma mulher estéril. Ao notar uma marca em seu rosto…

Maria segurava o teste de farmácia entre as mãos, os olhos marejados de lágrimas. O coração batia acelerado, e um sorriso largo iluminava-lhe o rosto.

— Estou grávida. Sei, amiga, desta vez é de certeza. Não posso crer que, depois de tanto pedir a Deus, Ele, por fim, me dará um anjinho para cuidar. Talvez dois! Oh, meu Deus. Seria incrível se fossem gémeos — dizia, quase sem fôlego pela emoção.

Cristina, a sua melhor amiga, observava a cena com o coração apertado. Conhecia bem aquele olhar cheio de esperança. Maria, uma mulher de 42 anos, carregava no peito o sonho de ser mãe, um sonho que o tempo e o destino pareciam arrebatar-lhe uma e outra vez. Havia tentado engravidar durante muitos anos, mas nada acontecia. Quando o marido a abandonou, ela decidiu lutar sozinha, acreditando que Deus ainda cumpriria o desejo mais profundo do seu coração.

Cristina já tinha presenciado muitas desilusões, muitos falsos positivos, muitos choros na casa de banho. E agora, via a amiga agarrar-se a uma esperança frágil.

— Maria, sei que estás emocionada, mas tens que ir com calma. Controlar as tuas expectativas. Sabes que pode não ser o que estás à espera — disse Cristina, com voz serena, mas firme.

— Amiga, fiz o teste de farmácia e deu positivo! — respondeu Maria. — Além disso, tenho todos os sintomas: cólicas, náuseas e estou mais sensível do que o habitual. Eu sei que estou grávida!

Uma enfermeira apareceu na receção, chamando: “Maria de Jesus, por favor, entre na sala do Dr. Wilmer.” As duas olharam-se. Cristina tentou disfarçar a inquietude enquanto Maria se levantava com um sorriso tímido.

Na sala do médico, o Dr. Wilmer preparava o ultrassom. O coração de Maria batia forte, apertava a mão da amiga e olhava fixamente para o ecrã, esperando ouvir o som mais desejado da sua vida: o bater de um pequeno coração. Mas Cristina notou algo diferente. O olhar do médico começou a mudar. O seu sorriso desapareceu, e a sua expressão tornou-se tensa, preocupada. O silêncio na sala ficou pesado.

De repente, o médico parou, guardou o aparelho e aproximou-se.

— Olhe, continue deitada, senhora Maria, porque esta não será uma notícia fácil de ouvir.

Maria olhou-o, sem entender. Ele respirou fundo antes de continuar.

— A verdade é que a senhora não está grávida. E, infelizmente, há um tumor a crescer no seu ovário.

Cristina levou as mãos à boca, chocada. Maria ficou imóvel, a tentar processar o que acabara de ouvir.

— Mas, doutor, eu sinto exatamente o que sente uma grávida! Fiz o teste, vi o resultado. Como é possível que eu não esteja grávida?

O Dr. Wilmer pôs uma mão sobre o seu ombro.

— Infelizmente, o que a senhora tem é um falso positivo. É raro, mas pode acontecer quando há tumores nos ovários. Lamento muito, Maria, mas teremos que remover o seu útero. E, sendo sincero, esta cirurgia é de alto risco.

As lágrimas começaram a rolar pelo rosto da mulher.

— O meu útero? Mas, doutor, eu tenho o sonho de ser mãe. Preciso do meu útero! Não posso fazer essa cirurgia.

— Lamento muito, Maria, mas a cirurgia, no seu caso, é indispensável. E, com ela, a senhora nunca mais poderá ter filhos — disse o médico.

Aquelas palavras caíram sobre ela como uma sentença.

Ambas saíram do consultório. Maria caminhava cambaleante, apoiada no braço da amiga.

— Porquê, meu Deus? — soluçava. — Por que é que me impões semelhante castigo? Será que não mereço ser mãe?

