EMPREGADA ACEITOU FINGIR SER CASADA COM MILIONÁRIO… MAS QUANDO SE BEIJARAM, ALGO MUDOU PARA SEMPRE

Olá, queridos ouvintes, sejam muito bem-vindos a mais uma história emocionante aqui no canal. Hoje vou contar para vocês a história de Clara, uma empregada de 23 anos que trabalha na mansão de um milionário em Feira de Santana. Numa noite, ela vai precisar fingir ser a esposa de Eduardo em um jantar de negócios muito importante.

 O que era para ser apenas uma encenação vai se transformar em algo muito mais intenso quando eles se beijam pela primeira vez. Mas será que esse amor vai conseguir vencer as diferenças sociais entre eles? E quando Clara descobrir que está esperando um bebê, como será que Eduardo vai reagir? Será que vai rejeitá-la? Ou será que essa notícia vai trazer uma surpresa que ninguém esperava? Muito obrigado a todos vocês que sempre acompanham o fio de esperança, deixam seus likes, se inscrevem no canal e compartilham nossas histórias com outras

pessoas. O carinho de vocês é o que nos motiva todos os dias. E me contem aqui nos comentários o que vocês fazem enquanto ouvem nossas histórias. Estão descansando aí no sofá depois de um dia corrido ou talvez tomando um chá quentinho enquanto escutam? Quem sabe estão preparando a janta ou voltando do trabalho. Adoro saber como vocês aproveitam esse tempo conosco.

 Agora vamos começar nossa história. Clara sempre foi uma moça muito organizada e dedicada. Há dois anos trabalhava como empregada na mansão de Eduardo, um empresário milionário de 32 anos que morava sozinho numa das casas mais bonitas de Feira de Santana. A rotina dela era sempre a mesma.

 chegava cedo, cuidava da limpeza, da organização, preparava as refeições e se certificava de que tudo estava perfeito para quando ele chegasse do trabalho. A mansão era imponente, com jardins bem cuidados, piscina enorme e uma vista linda da cidade. Clara conhecia cada cantinho daquela casa. Sabia exatamente como Eduardo gostava do café pela manhã, que tipo de música o relaxava depois de um dia difícil nos negócios e até mesmo que ele ficava mais quieto quando estava preocupado com algum contrato importante.

 Ela observava tudo em silêncio, sempre discreta, sempre profissional. Eduardo era um homem bonito, alto, cabelos escuros, sempre bem penteados, olhos castanhos que transmitiam seriedade nos negócios, mas que às vezes mostravam uma gentileza que poucos conheciam. Ele tratava clara com respeito, nunca foi grosseiro ou mal educado.

 Pagava em dia, dava folgas quando ela precisava e sempre agradecia pelo trabalho bem feito. Obrigado, Clara. A casa está perfeita, como sempre. Ele costumava dizer ao chegar em casa e ela sentia o coração acelerar um pouco toda vez que ouvia essas palavras. Mas Clara sabia muito bem qual era o seu lugar. Ela era a empregada.

 Ele era o patrão milionário, mundos completamente diferentes. Ainda assim, não conseguia evitar de admirá-lo. Não era só pela riqueza ou pela beleza dele, mas pela forma como trabalhava duro, como era justo com todos os funcionários, como cuidava dos pais idosos que moravam numa mansão próxima. Eduardo tinha um lado humano que ela via quando ele pensava que ninguém estava olhando.

 Clara morava com a mãe, dona Maria, numa casinha simples no bairro de Queimadinha, bem longe da área nobre, onde ficava a mansão de Eduardo. Toda manhã ela pegava dois ônibus para chegar ao trabalho, mas nunca reclamava. O salário era bom, bem melhor do que qualquer outro emprego que já tinha tido. E Eduardo sempre dava um dinheiro extra em datas especiais. Minha filha, você trabalha demais nessa casa.

 Dona Maria sempre dizia quando Clara chegava em casa à noite, cansada, mas satisfeita. Esse homem tem sorte de ter você cuidando de tudo para ele. Clara apenas sorria. A mãe não entendia que para ela não era só trabalho. Havia algo mais. um sentimento que ela tentava esconder até de si mesma. Eduardo era solteiro, isso todo mundo sabia.

 De vez em quando ele recebia algumas mulheres em casa, sempre muito bonitas, bem vestidas, do tipo que frequentava os mesmos círculos sociais que ele. Clara preparava jantares especiais nessas ocasiões, arrumava a mesa com as louças mais finas, acendia velas, fazia tudo parecer perfeito. E depois, quando elas iam embora de manhã, Clara limpava tudo em silêncio, fingindo que não sentia uma apontada estranha no peito.

 Recentemente, os pais de Eduardo, seu Roberto e dona Helena, tinham começado a aparecer mais na mansão. Clara gostava muito deles. Dona Helena sempre conversava com ela na cozinha, perguntava sobre a família, elogiava a comida. “Clara, querida, você cozinha melhor que qualquer restaurante chique dessa cidade”, ela dizia. E Clara ficava toda orgulhosa. Seu Roberto era mais reservado, mas sempre cumprimentava ela com educação e respeito.

 Eduardo, meu filho, você já passou dos 30, quando é que vai me dar netos? Dona Helena costumava brincar durante os almoços de domingo. Clara ouvia essas conversas da cozinha enquanto preparava a sobremesa. “Mãe, quando aparecer a pessoa certa, você vai ser a primeira a saber.” Eduardo respondia sempre com paciência, mas Clara percebia que ele ficava meio desconfortável com o assunto.

 Às vezes, nos fins de semana, quando Eduardo ficava em casa trabalhando no escritório, Clara aproveitava para fazer uma limpeza mais caprichada. Ela gostava desses momentos de silêncio quando podia ouvir a música clássica que ele colocava para se concentrar. Algumas vezes ele descia para buscar um café e encontrava ela organizando a biblioteca.

“Você lê muito clara?”, ele perguntou uma vez, vendo que ela sempre manuseava os livros com cuidado especial. “Um pouco, sim, senor Eduardo.” “Quando tenho tempo?”, ela respondeu corando um pouco. “Pode pegar qualquer livro emprestado se quiser.”, ele ofereceu com um sorriso gentil. Clara tinha 23 anos e nunca tinha namorado sério.

 Havia saído algumas vezes com rapazes do bairro, mas nada que fosse realmente especial. Ela era uma moça bonita, com cabelos castanhos compridos, que sempre mantinha presos em um coque discreto durante o trabalho, olhos verdes expressivos e um sorriso doce que iluminava o rosto quando ela estava feliz. Mas havia uma timidez natural nela, especialmente quando se tratava de relacionamentos amorosos.

 Clara, você é muito nova para ficar só cuidando de casa de rico e da sua mãe velha. Dona Maria falava às vezes precisa arranjar um namorado, constituir família. Mas Clara não conseguia se interessar por nenhum dos rapazes que a mãe apresentava. Havia algo diferente em seus sentimentos, algo que ela não conseguia explicar. nem para si mesma.

Eduardo viajava muito a trabalho e Clara sentia falta dele quando a casa ficava vazia por vários dias. Ela cuidava de tudo com o mesmo carinho, regava as plantas, mantinha tudo limpo e organizado, mas havia um silêncio diferente quando ele não estava. Quando ele voltava, sempre trazia pequenos presentes para ela, nada muito caro, mas coisas que mostravam que ele tinha pensado nela durante a viagem.

 Um chocolate especial, um lenço bonito, uma vez até um livro que ele achou que ela ia gostar. Obrigada, Senr. Eduardo. Não precisava se incomodar, ela sempre dizia, mas guardava cada presente com carinho especial. Eduardo sorria e respondia: “Você cuida tão bem da minha casa, Clara. é o mínimo que posso fazer. Esses pequenos gestos faziam o coração dela disparar, mesmo sabendo que era apenas gentileza dele.

 A vida de Clara tinha uma rotina tranquila e previsível, mas ela estava satisfeita. Gostava do trabalho, adorava a família de Eduardo, tinha uma boa relação com ele e conseguia ajudar a mãe financeiramente. Nunca imaginou que tudo isso ia mudar completamente por causa de um jantar de negócios que Eduardo precisava comparecer. Uma noite que ia transformar a vida dos dois para sempre, de uma forma que nenhum deles podia imaginar naquele momento.

 Eduardo estava completamente desesperado. Caminhava de um lado para o outro no escritório da mansão, passando a mão pelos cabelos, de uma forma que Clara nunca tinha visto antes. Era uma terça-feira de manhã e ela estava arrumando os livros na estante quando percebeu que algo estava muito errado com ele.

 Eduardo falava sozinho, olhava o celular a cada 5 minutos e tinha uma expressão de pânico no rosto. “Não acredito que ela fez isso comigo”, ele murmurava enquanto caminhava nervoso pela sala. Clara tentava fazer seu trabalho sem atrapalhar, mas era impossível não notar o desespero dele. Eduardo parou na frente da janela, olhando para o jardim, sem realmente ver nada.

 “Como eu vou resolver isso agora? Como?” Clara terminou de organizar os livros e estava saindo discretamente quando Eduardo se virou e a viu. “Clara, espera”, ele disse com uma voz cansada. “Desculpa, eu sei que estou parecendo um louco aqui.” Ela parou na porta, preocupada com ele. “Aconteceu alguma coisa grave, Senr.

 Eduardo?”, perguntou com sinceridade. Eduardo suspirou fundo e se jogou na poltrona de couro do escritório. “Lembra da Fernanda? Aquela modelo que tem vindo aqui algumas vezes?”, ele perguntou. E Clara fez que sim com a cabeça. Como ela ia esquecer da mulher mais bonita que já tinha visto na vida? Sempre impecável, sempre tratando clara, como se ela fosse invisível.

 Ela era minha, bem, não era namorada oficial, mas estávamos saindo há alguns meses. Ontem à noite, ela me ligou dizendo que está com um ator famoso agora e que não quer mais me ver. Clara sentiu uma apontada estranha no peito, mas não sabia se era alívio ou pena dele. “Sinto muito, senor Eduardo”, ela disse baixinho. Eduardo riu de forma amarga. “O problema não é esse, Clara.

 O problema é que depois de amanhã, quinta-feira, eu tenho o jantar mais importante da minha vida profissional. Um investidor espanhol, o Sr. Martinz, está vindo de Madrid especialmente para me conhecer. Esse contrato pode mudar completamente o rumo da minha empresa.

 Ele se levantou da poltrona e começou a andar novamente. O Martinez é um homem muito conservador, muito tradicional. Ele só faz negócios com empresários que sejam casados ou pelo menos tenham relacionamentos sérios e estáveis. diz que homens solteiros são irresponsáveis e não inspiram confiança para investimentos de longo prazo.

 Clara escutava atentamente, tentando entender onde ele queria chegar com aquela conversa. Eu já tinha confirmado com ele que levaria minha esposa no jantar. Ele até pediu para conhecer ela. Disse que a esposa dele, dona Carmen, estava ansiosa para conversar com uma brasileira. Agora estou numa situação impossível. Se eu aparecer sozinho ou disser que não tenho mais namorada, ele vai cancelar tudo na hora. São 15 milhões de reais, Clara.

