ALMA DE BEBÊ CHORA PARA ENFERMEIRA EVANGÉLICA OUVIR… Ela Já Sabia O Que Iria Acontecer!

Quem são esses bebês? Por que eles sempre choram essa hora? [Música] [Aplausos] Ajuda, ajudo, ajudo. [Música] Para tudo na vida existe uma explicação. Sua missão na Terra chegou. Há uma nova etapa. Minha filha Ana Paula tinha acabado de sair do quarto sete da ala de parto quando ouviu pela sétima vez em dois meses um choro de bebê recém-nascido, agudo e desesperado, vindo do quarto 12, que estava completamente vazio, sem pacientes, sem equipamentos ligados, apenas lençóis brancos dobrados esperando a próxima gestante.

E ela sabia, com uma certeza que arrepiava cada centímetro da pele, que em exatamente 3 horas algo terrível ia acontecer naquele quarto, porque nas seis vezes anteriores o padrão se repetiu com precisão cirúrgica. Choro fantasma, tr horas depois, complicação grave no parto.

Mas o que Ana Paula não sabia ainda é que aquele choro não vinha de espíritos de bebês perdidos vagando pelos corredores como ela imaginava aterrorizada. vinha de algo muito mais complexo e compassivo. Mensageiros espirituais que assumiam a forma de bebês chorando porque sabiam que aquele som, mais do que qualquer outro, faria uma enfermeira obstetra parar tudo e investigar.

Ana Paula Mendes, 38 anos, enfermeira obstetra a 15, trabalhava em uma maternidade particular de médio porte na zona sul de São Paulo, um hospital conhecido por atender partos de baixo e médio risco. Ela era evangélica da Assembleia de Deus desde adolescente. Congregava fielmente aos domingos e quartas, tinha a Bíblia sempre na bolsa e sua visão de mundo espiritual era muito clara e definida.

Existia Deus, existiam anjos que serviam a Deus, existiam demônios que tentavam as pessoas e ponto final. espíritos de mortos vagando, reencarnação, médiuns. Tudo isso era a coisa do inimigo na teologia que ela cresceu ouvindo. Por isso, quando começou a ouvir os choros inexplicáveis dois meses atrás, sua primeira reação não foi curiosidade espiritual, foi pânico de estar sendo atacado espiritualmente, seguido de negação racional. É cansaço.

São os ouvidos cansados depois de 12 horas de plantão. É o sistema de ventilação do hospital fazendo barulho estranho. Mas o cérebro humano tem um limite de quantas coincidências consegue racionalizar antes de admitir que algo fora do comum tá acontecendo. E Ana Paula ultrapassou esse limite na terceira vez.

Foi num sábado à noite, plantão cheio, quatro gestantes em trabalho de parto simultâneo, a equipe correndo de um quarto pro outro. Ana estava no posto de enfermagem, anotando sinais vitais quando ouviu choro de bebê vindo do quarto nove, que estava vazio, aguardando limpeza após um parto bem-sucedido horas antes. Ela parou, caneta suspensa no ar e sentiu o sangue gelar. Não, de novo não. Olhou ao redor.

Nenhum colega parecia ter ouvido. Ela caminhou lentamente até o quarto nove, o coração batendo forte demais, empurrou a porta e lá dentro não havia nada, absolutamente nada, apenas o cheiro de desinfetante hospitalar e lençóis sujos em um cesto no canto.

O choro parou no momento em que ela entrou, como se tivesse sido apenas para chamá-la até ali. 3 horas 12 minutos depois, uma gestante de 38ª semana deu entrada em trabalho de parto prematuro e foi alocada no quarto nove. Parto aparentemente normal, sem complicações no pré-natal, sem fatores de risco, mas quando começou o período expulsivo, tudo desandou em segundos.

Descolamento prematuro de placenta, hemorragia massiva, bebê entrando em sofrimento fetal agudo. Cesariana de emergência, equipe inteira mobilizada, mãe e bebê salvos por minutos de diferença. E Ana Paula, parada no canto da sala cirúrgica, auxiliando com transfusão de sangue, pensou com terror crescente. O choro avisou 3 horas antes.

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Como? Como isso é possível? Ela tentou conversar com colega sobre isso depois, de forma vaga, sem mencionar choros fantasmas. Vocês não acham estranho que as complicações graves sempre acontecem em quartos específicos? Mas todos deram explicações racionais. É acaso, Ana? Estatística. Você tá procurando padrões aonde não existem. Mas Ana Paula sabia que não era acaso.

