A notícia que vamos detalhar hoje é o último prego, o prego final e mais humilhante no caixão da esperança bolsonarista e a confirmação cabal de que Jair Bolsonaro foi sumariamente abandonado por seu ídolo, seu laranjão americano, Donald Trump. O ex-presidente americano desferiu um golpe fatal na moral dos seus seguidores, aniquilando de vez qualquer delírio ou devaneio de que os Estados Unidos fariam uma intervenção política ou jurídica em seu favor, ou que o ajudariam a reverter qualquer condenação.
O desprezo de Trump não foi acidental, foi um cálculo frio, preciso e extremamente humilhante, que expõe a verdade nua e crua que a audiência do Manifesto Brasil já sabia. Bolsonaro é um perdedor, um loser na essência da palavra e na cultura política americana, especialmente na mentalidade de Trump, o fracassado não tem valor.
Não merece sequer um minuto de atenção. A prisão preventiva do ex-presidente brasileiro, motivada pelo inacreditável e patético ato de destruir a tornozeleira eletrônica, dizem as más línguas que ela revelou verdades dolorosas. Talvez até que Aristides não o amava mais, levando-o à fúria. Foi a gota d’água para Trump, que não quer se associar a um escândalo tão ridículo.

Quando questionado por repórteres no último final de semana, enquanto embarcava em seu helicóptero, em uma de suas propriedades de luxo sobre a notícia da prisão de Bolsonaro, Trump se limitou a murmurar a frase mais curta, vazia e indiferente possível: “Uma pena, so sad.” e absolutamente mais nada. Ele foi pressionado, questionado se não teria mais nada a dizer sobre um ex-chefe de estado aliado, um ex-parceiro ideológico.
E a resposta foi a mesma, dada com desdém. Só isso. Just that. Este silêncio ensurdecedor vale mais do que 1000 discursos de apoio. Ele é a prova definitiva de que Bolsonaro é um assunto superado, irrelevante e pior, tóxico para a marca Trump, para o branding do ex-presidente que tenta voltar ao poder.
Para a ala extremista de direita, que insiste em manter o delírio de que Trump é a tábua de salvação. Essa atitude é a mais pura traição e a negação de tudo que eles construíram. O abandono de Bolsonaro por Trump está profundamente enraizado na cultura política e empresarial americana que o ex-presidente encarna em sua forma mais bruta.
Ao contrário do Brasil, onde há uma certa condescendência ou simpatia pelo coitadismo e pelo derrotado, o que é uma falha cultural que precisa ser corrigida. Nos Estados Unidos, o perdedor é ostracizado, desprezado e esquecido. O loser não tem vez, não tem voz, não tem dinheiro e não tem valor. Trump, que construiu sua carreira e sua imagem política na obsessão por ser um vencedor, winner, e por humilhar seus adversários e até seus próprios aliados quando perdem a utilidade, jamais associaria seu nome a um presidente que não apenas foi derrotado nas urnas por Lula. o oponente
que Trump ironicamente respeita como um negociador nato, mas que está sendo condenado e preso por crimes que vão desde golpe de estado até a destruição de equipamentos de monitoramento judicial. Bolsonaro não demonstrou a postura altiva de enfrentamento e de arrogância que Trump respeita e exige de seus aliados.
Pelo contrário, sua prisão e suas reações demonstraram a figura de um político fraco, acuado e, na visão americana, totalmente patético. O amor incondicional que Bolsonaro declarava a Trump com aquele famoso I Love you, que ele repetia como um papagaio, jamais foi recíproco. Trump não quer ver sua imagem que ele tenta reerguer para disputar a próxima eleição, manchada pela associação com um líder que é sinônimo de fracasso, golpe frustrado, desvio de joias e agora de prisão preventiva por tentar quebrar uma tornozeleira.
O Brasil e sua crise política são um tema superado para a Casa Branca e para o Itamarati americano. A figura de Bolsonaro é um estorvo e o silêncio é a maneira mais eficaz de jogá-lo no lixo da história onde ele pertence. O desinteresse de Trump tem ainda um motivo político e econômico crucial, que é o que realmente move a política internacional, as negociações comerciais com o Brasil.
O governo americano e Trump, pessoalmente, estão sendo derrotados pelo Itamarati de Lula, que tem demonstrado uma frieza de xadrezista. Trump gosta de se gabar de ser um negociador implacável, mas ele foi obrigado a reduzir as tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros, cedendo 10% e depois 40%, sem receber absolutamente nada em troca do Brasil.
O Brasil, com uma estratégia de paciência e inteligência, apenas esperou que as pressões inflacionárias internas nos IUA fizessem o trabalho, pois o aumento de preço de carne e café estava asfixiando o consumidor americano. O tempo correu a favor do Brasil e contra a imagem de Trump. Para Trump, sair dessa negociação sem uma vitória clara seria um sinal de fraqueza, um novo título de loser que ele não pode carregar.
Portanto, ele precisa continuar a negociação para obter alguma concessão em outros produtos tarifados. Para poder dizer a seus eleitores que não foi derrotado. Construir constrangimento ao criticar Lula ou interceder por Bolsonaro neste momento seria o movimento mais burro possível. Isso apenas reforçaria a posição de Lula na mesa de negociação, daria munição ao Itamarati e provaria que Trump é um amador na diplomacia.

Em nenhum momento das conversas comerciais, o nome de Bolsonaro foi levantado como pauta. Não houve sequer uma demanda do governo americano ao Brasil sobre a situação jurídica do ex-presidente. A conclusão é óbvia. Bolsonaro é um peão descartável em um jogo onde Trump está primeira vez perdendo para um adversário que ele respeita, o Lula.
Os filhos de Bolsonaro, especialmente Eduardo Bolsonaro, que insistem em delirar que a inegibilidade ou a prisão serão revertidas por uma intervenção milagrosa de Trump, ou que o governo americano não reconhecerá a vitória de Lula em 2026, estão vivendo em um universo paralelo de fantasias e drogas. Essas são as vozes da tornozeleira eletrônica que o próprio Bolsonaro ouviu, talvez dizendo que Aristides não o amava mais.
levando-o à fúria destrutiva contra o equipamento. A realidade é que o governo americano não vai se intrometer no resultado eleitoral de 2026 e muito menos conceder um salvo conduto político para um perdedor. O desprezo de Trump não é apenas um sinal de desinteresse, é uma execução política que garante que o bolsonarismo perca seu maior triunfo midiático.
Trump largou o cadáver político de Bolsonaro na beira da estrada para focar em sua própria sobrevivência.