15 milhões. Eduardo parou na frente da mesa e apoiou as duas mãos nela, olhando para baixo com desespero. Tentei ligar para todas as mulheres que conheço, mas ou estão comprometidas ou viajaram, ou simplesmente não conseguem fingir ser minha esposa de forma convincente numa reunião tão importante. Preciso de alguém inteligente, educada, que saiba se comportar num ambiente social elegante.

 Clara ficou em silêncio, sem saber o que dizer para consolá-lo. Era a primeira vez que via Eduardo tão vulnerável, tão humano. Sempre o conheceu como o empresário confiante e bem-sucedido. Ver ele daquele jeito mexia com ela de uma forma estranha. Tenho certeza de que o senhor vai encontrar uma solução”, ela disse, tentando animá-lo.

 Foi então que Eduardo levantou os olhos e olhou diretamente para ela. Clara sentiu algo diferente naquele olhar, como se ele estivesse realmente a vendo pela primeira vez. Eduardo ficou em silêncio por alguns segundos, estudando o rosto dela, a postura, a forma como ela falava. “Clara”, ele disse devagar. “Há quanto tempo você trabalha aqui? Dois anos, Sr.

 Eduardo ela respondeu sem entender aonde ele queria chegar. E você sempre foi muito educada, muito elegante, mesmo de uniforme. Você fala bem, é inteligente, conhece esta casa melhor que eu mesmo? Clara corou um pouco com os elogios, mas continuou sem entender. “Senhor Eduardo, eu não estou entendendo.” Eduardo se aproximou dela, mas mantendo uma distância respeitosa.

“Clara, eu vou fazer uma proposta que pode parecer completamente maluca, mas eu estou desesperado. Você toparia fingir ser minha esposa por uma noite? Só no jantar de quinta-feira. Seria apenas uma encenação, nada mais”. Clara arregalou os olhos, achando que tinha ouvido errado.

 Como assim, senor Eduardo? Eduardo passou a mão pelos cabelos novamente. Eu sei que é uma loucura, mas pense bem. Você é bonita, inteligente, educada. Com as roupas certas, o cabelo arrumado, você ficaria perfeitamente à vontade num restaurante elegante. E o mais importante, você me conhece bem, sabe como eu sou, como eu penso. Seria mais fácil para você fingir ser minha esposa do que para uma estranha.

 Clara ficou completamente sem palavras. A ideia era tão absurda que ela não conseguia nem processar direito. Mas, senhor Eduardo, eu sou sua empregada. Como é que eu vou fingir ser sua esposa? Eu nem sei como me comportar nesses lugares chiques. Clara, você subestima você mesma. Eduardo disse com sinceridade. Eu te vejo há do anos.

 Você tem uma elegância natural, uma educação que não se aprende em escola cara. Você lê, se expressa bem, tem bom gosto. Com as roupas certas, ninguém ia desconfiar de nada. Ele fez uma pausa e continuou. E eu pagaria muito bem por isso. R$ 5.000 só pela noite. Sei que é dinheiro que faria diferença para você e sua mãe. Clara sentiu o coração disparar. R$ 5.

000 era mais de dois meses do seu salário. Com esse dinheiro, ela podia fazer tantas coisas para ajudar a mãe, consertar o telhado da casa que estava precisando, comprar remédios, mas a situação era tão surreal que ela não conseguia acreditar que estava acontecendo de verdade. Eu não sei, senor Eduardo.

 E se der tudo errado? E se eles descobrirem que é mentira? Clara estava nervosa, brincando com as mãos. Eduardo se aproximou mais um pouco. Não vai dar errado, Clara. Eu te ajudo em tudo. Você vai ter o dia inteiro de amanhã para se preparar. Vamos comprar roupas bonitas. Você vai no salão e eu te ensino tudo sobre minha vida, sobre como nos conhecemos, tudo que eles podem perguntar.

 Clara olhou para ele vendo a sinceridade e o desespero nos olhos de Eduardo. Ele realmente precisava dela. Pela primeira vez em dois anos, ela se sentia importante para ele, não só como empregada, mas como pessoa. E depois do jantar, como fica a situação aqui em casa? Ela perguntou. Depois volta tudo ao normal. Eduardo respondeu rapidamente. Você continua sendo minha empregada.

 Eu continuo sendo o seu patrão. Ninguém mais vai saber de nada. Vai ser nosso segredo. Ele fez uma pausa e olhou nos olhos dela. Por favor, Clara, eu realmente preciso da sua ajuda. Não tenho mais ninguém em quem confiar. Clara respirou fundo. A proposta era maluca, arriscada, completamente fora da sua zona de conforto.

 Mas havia algo na forma como Eduardo estava pedindo, na confiança que ele estava depositando nela, que mexia com seu coração, e o dinheiro realmente faria uma diferença enorme na vida dela e da mãe. “Está bem”, ela disse baixinho, quase sussurrando. “Eu aceito.” Eduardo abriu um sorriso enorme, o primeiro sorriso genuíno que ela havia no rosto dele naquela manhã.

 Sério? Você aceita mesmo? Clara fez que sim com a cabeça, ainda meio em choque com a própria decisão. Obrigado, Clara. Muito obrigado. Você não faz ideia do quanto isso significa para mim. Na manhã de quarta-feira, Clara acordou com o coração batendo acelerado. Mal tinha conseguido dormir na noite anterior, pensando em tudo que ia acontecer.

Chegou na mansão mais cedo que o normal e encontrou Eduardo já acordado, tomando café e mexendo no celular. Ele estava com uma energia completamente diferente do dia anterior, mais animado e confiante. “Bom dia, Clara. Pronta para o dia da transformação?”, Ele disse com um sorriso.

 Clara ainda estava nervosa, mas a animação dele foi contagiante. Bom dia, senor Eduardo. Para ser sincera, estou um pouco assustada com tudo isso. Eduardo se levantou e se aproximou dela. Vai dar tudo certo? Pode confiar em mim. Hoje você vai ver o quanto é capaz. Eduardo já tinha tudo planejado. Primeiro eles iam ao shopping de Feira de Santana para comprar roupas adequadas para o jantar.

 Precisa ser algo elegante, mas não muito chamativo. O Martinez e a esposa são conservadores, então nada muito decotado ou apertado”, ele explicou enquanto dirigia. Clara apenas concordava, ainda tentando acreditar que estava vivendo aquela situação. A primeira parada foi numa loja de roupas femininas caras. Clara nunca tinha entrado num lugar daqueles.

 As vendedoras olharam para ela com certa desconfiança por causa da roupa simples que estava usando. Mas quando Eduardo explicou que precisavam de um vestido especial para um jantar importante, o tratamento mudou completamente. Que tipo de evento? Perguntou a vendedora mais experiente. Jantar de negócios com investidores internacionais. Eduardo respondeu. Precisa ser algo sofisticado, mas não muito ousado.

 Algo que uma esposa dedicada usaria para acompanhar o marido numa reunião importante. Clara corou ao ouvir ele se referir a ela como esposa, mesmo sendo apenas para a vendedora. A vendedora trouxe várias opções, um vestido azul marinho, um preto básico, um bordô elegante. Clara experimentou todos e dava sua opinião sobre cada um. O azul marinho ficou perfeito em você”, ele disse quando ela saiu do provador.

“Não é muito chamativo, mas realça seus olhos verdes. É exatamente o que precisamos”. Depois das roupas, foram comprar sapatos, uma bolsa pequena e discreta e alguns acessórios básicos. Eduardo insistiu em pagar tudo, mesmo com Clara, protestando que era gasto demais. “Clara, esse investimento pode mudar minha vida inteira.

 Não esquenta com isso”, ele disse enquanto entregava o cartão de crédito para a vendedora. Durante as compras, eles conversaram mais do que em dois anos de convivência. Eduardo contou sobre a pressão que sentia para fazer a empresa crescer, sobre como era difícil competir com empresários mais experientes.

 Clara falou sobre seus sonhos, sobre como queria ajudar a mãe a ter uma vida melhor, sobre os livros que gostava de ler. “Você nunca me contou que gostava de literatura clássica”, Eduardo disse surpreso quando ela mencionou alguns autores. “Nunca perguntou.” Clara respondeu com sinceridade, mas sem tom de reclamação. Eduardo Rio, você tem razão.

 Acho que eu era muito focado no trabalho para perceber quem você realmente é. Depois das compras, foram para um salão de beleza que Eduardo tinha reservado. Clara estava nervosa novamente. Nunca fiz nada assim. Ela sussurrou para ele enquanto esperavam ser atendidas. Relaxa, vai ser maravilhoso. Você vai ficar ainda mais bonita do que já é, Eduardo disse.

 E Clara sentiu o coração acelerar com o elogio. A cabeleireira tirou o elástico do cabelo de Clara e deixou os fios castanhos caírem pelos ombros. Que cabelo lindo! Vamos fazer uma escova modelada. Nada muito elaborado, algo elegante e natural”, ela disse. Clara estava tensa na cadeira, mas Eduardo ficou por perto conversando com ela e fazendo piadas para deixá-la mais relaxada.

 Quando chegou a vez da maquiagem, Clara estava ainda mais nervosa. “Nunca uso maquiagem no dia a dia”, ela confessou para a maquiadora. “Não se preocupe, querida. Vamos fazer uma maquiagem natural que realce sua beleza sem exagerar. Eduardo assistia a tudo com atenção, dando opiniões sobre cores e sugestões.

 Enquanto a maquiadora trabalhava, Eduardo aproveitou para ensinar clara detalhes sobre a vida que eles iam fingir ter. Vamos dizer que nos conhecemos há três anos, quando você ainda estava na faculdade. Você estudava administração, mas parou para se dedicar a cuidar da casa e me apoiar nos negócios. Ele explicava. Clara prestava atenção em cada detalhe. “E se perguntarem sobre casamento, há quanto tempo somos casados?”, Clara perguntou.

Eduardo pensou um pouco. Vamos dizer que casamos há um ano numa cerimônia pequena, só família. Você é mais reservada, não gosta muito de eventos sociais, por isso não aparece muito comigo em público. Clara achou a história convincente. E sobre filhos, eles podem perguntar, Clara disse, corando um pouco.

 Eduardo ficou sério por um momento. Se perguntarem, você pode dizer que ainda não tivemos, mas que queremos em breve. Isso é normal para casais jovens? Clara concordou, mas sentiu algo estranho no peito ao imaginar ter filhos com Eduardo, mesmo que fosse só fingimento. Quando a maquiagem ficou pronta, Clara mal se reconheceu no espelho.

 Seus olhos verdes estavam realçados, a pele parecia perfeita, os lábios tinham uma cor suave, mas marcante. Ela estava linda, mas ainda era ela mesma. Nossa, Clara, você está deslumbrante”, Eduardo disse. E pela primeira vez ela viu admiração real nos olhos dele. “Agora vamos para casa para você se trocar e ver como fica tudo junto”, Eduardo disse. No caminho de volta para a mansão, ele continuou ensinando detalhes. O Martinês gosta de falar sobre vinhos.

 Se ele perguntar alguma coisa, só sorria e diga que entende pouco, mas que aprecia uma boa taça de vinho tinto. A esposa dele, dona Carmen, é muito educada, mas pode fazer perguntas pessoais. Seja sempre gentil e sorria bastante. Na mansão, Clara foi para o quarto de hóspede se trocar.

