FRACASSA EVENTO DE MICHELLE BOLSONARO APÓS ELA SER VAIADA E XlNGAR APOIADORES!! NEM 30 PESSOAS!!!!

FRACASSA EVENTO DE MICHELLE BOLSONARO APÓS ELA SER VAIADA E XlNGAR APOIADORES!! NEM 30 PESSOAS!!!!

A Crônica de um Vexame Anunciado: Menos de 30 Pessoas e 794 Visualizações

O que a imprensa brasileira decidiu deliberadamente ignorar na última semana não foi apenas um evento político de baixa relevância, mas sim um estrondoso e humilhante fracasso que expôs, de forma cabal, o verdadeiro poder de mobilização de uma das figuras mais promovidas pela máquina de propaganda conservadora: Michelle Bolsonaro. O evento em questão, promovido pelo PL Mulher no interior de Goiás, mais precisamente na cidade de Rio Verde, transformou-se num fiasco sem precedentes, onde o número de presentes, segundo relatos locais, não ultrapassou a marca de trinta pessoas.

Trinta. É crucial sublinhar esse número. Num país continental com mais de 220 milhões de habitantes, e em um estado com peso político e eleitoral como Goiás, a ex-primeira-dama, que flerta abertamente com a possibilidade de uma candidatura presidencial, não conseguiu atrair sequer o equivalente a um ônibus lotado de apoiadores. Os vídeos oficiais do evento, amplamente divulgados por sua assessoria e pela rede de deputados estaduais e federais do PL, são a prova cabal deste desastre. A transmissão do evento no YouTube, canal oficial da iniciativa, acumulou, em um contraste doloroso com a cobertura midiática subsequente, apenas 794 visualizações. E dessas, como bem lembrou o analista, duas foram do próprio jornalista para fins de apuração. Isso significa que, organicamente, o alcance do evento foi virtualmente nulo. Ele foi, para todos os efeitos práticos, irrelevante.

A irrelevância, no entanto, é a palavra-chave que a grande mídia insiste em contornar. O evento não era apenas uma reunião casual; era o auge de uma divulgação maciça nas redes sociais, com o apoio de uma estrutura partidária robusta e um orçamento que, a julgar pela produção (telões, várias câmeras, grande espaço), era inversamente proporcional à plateia presente. Estavam lá, por obrigação, vereadores, assessores, dirigentes locais do PL Mulher, todos ali cumprindo tabela. Subtraindo estes “convidados obrigatórios”, o número de pessoas genuinamente atraídas por Michelle Bolsonaro desaba para um dígito.

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O Efeito Bola de Neve do Desespero e a Vaia de Brasília

Este fiasco em Goiás não foi um raio em céu azul; foi o culminar de uma semana turbulenta para a ex-primeira-dama. O roteiro de desespero começou a ser escrito dias antes, em Brasília, durante a organização de uma caminhada pró-anistia. O evento, que contava com a participação de figuras proeminentes do bolsonarismo como Silas Malafaia e os deputados Nicolas Ferreira e Gustavo Gayer, já havia sido um desastre de público, mas reservava um momento ainda mais vexatório para Michelle.

Na capital, Michelle Bolsonaro foi publicamente vaiada. Não por adversários ou infiltrados da esquerda, mas por seus próprios “bolsominions” insatisfeitos. A reação da ex-primeira-dama foi, no mínimo, antidemocrática e reveladora de um temperamento explosivo. Ela não hesitou em xingar e destratar seus apoiadores, um momento de áudio e vídeo que, embora efêmero, causou um profundo mal-estar nas bases mais fanáticas do movimento. “Não adianta falar ‘vaza’, queridos. Eu sei que Deus um dia vai tirar essas escamas. Vocês estão do lado do mal… Vocês defendem a morte de crianças dentro do ventre de suas mães,” bradou ela, em um tom raivoso e messiânico, misturando política com uma retórica de vida e morte, verdade e mentira.

Este incidente de Brasília, que demonstrou a sua incapacidade de lidar com a dissidência interna e a rápida deterioração de sua popularidade, foi o prelúdio direto para o desastre de Rio Verde. A relação com os bolsonaristas, já abalada, degringolou. O desespero, segundo análises, bateu à porta de Michelle ao perceber que qualquer pretensão presidencial seria aniquilada por Lula. O conselho interno foi claro: radicalizar. A tática seria simples: atacar o governo com fake news e injetar a pauta religiosa no debate político, custe o que custar.

A Amplificação da Irrelevância: Lula, Janja e Israel

O que aconteceu a seguir é o que deve nos exigir mais de mil palavras de reflexão, pois é aqui que a hipocrisia da grande imprensa se manifesta em sua plenitude. As falas de Michelle em Goiás, apesar do público insignificante, foram alçadas à manchete de todos os grandes portais de notícias do Brasil.

