Pedido de impeachment chega ao Senado e assusta aliados

O vereador curitibano Rodrigo Marcial (Novo-PR) desembarcou em Brasília nesta quinta-feira (4) disposto a criar barulho – e conseguiu. Ele protocolou no Senado aquilo que chama de “o maior pedido de impeachment da história” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Não é pouca coisa: o documento soma 68 mil assinaturas e lista 126 supostos crimes de responsabilidade atribuídos ao magistrado. É um dossiê enorme, quase um inventário político.
Marcial conta que dedicou meses para organizar, em ordem cronológica, o que batizou de “Dossiê Moraes”. Segundo ele, cada episódio, cada medida polêmica e cada ato que considera abusivo está registrado de forma minuciosa, com linguagem jurídica e blindado contra contestações. O vereador fala com a convicção de quem acredita ter feito algo histórico.
“O trabalho foi árduo, mas saio de Brasília com sensação de dever cumprido”, escreveu ele em uma postagem no Instagram, exibindo o volumoso material. Ele afirma ainda que parlamentares o ajudaram a montar o pedido e que todos reconhecem que “os abusos do STF ultrapassaram todos os limites”. No mesmo texto, elevou o tom e fez um apelo direto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre: segundo Marcial, o senador “precisa agir” e não pode “engavetar o que a Constituição autoriza e o que o Brasil exige”. A legenda termina com uma frase típica da ala mais radical da oposição: “Seguiremos até derrubar os tiranos da República”.
Mas a cruzada de Marcial encontrou uma barreira logo na largada. E não é uma barreira pequena. Na quarta-feira (3), o ministro Gilmar Mendes, decano do STF, tomou uma decisão monocrática que restringe à Procuradoria-Geral da República (PGR) o poder de apresentar pedidos de impeachment contra ministros da Suprema Corte. Na prática, isso bloqueia iniciativas como a de Marcial e de qualquer cidadão comum. Não demorou para a medida virar o assunto do dia em Brasília, com críticas de oposicionistas e elogios discretos entre aliados do governo.
A decisão de Gilmar não parou aí. Ele também definiu que, caso um processo seja aceito, sua aprovação deve exigir o apoio de dois terços dos senadores, e não mais de maioria simples. É uma mudança que deixa a porta para o impeachment ainda mais estreita — praticamente uma fresta. Alguns parlamentares da base governista comemoraram nos bastidores, enquanto opositores acusaram o ministro de “blindagem corporativa”.
Com o clima pegando fogo, a oposição decidiu contra-atacar. Senadores ligados à direita protocolaram uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para restabelecer a regra que permite a qualquer cidadão apresentar denúncia contra ministros do STF. Essa PEC ganhou força em poucas horas, impulsionada pelo barulho nas redes sociais, principalmente entre grupos conservadores e perfis que têm Alexandre de Moraes como alvo constante de críticas.
No entanto, nada está decidido. A liminar de Gilmar Mendes ainda não é definitiva. O entendimento será levado ao plenário virtual do STF, entre os dias 12 e 19 de dezembro, quando todos os ministros terão de votar se a decisão será mantida, modificada ou derrubada. Até lá, Brasília deve viver dias de especulação, pressão, discursos inflamados e muitos recados indiretos.
E, claro, Rodrigo Marcial não pretende recuar. Em conversas com apoiadores, ele tem repetido que a “pressão popular” será essencial para que o Senado não ignore o dossiê. Do outro lado, aliados de Moraes afirmam que a tentativa de impeachment não passa de “ato político” sem base jurídica concreta.
O fato é que o embate entre Congresso e STF, que já vinha quente ao longo de 2024, promete fechar o ano ainda mais tenso — e o pedido apresentado por Marcial é apenas mais um capítulo dessa novela institucional que parece longe, muito longe, do fim.