— Claro que não, Maria. Serias a melhor mãe do mundo. Mas, amiga, há coisas que simplesmente acontecem, e não conseguimos entendê-las — respondeu Cristina.

— Não, Cristina. Tudo nesta vida tem um porquê. Se tudo tem uma razão, por que é que isto está a acontecer comigo?

— Infelizmente, não tenho uma resposta para isso, querida. Mas se realmente existe uma razão para tudo isto, creio que será uma boa razão. Algum dia, vais entendê-lo.

Maria fechou os olhos. A dor era imensa. Depois de uns minutos, Cristina ofereceu-se para a levar a casa de carro, mas a mulher negou.

— Não, amiga, preciso caminhar um pouco. Preciso pensar, processar tudo isto.

Caminhou sozinha, com o olhar perdido no chão, até que o pôr do sol começou a cobrir o céu. Quando, por fim, chegou a casa, o cansaço dominava-a. Entrou e foi direta para o quarto que tinha preparado com tanto amor, aquele que devia ser o quarto do seu bebé. Deixou-se cair na pequena cama, a chorar.

O tempo passava. O silêncio da casa era apenas interrompido pelo som da chuva que começava a cair. A escuridão era total. Maria estava prestes a adormecer, mas um som estranho vindo do jardim sobressaltou-a. Abriu os olhos, assustada.

Lentamente, levantou-se e foi até à porta das traseiras. Ao abrir, o vento frio da tempestade atingiu-a. A escuridão tornava difícil ver o que estava lá fora. De repente, parou bruscamente.

A poucos metros, sobre a relva encharcada, jazia uma menina caída, com os olhos fechados, o pequeno corpo a tremer sob a chuva.

— O que fazes aí? Estás bem? — perguntou Maria, agachando-se junto à menina.

A pequena não respondia. Parecia inconsciente. Tinha o rosto delicado, angelical, e o cabelo em caracóis dourados que brilhavam mesmo debaixo da chuva. Maria pegou na menina nos braços e correu para dentro de casa, colocando-a no sofá da sala. Envolveu-a num cobertor macio.

Lentamente, a pequena abriu os olhos, confusa.

— Olá, pequenina, estás perdida?

— Eu não sei — respondeu a menina, com a voz fraca.

— Mas como é que chegaste ao meu jardim? Caíste de algum lugar?

— Não, não me lembro — respondeu a menina.

— Lembras-te, pelo menos, do teu nome?

Angelina. Chamo-me Angelina.

— Muito bem, Angelina. Eu chamo-me Maria. Pareces um pouco constipada por teres passado tanto tempo debaixo da chuva. Vem, vou preparar-te um chocolate quente para te aqueceres.

Angelina sorriu, uma sorriso fraco, mas doce.

Enquanto mexia a bebida, Maria olhava para a menina, que observava tudo com olhos curiosos.

— Quantos anos tens tu?

Angelina parou de contar nos dedos e respondeu, frustrada:

— Eu não me lembro.

— Não te lembras de nada, pois não, Angelina? Nem de quem são os teus pais?

A menina só negou com a cabeça.

— Está bem. Amanhã, vamos começar a tentar lembrar-nos de tudo o que falta nessa cabecinha e encontraremos os teus pais, está bem?

— Mas quero dormir contigo — pediu a menina, com voz mimada.

— Está bem, está bem. Podes dormir comigo — respondeu Maria, rindo suavemente.

Quando Maria acordou, a cama estava vazia. Nem um cabelo, nem um vinco. Terá sido tudo um sonho? pensou. Mas um cheiro inesperado invadiu o ar: cheiro a comida.

Curiosa, foi até à cozinha e parou, de boca aberta. Sobre a mesa, havia um pequeno-almoço completo, digno de uma cena de filme. E, no meio da cozinha, estava a pequena Angelina, a usar um avental enorme.

— Mas o que é isto? Foste tu que preparaste o pequeno-almoço todo? — perguntou Maria, encantada.

Angelina levantou o polegar e sorriu com orgulho.