Começou a documentar discretamente em um caderninho que escondia na gaveta do armário do vestiário. Data. Horário do choro, número do quarto, descrição do que ouviu e depois quando acontecia detalhes da complicação. Primeira vez, choro no quarto c 3 horas depois, eclâmpsia grave. Segunda vez, choro no quarto 11.

3 horas depois, prolapso de cordão umbilical. Terceira vez, o caso do quarto nove que ela acabara de presenciar. Quarta vez, choro no quarto, três. Três horas depois, ruptura uterina. Os números não mentiam. A correlação era perfeita demais para ser coincidência. Mas o que mais a assustava não era apenas ouvir o choro, era que ele parecia cada vez mais real, mais próximo, como se estivesse ganhando força, ou como se ela estivesse desenvolvendo algum tipo de sensibilidade que não sabia que tinha. E na sexta ocorrência, algo mudou.

Algo que fez Ana Paula entender que aquilo não era simplesmente um fenômeno acústico ou alucinação auditiva, era comunicação intencional direcionada especificamente a ela. Foi numa terça-feira tranquila, apenas duas gestantes internadas, plantão da tarde quase sem movimento. Ana estava no corredor conversando com uma técnica de enfermagem sobre escalas do mês seguinte, quando ouviu choro vindo do quarto se. Mas dessa vez era diferente.

Não era apenas som, era presença, como se o ar tivesse ficado mais denso, mais carregado. Ela se desculpou no meio da conversa e caminhou até o quarto seis, como se estivesse sendo puxada por um fio invisível. empurrou a porta lentamente e lá dentro, no canto perto da janela, onde a luz da tarde entrava, em feixes dourados, cheios de poeira suspensa, ela viu, uma forma pequena, luminosa, translúcida, do tamanho aproximado de um recém-nascido, flutuando a uns 50 cm do chão, e o choro vinha dali.

Ana Paula ficou paralisada na porta, o sangue rugindo nos ouvidos, todas as suas crenças evangélicas gritando: “Sai daí! Isso é demônio se disfarçando”. Mas algo mais profundo, mais instintivo, dizia outra coisa. Dizia: “Isso está tentando te ajudar. Prepare-se, porque você vai testemunhar o momento em que Ana Paula vê não apenas uma forma luminosa, mas consegue distinguir detalhes impossíveis.

E 3 horas depois, quando o bebê nasce, esses detalhes se confirmam de uma forma que vai fazer até a médica mais cética da maternidade ficar sem palavras. Você vai descobrir o que realmente são essas aparições de bebês, por espíritos escolhem essa forma específica para se manifestar e como Ana Paula, dividida entre sua fé evangélica e o que está testemunhando, vai buscar respostas no lugar que jurou nunca pisar.

Um centro espírita. Ana Paula ficou parada na porta do quarto seis por tempo suficiente para que seu cérebro registrasse detalhes que não deveria ser possível ver em uma forma translúcida flutuante. A criança, porque agora ela via claramente que era uma criança, não apenas uma luz amorfa, parecia ser menino. Tinha a cabeça levemente inclinada pro lado direito.

E no ombro direito, mesmo através da luminosidade difusa do corpo espiritual, Ana distinguiu uma marca escura. irregular, do tamanho aproximado de uma moeda de R$ 1. E então a forma desapareceu. O choro cessou abruptamente e Ana Paula caiu de joelhos ali mesmo, tremendo tanto que precisou se apoiar no batente da porta, sussurrando em voz rouca: “Senhor Jesus, o que tá acontecendo comigo? Isso é provação? É tentação? Ou ou o senhor tá me mostrando algo que eu preciso ver?” Nenhuma resposta veio do céu silencioso, apenas o som distante do ar- condicionado central e passos apressados de alguém no corredor ao lado. Ela se

levantou com pernas bambas, fechou a porta do quarto seis e foi direto pro banheiro do vestiário, onde trancou-se numa cabine e chorou baixinho por 5 minutos. lavou o rosto com água gelada, olhou-se no espelho e viu uma mulher que não reconhecia completamente, mesmo os olhos castanhos cansados, mesmo o cabelo preso em coque apertado, mesmo uniforme azul hospitalar, mas algo tinha mudado por dentro.

