BARÃO BROCHAVA, ESCRAVO ERA AVANTAJADO E FORTE: SINHÁ TRAIU E O QUE ROLOU DEPOIS …

BARÃO BROCHAVA, ESCRAVO ERA AVANTAJADO E FORTE: SINHÁ TRAIU E O QUE ROLOU DEPOIS …

 

Ela tinha 50 anos e nunca tinha sentido prazer. O marido Barão não funcionava mais fazia décadas. Ela vivia presa numa gaiola de ouro, morrendo de desejo por dentro. Até que numa tarde de 1847, chegou à fazenda um escravo vindo de Angola, 1,97 m de altura, corpo musculoso, olhos de fogo. Quando ela viu aquele homem, algo explodiu dentro do peito dela.

E naquela mesma noite começou o amor mais proibido e perigoso que aquela fazenda já viu. Um amor que terminou em traição, em sangue e em duas mortes que ninguém esperava. Fica até o final porque o que você vai ouvir agora é real. Aconteceu de verdade e vai te deixar sem fôlego. A senhora daquela fazenda era dona Vitória de Sampaio.

Tinha 50 anos, pele ainda clara, mas marcada pelo tempo, cabelos escuros, presos em coque apertado, olhos castanhos fundos que carregavam uma tristeza antiga. Ela usava vestidos de seda escura e chales bordados que escondiam um corpo que já não era jovem, mas ainda guardava curvas e a memória de uma beleza que um dia fez homens suspirarem.

Vitória tinha casado aos 18 anos com o Barão Teodorico de Sampaio, um homem 20 anos mais velho, dono de terras, dono de escravos, dono também da esposa, como se ela fosse mais uma propriedade registrada em cartório. O casamento tinha sido arranjado. Ela nunca amou aquele homem de bigodes grisalhos e mãos frias, mas obedeceu. Como todas as mulheres da sua classe obedeciam, gerou três filhos que foram criados por amas de leite escravizadas.

Administrou a casa grande com mão de ferro, rezou todos os dias na capela e morreu por dentro um pouco a cada noite, porque Teodorico não era mais homem para ela fazia muitos anos. Ele tinha problemas, aqueles problemas que os médicos da época não sabiam tratar e que os homens escondiam com vergonha atrás de Charutos e Conhaque, ele não conseguia, simplesmente não funcionava mais.

E Vitória passou décadas deitada ao lado de um corpo que já não respondia. Passou décadas sentindo um vazio entre as pernas e um desespero na alma. Ela rezava pedindo perdão por desejar. Ela se confessava com padre Estevão, que dizia que aquilo era a tentação do demônio. Ela tomava banhos gelados de madrugada, tentando apagar o fogo que queimava baixinho, mas nunca morria.

Até que numa tarde de março de 1847, chegou à fazenda um lote novo de africanos recém desembarcados do navio negreiro, Estrela da Guiné. Vitória estava na varanda da casa grande, tomando chá de erva doce. Quando ouviu o barulho das correntes, o feitor Anselmo trazia os novos cativos em fila, todos magros, todos sujos, todos com olhos assustados e feridas abertas nos pulsos e tornozelos.

Ela olhou com a indiferença de quem via aquilo toda a semana, mas então seus olhos pousaram nele e algo dentro do seu peito explodiu como trovão em céu de verão. Ele era diferente de todos os outros, altíssimo. Devia ter 1,97 m de altura. Ombros largos, braços grossos, peito nu, reluzindo de suor sobre o sol. A pele era negra como ébano polido.

O rosto tinha traços nobres, maçãs do rosto salientes, lábios cheios, nariz largo. E os olhos, meu Deus! Os olhos dele eram como brasas acesas. Tinham orgulho, tinham força, tinham algo selvagem e indomado que nem os açoites da travessia tinham conseguido quebrar. O nome dele era Batista, 28 anos. Tinha sido guerreiro na sua terra em Angola.