— Que menina tão bem-educada! Os teus pais devem estar muito orgulhosos de ti.

Ouviram a campainha. Era Cristina, angustiada.

— Maria, não me escreveste, e eu fiquei preocupada! Por que é que tens essa cara tão animada? Passou-se alguma coisa boa?

Maria, emocionada, puxou a amiga para dentro.

— Amiga, tenho algo incrível para te mostrar. Vais adorar!

— Ouve, Maria, de que estás a falar? — disse Cristina, tentando acompanhar o passo. — Perdoa-me por dizer isto, mas lembras-te do que aconteceu ontem?

— Olhe bem e vais entender de que falo. Não fui eu que fiz o pequeno-almoço. Foi a Angelina. É uma menina que encontrei desmaiada ontem no meu jardim.

Cristina olhou à sua volta.

— Ah, uau, amiga, fizeste pequeno-almoço. Que bom — disse, sem entender a causa de tanto entusiasmo.

— Não, não é o pequeno-almoço que quero mostrar-te. É quem o preparou. — Maria levou-a até ao quarto do bebé.

Lá, Angelina estava sentada no chão, a desenhar com lápis de cor.

— Amiga — disse Cristina, com preocupação nos olhos. — O que é que se passou ontem, depois da consulta? Estás bem?

— Já te disse. Voltei a casa, e quando a noite chegou, encontrei a pequena Angelina.

Cristina tentou não contrariá-la.

— Temos que falar. Precisa de voltar ao médico para iniciar o tratamento. A sua situação não é simples e deve ser tratada o mais rapidamente possível.

— Não posso. Essa menina precisa da minha ajuda. Sinto que há uma razão para ela ter aparecido na minha vida.

— Maria, não podes simplesmente deixar o tratamento para depois!

— Não vale a pena insistir, amiga. Não vou tratar-me enquanto não ajudar a Angelina a recuperar a memória e a encontrar os pais.

Cristina respirou fundo.

— Amiga, isto não é tão simples. Angelina não é a tua filha, e não pode preencher o vazio que deixaram todos os bebés que perdeste a tentar ser mãe.

— Tens razão, Cristina — disse Maria, com a voz serena, mas triste. — Angelina não é a minha filha. Mas ela já tem uma família, e provavelmente estão a procurá-la, desesperados. Eu preciso de encontrar a família dela.

— Vamos encontrar a família da Angelina para que possas começar o teu tratamento, está bem?

Maria assentiu, e as duas decidiram começar a busca de imediato. Tiraram fotos e imprimiram cartazes, colando a imagem da menina em todos os lugares possíveis. Mas, mesmo depois de dois dias, não chegou nenhuma chamada, nenhuma pista.

— Não pode ser. Ninguém sabe de nada — murmurou Maria, desanimada.

Foram à esquadra de polícia.

— Senhores polícias, esta é a menina de quem vos falo. Está perdida, sem memória, e precisa de ajuda para encontrar os pais.

Os polícias olharam-se com uma expressão estranha.

— Senhora, perdoe-nos, mas não estamos a entender muito bem o que quer dizer.

Cristina afastou Maria.

— Deixe-me explicar-lhes a gravidade da situação.

Minutos depois, Cristina chamou a amiga.

— Lamentavelmente, não poderemos ajudá-la. Talvez para o tipo de problema que a senhora tem neste momento, não sejamos os profissionais mais adequados para a assistir.

Maria saiu da esquadra, furiosa.

— Só quero encontrar os pais desta menina! Vocês são a polícia! Deviam ajudar!

Começou a abordar as pessoas no passeio.

— Olhe, conhece esta menina? Está à procura dos pais e não se lembra de nada.

As pessoas olhavam-na com estranheza, aceleravam o passo ou desviavam o olhar. Maria olhava à sua volta, sentindo o coração acelerado. Por alguma razão, o mundo inteiro parecia fingir que ela e Angelina não existiam.

Passados dias sem sucesso, Maria sentia o peso do cansaço. Os seus problemas pareciam implacáveis. Naquela tarde, após outra busca, Maria regressou sozinha a casa.