Algo tinha rachado na estrutura rígida de crenças que ela carregava há quatro décadas. Não posso contar isso para ninguém. vão achar que tô surtando, vão me afastar do trabalho, vão sugerir licença psiquiátrica. Então, ela tomou a única decisão que fazia sentido naquele momento. Ia fingir que não viu nada, ia continuar trabalhando e a torcer para que fosse apenas um episódio isolado e nunca mais se repetisse. Mas no fundo, ela sabia.

sabia que em três horas alguma gestante daria entrada e seria locada no quarto se e sabia que algo ia dar errado. 2:40 depois, Marcela Fonseca, 26 anos, gestante de primeira viagem com 39 semanas, deu entrada em trabalho de parto ativo, dilatação de 6 cm, contrações regulares a cada 4 minutos. Pré-natal impecável, sem nenhuma intercorrência.

Bebê em posição cefálica perfeita, batimentos cardíacos estáveis. A obstetra de plantão, Dra. Simone Tavares, uma mulher pragmática de 52 anos, até declarada, que costumava dizer que milagre é nome bonito para sorte estatística, examinou Marcela e declarou: “Parto normal, tranquilo. Previsão de nascimento em 4 às 6 horas.

Marcela foi alocada no quarto se Ana Paula, que estava no posto quando viu o número do quarto na prancheta, sentiu o estômago revirar. Ela se aproximou da Dra. Simone com o coração batendo descompassado e disse algo que nunca tinha dito em 15 anos de profissão. Doutora, eu tenho uma intuição muito forte sobre essa paciente. Acho que devemos monitorar com atenção redobrada.

Dout. Simone tirou os óculos de leitura, olhou para Ana Paula com aquela expressão de quem tá avaliando se a enfermeira passou da conta no café. Intuição baseada em quê? Os exames dela tão perfeitos? Ana Paula engoliu seco, sabendo que o que ia dizer a seguir podia custar sua credibilidade profissional inteira, mas as palavras saíram antes que pudesse censurá-las.

baseada em um pressentimento. Por favor, doutora, só peço que fique de olho e quando o bebê nascer verifique se ele tem alguma marca de nascença, especialmente no ombro direito. O silêncio que se instalou entre elas foi tão denso que Ana Paula podia ouvir o próprio sangue pulsando nas têmporas. Dra.

A Simone colocou os óculos de volta, estudou o rosto de Ana Paula por longos segundos e então disse algo surpreendente. Você nunca me pediu algo assim em todos esses anos trabalhando juntas. Então tá, vou ficar de olho, mas se não der nada, a gente vai ter uma conversa séria sobre burnout, combinado? Ana Paula apenas assentiu, sabendo que tinha cruzado uma linha profissional perigosa, mas incapaz de voltar atrás. Dra.

Simone olhou para Ana Paula com aquela expressão de “Como você sabe?” Mas não tinha tempo para perguntas. Ela deslizou os dedos cuidadosamente ao redor da cabeça do bebê que começava a coroar e sentiu. Uma volta dupla de cordão umbilical ao redor do pescoço, apertada como uma forca. “Caralho, Ana, você tava certa.” Circular dupla, bem apertada, com movimentos precisos e rápidos que só 15 anos de obstetrícia permitem, Dra.

A Simone conseguiu deslizar o cordão por cima da cabeça do bebé antes que ele descesse completamente, liberando a pressão. Os batimentos cardíacos subiram quase instantaneamente. 80, 100, 120, 140. Agora sim, Marcela. Agora você empura com tudo. Três contrações depois, o bebê nasceu. Um menino de 3,400 g, chorando forte, rosado, perfeito. Dout.

A Simone colocou o bebê sobre o peito de Marcela, que chorava de alívio e exaustão, e então, enquanto fazia os procedimentos padrão pós parto, a médica olhou pro corpo do recém-nascido e congelou. Ana Paula, que estava do outro lado da sala organizando instrumentais, viu quando Dra.

Simone virou lentamente a cabeça para olhar para ela. A médica levantou delicadamente o bracinho direito do bebê, expondo o omerro. E lá estava uma marca de nascença irregular, cor de vinho do Porto, do tamanho de uma moeda de R$ 1. Exatamente onde Ana Paula tinha dito que estaria.

Exatamente o que Ana Paula tinha visto na forma luminosa 3 horas antes. Depois que Marcela foi levada pro quarto de recuperação com o bebê nos braços, depois que a equipe se dispersou, Dra. A Simone pegou A na Paula pelo braço e a levou pra sala de descanso médico vazia. Fechou a porta e disse com uma voz que tentava soar cética, mas não conseguia esconder um tremor.