 Quando se olhou no espelho com o vestido azul marinho, os sapatos novos, a maquiagem e o cabelo arrumado, ela não conseguia acreditar na transformação. Parecia uma pessoa completamente diferente, mas ao mesmo tempo continuava sendo ela. Quando desceu para mostrar o resultado final para Eduardo, ele estava no escritório mexendo no computador. Clara pigarreou levemente na porta e quando ele levantou os olhos ficou completamente parado.

 Por alguns segundos ele não disse nada, apenas olhou para ela com uma expressão que Clara não conseguiu decifrar. “Você está perfeita”, ele disse finalmente se levantando da cadeira. “Absolutamente perfeita. Ninguém vai desconfiar de nada”.

 Eduardo se aproximou dela devagar e Clara sentiu uma sensação estranha no estômago. Era a primeira vez que ele a olhava realmente como mulher, não como empregada. “Você tem certeza de que vai conseguir fingir que está casada comigo?”, Eduardo perguntou, parando bem perto dela. Clara sentiu o perfume dele e viu os detalhes do rosto que nunca tinha reparado de tão perto.

 “Eu vou tentar o meu melhor”, ela respondeu com a voz meio trêmula. Eduardo sorriu. Não vai ser difícil. Você já conhece meus gostos, meus hábitos, minhas manias. Em alguns aspectos, você me conhece melhor que qualquer namorada que já tive. Clara corou com o comentário. Havia algo diferente no ar entre eles.

 Uma tensão que nunca tinha existido antes. Amanhã à noite, no restaurante, você não vai ser minha empregada, vai ser minha esposa. Isso significa que pode me chamar pelo nome, pode ficar à vontade, pode até encostar em mim, se for necessário, para parecer natural. Eduardo explicou. Eu sei que vai ser estranho no começo, mas precisa parecer real.

 Clara respirou fundo. Eu entendo. Vou fazer o meu melhor para não decepcionar você. Eduardo pegou nas mãos dela um gesto que fez o coração de Clara disparar. Você não vai me decepcionar, Clara. Eu confio em você completamente. Naquele momento, olhando nos olhos um do outro, os dois sentiram que algo estava mudando entre eles, algo que ia muito além de uma simples encenação para um jantar de negócios.

 Na quinta-feira à noite, Clara estava mais nervosa do que jamais tinha ficado na vida. Passou o dia inteiro ensaiando na cabeça tudo que Eduardo tinha ensinado, repetindo os detalhes da história que eles tinham inventado. Quando chegou a hora de se arrumar, suas mãos tremiam tanto que mal conseguia passar o batom. Eduardo bateu na porta do quarto de hóspedes às 7 horas. Clara está pronta.

 Precisamos sair em 15 minutos. Ela abriu a porta, já vestida e arrumada, mas com uma expressão de pânico no rosto. Eduardo, eu não sei se consigo fazer isso. E se eu falar alguma coisa errada? E se eles perceberem que é mentira? Eduardo segurou as mãos dela com gentileza. Respira fundo. Você vai conseguir, eu tenho certeza.

 Lembra de tudo que conversamos ontem? Você me conhece melhor que qualquer pessoa, só seja você mesma, mas como minha esposa. Clara respirou fundo algumas vezes, tentando se acalmar. No carro a caminho do restaurante, Eduardo continuou dando dicas. O restaurante é o mais elegante de Feira de Santana. O Martinês escolheu pessoalmente.

 Vai ter garçons muito educados, várias opções de pratos. Se não souber o que pedir, me deixa escolher para você. Clara apenas balançou a cabeça concentrada em não desmaiar de nervoso. E Clara? Eduardo disse, olhando para ela enquanto parava no semáforo. A partir do momento que descermos do carro, você é minha esposa. Isso significa que posso segurar sua mão, colocar a mão nas suas costas, abraçar você.

 Não se assuste se eu fizer isso. É só para parecer natural. Clara sentiu o estômago revirar, mas não de nervoso. Era outra sensação, algo que ela não queria pensar muito no que significava. O restaurante era realmente impressionante. Clara nunca tinha estado num lugar tão luxuoso.

 O martre os recebeu educadamente e os conduziu até uma mesa reservada, onde já estava um casal de cerca de 50 anos. Eduardo segurou a mão de Clara enquanto caminhavam e ela sentiu uma corrente elétrica subir pelo braço. “Senhor Martinez, dona Carmen, que prazer conhecê-los pessoalmente”, Eduardo disse com um sorriso caloroso, estendendo a mão para cumprimentar. “E esta é minha esposa Clara.

” Clara sorriu da forma mais natural que conseguiu e cumprimentou o casal. Muito prazer em conhecê-los. Dona Carmen era uma senhora elegante, cabelos grisalhos, bem penteados, roupas caras, mas discretas. Senr. Martinez tinha aparência séria, bigode bem cuidado, postura de homem de negócios. Que prazer conhecer você, querida, dona Carmen disse com um sotaque espanhol suave.

 Eduardo falou tanto de você nas nossas conversas por telefone. Durante os primeiros minutos, Clara ficou tensa, medindo cada palavra. Mas dona Carmen era tão simpática e acolhedora que ela começou a relaxar. Conversaram sobre Feira de Santana, sobre diferenças culturais entre Brasil e Espanha, sobre culinária.

 Clara descobriu que tinha mais facilidade para conversar do que imaginava. “E como vocês se conheceram?”, dona Carmen perguntou com curiosidade genuína. Eduardo olhou para Clara com um sorriso carinhoso. “Conta você, amor”, ele disse. E Clara sentiu o coração pular ao ouvir ele a chamar de amor, mesmo sabendo que era a encenação. “Nos conhecemos há três anos.

” Clara começou lembrando da história que tinham ensaiado. Eu estava na faculdade ainda estudando administração. Eduardo precisava de ajuda com alguns projetos e um amigo em comum nos apresentou. Foi uma daquelas conexões instantâneas, sabe? Ela olhou para Eduardo e, por um momento, quase acreditou na própria história. “Que romântico!”, dona Carmen suspirou.

 E quando decidiram se casar, Eduardo pegou a mão de Clara sobre a mesa, entrelaçando os dedos. “Foi natural”, ele respondeu. Depois de dois anos juntos, não conseguíamos imaginar a vida separados. Casamos no ano passado numa cerimônia pequena, só família. O jantar estava indo melhor do que Clara tinha imaginado. Os pratos eram deliciosos, a conversa fluía naturalmente e Senr.

Martinez parecia estar gostando de Eduardo. Eles falaram sobre negócios, sobre planos para o futuro, sobre a importância da família nos empreendimentos. “Vocês pretendem ter filhos em breve?”, dona Carmen perguntou. E Clara quase engasgou com o vinho. Eduardo apertou levemente a mão dela. “Queremos muito”, ele respondeu.

 Clara sempre disse que quer uma família grande. Eu também cresci numa família unida e quero passar isso para nossos filhos. Clara sorriu tentando parecer natural, mas sentia o rosto queimar. Havia algo na forma como Eduardo falava sobre ter filhos com ela, que fazia seu coração acelerar de um jeito perigoso.

 Mesmo sabendo que era fingimento, não conseguia evitar de imaginar como seria de verdade. A conversa continuou animada. Senr. Martinzê contou histórias de quando era jovem e estava começando nos negócios. Dona Carmen falou sobre os filhos e netos que tinham em Madrid. Clara se surpreendeu, participando naturalmente, fazendo perguntas, rindo das piadas, se sentindo à vontade naquele ambiente que antes parecia tão intimidador. Foi quando eles estavam terminando a sobremesa que Sr.

 Martinez fez um comentário que mudou tudo. “É maravilhoso ver um casal tão apaixonado”, ele disse, levantando a taça de vinho. “Vocês me lembram, eu e Carmen, quando éramos mais jovens? Aquele olhar de amor verdadeiro? Dona Carmen concordou emocionada. É verdade, vocês transbordam amor.

 Eduardo, você não para de olhar para a Clara e ela fica corada toda vez que você fala. É lindo de se ver. Clara sentiu o rosto ficar vermelho porque sabia que parte daquilo não era encenação. Eduardo realmente estava olhando para ela de um jeito diferente a noite toda. “Sabem o que vocês precisam fazer, Sr. Martinez?” disse, claramente emocionado pelo vinho e pela atmosfera romântica.

 “Precisam se beijar aqui mesmo na frente de nós. Quero ver esse amor de verdade.” Dona Carmen bateu palmas, animada. “Que ideia linda. Vamos, queridos, um beijinho para selar esse momento especial.” Clara sentiu o mundo parar. Ela e se entreolharam e ela viu pânico nos olhos dele também. Como eles não tinham pensado nessa possibilidade? Outras pessoas no restaurante começaram a olhar para a mesa deles, curiosas com a animação do casal espanhol.

 “Vamos, Eduardo”, Sr. Martinez, insistiu já um pouco alto demais. “Mostre para sua esposa o quanto a ama”. Algumas pessoas nas mesas próximas começaram a prestar atenção, esperando o beijo. Clara estava paralisada, não sabia o que fazer. Foi então que Eduardo percebeu que Clara estava começando a entrar em pânico.

 Ela tinha começado a gaguejar uma desculpa qualquer, as mãos tremendo visivelmente, o rosto ficando pálido. Se ela desmoronasse ali, ia arruinar tudo. O negócio de 15 milhões ia por água abaixo. Num impulso protetor, Eduardo se virou para ela, segurou o rosto de Clara com as duas mãos e sussurrou baixinho: “Confia em mim.” Antes que ela pudesse responder, ele colou os lábios nos dela num beijo que era para ser rápido e teatral.

 Mas no momento que suas bocas se tocaram, algo explodiu entre eles. O beijo, que era para durar dois segundos, se transformou em algo intenso, real, cheio de um desejo que nenhum dos dois sabia que existia. Eduardo aprofundou o beijo e Clara correspondeu sem pensar, esquecendo completamente onde estavam.

 Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes. Clara estava com os olhos fechados, ainda sentindo o gosto dos lábios de Eduardo. Ele a olhava com uma expressão que ela nunca tinha visto antes, como se estivesse vendo ela pela primeira vez na vida. “Bravo, bravo,” Senr. Martinez gritou batendo palmas. Dona Carmen estava emocionada com lágrimas nos olhos.

 Que lindo! Esse é o tipo de amor que queremos apoiar nos nossos investimentos. Outras pessoas no restaurante também aplaudiram, achando a cena romântica. Clara e Eduardo tentaram voltar ao normal, sorrindo e agradecendo os elogios, mas havia uma tensão completamente nova entre eles. Suas mãos se tocaram por acaso sobre a mesa e os dois sentiram uma corrente elétrica.

Eduardo não conseguia parar de olhar para os lábios dela e Clara sentia as pernas bambas toda vez que ele a olhava. O resto do jantar passou num borrão. Senr. Martinez aprovou o investimento, elogiou Eduardo pela sorte de ter uma esposa tão especial e marcou as reuniões para finalizar o contrato.

 Mas Clara mal conseguia se concentrar na conversa. só conseguia pensar no beijo, na sensação dos lábios de Eduardo, na forma como ele tinha segurado o rosto dela. Quando finalmente se despediram do casal Martinês, Clara e Eduardo caminharam até o carro em silêncio. A tensão entre eles era quase palpável. Eduardo abriu a porta para ela e, quando suas mãos se tocaram, os dois sentiram novamente aquela corrente elétrica no carro.