Tinha lutado contra invasores, tinha caçado leões, tinha amado mulheres sob o céu estrelado da savana, mas foi capturado numa emboscada, vendido por inimigos, marcado a ferro quente, jogado no porão de um navio onde metade dos seus irmãos morreu de desenteria e desespero. Sobreviveu porque era forte, porque tinha a teimosia dos que nascem livres e nunca esquecem o gosto da liberdade.

E agora estava ali acorrentado, de pé sob o sol brasileiro, olhando com desprezo para aquela casa branca e aquela mulher de vestido de seda que o observava da varanda. Vitória sentiu as pernas fraquejarem, sentiu o coração disparar, sentiu um calor subir do ventre até a garganta. Aquilo que ela não sentia fazia 30 anos voltou com a força de uma tempestade, desejo, puro, animal, avassalador.

Ela apertou a xícara de chá com tanta força que quase quebrou a porcelana, mordeu o lábio, desviou o olhar. Mas já era tarde. A semente tinha sido plantada e sementes regadas por solidão e desespero crescem rápido como erva daninha. Batista foi levado para a senzala, recebeu roupas de trabalho, ganhou enxada, foi colocado no eito do café junto com os outros.

Dormia num giral de madeira, comia feijão aguado e farinha, mas não baixava a cabeça, não cantava as cantigas de trabalho, não sorria para os feitores. Os outros escravizados o respeitavam, sentiam que ele era diferente, que tinha algo de rei exilado naquele corpo poderoso. As mulheres da senzala olhavam para ele com uma mistura de medo e fascínio, mas ele não olhava para ninguém.

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Carregava dentro de si uma revolta silenciosa e uma saudade mortal da terra que nunca mais veria. Vitória não conseguia tirar Batista da cabeça. De noite, deitada ao lado do Barão que roncava, ela fechava os olhos e via aquele corpo musculoso. Via aquelas mãos grandes, via aquele olhar de fogo.

Ela se tocava debaixo dos lençóis de linho bordado e imaginava, imaginava coisas que nunca tinha imaginado antes, coisas que a faziam gemer baixinho mordendo o travesseiro, para não acordar Teodorico. Ela se sentia suja, pecadora, condenada, mas não conseguia parar. O desejo era mais forte que a moral, mais forte que a religião, mais forte que o medo.

Ela começou a inventar desculpas para ir até os cafezais. Dizia que precisava fiscalizar o trabalho, dizia que precisava verificar a qualidade dos grãos, mas na verdade ia só para ver Batista de longe. Via ele cavando a terra, via o suor escorrendo pelas costas largas, via os músculos se contraindo a cada movimento e sentia um aperto no peito e uma umidade entre as pernas, que a deixavam louca de vergonha e excitação.

Um dia, ela mandou chamá-lo à Casa Grande. Disse ao feitor Anselmo que precisava de um escravo forte para carregar uns móveis. Batista entrou na sala com os pés descalços na madeira encerada. Vitória estava sozinha. Os outros escravos domésticos tinham sido dispensados. Ela tremia. Ele a olhava com aqueles olhos que pareciam atravessar a alma.

Ficaram em silêncio por um tempo que pareceu eterno. Então ela disse com voz trêmula: “Você é forte.” Ele não respondeu, apenas continuou olhando. Ela deu um passo à frente. Ele não recuou. Ela estendeu a mão e tocou o braço dele, a pele quente, a textura da força, o choque foi elétrico. Ela retirou a mão como se tivesse encostado em brasa.

Ele não se moveu, mas algo mudou no olhar dele. Uma faísca, uma compreensão. Naquela noite, Vitória não dormiu. Ficou na sacada, olhando a senzala lá embaixo, iluminada por fogueiras fracas. Sabia que estava à beira de um precipício. Sabia que se desse o próximo passo, nunca mais voltaria. Mas a solidão de 30 anos gritava mais alto que a razão, e o corpo de Batista tinha acordado algo nela que estava morto, algo primitivo, algo necessário como ar.