“Como você sabia da marca de nascença, do cordão? Como diabos você sabia?” Ana Paula sentou pesadamente na cadeira, as pernas finalmente cedendo após 3 horas de tensão acumulada e desabou. contou tudo. Os sete episódios de choros fantasmas, o padrão de três horas, as formas luminosas, a visão específica daquela tarde mostrando um bebê com marca no ombro.

Falou atropeladamente, sem respirar direito, esperando a qualquer momento que Dra. Simone levantasse e dissesse que ia chamar o departamento de RH. Mas a médica apenas ficou ali de pé, braços cruzados, processando. Depois de um silêncio longo, ela disse algo completamente inesperado. Minha avó era médium. Dizia que via espíritos desde criança. Minha mãe também tinha a sensibilidade, como ela chamava.

Eu sempre achei que era superstição, autossugestão. Virei a teia justamente para fugir disso. Mas o que aconteceu hoje não tem explicação racional. Você descreveu uma marca de nascença específica três horas antes do bebê nascer. E mais, você intuiu uma circular de cordão que eu só descobri no último segundo.

Então me diz, Ana, o que exatamente você acha que tá acontecendo? Prepare-se, porque agora Ana Paula vai ter que fazer algo que vai contra tudo que ela acredita, procurar ajuda em um centro espírita. E lá ela vai descobrir a verdade sobre o que tá vendo, que não são espíritos de bebês mortos vagando perdidos.

Mas sim mentores espirituais que assumem a forma de crianças porque sabem que essa é a imagem que mais toca o coração de quem trabalha com maternidade. Você vai conhecer Teresa, uma médium de 60 anos que trabalha silenciosamente ajudando espíritos em hospitais e que vai ensinar a Ana Paula que sua maldição é, na verdade, um dom raro chamado mediunidade intuitiva. e vai testemunhar o momento em que Ana Paula tem que escolher rejeitar esse dom e voltar pra zona de conforto da negação ou aceitá-lo e salvar vidas, mesmo que isso signifique questionar tudo que aprendeu na igreja. Ana Paula levou

quatro dias inteiros debatendo internamente, orando até às 3 da madrugada, pedindo discernimento, relendo passagens bíblicas sobre dons espirituais e falsos profetas. Até que finalmente, numa sexta-feira chuvosa, depois de um plantão exaustivo, ela pegou o endereço que uma colega técnica de enfermagem tinha discretamente escrito num papel dobrado e amassado.

Núcleo de estudos espirituais Bezerra de Menezes. reuniões às terças e quintas, 19:30, e caminhou pelas ruas molhadas do bairro até encontrar uma casa simples, portão azul desbotado, jardim com rosas brancas e uma placa discreta que dizia apenas entre. E quando ela cruzou aquele portão, sentindo-se como uma traidora da própria fé, uma pecadora dentrando o território inimigo, não tinha ideia de que estava prestes a descobrir que os inimigos que sua igreja ensinou a temer eram, na verdade, trabalhadores da mesma luz, apenas usando nomes e métodos

diferentes, todos servindo a um mesmo Deus de amor que ela sempre adorou. A sala de estudos era pequena, acomodavam umas 25 pessoas sentadas em cadeiras de plástico brancas dispostas em semicírculo. Paredes pintadas de bege claro com alguns quadros de paisagens tranquilas e uma única imagem de Jesus no canto.

Não o Jesus católico crucificado, mas o Jesus de braços abertos sorrindo e radiando-vos. Ana Paula entrou no meio de uma palestra sobre mediunidade. Uma senhora de cabelos brancos presos em coque falando com voz serena sobre como o espíritos se comunicam através de impressões, imagens, sons, sensações. Ana sentou no fundo, bolsa apertada contra o peito como escudo protetor, meio esperando que demônios pulassem das paredes a qualquer momento. Mas o que encontrou foi paz.

Uma paz estranha, inesperada, que fez os ombros tensos relaxarem involuntariamente. A palestra terminou, as pessoas se levantaram conversando baixinho, e a senhora de cabelos brancos caminhou diretamente até Ana Paula, como se soubesse exatamente quem ela era, e disse com um sorriso gentil: “Primeira vez aqui?” “Eu sou Teresa.