 Voltando para casa, nenhum dos dois falou sobre o que tinha acontecido. Conversaram sobre como o jantar tinha sido um sucesso, sobre como o Sr. Martinez tinha gostado da proposta, sobre os próximos passos do negócio. Mas ambos sabiam que algo fundamental tinha mudado entre eles naquela noite. O beijo tinha sido real demais para ser esquecido.

 Na sexta-feira de manhã, Clara chegou na mansão com o coração batendo descompassado. tinha passado a noite inteira acordada, revivendo cada segundo daquele beijo. Ainda sentia o gosto dos lábios de Eduardo, a forma como ele tinha segurado o rosto dela, a intensidade do momento. Tentava se convencer de que tinha sido apenas encenação, mas sabia no fundo do coração, que não era verdade.

 Eduardo já estava na cozinha quando ela chegou tomando café e mexendo no celular. Quando a viu entrar, ele levantou os olhos e, por um momento, os dois ficaram se olhando em silêncio. Havia algo diferente no ar, uma tensão que nunca tinha existido antes entre eles. “Bom dia, Clara”, Eduardo disse com a voz um pouco mais baixa que o normal. “Bom dia, senor Eduardo”, ela respondeu, mas sua voz saiu meio trêmula.

 Eles tentaram agir normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas era impossível. Cada olhar acidental, cada palavra parecia carregada de um significado novo. Clara começou sua rotina de trabalho tentando se concentrar, mas sentia os olhos de Eduardo sobre ela o tempo todo.

 Quando estava limpando a sala de estar, percebeu que ele tinha parado de trabalhar no escritório e a estava observando da porta. Quando ela olhou na direção dele, Eduardo rapidamente desviou o olhar e fingiu estar lendo algo importante no celular. O Martinez ligou hoje cedo. Eduardo disse, se aproximando dela enquanto ela organizava os livros. Ele está impressionado com você.

 Disse que raramente conheceu uma esposa tão elegante e educada. Clara parou o que estava fazendo, sentindo o rosto esquentar. foi muito gentil da parte dele. Eduardo ficou parado ao lado dela, tão perto que Clara conseguia sentir o perfume dele. “Clara, sobre ontem à noite, ele começou, mas parou no meio da frase.

 Clara o olhou, esperando ele continuar, mas Eduardo parecia estar lutando para encontrar as palavras certas. Foi, foi muito convincente a encenação.” Eu digo. Sim. Clara concordou rapidamente, talvez rápido demais. Foi uma boa encenação. Mas quando ela disse isso, algo passou pelos olhos de Eduardo, como se ele tivesse esperado uma resposta diferente.

 Os dois ficaram em silêncio, fingindo que estavam concentrados nos livros, mas na verdade pensando na mesma coisa. Durante o almoço, Eduardo desceu para a cozinha, coisa que raramente fazia. Normalmente ele comia no escritório enquanto trabalhava, mas naquele dia decidiu se sentar na mesa da cozinha. “Você não precisa comer em pé, Clara. Senta aqui comigo”, ele disse, indicando a cadeira ao lado da dele.

 Clara hesitou. Nunca tinha almoçado junto com Eduardo. Sempre mantiveram a distância profissional entre patrão e empregada. Mas havia algo no pedido dele que parecia sincero, não uma ordem, mas um convite. Ela se sentou tentando parecer natural. “Você cozinha muito bem”, Eduardo disse, experimentando o prato. “Sempre cozinhei, mas ontem foi diferente.

 Você estava nervosa?” Clara corou um pouco. Eu estava muito nervosa, mas no final deu tudo certo. Eduardo sorriu. Você foi perfeita. Melhor do que qualquer atriz profissional. Enquanto comiam, Eduardo fez perguntas sobre a vida de Clara, que nunca tinha feito antes. Queria saber sobre os sonhos dela, sobre o que gostava de fazer no tempo livre, sobre os livros que mais a marcaram.

 Clara ficou surpresa com o interesse genuíno dele, com a atenção que prestava em cada resposta. “Você sempre quis trabalhar como empregada doméstica?”, Eduardo perguntou. E Clara percebeu que não havia julgamento na pergunta, apenas curiosidade real. Não, exatamente”, ela respondeu com sinceridade.

 “Mas quando meu pai morreu, eu e minha mãe precisamos nos virar. Trabalhar aqui tem sido uma bênção. O senhor sempre me tratou com respeito. Eduardo parou de comer e olhou para ela. Clara, você não precisa me chamar de senhor o tempo todo. Pode me chamar pelo nome. Somos quase da mesma idade. Clara ficou surpresa com o pedido. Eu não sei se seria apropriado, Eduardo.

 Ela disse experimentando o nome na boca. Soou estranho, íntimo demais. Depois do almoço, Clara voltou para suas tarefas, mas notou que Eduardo estava encontrando desculpas para estar por perto. Quando ela estava passando pano na sala, ele apareceu dizendo que precisava pegar um livro.

 Quando ela estava arrumando o quarto dele, ele subiu para buscar um documento. Toda vez que se cruzavam, havia aquela tensão estranha no ar. À tarde, Clara estava no jardim regando as plantas quando Eduardo saiu para atender uma ligação. Ele ficou caminhando pelo jardim enquanto falava e Clara não conseguia evitar de olhar para ele. Quando Eduardo terminou a ligação, ele se aproximou dela.

 “As flores estão bonitas”, ele comentou, observando o trabalho dela. “Você tem um talento especial para cuidar das coisas.” Clara sorriu timidamente. Gosto de ver as plantas crescendo, florescendo. É gratificante. Eduardo a observou, regando uma roseira com cuidado. Você cuida de tudo aqui com tanto carinho, da casa, do jardim, de mim. A última parte saiu quase como um sussurro.

 E Clara sentiu o coração disparar. É meu trabalho, ela disse, mas sua voz saiu meio sem ar. Eduardo se aproximou mais. Será que é só trabalho mesmo, Clara? Antes que ela pudesse responder, o celular de Eduardo tocou. Era uma ligação importante de trabalho que ele não podia ignorar.

 “Desculpa, preciso atender”, ele disse, se afastando com expressão frustrada. Clara ficou parada ali com a mangueira na mão, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Durante o resto da tarde, os dois ficaram mais distantes, como se tivessem se assustado com a intensidade do que estava acontecendo. Eduardo se trancou no escritório e Clara se concentrou em terminar as tarefas da casa, mas a tensão continuava ali, crescendo a cada olhar acidental, a cada momento em que se encontravam pelos corredores.

 No final do dia, quando Clara estava se preparando para ir embora, Eduardo apareceu na cozinha. Clara, o Martinê quer nos conhecer melhor. Ele e a esposa querem jantar conosco no sábado também em outro restaurante. Clara parou de guardar os utensílios. Ele suspeita de alguma coisa? Não, pelo contrário, Eduardo respondeu. Ele gostou tanto de você que quer apresentar você para outros investidores.

 Disse que raramente viu um casal tão harmonioso. Clara sentiu uma mistura de orgulho e nervosismo. Você aceita? Eduardo perguntou. É importante para fechar o negócio definitivamente. Clara sabia que deveria dizer não. Sabia que estava se metendo numa situação perigosa, que seus sentimentos por Eduardo estavam ficando confusos.

Mas quando olhou nos olhos dele, viu uma vulnerabilidade que a fez esquecer de todos os medos. “Aceito”, ela disse. Eduardo sorriu e naquele sorriso, Clara viu algo além de gratidão profissional. Havia uma felicidade genuína, como se ele estivesse contente, não apenas por causa do negócio, mas por ter uma desculpa para passar mais uma noite com ela. Obrigado, Clara, de verdade.

 Você não imagina o quanto isso significa para mim. Ele se aproximou como se fosse abraçá-la ou beijar o rosto dela em agradecimento, mas parou no meio do movimento. Os dois ficaram ali muito próximos, olhando um para o outro. Por um momento, Clara achou que ele ia beijá-la de novo. Parte dela queria que ele fizesse isso.

 Mas Eduardo recuou, passando a mão pelos cabelos num gesto nervoso. Até amanhã, ele disse. Até amanhã, Clara respondeu, saindo da mansão com o coração ainda acelerado. No ônibus voltando para casa, Clara tentou colocar os pensamentos em ordem. sabia que estava se apaixonando por Eduardo, mas não fazia ideia se ele sentia algo parecido ou se estava apenas sendo gentil com ela por causa da ajuda que estava dando.

 A única coisa que sabia com certeza era que não conseguia mais vê-lo apenas como patrão. Ele tinha se tornado muito mais que isso e essa descoberta a assustava e a emocionava ao mesmo tempo. em casa. Dona Maria percebeu que a filha estava diferente. Você está com uma cara estranha, menina. Aconteceu alguma coisa no trabalho? Clara inventou uma desculpa qualquer, mas passou mais uma noite sem conseguir dormir direito, pensando em Eduardo e no que estava acontecendo entre eles.

 No sábado, Clara acordou com uma ansiedade diferente da véspera do primeiro jantar. Desta vez não era só nervosismo pela encenação, mas uma expectativa que ela não conseguia controlar. Ia passar mais uma noite fingindo ser esposa de Eduardo e a cada encontro ficava mais difícil separar o que era real do que era teatro. Eduardo passou na casa dela no meio da tarde para buscá-la.

 Dona Maria ficou impressionada ao ver o carro luxuoso parado na frente da casa humilde. “Quem é esse homem, Clara?”, A mãe perguntou curiosa. Clara tinha inventado uma história sobre estar ajudando o patrão com os eventos sociais, sem entrar em detalhes. É o Eduardo, mãe. Eu já falei dele. Ah, seu patrão, dona Maria, disse, espiando pela janela. Que rapaz bonito e que carro chique. Clara ficou vermelha.

 Mãe, para com isso, é só trabalho. Mas quando Eduardo desceu do carro para cumprimentar dona Maria educadamente, Clara viu o brilho nos olhos da mãe. Muito prazer, dona Maria. Clara sempre fala da senhora com muito carinho. Eduardo disse, beijando a mão da senhora com gentileza. Dona Maria ficou encantada. Que educação, Clara, você não me contou que seu patrão era tão galante assim.

Clara queria afundar no chão de vergonha. No carro, Eduardo riu da situação. Sua mãe é uma graça. Agora entendo de onde você herdou a doçura. Clara ficou corada com o elogio. Ela ficou muito impressionada com você. Vai falar disso a semana inteira. Eduardo olhou para ela enquanto dirigia. E o que você vai contar para ela sobre esses jantares? A verdade, Clara respondeu, que estou ajudando você com os eventos de trabalho. Eduardo ficou pensativo.

Tecnicamente não é mentira. Você está me ajudando mesmo. Havia algo na voz dele que fez clara olhar na direção dele, mas Eduardo manteve os olhos na estrada. Desta vez, Eduardo não precisou comprar roupas novas para Clara. Ela usou um vestido preto simples que já tinha no guarda-roupa, mas que com os acessórios que ele tinha comprado, ficou elegante o suficiente. “Você está linda”, Eduardo disse quando ela saiu do quarto arrumada.

 “Você sempre fica linda”. O segundo jantar foi em um restaurante italiano mais intimista que o primeiro. Senr. Martinez e dona Carmen já estavam na mesa quando eles chegaram e receberam Clara como se ela fosse uma velha amiga. “Querida Clara, que alegria ver você novamente”, dona Carmen disse, abraçando ela com carinho.