— Sim, Angelina, tentámos. Encontrar os teus pais está a ser um desafio muito maior do que imaginei.

— Não importa, Maria. Gosto de estar contigo. Cuidaste de mim como ninguém faria. Mas tu também precisas de uma razão, uma razão para continuares a viver.

— Estou disposta a viver cada segundo que me resta a cuidar de ti, Angelina. Talvez não me reste muito, mas serei feliz se estiveres comigo quando tudo terminar.

— E quando eu já não estiver aqui?

— O que é que queres dizer com isso? Vais-te embora?

— Tu és uma mulher linda, Maria. Precisas de alguém tão belo e bondoso quanto tu para viver ao teu lado. Vamos, arranja-te e vem comigo. Vou ajudar-te a encontrar esse homem.

Maria acabou por ceder. Vestiu um lindo vestido. As duas foram a um pequeno salão de baile do bairro. Angelina afastou-se para brincar, deixando Maria sozinha perto da pista. Um homem de fato claro observou Maria, aproximou-se e perguntou:

— Concede-me esta dança?

— Chamo-me Túlio. E tu?

— Maria. Sou uma mulher no final da vida. Vou partir sem cumprir o meu maior sonho, ser mãe. Tentei de tudo, mas o mundo parece empenhado em que eu seja infeliz.

Túlio abraçou-a com delicadeza.

— Não tens que pensar nisso agora. Só te concentra neste momento de felicidade.

Horas depois, Túlio levou-a a casa.

— Foi uma grande noite de baile. Mas suponho que isto seja um adeus.

— Não tem que acabar agora. Gostarias de entrar comigo?

— Gostaria muito.

Quando Maria e Túlio entraram, Angelina estava de pé no meio da sala.

— É bom ver que tu estás a tornar-te mais independente de mim — disse a menina, em tom enigmático.

— Ela é Angelina, uma menina encantadora que apareceu perdida em frente à minha casa — explicou Maria.

Túlio sorriu. Mais tarde, no quarto, Maria e Túlio conversaram até ao amanhecer. Maria não queria fechar os olhos. Sentia o início de uma felicidade.

Ao acordar, Maria notou que o lado de Túlio estava vazio. Já me imaginava.

— Não sou um anjinho — disse uma voz.

Maria virou-se. Túlio estava com um avental, a preparar o pequeno-almoço.

— Pensei que quem estava a cozinhar era…

— Ah, então não sou um anjinho? — brincou ele.

Pela janela da cozinha, Maria viu Angelina, a sorrir. A menina acenou, como dizendo: “Está tudo bem. Encontraste uma razão. Não a deixes escapar.”

Mais tarde, Túlio despediu-se.

— Tenho que ir trabalhar agora, mas prometo que ligo. Quero ver-te de novo.

O coração de Maria batia leve. Mas logo o telefone tocou. Era Cristina.

— Por favor, Maria, eu te rogo. Preciso de te convencer a começar o tratamento. Estás a piorar a cada dia.

— Já é demasiado tarde, amiga. Sei que adiei o tratamento demasiado tempo. Quero viver os meus últimos dias em paz. — Maria sorriu. — Mas tenho uma novidade. Conheci um homem.

Cristina não insistiu mais, mas disse:

— Se algum dia sentires no peito uma dúvida, uma dúvida sobre tudo isto, sobre algo que pareça estranho, olha as câmaras da tua casa. Quando o fizeres e descobrires o que não querias descobrir, liga-me. Estarei pronta para te contar tudo.

Na manhã seguinte, Maria acordou com uma sensação boa. Viu Angelina no quarto do bebé.

— Estou a arranjar as coisas para depois — disse Angelina.

— Para depois? O que queres dizer com isso?

— O bebé preferirá que seja assim, deste novo modo.

— Angelina, o que se passa? — Maria abraçou-a.

— Obrigada por teres cuidado de mim todo este tempo. És uma mulher abençoada, Maria. Já demonstraste que mereces cumprir os teus sonhos.