Você veio buscar respostas sobre algo que tá vendo, não é?” Ana Paula sentiu as lágrimas queimarem nos olhos, assentiu sem conseguir falar e Teresa pegou sua mão com um carinho maternal. Vem, vamos conversar num lugar mais reservado. Elas se sentaram numa salinha nos fundos, apenas duas cadeiras e uma mesinha com uma jarra de água e copos, uma janela aberta deixando entrar o som da chuva e o cheiro de terra molhada.

Teresa serviu água para Ana Paula, esperou ela beber e então disse com aquela paciência infinita de quem já ouviu centenas de histórias parecidas. Pode contar, sem medo, sem julgamento, o que você tá vendo? E Ana Paula desabou, contou tudo de novo, mas dessa vez com mais detalhes, mais emoção.

Os sete episódios de choros, as formas luminosas, a marca de nascença, o padrão de 3 horas, o terror de estar sendo atacada espiritualmente, a culpa de estar traindo sua fé evangélica ao procurar um centro espírita. Falou sem parar por 15 minutos e quando finalmente terminou, esperava o quê? Espanto, discrença? Mas Teresa apenas sorriu com uma compreensão profunda e disse: “Querida, você não tá sendo atacada, você tá sendo ajudada. E mais importante, você tá sendo usada como instrumento de ajuda.

O que você tem é mediunidade intuitiva, convidência parcial, é um dom. E esses bebês que você tá vendo não são o que você pensa. Ana Paula franziu a testa confusa e Teresa continuou agora em tom didático mais amoroso. Espíritos de bebês que desencarnam logo após o nascimento ou mesmo durante a gestação são imediatamente resgatados por equipes espirituais especializadas. Crianças pequenas não ficam vagando sozinhas no plano espiritual.

Elas são levadas para colônias espirituais específicas, onde são cuidadas, amadas, educadas. Então, o que você tá vendo não são bebês perdidos, são mentores espirituais, trabalhadores da luz, que assumem temporariamente a forma de bebês para te alcançar. Ana Paula piscou, tentando processar.

Por que, por que assumiriam forma de bebês? E Teresa explicou com paciência. Porque esses mentores trabalham especificamente na área de obstetrícia, ajudando em partos complicados, protegendo mães e bebês. E eles sabem que enfermeiras e médicos que trabalham em maternidade têm uma sensibilidade emocional muito forte quando se trata de bebês.

O choro de um recém-nascido é um dos sons mais poderosos para chamar a atenção de quem cuida dessa área. É linguagem simbólica, entende? Eles usam a forma que vai ressoar mais forte no seu coração e no seu instinto profissional. Ana Paula sentiu como se um peso gigantesco tivesse sido tirado dos ombros, mas imediatamente outro peso assumiu seu lugar.

Mas mas na minha igreja ensinam que isso é coisa do demônio, que espíritos são sempre engano, sempre mentira disfarçada. Como eu posso saber que não tô sendo enganada? Teresa respirou fundo, escolhendo as palavras com cuidado. Jesus disse: “Pelos frutos os conhecereis”. Não disse? Então olha pros frutos do que você tá vivendo. Essas aparições te levaram a fazer o mal? Te levaram a prejudicar alguém? Ou te levaram a salvar vidas? Aquele bebê com a marca de nascença. Ele tá vivo hoje porque você prestou atenção no aviso.

Porque a médica te ouviu e redobrou cuidados. Isso é fruto do bem ou do mal? Ana Paula abriu a boca para responder, mas fechou de novo, porque a lógica era inescapável. E mais, o Deus que você adora na Assembleia de Deus e o Deus que nós estudamos aqui são o mesmo. A diferença é que nós acreditamos que ele se comunica de muitas formas, inclusive através de espíritos evoluídos que trabalham em nome dele. Não estamos adorando espíritos.

Estamos reconhecendo que existem trabalhadores espirituais, assim como existem anjos, que são espíritos também, só que com outro nome. As palavras de Teresa ecoavam em Ana Paula de uma forma que fazia sentido demais, que conectava pontos que ela sempre viu separados. Então, então eu tenho um dom, uma missão? Teresa sorriu e assentiu. Sim.

E se você aceitar esse dom, vai poder salvar muitas vidas, mas a escolha é sempre sua. Livre arbítrio é lei universal. Você pode ignorar o que v, pode tentar bloquear a mediunidade, pode voltar paraa sua igreja e fingir que nada disso aconteceu. Ou pode aceitar que Deus te deu uma ferramenta e aprender a usá-la da melhor forma.

