BOLSONARO ACIONA O CÓDIGO VERMELHO DE FUGA: Moraes Ativa a PF, Expondo a Trama Médica e o Desespero da Família

BOLSONARO ACIONA O CÓDIGO VERMELHO DE FUGA: Moraes Ativa a PF, Expondo a Trama Médica e o Desespero da Família

Subtítulo: Laudos de Três Meses, Cirurgia ‘Urgente’ em Hospital Seis Estrelas e o Desmonte do Plano. Em Paralelo, Eduardo Bolsonaro Chora a Cassação Iminente e Desfere Ameaças Públicas Contra Hugo Motta, Revelando o Pânico no Coração do Bolsonarismo.

A “giripoca está piando”. Esta não é apenas uma gíria política, mas a descrição precisa do momento de pânico e desespero que atinge em cheio o clã Bolsonaro e seus aliados mais próximos. Em um movimento que confirma o seu profundo temor de permanecer enjaulado, o ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro tentou articular uma fuga da prisão através de um ardil médico, mas esbarrou no ceticismo e na autoridade inabalável do Ministro Alexandre de Moraes.

Ao mesmo tempo, em uma humilhação pública nas redes sociais, o filho 03, Eduardo Bolsonaro, reapareceu em meio a uma turnê internacional de paradeiro incerto, chorando e atacando o líder de seu próprio bloco, Hugo Motta, por ter iniciado o processo de cassação de seu mandato. A família está cercada: um tenta escapar da prisão física; o outro tenta fugir da prisão política. E o sistema de justiça está fechando o cerco com precisão cirúrgica.

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Parte I: O Gambit Médico e o Xeque-Mate de Moraes

A mais recente e mais audaciosa tentativa de Jair Bolsonaro de escapar das instalações da Polícia Federal (PF) veio disfarçada de uma emergência de saúde. Os advogados do ex-Presidente protocolaram um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que Bolsonaro fosse transferido para a prisão domiciliar.

A justificativa era que ele precisava de uma cirurgia urgente e imediata, com um período de internação de pelo menos sete dias no luxuoso Hospital DF Star, seis estrelas.

O Plano Era Transparente:

O objetivo do clã era claro: repetir a manobra já vista com outros bolsonaristas de alto calibre, como o ex-deputado Roberto Jefferson e Daniel Silveira. O Hospital DF Star, sob custódia, já se transformou em uma “UTI fake” (entre aspas no original) para alguns réus. A transferência para a UTI de um hospital de luxo não visa apenas o conforto, mas sim a criação de uma “algazarra”, um ambiente onde “entra quem quer, sai quem quer, vira ali festa o negócio”, com visitas não autorizadas e a quebra da fiscalização da PF e de Moraes. Em suma, o plano era transformar a internação em uma espécie de prisão domiciliar de luxo, de onde a fuga, talvez durante o traslado ou no próprio caos do hospital, seria facilitada.

A Intervenção Cirúrgica de Moraes:

Alexandre de Moraes, no entanto, não é novo neste jogo. O Ministro analisou o pedido e percebeu a falha crassa no laudo apresentado: o documento dos médicos de Bolsonaro era baseado em exames de três meses atrás, feitos quando o ex-Presidente ainda estava em prisão domiciliar.

A contradição é gritante. A própria imprensa, em outubro, noticiou o oposto: “Bolsonaro internado, obstrução intestinal se desfaz e médicos descartam cirurgia”. O ex-Presidente havia sido internado há menos de dois meses, e os exames daquela época comprovaram que ele não precisava de cirurgia. A tentativa de usar laudos antigos e refutados para justificar uma cirurgia urgente em um hospital de luxo revelou-se uma mentira grosseira.

O Histórico da “UTI Fake”

Esta não é a primeira vez que o time médico de Bolsonaro é colocado sob suspeita. A credibilidade de seus médicos é zero para o STF, e há precedentes gravíssimos que sustentam o ceticismo de Moraes:

    A Live na UTI: Em uma internação anterior, Bolsonaro ficou três semanas em uma UTI fake. A imprensa “engoliu” a narrativa do drama médico, mas a realidade era outra: o próprio Bolsonaro fez uma live do quarto, com pelo menos três pessoas presentes, algo terminantemente proibido.

    O Fim Imediato da Internação: O ponto de virada veio quando o Ministro Moraes determinou que o Oficial de Justiça fosse ao hospital colher a assinatura de Bolsonaro para uma intimação referente ao processo do golpe – o que ele não queria assinar. A internação, que seria “necessária” por três semanas, acabou em dois dias após a assinatura do documento.

A conclusão é óbvia: “Ali já era para investigar o médico do Bolsonaro”. O Ministro Moraes, com sua decisão atual, dá um passo definitivo nessa direção, indicando a necessidade de uma investigação sobre a junta médica.