— E quando eu já não estiver aqui? — perguntou a menina.

— Tu és uma mulher linda, Maria. Precisas de alguém tão belo e bondoso quanto tu para viver ao teu lado. — Angelina sorriu, e começou a afastar-se para a cozinha. — E não te esqueças, Maria, tudo acontece por uma razão.

Passados dias, a ausência de Angelina incomodou Maria. Fez a busca e, por fim, lembrou-se das palavras de Cristina. Ligou o computador e abriu os arquivos de gravação. Recuou até ao último dia em que tinha visto Angelina, mas o que viu fê-la gelar.

— Angelina, nesse dia não foi para a cozinha. Nem sequer aparece nas imagens do corredor — murmurou, chocada.

Ligou a Cristina, desesperada.

— Cristina, o que é que querias tanto contar-me? Por que é que a Angelina não aparece nas gravações do último dia em que a vi?

— A verdade é que Angelina não existe, nunca existiu. Todo este tempo foi apenas uma criação da tua mente, depois do trauma de descobrires o tumor.

Maria correu para o supermercado. O gerente mostrou-lhe a gravação. A imagem congelada mostrava Maria, a rir, a falar sozinha, a empurrar o carrinho do supermercado como se alguém estivesse sentado lá dentro.

A mulher compreendeu que tudo — o sorriso da menina, as conversas, os abraços — tinha sido fruto da sua própria dor, transformada em amor por alguém que nunca existiu.

Quando Maria voltou a casa, Cristina e Túlio esperavam por ela. Maria correu para os abraçar.

— Obrigada por ficarem comigo, mesmo quando eu estava a perder a cabeça! Pensei que Angelina era um milagre, que Deus a tinha enviado para que eu pudesse sentir o que era ser mãe.

— Não é loucura, Maria — disse Túlio. — Só precisavas de uma forma de lidar com o teu trauma, e a tua mente fez o possível para te proteger.

Mas, de repente, um som repentino veio do quarto do bebé. Um ruído leve, como se algo cortasse o ar. Túlio e Cristina olharam para o teto. “Parece o som de asas a bater”, disse Túlio.

Os três foram até ao quarto. Ao abrir a porta, uma luz intensa invadiu o local. No meio do resplendor, Angelina estava lá. Flutuava, envolta numa luz suave e dourada. Sobre a sua cabeça, uma pequena auréola cintilava. Um par de asas brancas e delicadas abria-se nas suas costas.

— É Angelina — disse Maria, com lágrimas de emoção.

— O que é isto? Qual é a explicação deste fenómeno? — perguntou Túlio, assombrado.

— Não há explicação. A Deus não se explica — respondeu Maria, com serenidade.

A voz da menina ressoou: “Estou feliz porque tu estás feliz, Maria.”

— Obrigada, meu anjo — sussurrou Maria. — Tu me amaste como ninguém poderia amar.

Angelina pousou os pés no chão, pôs a sua pequena mão sobre a barriga de Maria e abraçou-a com ternura.

— Cuida bem dela — disse Angelina.

O quarto encheu-se de um brilho tão forte que Cristina e Túlio tiveram que fechar completamente os olhos. Quando a luz se desvaneceu, Angelina já não estava lá.

Mas algo havia mudado. O Dr. Wilmer correu para junto de Maria no hospital.

— Vou ser completamente sincero. O seu tumor simplesmente desapareceu. E não só isso… a senhora está grávida.

Maria, incrédula, levou a mão à barriga. Angelina, sussurrou.

Meses depois, Maria deu à luz uma menina linda, com caracóis dourados e uma pequena marca nas costas: o contorno subtil de duas asas.

Batizaram-na de Angelina. A vida que um dia parecia perdida florescia agora dentro daquela casa. Maria vivia o que sempre sonhara: a maternidade, o amor e a paz. O anjo que ela imaginou, ou que talvez Deus realmente enviou, tinha cumprido a sua missão.

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