 Durante o jantar, a conversa fluiu ainda mais naturalmente que na primeira vez. Clara já conhecia o casal, sabia do que eles gostavam de falar e se sentia mais à vontade. Eduardo também estava mais relaxado. E Clara percebeu que ele não estava mais fingindo quando a olhava com carinho ou segurava a mão dela. “Vocês são um casal admirável”, Sr. Martinzê disse durante o prato principal.

 “Há uma harmonia entre vocês que é rara de se ver. Clara, você deve ser uma esposa muito dedicada para Eduardo ter tanto sucesso nos negócios. Clara sorriu, mas sentiu uma pontada no peito ao lembrar que nada daquilo era real. Eduardo é um homem fácil de amar. Clara respondeu sem pensar e depois ficou assustada com a própria sinceridade.

 Eduardo a olhou surpreso e ela viu algo passar pelos olhos dele que a fez sentir borboletas no estômago. Dona Carmen contou histórias sobre os filhos e netos em Madrid e perguntou sobre os planos de Clara e Eduardo para ter família. “Queremos muito ter filhos”, Eduardo respondeu, olhando nos olhos de Clara. Clara vai ser uma mãe maravilhosa.

 A forma como ele disse isso, a intensidade do olhar, fez Clara acreditar por um momento que ele estava falando sério. Depois do jantar, Senr. Martinez sugeriu que eles fossem tomar um drink em um bar próximo. É cedo ainda. Estou gostando tanto da companhia de vocês.

 Durante a caminhada até o bar, Eduardo passou o braço pela cintura de Clara, puxando ela para perto. Para parecer natural. Ele sussurrou no ouvido dela, mas sua voz estava rouca de um jeito que fez Clara estremecer. No bar, eles se sentaram em poltronas confortáveis e Clara acabou ficando bem juntinho de Eduardo no sofá. Toda vez que ele se virava para falar com ela, seus rostos ficavam muito próximos.

Clara sentia a respiração dele no rosto, o perfume masculino, o calor do corpo dele ao lado do seu. Em determinado momento, enquanto o Senr. Martinzê contava uma história engraçada, Eduardo colocou a mão na coxa de Clara, num gesto que parecia natural para quem estava observando, mas que fez ela perder completamente a concentração.

A mão dele estava quente através do tecido do vestido e Clara sentiu uma corrente elétrica subir pela perna. “Você está bem?”, Eduardo perguntou baixinho, percebendo que ela tinha ficado tensa. Clara apenas balançou a cabeça, não confiando na própria voz. Eduardo manteve a mão ali durante toda a conversa e Clara teve que se controlar para não demonstrar o quanto aquele toque a estava afetando.

 Quando finalmente se despediram do casal Martinês, já era quase meia-noite. Foi uma noite perfeita, dona Carmen disse, abraçando Clara. Vocês dois são um exemplo de amor verdadeiro. Sr. Martinez apertou a mão de Eduardo. O contrato está praticamente fechado. Amanhã mesmo mando os papéis para você assinar.

 No carro, voltando para casa, havia uma tensão completamente diferente da primeira vez. Clara sentia que algo estava prestes a acontecer, mas não sabia exatamente o quê. Eduardo dirigia em silêncio, mas ela percebia que ele estava tenso também. Obrigado mais uma vez, Eduardo disse quando pararam no semáforo. Você foi perfeita novamente. O Martinez está impressionado com você. Clara sorriu.

 Eles são pessoas muito gentis. Não foi difícil. Eduardo a olhou. Você realmente achou que eu seria um marido fácil de amar? A pergunta pegou clara, desprevenida. Era a primeira vez que ele mencionava diretamente algo que ela tinha dito durante o jantar. Eu eu só estava representando, ela respondeu, mas sua voz não soou convincente nem para ela mesma.

 Eduardo estacionou o carro na frente da casa de Clara, mas nenhum dos dois fez menção de sair. Ficaram ali sentados no silêncio da noite, com apenas a luz do poste iluminando o interior do carro. “Cara”, Eduardo disse, se virando para olhar para ela. “Posso fazer uma pergunta sincera?” Clara sentiu o coração acelerar. Pode, Eduardo hesitou por um momento.

 Quando a gente se beija, quando eu toco em você, é só encenação para você também? A pergunta saiu carregada de uma vulnerabilidade que Clara nunca tinha visto nele. Clara ficou em silêncio, lutando entre a honestidade e o medo das consequências. Eduardo continuou. Porque para mim não está sendo só encenação. Não mais. Ele se aproximou dela no banco do carro. Não consigo parar de pensar em você, Clara.

No seu sorriso, na forma como você me olha, em como é natural estar ao seu lado. Eduardo. Clara sussurrou, mas não conseguiu continuar. Ele estendeu a mão e tocou o rosto dela com delicadeza. Posso te beijar? De verdade, desta vez não para ninguém ver, não para fingir, só porque eu quero muito beijar você.

 Clara olhou nos olhos dele e viu uma sinceridade que a desarmou completamente. Sem conseguir falar, ela apenas balançou a cabeça afirmativamente. Eduardo se aproximou devagar, dando tempo para ela mudar de ideia, mas Clara não queria mais fugir daquilo que estava sentindo. Quando os lábios dele se tocaram, foi completamente diferente do beijo no restaurante. era suave, carinhoso, cheio de sentimento verdadeiro.

 Clara se entregou completamente ao momento, esquecendo de todas as complicações, de todas as diferenças sociais entre eles. Quando se separaram, Eduardo encostou a testa na dela. “Isso muda tudo entre a gente”, ele sussurrou. Clara fechou os olhos, saboreando a proximidade. “Eu sei”, ela respondeu. “E agora?” Eduardo segurou as mãos dela.

 Agora a gente para de fingir que isso é só trabalho. Ele deu um beijo suave na testa dela. Boa noite, Clara. A gente conversa amanhã. Clara saiu do carro como se estivesse flutuando, sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Dentro de casa, dona Maria estava esperando acordada. E aí, como foi o evento? Clara tentou parecer normal, mas sabia que estava com uma expressão diferente no rosto.

 Foi bom, mãe, muito bom. Dona Maria a observou com o olhar sagaz de mãe. Que cara é essa, menina? Você está brilhando. Clara subiu para o quarto sem conseguir responder. Deitou na cama ainda sentindo o gosto do beijo de Eduardo, ainda sentindo o toque das mãos dele no rosto. Sabia que a partir daquele momento não havia mais volta.

 tinha se apaixonado completamente pelo patrão e pelo que ele tinha demonstrado, talvez ele também estivesse sentindo algo real por ela. Clara chegou na mansão na segunda-feira de manhã, com o coração batendo-hes com passado.

 Depois do beijo no carro, tinha passado o domingo inteiro pensando em Eduardo, tentando entender o que estava acontecendo entre eles. Quando entrou na casa, encontrou ele na cozinha já tomando café. Seus olhos se encontraram. E Clara sentiu aquela mesma corrente elétrica de sempre. “Bom dia,” Eduardo disse com um sorriso mais suave que o normal. “Bom dia,” Clara respondeu, notando que sua própria voz saiu diferente, mais íntima.

 Eles não falaram sobre o beijo, mas ambos sabiam que algo fundamental tinha mudado entre eles. O ar estava carregado de uma tensão boa, cheia de expectativa. Durante a manhã, Clara tentou se concentrar no trabalho, mas sentia os olhos de Eduardo sobre ela constantemente. Quando estava limpando a sala de estar, ele apareceu com a desculpa de pegar um livro, mas ficou ali parado, apenas observando ela trabalhar.

 Precisa de ajuda com alguma coisa? Ele perguntou, se aproximando. Não, obrigada, Clara, respondeu. Mas quando se virou para continuar limpando, Eduardo segurou o braço dela gentilmente. Clara, a gente precisa conversar sobre o que aconteceu sábado à noite. Clara sentiu o coração acelerar. Eu sei. Ela disse baixinho. Não aqui.

 Eduardo continuou olhando ao redor. Hoje à noite, depois que você terminar o trabalho, fica mais um pouco. A gente pode conversar no escritório. Clara concordou, sentindo uma mistura de ansiedade e expectativa. O resto do dia passou devagar, com os dois evitando ficar sozinhos para não tornarem a situação ainda mais tensa.

 A noite, quando Clara terminou todas as tarefas da casa, foi até o escritório onde Eduardo a esperava. Ele estava sentado na poltrona de couro, mas se levantou assim que ela entrou. “Senta aqui”, ele disse, indicando o sofá pequeno que havia num canto da sala. Clara se sentou e se sentou ao lado dela, mas mantendo uma distância respeitosa.

 “Clara, eu preciso ser honesto com você.” Eduardo começou passando as mãos pelos cabelos num gesto nervoso. O que aconteceu entre a gente não foi planejado. Quando eu te pedi para fingir ser minha esposa, era realmente só sobre o negócio. Mas alguma coisa mudou. Clara o escutava em silêncio, com o coração batendo forte. Eduardo continuou.

 Nesses jantares, vendo você brilhar socialmente, conversando com você, descobrindo quem você realmente é, eu percebi que estava me apaixonando. E não é só atração física, Clara, é algo muito mais profundo. Eduardo Fé Clara começou, mas ele a interrompeu gentilmente. Deixa eu terminar, por favor. Eu sei que a situação é complicada.

 Eu sou seu patrão. Você é minha empregada. Somos de mundos diferentes, mas eu não consigo mais fingir que não sinto nada por você. Clara sentiu os olhos marejarem. Você acha que para mim é fácil? Ela disse com a voz embargada. Você acha que eu não sei que somos de mundos diferentes? Mas eu também não consigo mais fingir, Eduardo.

 Eu me apaixonei por você e isso me assusta muito. Eduardo se aproximou mais dela no sofá. Por que te assusta? Clara respirou fundo antes de responder. Porque eu sei que homens como você não ficam com mulheres como eu. Eu sou sua empregada, Eduardo. Venho de uma família pobre. Não tenho estudo superior. Não conheço nada do seu mundo.

 Clara, para Eduardo disse, segurando as mãos dela. Você acha que eu me importo com isso? Você é a mulher mais inteligente, mais doce, mais verdadeira que eu já conheci. Nesses dois anos, você cuidou de mim melhor que qualquer namorada que eu já tive. Você me conhece de verdade. Clara o olhou nos olhos, vendo uma sinceridade que a fez acreditar nas palavras dele.

Mas e sua família e seus amigos? O que vão pensar? Eduardo acariciou o rosto dela. Minha família vai te amar, tenho certeza. E se meus amigos não conseguirem ver o quanto você é especial, então não são amigos de verdade. Eu tenho medo, Clara confessou. Medo de me entregar completamente e depois você se cansar de mim, descobrir que, na verdade, eu não sou o suficiente para você. Eduardo se aproximou mais até seus rostos ficarem muito próximos.

Clara, você é mais que suficiente. Você é perfeita. Ele a beijou, então, um beijo suave e cheio de carinho. Clara correspondeu, sentindo todas as barreiras que tinha construído desmoronarem. Quando se separaram, Eduardo encostou a testa na dela. Eu te amo, Clara. Amo de verdade. Clara sentiu lágrimas escorrerem pelo rosto.