Se você está sentindo essa tensão crescer dentro de você, deixa teu like e comenta, porque essa história vai ficar ainda mais intensa. E cada curtida me dá força para continuar contando essas memórias que precisam ser lembradas. Três semanas depois, Vitória mandou Batista para a casa das ferramentas, nos fundos da propriedade.

Era um lugar isolado, coberto por árvores antigas. Ninguém ia lá depois do anoitecer. Ela esperou a noite cair, colocou uma capa escura, saiu da casa grande pelas portas dos fundos, caminhou rápido pelo jardim, o coração batendo tão forte que doía. Entrou na casa das ferramentas. Ele estava lá em pé no escuro, como se soubesse que ela viria.

Ela fechou a porta. A escuridão os engoliu e então ela se entregou. Pela primeira vez em 50 anos. Se permitiu sentir, permitiu desejar, permitiu ser tocada de verdade. E o que aconteceu naquela noite foi uma explosão. Foi pecado e sagrado ao mesmo tempo. Foi errado e necessário. Foi a escrava se tornando senhora do próprio corpo e a senhora se tornando escrava do próprio desejo.

Batista a tocou com mãos que sabiam o que fazer. Com força e delicadeza. Ele não a tratou como senhora. Tratou como mulher, como fêmea, como igual. E Vitória descobriu que tinha um corpo. Descobriu que podia gemer, que podia gritar baixinho, que podia arquejar e suar e sentir ondas de prazer que a deixavam tremendo dos pés à cabeça.

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Ela chorou depois, chorou de alívio, chorou de culpa, chorou de gratidão. Ele não disse nada, apenas a olhou com aqueles olhos que pareciam entender tudo. E ela soube que estava perdida, que nunca mais seria a mesma. Os encontros se repetiram. Sempre de noite, sempre escondidos, sempre intensos. Vitória se tornava outra pessoa naquelas horas.

Deixava de ser a dona da casa grande, deixava de ser a esposa do Barão, deixava de ser a católica devota, se tornava apenas mulher, apenas carne, apenas desejo realizado. E Batista também mudava, perdia aquela dureza, aquela revolta. Nos braços dela, ele voltava a ser homem livre, voltava a ser guerreiro, voltava a ser amante.

E aos poucos algo mais profundo foi nascendo. Não era só desejo, era conexão, era reconhecimento. Era duas almas aprisionadas encontrando liberdade uma na outra. Mas segredos não duram para sempre, especialmente numa fazenda onde os olhos dos escravizados veem tudo e as paredes têm ouvidos. Uma das mucamas da casa grande, uma mulher chamada Felismina, começou a desconfiar.

Via a Vitória sair de noite. Via ela voltar com o cabelo desfeito e os olhos brilhando. Via Batista chegar na Senzala tarde com marcas de unhas nas costas. Felismina era devota da Sinhá. Tinha sido criada por ela e sentia ciúmes. Ciúmes daquela felicidade que via no rosto da patroa.

Ciúmes do corpo de Batista que todas as mulheres da Senzala desejavam, mas nenhuma podia ter. Então ela fez o que muitos faziam naquele tempo. Usou o poder que tinha, o poder de quem não tem nada a perder. Contou para o feitor Anselmo. E Anselmo contou para o Barão Teodorico. O Barão não acreditou de início.

Vitória, sua esposa, a mãe dos seus filhos, a mulher que rezava o terço toda a noite. Aquilo era impossível, mas Anselmo era convincente e Teodorico era velho, mas não era tolo. Decidiu investigar. Mandou vigiar a esposa. E numa noite de lua nova de agosto de 1848, ele descobriu a verdade, viu Vitória saindo da casa grande, seguiu ela até a casa das ferramentas, esperou do lado de fora e ouviu.