E querida, uma coisa importante, você não precisa deixar sua fé evangélica para aceitar a mediunidade. Pode continuar congregando, orando, lendo sua Bíblia. Só precisa expandir o entendimento. Mediunidade não é religião, é fenômeno espiritual que existe independente de doutrina.

Ana Paula sentiu lágrimas escorrendo de novo, mas agora eram lágrimas de alívio misturadas com o medo do desconhecido. Como eu faço? Como eu aprendo a usar isso sem surtar, sem achar que tô ficando louca? E Teresa pegou as duas mãos dela, vindo aqui às terças e quintas, estudando, entendendo como funciona a comunicação espiritual, aprendendo a discernir, porque sim, existem espíritos inferiores também e você precisa saber diferenciar, mas os que estão te ajudando são de luz.

Isso eu garanto pelos frutos e eu vou te ensinar tudo que sei. Trabalho como voluntária espiritual em hospitais há 35 anos, ajudando espíritos em processo de desencarne, alcamando ambientes, orientando equipes médicas sensíveis como você. Nas semanas seguintes, Ana Paula iniciou uma jornada dupla delicada.

continuava congregando na Assembleia de Deus aos domingos e quartas, porque aquilo era seu alicerce, sua família espiritual, mas também frequentava o núcleo às terças e quintas, estudando mediunidade, aprendendo sobre passes energéticos, sobre como espíritos se comunicam, sobre planos espirituais, sobre reencarnação.

Esse foi o conceito mais difícil de aceitar, mas ela decidiu deixar para processar depois e aprendeu técnicas práticas, como fazer prece de proteção antes dos plantões, pedindo que apenas espíritos de luz se aproximassem, como discernir se uma comunicação era de mentores elevados ou de espíritos confusos, como interpretar os sinais sem entrar em pânico? Teresa explicou que a mediunidade dela era predominantemente intuitiva, com flashes visuais ocasionais. Você não é médium de incorporação, não vai receber espíritos no corpo.

Você recebe impressões, insites, às vezes imagens rápidas. É uma mediunidade mais sutil, mas extremamente útil na área médica. E o mais importante, Teresa ensinou que mediunidade precisa ser usada com responsabilidade, humildade, sempre a serviço do bem, nunca para autopromoção ou ganho pessoal. Você não tem poderes, você é instrumento, canal.

A força vem de Deus e dos mentores. Você só precisa est disponível e sintonizada. Dois meses depois de começar os estudos, Ana Paula estava em mais um plantão quando ouviu de novo choro vindo do quarto 15. Mas dessa vez, em vez de pânico, ela sentiu uma calma estranha, uma aceitação.

Caminhou até o quarto vazio, abriu a porta e viu três formas luminosas flutuando no centro do cômodo. Três. Tamanho de recém-nascidos. Ela fechou os olhos por um momento, fez a prece que Teresa ensinou. Senhor, que apenas espíritos de luz permaneçam e que eu seja instrumento de ajuda conforme tua vontade.

E quando abri os olhos de novo, as três formas ainda estavam lá, mas agora ela conseguia perceber algo diferente. Não eram ameaçadoras, eram urgentes, desesperadas, até como se tivessem tentando avisar algo muito grave. Ana Paula sussurrou baixinho. O que vocês querem me mostrar? O que vai acontecer? E então uma das formas se moveu, flutuou até a janela e Ana Paula teve um flash, uma visão rápida, mas nítida.

Uma mulher grávida, barriga enorme, três bebês dentro, cordões umbilicais entrelaçados como corda de navio. Trigêmeos. Ela voltou correndo pro posto de enfermagem, verificou a agenda de internações previstas e lá tava. Fabiana Morais, 32 anos, gestação trigemelar de 35 semanas. Internação programada para monitoramento pré-parto. Previsão de chegada em 2 horas. Quarto designado. Número 15.

Segure firme porque agora você vai testemunhar o parto mais complicado que Ana Paula já presenciou em 15 anos de carreira. Trigêmeos entrelaçados que deveriam ter ido direto paraa cesariana. Mas a gestante chegou em trabalho de parto avançado demais.