 Eu também te amo, Eduardo. Amo há muito tempo, mas nunca pensei que você pudesse sentir algo por mim. Eduardo beijou as lágrimas dela. Como eu não ia me apaixonar por você? Você tornou minha casa um lar, minha vida mais feliz. Eles ficaram abraçados por um longo tempo, apenas curtindo a proximidade, a certeza de que os sentimentos eram correspondidos.

 Eduardo acariciava os cabelos de clara e ela se sentia segura nos braços dele pela primeira vez. Clara, Eduardo disse depois de um tempo. Eu quero que você saiba que isso não muda nada sobre seu trabalho aqui. Você pode continuar morando na sua casa, mantendo sua independência.

 Não quero que você sinta que está sendo pressionada a nada. Clara se afastou um pouco para olhar para ele. E como é que a gente fica, Eduardo sorriu. A gente fica como um casal apaixonado que está descobrindo o que significa estar junto, sem pressa, no nosso tempo. Clara sorriu também, sentindo uma leveza que não sentia há muito tempo. “Posso fazer uma pergunta?”, ela disse. “Claro.

 Quando você começou a me ver diferente?” Eduardo pensou um pouco. Acho que no primeiro jantar, quando te vi arrumada e percebi o quanto você é linda, mas foi crescendo devagar. Cada conversa, cada sorriso seu, cada gesto de carinho. E você? Eduardo perguntou quando se apaixonou por mim. Clara corou. Acho que desde o primeiro dia que trabalhei aqui, você sempre foi gentil comigo, sempre me tratou com respeito, mas eu nunca imaginei que pudesse ser correspondida. Eduardo a puxou para mais perto.

 “Agora pode imaginar tudo o que quiser”, ele disse e a beijou novamente. Desta vez, o beijo foi mais intenso, mais apaixonado. Clara sentiu uma sensação que nunca tinha experimentado antes, um desejo que vinha de dentro. que fazia ela querer se entregar completamente. Eduardo ela sussurrou entre os beijos. Eu nunca eu nunca estive com ninguém.

 Eduardo parou e olhou para ela com ternura. Eu sei, meu amor. E se você não estiver pronta, a gente pode esperar o tempo que for necessário. Clara segurou o rosto dele. Eu estou pronta. Estou pronta porque te amo. Porque confio em você. Eduardo a olhou nos olhos, procurando qualquer sinal de dúvida. Tem certeza absoluta? Clara sorriu.

 Nunca tive tanta certeza de nada na minha vida. Eduardo se levantou e estendeu a mão para ela. Vem comigo. Ele a levou para o quarto dele, tudo feito com delicadeza, sem pressa. No quarto, Eduardo acendeu algumas velas, deixando o ambiente mais romântico e acolhedor. “Você é linda demais”, ele disse, acariciando o rosto dela. Clara se sentia nervosa, mas também muito amada.

Eduardo percebeu o nervosismo. A gente vai devagar, meu amor. Se você quiser parar a qualquer momento, é só falar. O que aconteceu entre eles foi mágico. Eduardo foi delicado e carinhoso, sempre se preocupando com o bem-estar de Clara, sempre perguntando se ela estava bem.

 Clara se entregou completamente, descobrindo sensações que nunca imaginou que pudesse sentir. Foi sua primeira vez, mas foi perfeita, porque foi com amor verdadeiro. Depois eles ficaram abraçados na cama, Clara aninhada no peito de Eduardo. “Como você está se sentindo?”, Ele perguntou, beijando os cabelos dela. Completa, Clara respondeu. Pela primeira vez na vida, me sinto completa. Eduardo a abraçou mais forte.

Eu te amo tanto, Clara. Não consigo acreditar que você é minha agora. Clara sorriu beijando o peito dele. Eu também te amo e também não consigo acreditar que isso é real. Eles conversaram até tarde da noite, fazendo planos, falando sobre o futuro, sobre como seria a relação deles dali para frente.

 Clara sabia que ainda havia desafios pela frente, mas pela primeira vez se sentia corajosa o suficiente para enfrentá-los. Tinha o amor de Eduardo e isso fazia ela sentir que podia conquistar qualquer coisa. Nas semanas que se seguiram àela noite mágica, Clara e Eduardo viveram um romance intenso e secreto. Durante o dia, ela continuava trabalhando normalmente na mansão, mas agora havia olhares carregados de significado, toques discretos quando ninguém estava vendo e uma intimidade que crescia a cada dia.

 À noite, depois que Clara terminava o trabalho, eles ficavam juntos, conversando, se conhecendo profundamente, fazendo amor com uma paixão que surpreendia os dois. Eduardo tinha se tornado um homem diferente, mais sorridente, mais relaxado, mais feliz. Clara percebia a mudança nele e se sentia orgulhosa de ser a causa dessa transformação.

 Ele falava sobre apresentá-la oficialmente para a família, sobre assumir o relacionamento publicamente, mas Clara sempre pedia mais um pouco de tempo. Ainda tinha medo da reação das pessoas, medo de não ser aceita. “Meu amor, você precisa confiar mais em si mesma”, Eduardo dizia quando ela expressava suas inseguranças. Meus pais vão te adorar e mesmo que não adorassem, eu te escolhi.

 Você é a mulher da minha vida. Clara sorria quando ele falava assim, sentindo o coração se aquecer, mas no fundo ainda havia medo de que tudo aquilo fosse temporário. O contrato com o Sr. Martinzê tinha sido assinado e estava indo muito bem. Eduardo sempre fazia questão de agradecer Clara pela ajuda, dizendo que sem ela nada teria dado certo.

 “Você mudou minha vida em todos os aspectos”, ele dizia, beijando ela carinhosamente. Clara também tinha mudado. Estava mais confiante, mais bonita, irradiava uma felicidade que não conseguia esconder. Dona Maria notou a transformação da filha, mas Clara apenas dizia que estava feliz no trabalho. Esse patrão seu deve estar te tratando muito bem”, a mãe comentava. E Clara corava, sabendo que era mais verdade do que a mãe imaginava.

Foi numa manhã de quinta-feira, quase dois meses depois da primeira noite deles juntos, que Clara percebeu que estava atrasada. Sentada na cozinha da mansão, calculando as datas mentalmente, sentiu o mundo girar. Estava duas semanas atrasada e seu ciclo sempre foi muito regular. O pânico tomou conta dela.

 Como não tinham pensado nessa possibilidade, eles faziam amor constantemente. Eduardo sempre cuidadoso e carinhoso, mas nem sempre tomavam todos os cuidados necessários. Nas primeiras vezes ele sempre se preocupava com proteção, mas conforme foram se entregando mais ao sentimento, às vezes a paixão falava mais alto. Não pode ser, Clara sussurrou para si mesma, mas no fundo do coração já sabia a verdade.

 Sentia o corpo diferente há alguns dias, uma sensibilidade nos seios, uma leve náusea matinal que tinha atribuído ao nervosismo. Agora tudo fazia sentido. Durante toda aquela manhã, Clara não conseguiu se concentrar no trabalho. Derrubou um vaso de plantas, queimou o almoço, estava claramente abalada. Eduardo percebeu que algo estava errado.

 “Clara, o que está acontecendo? Você está estranha hoje.” Ele disse, se aproximando dela na cozinha. “Nada.” Clara respondeu rapidamente, evitando olhar nos olhos dele. Só estou um pouco cansada. Eduardo não acreditou. Meu amor, a gente prometeu ser sincero um com o outro. Fala comigo o que está te preocupando. Clara sentiu vontade de contar para ele na mesma hora, mas o medo a paralisou.

 E se ele não quisesse o bebê? E se achasse que ela tinha engravidado de propósito para aprendê-lo? E se percebesse que não estava pronto para tanta responsabilidade? Mais tarde a gente conversa, Clara disse, fugindo da conversa. Eduardo ficou preocupado, mas respeitou o espaço dela.

 Durante o resto do dia, Clara esteve distante, perdida em pensamentos, tentando decidir o que fazer. Depois do trabalho, em vez de ficar com Eduardo como sempre fazia, Clara inventou uma desculpa e foi embora mais cedo. Passou na farmácia e comprou um teste de gravidez com as mãos tremendo. Em casa, trancou-se no banheiro e fez o teste, mesmo já sabendo qual seria o resultado.

Duas linhas. Positivo. Clara se sentou no chão do banheiro e chorou. chorou de medo, de alegria, de desespero, de amor. Estava grávida do homem que amava, mas não fazia ideia de como ele reagiria. Eles ainda estavam no início do relacionamento, ainda estavam se conhecendo como casal.

 Durante os próximos dias, Clara tentou agir normalmente, mas estava cada vez mais difícil. Eduardo percebia que algo estava muito errado. Ela estava evitando os momentos íntimos deles. Sempre arranjava desculpas para ir embora mais cedo. Não conseguia mais olhar nos olhos dele sem ficar nervosa. “Clara, por favor, me fala o que está acontecendo”, Eduardo implorou numa tarde, segurando as mãos dela. “Você está fugindo de mim há uma semana.

 Fiz alguma coisa errada? Magoei você de alguma forma? Não, Eduardo, você não fez nada errado. Clara respondeu, sentindo o coração apertar ao ver a preocupação nos olhos dele. É só que eu preciso de um tempo para pensar em algumas coisas. Eduardo ficou ainda mais preocupado. Pensar sobre o quê? Sobre nós. Você não me ama mais. A insegurança na voz dele partiu o coração de Clara.

 Eu te amo, Eduardo. Te amo demais. É por isso que preciso pensar. Isso não faz sentido, Clara. Se você me ama, por que está se afastando? Eduardo estava desesperado, sem entender o que estava acontecendo. A gente estava tão bem, tão felizes juntos, o que mudou? Clara lutou para não chorar na frente dele. Tudo 

mudou, Eduardo. Tudo. Ela saiu da sala antes que ele pudesse fazer mais perguntas, deixando Eduardo completamente perdido e assustado. Naquela noite, Clara não conseguiu dormir. Ficou imaginando cenários diferentes. Eduardo ficando feliz com a notícia, Eduardo ficando bravo. Eduardo terminando com ela. Eduardo pedindo para ela tirar o bebê. Cada possibilidade a deixava mais angustiada.

 No dia seguinte, Eduardo estava visivelmente abalado. Tinha olheiras, estava mais sério. Claramente não tinha dormido bem também. “Clara, eu não aguento mais essa situação”, ele disse assim que ela chegou. “Se você não me contar o que está acontecendo, eu vou enlouquecer”. Clara o olhou e viu o sofrimento nos olhos dele.

 Percebeu que estava sendo injusta, que ele merecia saber a verdade. “Está bem”, ela disse com a voz trêmula. “Mas não aqui. Vamos para o escritório.” No escritório, Clara se sentou no sofá com as pernas tremendo. Eduardo se sentou na frente dela esperando. Eduardo Clara começou. Eu preciso te contar uma coisa, mas tenho muito medo da sua reação. Clara, seja o que for, a gente resolve juntos. Eduardo disse pegando as mãos dela. Eu te amo.

Não existe nada que você possa me falar que vai mudar isso. Clara respirou fundo, juntando coragem. Eu estou grávida. Ela disse numa voz quase inaudível. Eduardo ficou completamente imóvel, apenas olhando para ela com uma expressão que Clara não conseguiu decifrar. O silêncio se estendeu por alguns segundos que pareceram uma eternidade. Clara sentiu o pânico crescer.