Ouviu os gemidos, ouviu os sussurros, ouviu o som inconfundível de dois corpos se amando. A raiva que subiu dentro dele foi como veneno, foi como fogo, foi como morte. Ele arrombou a porta. A cena que viu o destruiu. Vitória seminua nos braços de Batista. Os dois ofegantes, os dois com os olhos arregalados de pavor. Teodorico não disse nada, apenas puxou o revólver que sempre carregava na cintura.

Batista se colocou na frente de Vitória. Teodorico mirou no peito dele. Vitória gritou, jogou-se na frente do amante e o tiro que era para matar Batista acertou ela em cheio no peito. O sangue jorrou. Vitória caiu. Batista a segurou. Ela olhou para ele com olhos que já perdiam o brilho, sussurrou: “Valeu a pena!” E morreu ali mesmo, nos braços do homem que tinha feito ela se sentir viva pela primeira vez.

Teodorico ficou paralisado. Tinha matado a própria esposa. Batista colocou o corpo de Vitória no chão com delicadeza. Levantou-se. Teodorico apontou a arma para ele, mas Batista não tinha mais medo. Tinha perdido tudo de novo, tinha atravessado o oceano, tinha sobrevivido ao inferno, tinha encontrado um momento de amor em meio ao horror e agora aquele amor estava morto no chão. Ele avançou.

Teodorico atirou, errou. Batista agarrou o barão e com as mãos que tinham acariciado Vitória, quebrou o pescoço do homem que tinha arrancado dela a vida. Os gritos atraíram os feitores. Batista foi capturado, espancado, acorrentado, julgado sumariamente, condenado à forca. Mas antes de morrer, ele pediu uma coisa.

Pediu para ser enterrado ao lado de Vitória. Riram dele. Disseram que escravo não tinha direito a túmulo, muito menos ao lado de senhora Branca. Batista foi enforcado na praça da vila. Seu corpo foi deixado balançando na corda como aviso. Depois foi jogado numa vala comum. Vitória foi enterrada no jazigo da família, com pompas, com padre, com choro falso dos que fingiam não saber da verdade.

A história foi abafada. Os filhos do casal cresceram sem conhecer o que realmente aconteceu. A fazenda continuou produzindo café. A escravidão continuou por mais 40 anos e tudo seguiu como se nada tivesse acontecido. Mas as almas não esquecem. Dizem que nas noites de Lua Nova, ainda se ouve na antiga fazenda Santa Eulália, o som de gemidos vindo da casa das ferramentas que desabou faz décadas.

Dizem que uma mulher de branco vaga pelos cafezais procurando algo. Dizem que um homem negro e alto é visto caminhando em direção à casa grande com olhos de fogo. Talvez sejam apenas histórias. Talvez seja o vento, ou talvez seja a memória recusando-se a morrer. A memória de um amor impossível. A memória de dois seres humanos que encontraram um ao outro no meio do maior dos horrores e se permitiram sentir algo verdadeiro, mesmo que por pouco tempo, mesmo que ao preço da vida.

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Essa é a história de Dona Vitória e de Batista, uma história de desejo e morte, de prisão e liberdade, de pecado e redenção. Uma história que o tempo tentou apagar, mas que a Terra ainda guarda. Porque algumas histórias são grandes demais para serem esquecidas. Algumas histórias precisam ser contadas para que a gente lembre, para que a gente sinta, para que a gente nunca esqueça o preço que foi pago, o sangue que foi derramado, as vidas que foram destruídas e o amor que, mesmo cercado de correntes, floresceu como flor no

deserto. E se essa história tocou teu coração de alguma forma, se inscreve nesse canal e me segue, porque eu vou continuar trazendo essas memórias que precisam ser lembradas. Compartilha com alguém que precisa ouvir e me conta nos comentários de qual cidade e de qual estado você está me ouvindo, porque eu quero conhecer cada canto desse Brasil que ainda guarda essas histórias nas paredes velhas e nas terras manchadas de sangue e de amor.

Deixa teu comentário, deixa teu like e lembra sempre, a história não é só o que está nos livros. A história é também o que está no coração de quem ousa lembrar. Yeah.

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