A Dieta da PF e a Ordem do Perito

A decisão de Moraes de indeferir o pedido e acionar a Polícia Federal foi ainda mais detalhada e contundente, desmantelando qualquer argumento de emergência.

Os Três Argumentos de Moraes:

    Ausência de Emergência: Bolsonaro está preso há três semanas e não teve nenhuma emergência médica. Ele tem acompanhamento médico 24 horas e não passou mal nenhuma vez. Se o quadro de “soluços intermitentes” fosse tão grave, teria havido uma emergência.

    Nutrição Balanceada: Na prisão, Bolsonaro tem uma dieta balanceada, algo que ele não pode ter em casa, onde sucumbe aos seus desejos de comer “camarão sem mastigar, coisas do tipo”. Na PF, ele não recebe carne de porco, pato ou camarão, alimentos de difícil digestão para quem tem problemas intestinais. A prisão, ironicamente, está fornecendo uma dieta mais saudável e controlada.

    Provas Fáceis: Bolsonaro insiste em inventar problemas intestinais, o que é muito fácil de comprovar ou refutar com exames. Se ele tentasse fingir uma emergência, os exames provariam a farsa.

O golpe final de Moraes foi acionar a Polícia Federal. O Ministro determinou que peritos da PF analisem o ex-Presidente em até duas semanas e emitam um laudo independente.

Esta decisão é vital: “o laudo do médico de um réu não vale para a justiça, só vale o laudo do perito”. O perito, sendo um profissional da Justiça e não pago pelo réu, garante a imparcialidade. O plano de fuga de Bolsonaro, que contava com a credibilidade de seus médicos pagos, foi aniquilado pela exigência da perícia oficial. A PF está agora na rota da saúde de Bolsonaro.

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Parte II: A Fuga Política de Eduardo e a Ameaça Explícita

Enquanto o pai tenta fugir da prisão física, o filho 03, Eduardo Bolsonaro, está em uma fuga política ativa. O deputado não está oficialmente foragido, mas tem mantido um paradeiro errático (EUA, El Salvador, Israel, Qatar) e limitado sua presença nas redes a vídeos de “reacts” – longe da militância intensa de antes. O motivo do desespero bateu à sua porta: a cassação de seu mandato.

A iniciativa partiu de uma figura central do Centrão, Hugo Motta. Motta, em um movimento que pode parecer contraditório, anunciou que iniciaria o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro por número de faltas suficientes.

O Grito de Desespero e a Ameaça:

A reação de Eduardo Bolsonaro foi uma crise pública de choro e ameaça. Em um vídeo, ele atacou Motta, dizendo que ele “escolheu a desonra” e se submeteu a ser uma “bonequinha do Alexandre de Moraes”.

O ataque de Eduardo, no entanto, foi além da crítica política, chegando ao campo da intimidação:

“Você vai pagar o preço Morais [Motta]. Quando você for nas ruas, vai ter gente te cobrando. Não porque eu mandei… é porque as pessoas se revoltam com injustiça. É lamentável que eu venha perder um mandato que foi me conferido por mais de 700.000 pessoas.”

Esta ameaça explícita (“vão te cobrar na rua”, “você não vai mais poder sair na rua”) é o mesmo tipo de intimidação que já foi ventilada contra ministros do STF. Eduardo, em pânico pela perda do foro privilegiado que garante sua liberdade – a cassação significaria a emissão iminente de um mandado de prisão contra ele – recorre ao terrorismo verbal para tentar coagir o Centrão.

Parte III: O Fracasso da Anistia e a Covardia do Centrão

A manobra de Hugo Motta para cassar Eduardo Bolsonaro não é apenas um ato de coragem, mas sim uma jogada de xadrez político que expõe a fragilidade da direita.

O Centrão tentou agradar o bolsonarismo com o PL da Dosimetria/Anistia. Contudo, o projeto é inócuo para Bolsonaro, que precisaria ler e trabalhar na prisão para ter sua pena diminuída – algo impensável.

A verdade é que o projeto de dosimetria não muda nada para o ex-Presidente, e a extrema-direita já quer esquecer o assunto. A pauta está parada no Senado, e se for aprovada, Lula tem quase um mês (15 dias úteis) para vetá-la, esticando a discussão para o próximo ano.

O veto de Lula seria derrubado? Hugo Motta, o “bundão de marca maior” que evita confrontos diretos, já ventilou a aliados que não pautará nada polêmico em ano eleitoral (2026). A derrubada do veto seria um caos em fevereiro, péssimo para Motta, que precisa do apoio da esquerda para eleger seu pai ao Senado.

Motta está, portanto, sacrificando o 03 para tentar acalmar a própria base e demonstrar que, mesmo não aprovando a anistia, ele está “lutando”. O preço é o mandato de Eduardo, um futuro foragido que, ao perder o foro, enfrentará mandados de prisão. O clã está encurralado pela lei e pela traição de seus próprios aliados.

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