 “Eduardo, por favor, fala alguma coisa.” Ela implorou com lágrimas escorrendo pelo rosto. “Você tem certeza?”, Eduardo perguntou finalmente com a voz rouca. Clara fez que sim com a cabeça. Fiz o teste três vezes. Todas deram positivo. Eduardo continuou em silêncio, processando a informação. Eu sei que não era o que você esperava. Clara continuou chorando.

 Eu sei que é muito cedo no nosso relacionamento que você não estava preparado para isso. Eu entendo, se você quiser terminar comigo, se achar que eu armei para te prender. Para, Eduardo disse de repente, se aproximando dela. Para de falar essas coisas. Ele segurou o rosto dela, forçando ela a olhar nos olhos dele. Clara viu lágrimas também nos olhos de Eduardo.

 “Clara, meu amor”, ele disse com a voz embargada. “Você acha mesmo que eu ia terminar com você por causa disso?” Clara não conseguiu responder, apenas continuou chorando. Eduardo a puxou para um abraço apertado. “Eu te amo, Clara. E se você está esperando um filho meu, isso só me faz te amar ainda mais.

 Clara se afastou para olhar para ele, sem acreditar no que estava ouvindo. Sério? Eduardo sorriu através das lágrimas. Seriíssimo, você vai ser mãe do meu filho. Não existe coisa melhor no mundo. Clara finalmente desabou nos braços dele, chorando de alívio. Eu estava com tanto medo que você não fosse querer. Ela soluçou. Eduardo acariciou os cabelos dela. Meu amor, eu quero tudo com você. Quero casar com você.

 Quero formar uma família. Quero envelhecer ao seu lado. Você quer mesmo? Clara perguntou ainda insegura. Eduardo a beijou carinhosamente. Quero muito. Na verdade, acho que nunca fiquei tão feliz na minha vida. Ele colocou a mão na barriga ainda lisa de Clara. Nosso bebê está aqui dentro. Clara sorriu pela primeira vez em dias.

 Nosso bebê, ela repetiu, saboreando as palavras. Eduardo a beijou novamente. Agora sim, você vai ter que me apresentar para sua mãe oficialmente, ele brincou. E eu vou ter que pedir sua mão em casamento. Eduardo. Clara começou, mas ele a interrompeu. Eu estou falando sério, Clara. Quero me casar com você.

 Quero que nosso filho nasça numa família estruturada, com pais que se amam de verdade. Clara se sentiu a mulher mais feliz do mundo, mal acreditando que seus medos não tinham fundamento. A reação de Eduardo foi ainda melhor do que Clara havia sonhado nos seus melhores momentos. Ele ficou radiante, beijando ela e a barriga dela repetidas vezes, falando com o bebê que ainda nem se podia ver.

 Oi, meu pequeno”, ele sussurrava colado na barriga de Clara. “Papai já te ama muito.” Clara chorava de emoção, vendo o homem que amava tão feliz com a notícia. “A gente precisa contar para nossas famílias”, Eduardo disse, ainda com a mão na barriga dela. “Quero que todo mundo saiba que você vai ser minha esposa e que vamos ter um bebê”. Clara ficou nervosa novamente.

 “Você tem certeza? E se sua família não gostar de mim? Eduardo segurou o rosto dela. Meu amor, para de ter medo. Meus pais vão te amar como eu te amo. No sábado seguinte, Eduardo levou Clara para conhecer oficialmente seus pais. Dona Helena e seu Roberto receberam a jovem na mansão deles com curiosidade e educação.

 Mãe, pai, esta é a Clara, a mulher que eu amo e com quem vou me casar. Eduardo disse sem rodeios. Dona Helena arregalou os olhos surpresa. Casar? Mas Eduardo, você nunca falou de nenhuma Clara. Eduardo sorriu, puxando Clara para perto. É uma história longa, mãe. Mas Clara trabalha na minha casa há dois anos. Eu me apaixonei pela mulher mais maravilhosa do mundo.

 Seu Roberto observou Clara com atenção. Você é uma moça muito bonita, Clara. Mas me fala uma coisa, você ama meu filho de verdade ou está interessada no dinheiro dele? A pergunta direta deixou clara vermelha, mas ela respirou fundo e respondeu com sinceridade: “Senhor Roberto, eu amo Eduardo com toda a minha alma.

 Trabalhei dois anos cuidando da casa dele, vendo ele chegar cansado, vendo ele feliz, vendo ele triste. Me apaixonei pelo homem que ele é, não pelo que ele tem.” Sua voz era firme e cheia de emoção. Se fosse pelo dinheiro, eu não teria demorado tanto para aceitar os sentimentos. Dona Helena se aproximou de Clara e segurou as mãos dela.

 Querida, desculpa a pergunta do meu marido, mas Eduardo é nosso único filho e a gente se preocupa. Clara sorriu. Eu entendo perfeitamente. Se fosse minha filha, eu também faria as mesmas perguntas. E tem mais uma coisa, Eduardo disse, respirando fundo. Clara está grávida. Vocês vão ser a voz.

 O silêncio que se seguiu fez Clara segurar a respiração, mas logo dona Helena gritou de alegria e abraçou ela com força. Um netinho. Meu Deus, que alegria. Dona Helena chorava de emoção. Há quanto tempo eu sonho com isso. Seu Roberto também se emocionou, abraçando Eduardo e depois Clara. Seja bem-vinda à família, minha filha”, ele disse. E Clara chorou ao se sentir verdadeiramente aceita.

 Durante o almoço, a família conversou animadamente sobre o casamento, sobre o bebê, sobre o futuro. Dona Helena queria saber tudo sobre Clara, sua família, seus sonhos, como tinha sido se apaixonar por Eduardo. “Ela cuidava de mim sem eu perceber. Mãe”, Eduardo contou. Sabia quando eu estava triste, preparava minha comida favorita quando eu estava estressado.

 Mantinha a casa sempre perfeita. “E você, querida, quando percebeu que estava apaixonada?”, dona Helena perguntou para Clara. “Desde o primeiro dia.” Clara respondeu corada. Mas nunca imaginei que ele pudesse se interessar por alguém como eu. Seu Roberto balançou a cabeça. Clara, você parece ser uma moça de ouro. Meu filho teve sorte em te encontrar.

 Na semana seguinte, Eduardo foi conhecer dona Maria oficialmente. A mãe de Clara ficou completamente surpresa quando descobriu que o patrão da filha estava pedindo ela em casamento. “Minha filha, isso é sério mesmo?”, Dona Maria perguntou ainda em choque. É sério, mãe? Eduardo me ama de verdade e eu amo ele. Clara respondeu segurando a mão de Eduardo.

 E estou grávida. Dona Maria quase desmaiou com a notícia. Grávida? Meu Deus do céu. Mas depois da surpresa inicial, ela também ficou emocionada. Um netinho. Clara, que bênção. Eduardo conversou a sós com dona Maria, pedindo oficialmente a mão de Clara em casamento. Dona Maria, eu amo sua filha mais que minha própria vida.

 Prometo cuidar dela e do nosso filho sempre, fazer ela feliz todos os dias. Dona Maria chorou vendo a sinceridade nos olhos dele. Eduardo, minha filha sempre foi uma menina especial, trabalhadora, honesta, carinhosa. Se você conseguiu ver isso nela, então você também é especial. Dona Maria disse: “Vocês têm minha bênção.

 O casamento foi marcado para dois meses depois, quando Clara estaria com três meses de gravidez. Seria uma cerimônia pequena, apenas para a família e amigos próximos. exatamente como Clara sonhava. Eduardo insistiu em pagar tudo, mas fez questão que ela escolhesse cada detalhe. “Quero que seja o casamento dos seus sonhos”, ele dizia. E Clara se sentia a mulher mais sortuda do mundo.

 Eles escolheram uma igreja pequena e bonita em Feira de Santana, com uma festa simples, mas elegante numa casa de eventos. Durante os meses de gravidez, Eduardo se transformou no futuro papai mais babão do mundo. Comprou todos os livros sobre gravidez que encontrou. Acompanhava Clara em todas as consultas médicas. Falava com a barriga dela todas as noites.

 “Como está meu bebê hoje?”, ele perguntava, beijando a barriga que ia crescendo. Clara nunca foi tão feliz. trabalhava menos na mansão, porque Eduardo não deixava ela fazer esforço e passava mais tempo descansando e se preparando para ser mãe. “Você vai ser a mãe mais maravilhosa do mundo”, Eduardo dizia, acariciando a barriga dela. O casamento foi perfeito.

 Clara estava linda de vestido branco, com a barriga de 4 meses disfarçada pelo corte da roupa. Eduardo não conseguiu conter as lágrimas quando a viu entrando na igreja. Você está deslumbrante”, ele sussurrou quando ela chegou ao altar. As famílias se misturaram naturalmente. Dona Helena e dona Maria se tornaram amigas instantâneas, conversando animadamente sobre o futuro netinho.

 Seu Roberto tratava Clara como uma filha de verdade, orgulhoso da nora que havia ganhado. Quando Clara chegou aos 9 meses, Eduardo estava mais ansioso que ela. Dormia mal, acordava de madrugada para ver se ela estava bem, não saía de perto dela nem por um minuto. Eduardo, relaxa. Clara ria da preocupação dele. O bebê vai nascer quando tiver que nascer.

Uma manhã de terça-feira, Clara sentiu as primeiras contrações. Eduardo, ela chamou ainda calma. Acho que chegou a hora. Eduardo entrou em pânico completo, correndo pela casa atrás da mala da maternidade, tropeçando nos móveis, completamente desesperado. “Calma, amor.” Clara ria, mesmo sentindo dor. “A gente tem tempo.

” No hospital, Eduardo não largou da mão dela nem por um segundo. “Você consegue, meu amor. Você é forte”, ele repetia, beijando a testa dela entre as contrações. Quando finalmente ouviram o primeiro choro do bebê, Eduardo chorou mais que Clara. É um menino, o médico anunciou. E Eduardo não conseguia parar de chorar de alegria.

 Quando colocaram o bebê nos braços de Clara, ela olhou para aquele rostinho perfeito e sentiu um amor maior que qualquer coisa que já havia sentido. “Ele é perfeito.” Eduardo sussurrou tocando delicadamente a mãozinha do filho. “Olha só, Clara, a gente fez isso. A gente fez esse milagre.” Clara estava exausta, mas radiante, vendo Eduardo segurar o filho pela primeira vez. Como vamos chamar ele?”, Clara perguntou. Eduardo pensou um pouco.

“Gabriel, nosso pequeno Gabriel.” Clara sorriu. “Gabriel, é perfeito.” Eduardo beijou a testa de Clara e depois a testa do bebê. “Eu amo vocês dois mais que tudo no mundo.” Nos dias seguintes no hospital, Eduardo mal saiu do lado de Clara e Gabriel.

 Trocava fraldas, dava banho no bebê, dormia na poltrona do quarto para estar sempre perto. “Você vai ser um pai incrível”, Clara dizia, vendo ele cuidar do filho com tanto carinho. Aí você já é a mãe mais maravilhosa do mundo. Eduardo respondia beijando ela. Quando voltaram para casa, a mansão estava decorada com balões azuis e faixas de boas-vindas. As avós estavam desesperadas para pegar o neto no colo. Meu netinho lindo.