A Batalha do Planalto: Lula e Flávio Bolsonaro em um Confronto de Ideias para 2026
Nesta sexta-feira, dia 5, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, fez uma declaração bastante contundente sobre o futuro político do Brasil. Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), vai vencer o senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, na disputa pela presidência em 2026. Essa afirmação não apenas reafirma a força de Lula na política brasileira, mas também acende um debate interessante sobre o futuro da direita no Brasil, especialmente em relação à família Bolsonaro.
A Ironia nas Redes Sociais
Durante sua declaração, Boulos também fez uma alusão irônica ao desmaio de Flávio Bolsonaro durante um debate para a prefeitura do Rio em 2016. Ele disse: “Lula derrotou Bolsonaro em 2022. Agora vamos derrotar o filho em 2026. Só não vai desmaiar no debate, Flávio Bolsonaro”. Essa ironia, postada em sua conta no X (antigo Twitter), mostra não apenas o tom desafiador da política atual, mas também como os debates políticos se tornaram arenas de ataques pessoais e provocações.
O fato de Boulos ter usado uma plataforma de mídia social para expressar sua opinião também indica a importância das redes sociais na formação da opinião pública e na estratégia de comunicação dos políticos. É um ambiente onde as palavras têm peso e onde cada declaração pode ser amplamente divulgada e debatida.
O Desafio de Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro, por sua vez, respondeu a essa provocação, reafirmando seu compromisso em dar continuidade ao legado de seu pai, Jair Bolsonaro. Em suas palavras, ele mencionou que está pronto para assumir essa missão com “grande responsabilidade”. Ele se colocou “diante de Deus e diante do Brasil” para cumprir esse papel, prometendo que Deus estaria ao seu lado, abrindo portas e guiando seus passos. Essa retórica religiosa é comum entre políticos que buscam fortalecer sua imagem entre os eleitores mais conservadores.
No entanto, essa escolha de Flávio como o sucessor de Jair não é isenta de controvérsias. Segundo reportagens da CNN Brasil, sua indicação enfrenta resistência mesmo dentro do próprio círculo familiar. Aliados de Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama, expressaram descontentamento com essa decisão, indicando que a escolha de Flávio gerou tensão entre diferentes facções da direita.
A Crise no Clã Bolsonaro
A situação no clã Bolsonaro parece ter se agravado com uma disputa interna. O diretório do PL no Ceará havia declarado apoio a uma possível candidatura de Ciro Gomes, o que não agradou a todos os aliados de Jair Bolsonaro. A ex-primeira-dama Michelle criticou essa decisão, e isso provocou um embate interno, aumentando as divisões entre os filhos e a esposa do ex-presidente.
As redes sociais estão cheias de comentários e reações sobre essa crise familiar. De um lado, há os filhos que apoiam a candidatura de Flávio, enquanto Michelle tenta reafirmar sua influência e poder dentro do partido. A última reunião do PL, realizada na terça-feira, resultou na suspensão do apoio a Ciro Gomes, mas o clima de tensão persiste, já que a disputa entre os membros da família Bolsonaro continua a ser um tema quente nas discussões políticas do país.
Reflexões Finais
É interessante observar como esses desdobramentos refletem não apenas a dinâmica política, mas também a cultura política do Brasil, onde personalismos e questões familiares muitas vezes se entrelaçam. O que acontece dentro do clã Bolsonaro pode influenciar decisivamente o cenário eleitoral de 2026 e, com certeza, os eleitores estarão atentos a cada movimento.
Para muitos, a expectativa sobre a disputa entre Lula e Flávio Bolsonaro não é apenas sobre política, mas sobre o futuro do Brasil e a direção que o país tomará nos próximos anos. Resta aguardar para ver como esses eventos se desenrolarão e quais estratégias os candidatos adotarão para conquistar a confiança do povo.
Incêndio em avião: passageiro relata “segundos de pânico” durante evacuação

Momentos de Pânico: Passageiros Evacuam Avião em Incêndio no Aeroporto de Guarulhos
No final da noite de quinta-feira, dia 4, um episódio alarmante ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando um voo da Latam Airlines, identificado como LA3418, que deveria seguir para Porto Alegre (RS), enfrentou uma situação crítica. Lucas Lima, um dos passageiros a bordo, relatou que, durante o embarque, o clima já era tenso, pois a aeronave estava superlotada, levando-o a sentar-se longe da esposa. Essa separação se tornaria um detalhe angustiante durante o incidente.
O Início do Caos
Lucas lembrou que, antes mesmo da decolagem, a equipe da Latam havia alertado sobre a lotação do voo. Ele se viu em uma situação desconfortável, longe de sua companheira, quando, de repente, o comandante fez um anúncio que mudaria tudo. “Evacuar agora”, disse ele, e, em um instante, o desespero se instalou entre os passageiros.
“Foi um segundo de pânico total. Eu tentava ver minha esposa, saber se ela estava saindo também. Não havia fumaça ou fogo visível dentro do avião, mas a incerteza era palpável. Apenas a ordem de evacuação ecoava”, explicou Lucas, que imediatamente começou a filmar o que estava acontecendo para registrar aquele momento de tensão.
A Evacuação
O vídeo que Lucas gravou mostra a confusão e o desespero de pessoas tentando sair rapidamente da aeronave, enquanto a equipe de bordo tentava manter a calma, pedindo que todos não entrassem em pânico. Ele destacou que, quando os comissários abriram as portas traseiras do avião, ele percebeu que a fumaça estava começando a invadir a cabine, originada de um equipamento de carga que pegou fogo. A situação estava se tornando crítica.
Após a evacuação, Lucas lamentou que sua bagagem foi danificada devido ao incêndio, mas essa era a menor das preocupações, considerando que todos conseguiram deixar o avião em segurança.
O Incêndio e a Resposta Rápida
A fumaça que causou o pânico inicial começou a partir de um equipamento de carga do aeroporto, o que acionou imediatamente os protocolos de segurança. Os passageiros foram retirados pela ponte de embarque e pelas escorregadeiras de emergência, com total apoio dos funcionários do aeroporto. A situação foi tratada com seriedade e eficiência.
O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em um comunicado à CNN Brasil, informou que o abastecimento de aeronaves foi suspenso por 10 minutos enquanto a situação era controlada. A nota enfatizou que, assim que o incidente foi identificado, as brigadas de incêndio foram acionadas e conseguiram extinguir as chamas rapidamente. Não houve feridos, e a operação do aeroporto não foi impactada.
Compromisso com a Segurança
A GRU Airport, que administra o aeroporto, reafirmou seu compromisso com a segurança, informando que todos os protocolos foram seguidos à risca. A Latam Airlines, em nota, acrescentou que não houve feridos e que a situação foi rapidamente controlada. Além disso, a companhia se comprometeu a oferecer apoio aos passageiros afetados, reacomodando-os em outros voos.
Reflexões Finais
Esse incidente nos lembra da importância da segurança em voos comerciais e da preparação das equipes de emergência para lidar com situações inesperadas. Em momentos de crise, a rapidez e a eficiência da equipe podem fazer a diferença entre a segurança e o pânico. É fundamental que as companhias aéreas continuem a investir em treinamento e infraestrutura para garantir que eventos como este sejam tratados com a máxima eficiência, preservando a vida e a tranquilidade dos passageiros.
Se você já passou por uma experiência similar ou tem alguma opinião sobre o assunto, sinta-se à vontade para compartilhar nos comentários. A interação é sempre bem-vinda!