PROFESSORA CHAMA MENINO NEGRO DE MENTIROSO SOBRE O PAI — ATÉ QUE UM GENERAL QUATRO ESTRELAS ENTRA LÁ…

Na Escola Municipal Gonçalves Dias, em Curitiba, o quarto ano inteiro assistiu calado quando a professora Marta Figueiredo rasgou a redação de Ícaro Mendes, de 10 anos. O papel se abriu no ar como um grito mudo, caindo sobre os tênis gastos do garoto. “Pare de inventar histórias para parecer especial”, ela disse, sem nem tentar sussurrar. “Filho de general não mora em apartamento simples. E não chega aqui desse jeito.” A sala inteira o encarou: alguns com pena, outros com aquela curiosidade cruel que as crianças aprendem cedo demais. Ícaro apenas engoliu o choro, repetindo para si a frase que o pai sempre dizia: “Firmeza, soldado”.
Horas antes, ele havia tomado café numa cozinha pequena, mas cheia de carinho. O pai, General Arthur Mendes, usava jeans e camiseta. Nada de uniforme, medalhas ou formalidades. Era discreto por segurança, sempre fardado só dentro da base. A mãe, Dra. Helena Mendes, cirurgiã pediátrica, ajeitava o jaleco enquanto servia ovos ao filho. Na geladeira, o desenho de Ícaro mostrava um boneco com quatro estrelas nos ombros, segurando a mão de um menino sorridente. Era o dia das profissões, e ele mal conseguia conter a alegria. “Posso contar que você encontrou o presidente?”, perguntou. Arthur sorriu, mas pediu discrição. Ícaro concordou… mas no fundo achava injusto precisar esconder quem o pai era.
Na escola, cada aluno leu sua redação. Quando chegou a vez de Ícaro, ele falou com orgulho contido: “Meu pai é general de quatro estrelas, serviu em missões no Haiti, na fronteira, lidera decisões que protegem o Brasil”. Marta interrompeu na hora. Chamou-o de exagerado. Avisou que havia checado os formulários: “Seu pai é ‘funcionário público’. Nada de general”. Risos surgiram no fundo. Ícaro ficou pálido. “Ele só escreve assim por segurança”, murmurou. Marta mandou que ele se desculpasse por mentir. Ele recusou. “Meu pai vem hoje. A senhora vai ver.” Ela, irritada, o expulsou da sala.
Às 10h31, quando a diretora caminhava aflita pelo corredor, três SUVs pretos pararam diante da escola. Homens de terno desceram primeiro. E então, em silêncio absoluto, surgiu ele: uniforme impecável, fileiras de medalhas e quatro estrelas que brilhavam como lâminas ao sol. General Arthur Mendes caminhou pelo pátio com passos firmes. Pais, professores e alunos se levantaram instintivamente. Ícaro, sentado na sala, ouviu o burburinho crescendo como um trovão.
Quando a porta abriu, o general entrou. O menino se levantou num salto. “Pai.” Arthur atravessou a sala e o abraçou forte, sem se importar com quem olhava. Depois, voltou-se para a professora. A voz dele era calma, mas cortante: “Meu filho disse a verdade. E verdade não se rasga”. Marta ficou sem cor. Pediu desculpas, gaguejando. Ícaro respirou fundo e respondeu com a coragem que não sabia que tinha: “Acredite nas crianças. Mesmo quando a verdade delas parece grande demais”.
Aplausos ecoaram. Naquele dia, ninguém esqueceu que a verdade sempre chega — e quando chega, entra pela porta como um general.
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