 Dona Helena chorava de emoção. Que bebê mais perfeito. Dona Maria também estava emocionada. Clara, minha filha, você me deu o presente mais lindo do mundo. Gabriel dormia tranquilo nos braços das avós, já cercado de muito amor. Eduardo olhava para aquela cena e sentia o coração transbordar de felicidade. Tinha a mulher que amava, um filho lindo e saudável e uma família unida.

Obrigado”, ele sussurrou no ouvido de Clara, “Por me dar tudo isso, por tornar minha vida completa.” Clara sorriu, segurando a mão dele. “Obrigado você por me amar do jeito que sou.” Seis meses depois do nascimento de Gabriel, Clara estava completamente adaptada à nova vida como mãe e esposa.

 A mansão em Feira de Santana tinha se transformado num verdadeiro lar, com brinquedos espalhados pela sala, sons de risadas de bebê ecoando pelos corredores e um amor que preenchia cada cantinho da casa. Gabriel era um bebê alegre e saudável, com os olhos verdes da mãe e o sorriso charmoso do pai. Eduardo estava completamente apaixonado pelo filho.

Toda manhã, antes de ir trabalhar, passava pelo menos uma hora brincando com Gabriel, fazendo caretas engraçadas que arrancavam gargalhadas do pequeno. “Bom dia, meu príncipe”, Eduardo dizia toda manhã, pegando Gabriel no colo assim que acordava. Como dormiu meu campeão? Clara observa da porta do quarto, sorrindo ao ver o marido tão dedicado ao filho.

 Eduardo tinha se tornado um pai ainda melhor do que ela imaginava. A rotina da família estava perfeita. Clara não trabalhava mais como empregada, obviamente. Agora era a dona da casa, a esposa amada e a mãe dedicada. Eduardo tinha contratado uma fachineira para vir duas vezes por semana, mas Clara gostava de cuidar pessoalmente da casa e da família.

 “Você não precisa fazer isso, amor.” Eduardo sempre dizia quando havia cozinhando ou organizando algo. Posso contratar mais pessoas para ajudar. Mas Clara balançava a cabeça. “Gosto de cuidar da nossa casa, Eduardo. Me faz feliz”. As famílias estavam completamente integradas. Dona Helena visitava quase todos os dias para ver o neto, sempre trazendo presentes e mimos.

“Esse menino vai ficar mal acostumado.” Clara ria vendo a sogra chegar com mais uma roupa nova para Gabriel. “Deixa a vovó mimar o netinho”, dona Helena respondia, cobrindo Gabriel de beijos. Dona Maria também estava radiante com a nova vida da filha.

 “Minha Clara, como você mudou”, ela dizia, vendo a filha tão realizada. Você está brilhando de tanto amor. E era verdade. Clara estava mais bonita do que nunca, com aquele brilho especial das mulheres amadas e felizes. Eduardo tinha mudado também. Os amigos comentavam como ele estava mais relaxado, mais sorridente, mais humano nos negócios.

 O casamento e a paternidade fizeram muito bem para você”, seu sócio disse um dia. “Você está mais centrado, mais focado no que realmente importa”. “É verdade.” Eduardo concordou. Clara e Gabriel me mostraram o que é ter uma família de verdade. Agora eu trabalho por eles, não só por trabalhar. Ele tinha aprendido a equilibrar melhor a vida profissional e pessoal, sempre reservando tempo de qualidade para a esposa e o filho.

 Uma tarde ensolarada de sábado, Clara estava no quarto de Gabriel organizando as roupinhas que estavam ficando pequenas. O bebê crescia tão rápido que toda semana alguma roupa não servia mais. Eduardo entrou no quarto carregando Gabriel, que acabara de acordar da soneca da tarde. “Olha só quem acordou com fome”, Eduardo disse, entregando o filho para Clara amamentar.

 Ela se sentou na poltrona do quarto e Eduardo se acomodou no braço da poltrona, observando a cena com um sorriso apaixonado no rosto. “Vocês dois são a coisa mais linda do mundo”, ele disse, acariciando os cabelos de Clara. “Eduardo”, Clara disse enquanto Gabriel mamava. Posso te fazer uma confissão? Eduardo ficou curioso. Claro, meu amor. Pode falar qualquer coisa. Clara sorriu timidamente.

 Às vezes eu pego pensando em como nossa vida mudou de empregada e patrão para marido e mulher, pais de uma família linda. Eduardo se abaixou e beijou a testa dela. E você se arrepende de alguma coisa? Clara balançou a cabeça rapidamente. Nunca. Nem por um segundo. Só fico impressionada com o destino funciona.

 Se você não tivesse precisado de uma esposa falsa para aquele jantar, a gente teria se encontrado de outro jeito. Eduardo interrompeu com certeza. Eu tenho certeza disso. Você estava ali na minha casa, cuidando de mim há dois anos. Era questão de tempo para eu perceber o tesouro que tinha na minha frente.

 Gabriel terminou de mamar e Clara o colocou no berço. Ele estava sonolento, com aquela carinha de bebê satisfeito. Eduardo se aproximou do berço e acariciou o rostinho do filho. “Dorme bem, meu príncipe”, ele sussurrou. Clara se juntou a Eduardo ao lado do berço e os dois ficaram observando Gabriel adormecer. “Ele está crescendo tão rápido”, Clara comentou. Parece que foi ontem que nasceu.

 Eduardo passou o braço pela cintura dela, puxando-a para perto. Clara, Eduardo disse de repente, com um tom diferente na voz. Clara o olhou curiosa. O que foi? Eduardo sorriu de um jeito maroto que ela conhecia bem. Eu estava pensando, Gabriel já está com se meses. Clara riu, imaginando aonde ele queria chegar.

 E daí? Eduardo beijou o pescoço dela delicadamente. E daí que talvez seja a hora de pensarmos em dar um irmãozinho para ele. Clara ficou corada, mas sorriu. Eduardo, Gabriel ainda é um bebê, mas não precisa ser exatamente agora. Eduardo continuou abraçando ela por trás enquanto observavam o filho dormindo. Só estou dizendo que seria lindo dar uma irmãzinha para ele.

 Imagina como seria ter uma menina com seus olhos verdes e seu sorriso doce. Clara encostou as costas no peito de Eduardo, sentindo o coração acelerar com a ideia. Você realmente quer mais filhos? Eduardo beijou os cabelos dela. Quero uma família grande com você, Clara. Quero essa casa cheia de risadas de crianças, de amor, de vida.

 Uma menina seria lindo mesmo, Clara admitiu, imaginando uma filha pequenina nos braços. Gabriel seria um irmão mais velho protetor. Eduardo virou ela para ficar de frente para ele. Então, vamos começar a pensar seriamente nisso? Clara corou ainda mais. Vamos esperar Gabriel fazer um aninho, pelo menos. Quero aproveitar cada fase dele. Eduardo concordou.

beijando ela carinhosamente. Você tem razão. Não temos pressa. Temos a vida inteira pela frente. Eles saíram do quarto na ponta dos pés para não acordar Gabriel e foram para a sala. Clara se aconchegou no sofá ao lado de Eduardo, que ligou a televisão baixinho. Eduardo! Ela disse, aninhando-se no peito dele. Eu te amo tanto que às vezes dói no peito.

 Eduardo apertou ela no abraço. Eu também te amo assim, meu amor. Você me ensinou o que é amar de verdade. Eles ficaram ali abraçados, curtindo o silêncio da casa, o som suave da respiração de Gabriel no quarto, a paz de uma família feliz. “Lembra daquela noite no restaurante quando você me beijou pela primeira vez?”, Clara perguntou de repente. Eduardo riu.

Como esquecer? Você estava nervosa, prestes a entregar nossa encenação e eu te beijei para te salvar. Você sabia que aquele beijo mudou tudo? Clara disse, olhando nos olhos dele. Na hora eu soube que não era só encenação. Eduardo acariciou o rosto dela. Eu também soube. Foi quando percebi que estava perdidamente apaixonado pela minha empregada. Clara riu. Exempregada.

Agora sou sua esposa. Eduardo a beijou suavemente. A mulher da minha vida, a mãe dos meus filhos, minha companheira para sempre. Clara sentiu lágrimas de felicidade nos olhos. Para sempre, ela repetiu. Do quarto veio um chorinho baixinho de Gabriel. Acho que alguém acordou, Clara disse se levantando.

 Vou ver o que ele quer. Eduardo também se levantou. Vou com você. Adoro ver você cuidando dele. No quarto, Gabriel estava acordado no berço, olhando ao redor com curiosidade. Quando viu os pais, deu um sorriso banguela que derreteu o coração dos dois. “Oi, meu amor”, Clara disse pegando ele no colo.

 “Não conseguiu dormir mais?” Eduardo fez caretas engraçadas para Gabriel, que gargalhou feliz. “Esse menino tem energia demais, Eduardo riu. Vai dar trabalho quando começar a andar”. Clara beijou a cabecinha do filho. Vai ser ainda mais divertido.

 Enquanto brincavam com Gabriel, Eduardo olhou para Clara e sentiu uma gratidão imensa invadir seu coração. “Obrigado”, ele disse de repente. Clara o olhou confusa. “Obrigado pelo quê?” por ter aceitado fingir ser minha esposa naquela noite, Eduardo respondeu emocionado, por terme dado a chance de descobrir quem você realmente era, por ter me ensinado a amar de verdade, por terme dado o filho mais lindo do mundo, por ter transformado minha casa num lar.

 Clara sentiu os olhos marejarem. Eduardo, você que transformou minha vida, me tirou da invisibilidade e me fez sentir especial, amada, importante. Gabriel babou na roupa dela e os dois riram e nos deu esse presente maravilhoso. Ela continuou beijando o filho. Eduardo abraçou as duas pessoas mais importantes da sua vida.

 “Eu amo vocês dois mais que tudo”, ele sussurrou. Clara sorriu completamente feliz e realizada. E nós te amamos também para sempre. Enquanto o sol se punha em Feira de Santana, a pequena família ficou ali no quarto brincando com Gabriel, fazendo planos para o futuro, curtindo cada momento daquela felicidade que parecia um sonho, mas era real.

 Clara ainda não acreditava completamente que aquela vida maravilhosa era sua, mas sabia que tinha encontrado o seu lugar no mundo ao lado de Eduardo, criando Gabriel e sonhando com os filhos que ainda viriam. E assim, queridos ouvintes, chegamos ao final da história de Clara e Eduardo. Uma história que começou com uma mentira necessária e se transformou no amor mais verdadeiro que já conheceram.

 Clara descobriu que o amor não conhece diferenças sociais quando encontra corações verdadeiros. Eduardo aprendeu que a verdadeira riqueza está em ter uma família para amar e proteger. Aquele jantar que parecia ser apenas uma encenação, foi, na verdade, o início de uma jornada que mudou para sempre o destino dos dois.

Hoje eles são uma família feliz, com o pequeno Gabriel crescendo cercado de amor e já sonhando com mais filhos para completar essa felicidade. Espero que a história de Clara e Eduardo tenha tocado o coração de vocês tanto quanto tocou o meu. Se vocês gostaram, deixem seu like, se inscrevam no canal e compartilhem com quem vocês amam.

 Nos comentários me contem qual foi a parte da história que mais emocionou vocês. E não esqueçam de dizer de onde estão nos ouvindo. Muito obrigado por mais esse tempo juntos aqui no Fio de Esperança. Até a próxima história e que Deus abençoe a vida de cada um de vocês com muito amor e felicidade.

 

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