O conteúdo das manchetes era uniforme: “Michelle chama esquerda de maldita e ataca Lula e Janja por presença em igrejas”, “Casalzinho que demoniza Israel”. A narrativa era a de que o presidente e a primeira-dama estariam “demonizando Israel” e que a esquerda era “maldita”, um linguajar religioso e sectário, calibrado para ressoar exclusivamente no nicho evangélico mais radical. O objetivo tático foi atingido: gerar a comoção artificial entre aqueles que doutrinam a crença de que o apoio cego a um “estado terrorista que comete genocídio” (como ironicamente apontado no áudio) é mandatório para a fé.

A pergunta que a imprensa se recusa a fazer, e que se impõe aqui, é: Por que amplificar a fala irrelevante de um evento que menos de 800 pessoas assistiram na internet, enquanto ignora o fato de que a pessoa que proferiu a fala é um fracasso político em mobilização?

A resposta é inequívoca: a imprensa não estava promovendo Michelle; estava atacando Lula. O fracasso de Michelle não serve à agenda. O ataque de Michelle, mesmo sendo uma mentira deslavada e uma manobra diversionista (Lula e Janja haviam acabado de participar do Círio de Nazaré e o presidente estava em audiência com o Papa Francisco, com quem tem relações históricas muito anteriores ao nascimento político de Michelle), serve ao objetivo de criticar, desestabilizar e criar uma narrativa negativa sobre o atual governo. A irrelevância se torna a capa do jornal quando o alvo é o presidente e a fonte, apesar de falida politicamente, é conveniente.

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O Histórico de Corrupção Ocultado: A Verdadeira Michelle

A seletividade midiática não para na amplificação de falas vazias. Ela se torna criminosa quando encobre um histórico de acusações de corrupção que, se fossem atribuídas a qualquer figura de oposição, resultariam em capa e manchetes investigativas por semanas a fio. A figura que a imprensa promove hoje é a mesma pessoa com um passado sombrio, convenientemente esquecido.

É imperativo lembrar quem é essa figura. Michelle Bolsonaro é a ex-primeira-dama citada nos áudios do Tenente Coronel Mauro Cid, hoje delator. As gravações, que vieram a público, revelam um suposto esquema de desvio de dinheiro público. Cid teria alertado Michelle sobre o uso “rachadinha” do cartão corporativo, aconselhando-a a parar antes que a imprensa descobrisse.

A resposta da ex-primeira-dama, segundo o relato, foi se manter no esquema, mas mudando a forma: “Agora em diante você saca o dinheiro na boca do caixa e me entrega em dinheiro vivo, dinheiro público.” É este dinheiro, oriundo de suposto desvio de verba pública, que teria sido usado para comprar itens de luxo, como sapatos de R$ 15.000,00 e até R$ 4.500,00 em flores para presentear uma amiga.

Mas a cereja do bolo da sordidez e do desprezo pelo patrimônio público e pela vida (mesmo que animal) reside na infame história das carpas do Palácio da Alvorada. Michelle Bolsonaro, segundo relatos, teria assassinado as carpas do Palácio para roubar moedas atiradas no lago. O valor roubado em moedas foi estimado em R$ 800,00. O valor de cada carpa (que ela desconhecia) era de R$ 20.000,00. A ignorância e a ganância, segundo a narrativa, a levaram a matar os peixes para um lucro irrisório.

Conclusão: A Democracia e a Regulação da Mídia

O fiasco de Michelle Bolsonaro em Rio Verde é o sintoma. A doença é a concentração midiática.

Jornalistas da Globo, UOL e outros veículos estavam entre as poucas centenas de pessoas que assistiram ao vídeo do evento. Eles estavam ali não para cobrir a notícia (o fracasso), mas para pescar o ataque que serviria à sua linha editorial. O fato de uma presidenciável em potencial não conseguir mobilizar sequer trinta pessoas é uma informação crucial para o eleitor. O fato de ela ter um histórico de uso de dinheiro público para sapatos de luxo é crucial. No entanto, o que a grande mídia publica é o ataque descabido a Lula sobre Israel.

Isso é possível porque o Brasil é um dos poucos países minimamente desenvolvidos onde não existe qualquer tipo de regulação da mídia. Conglomerados como a Globo e a Folha (UOL) possuem portais de internet, rádios, canais de TV e jornais, concentrando um poder desmesurado nas mãos de poucas famílias. Eles definem o que é “relevante” e o que deve ser “irrelevante”. Eles promovem a figura irrelevante de Michelle Bolsonaro e ignoram o fracasso político e as acusações de corrupção que pesam contra ela.

Para a democracia, o caminho é claro. É necessário que o governo, no futuro, avance na democratização dos meios de comunicação, não com o nome de “regulamentação” ou “regulação”, que soam a “censura” no imaginário popular, mas com nomes que ressaltem o interesse público e pluralista. Se o fiasco de Michelle Bolsonaro serve para algo, é para nos alertar que a imprensa brasileira opera com uma agenda clara: atacar o governo e proteger os seus, mesmo que os protegidos sejam figuras politicamente falidas e com histórico de escândalos. A irrelevância de um evento de trinta pessoas se tornou, pela distorção midiática, o tema mais relevante do dia. E é por isso que ele mereceu, e exigiu, mais de mil palavras.

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