A Tragédia do PL: Michelle Bolsonaro Declara Guerra aos Filhos e Ameaça Destruir a Estratégia de 2026

A crise provocada por Michele Bolsonaro simplesmente não tem fim. Ela não tá somente limitada ao clã Bolsonaro, mas ela se estende para todo o PL e se continuar da forma como está, ela vai destruir o partido. Porque o PL ele não tem pretensões presidenciais, porque o Lula vai vencer 2026, todo mundo sabe disso.

O que o PL quer fazer é usar o candidato a presidente para poder aumentar a bancada no Senado, na Câmara Federal e nas Câmaras estaduais. Só que existe um forte problema nas composições dos estados, porque com o Bolsonaro preso e ele centralizava todas as decisões, o partido não consegue se definir. E faltando 10 meses para a votação e a Michele atrapalhando essas composições como no Ceará e em Santa Catarina, o partido se perde e pode reduzir a sua bancada tanto no Senado quanto na Câmara.

Porque outros partidos, como União Brasil, PP e o PSD estão mais estruturados do que o PL para a campanha da presidência ou a campanha de 2026. Só que Michele não tá nem aí para isso, porque o que Michele quer fazer é fazer uma bancada grande, uma bancada que ela possa chamar de bancada dela.

All eyes in Brazil on Michelle Bolsonaro as her husband's career implodes  By Reuters

E essa história de Michele pro Senado, eu vejo como sendo um erro para a trajetória política dela, porque se Michele for pro Senado, ela vai vencer e vai ficar presa e limitada ao cotidiano parlamentar, enquanto que se ela for para a presidência e perder, ela sai como sendo a líder da oposição e vai poder percorrer todo o Brasil, aumentando o seu capital político, se colocando como sendo a esposa que está ajudando o marido, levando marmitas na prisão.

Eu não sei quem tá sendo marmita de quem. Você pode colocar aqui nos comentários se tá rolando visita íntima ou não para o Bolsonaro, mas eu acho que não, porque nada mais ali funciona. Você acha que Michele vai afundar o partido? Qual é o futuro dessa crise? Like no vídeo se você gosta de ver o bolsonarismo em crise e claro, se inscreva no canal.

A revista Veja trouxe informações dos bastidores de toda essa construção que culminou com a crise do PL e a vitória de Michele Bolsonaro diante dos filhos do ex-presidente. Porque nós temos que lembrar que o Bolsonaro ele não era um integrante do PL. Ele foi vitorioso em 2018 pelo PSL, fez uma legião de bolsonaristas como Joyce, Frot e vários outros.

 

E depois, por conta de divergências com o Luciano Bivar, Bolsonaro sai do PSL e fica muito tempo, anos, sem partido, até entrar no PL do Valdemar Costa Neto, trazendo junto uma quantidade imensa de deputados bolsonaristas e outras figuras também do bolsonarismo. Essa entrada do Bolsonaro provocou um embate muito forte nos diretórios estaduais, justamente pelo controle das verpas.

Alguns locais os bolsonaristas venceram, outros locais os antigos integrantes do PL venceram, mas houve essa disputa. O Valdemar Costa Neto, possivelmente, para evitar que os diretórios explodissem, centralizou no Bolsonaro toda a formação dos palanques regionais e das lideranças estaduais, porque qualquer coisa a culpa era do Bolsonaro.

 

Porém, quando o Bolsonaro é preso e começa uma dificuldade para haver uma comunicação e uma coordenação, o PL perde a centralização em torno do Bolsonaro. E agora começaram cres diretórios estaduais, como a crise lá no no Ceará, que ficou muito evidente pelo envolvimento de Michele, mas nós não podemos esquecer da crise que existe em Santa Catarina com o Carlos Bolsonaro.

Isso pro PL é péssimo, porque o grande objetivo do PL não é a presidência da República. A gente sabe disso. Por mais que queiram falar de candidatura de Tarcísio, de candidatura de Michele, candidatura de Flávio, quem vai vencer 2026 é o Lula. Mas o PL e os partidos do Centrão precisam ter um candidato presidencial para poder fomentar as candidaturas para o Senado e também para os deputados.

É só a gente lembrar o que aconteceu com o PSL em 2018. A vitória do Bolsonaro puxou um monte de outros deputados e é isso que o PL quer novamente. Só que quanto mais tempo o partido demorar e ter essas crises nos estados, mais demorado e mais difícil fica para essa composição estadual, faltando 10 meses paraa votação.

E o problema do PL é o seguinte. O PL é um partido que hoje tem uma crise interna, que tem o seu, a sua principal liderança política presa, enquanto os outros partidos, que por mais que tenham ali os seus problemas, estão na frente do PL. O PL pode ter um fundo partidário bilionário, mas há uma federação do PP com União Brasil, que é uma federação forte, tem lá os seus problemas, mas é uma federação forte.

Fora que tem também o PSD, que é o partido com a maior quantidade de prefeitos no Brasil. Essa quantidade de prefeitos do PSD garante uma capilaridade regional muito grande. Então, se você for ver em termos de estrutura, o PL tem a grana, mas o PSD tem uma estrutura mais sólida em termos políticos por conta dos prefeitos.

E o União Brasil e o PP tem também uma estrutura muito forte em termos de capital, mas também de capilaridade regional. Então, se o PL não abrir o olho, ele não vai conseguir fazer maioria na Câmara e talvez não consiga a projeção do Senado que tanto deseja. Mas aí tem uma outra coisinha, a Michele ela não tá preocupada com isso, porque segundo o jornal O Globo, esse embate da Michele com os filhos do Bolsonaro, pior a relação dela com Carlos, com o Flávio, com o Eduardo, com o Jeninan, talvez até com o próprio Bolsonaro.

Mas muitos aliados, ou melhor, aliadas de Michele Bolsonaro podem se beneficiar disso. No Ceará, a disputa talvez teve o Ciro Gomes como bod expiatório, até mesmo porque o André Fernandes, que fez aliança com Ciro Gomes, quer que o pai seja candidato ao Senado. que a Michelle pode ter usado a situação do Ciro Gomes para rifar o André Fernandes e o pai dele, porque a Michelle quer uma outra pessoa sendo candidato ao Senado.

A mesma coisa no Rio Grando, no em Santa Catarina. A Michele não quer que o PL apoie o Carlos Bolsonaro. A Michele quer a Caroline Gitone. Porque para a Michele é mais interessante ter uma bancada para ela chamar de uma bancada dela. E o Valdemar Costa Neto, o boy, está mais inclinado a Michele Bolsonaro. Porque nas quedas de braço, o Valdemar Costa Neto está fazendo acenos bem maiores para a Michele do que para qualquer outra pessoa dentro do PL.

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Então, ela está se construindo. Eu já conversei com vocês sobre a possibilidade da Michele disputar o Senado. Eu não acho que para ela seja um grande negócio em termos políticos, porque ela vai ficar presa no dia a dia parlamentar. Para ela, o melhor seria continuar da forma como está, disputar a presidência e não o Senado, porque mesmo que ela perca, ela pode percorrer o Brasil, se apresentando como sendo a herdeira do Bolsonaro, como sendo a liderança da oposição.

E a Michele, ela está fazendo uma construção de imagem dela, que é algo que nós precisamos observar. E eu falei para vocês, nós temos que observar não o que vai acontecer com o Bolsonaro depois dele ser preso, mas sim como vai ser a postura de Michelle. E ela está fazendo exatamente aquilo que eu acreditava que ela fosse fazer.

Porque Michele, ela tá aproveitando uma situação feita pelo próprio Bolsonaro de não se alimentar da comida da prisão. Bolsonaro não come a comida da prisão porque ele tem medo de ser de ter veneno ali dentro. Então o que que a Michele faz? A Michele que prepara a comida do Bolsonaro, ela prepara as marmitas e leva para ele na prisão.

E ao fazer isso, a piedade maior não vai para o Bolsonaro, mas vai para ela. Olha como que ela não abandona o marido no cárcere, como que ela vai para lá enfrentando todas as agruras. Ela leva a marmita, como que ela é uma boa esposa, reforçando pressupostos importantes e caros para o ambiente religioso que Michele navega e trafega com uma grande facilidade.

Michele tem esse poder imagético que nenhum outro integrante do PL ou nenhum outro filho do Bolsonaro tem. E essa é a grande força de Michele, que nenhum filho do Bolsonaro ou outro integrante do bolsonarismo tem.

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