E a única razão pela qual os três bebês sobreviveram foi porque Ana Paula, guiada pelos mentores espirituais, conseguiu sentir cada movimento necessário antes mesmo da médica pedir. Você vai ver Dra. Simone, a ateia cética, dizendo pela primeira vez na vida: “Tem algo nessa sala além de nós e tá nos ajudando e vai descobrir que Ana Paula não tá sozinha. Existem outros profissionais de saúde pelo Brasil inteiro que têm o mesmo dom e trabalham silenciosamente, salvando vidas através de intuições que a medicina tradicional não consegue explicar.

Fabiana Morais chegou 2 horas 13 minutos depois, não na cadeira de rodas tranquila que uma internação programada exigiria, mas numa maca de emergência vinda direto do pronto socorro, gritando de dor, contrações violentas a cada dois minutos, bolsa rompida no caminho e três bebês que deveriam estar quietos esperando uma cesariana eletiva programada paraa semana seguinte, agora decidindo nascer todos de uma vez, numa confusão de membros minúsculos e cordões entrelaçados. que fariam qualquer obstetra soar frio. E Ana Paula parada no corredor quando a

Maca passou correndo em direção ao quarto 15, sentiu um calafrio percorrer a espinha inteira ao ver as três formas luminosas flutuando logo acima da barriga grotescamente distendida de Fabiana, movendo-se sincronizadas com a maca como escoltas invisíveis, e soube com absoluta certeza que as próximas horas seriam as mais críticas de toda sua carreira.

Porque trigêmeos entrelaçados nascendo de parto normal não era apenas complicado, era potencialmente letal para todos os envolvidos. Doutora Simone chegou correndo do terceiro andar, onde estava em outra emergência. Entrou no quarto 15 já vestindo luvas, avaliou Fabiana em 10 segundos com olhos clínicos treinados e declarou em voz alta pra equipe: “Dilatação completa, bebê a coroando.

Não há tempo paraa cesariana. Vamos ter que fazer vaginal mesmo. Chama mais duas pediatras, pede três berços aquecidos, kit de reanimação neonatal triplicado, anestesista de sobreaviso e alguém reza para qualquer deus que acredite, porque vai precisar.

Ana Paula já estava ao lado da cabeceira de Fabiana antes mesmo da ordem terminar, posicionando oxigênio, verificando o acesso venoso, segurando a mão da gestante que apertava com força descomunal. Vai dar tudo certo. Ana Paula sussurrou. E pela primeira vez em meses dizendo essa frase, ela realmente acreditava, porque as três formas luminosas continuavam ali, flutuando, vigilantes.

E ela tinha aprendido com Teresa que mentores espirituais não desperdiçam a energia ficando presentes em situações perdidas. Eles ficam onde podem ajudar, onde há chance. O primeiro bebê nasceu com relativa facilidade. Uma menina de 2, g chorando forte, rosada, perfeita. BBA feminino, boa vitalidade, a pediatra anunciou, levando a pequena pro berço aquecido. Mas foi quando Dra.

Simone tentou palpar o segundo bebê, que tudo começou a desandar. Tem algo errado aqui. Os dois estão, merda, estão entrelaçados. Os cordões estão entrelaçados. Não consigo definir posição. O manitor cardíaco dos bebês B e Cou apitar. Bradicardia em ambos. Batimentos caindo rápido. Eles estão entrando em sofrimento fetal.

Preciso tirar agora, mas não consigo. Doutora Simone estava com a mão dentro do canal, tentando desesperadamente desembaraçar cordões que estavam torcidos como corda de varal. Suor escorrendo pela testa. Ana, não dá. Vou ter que fazer cesariana de emergência agora mesmo com o bebê já no canal. É arriscado para mas E foi quando Ana Paula sentiu.

Não foi pensamento racional, foi sensação física, como se mãos invisíveis guiassem as dela. Ela colocou as mãos sobre a barriga ainda distendida de Fabiana, fechou os olhos por meio segundo e viu em flash a posição exata dos bebés, os cordões formando um nó e um movimento específico. Rotação externa de 45º no sentido horário. Ela abriu os olhos e disse com uma firmeza que surpreendeu ela mesma. Doutora, tenta rotação externa. 45º sentido horário. Dra.

Simone olhou pra Ana Paula como se ela tivesse sugerido fazer macomba no meio do parto, mas a médica estava sem opções e nos 20 segundos que tinha antes de decidir pela cesariana, resolveu confiar na enfermeira que tinha acertado a marca de nascença meses atrás. Com uma mão ainda dentro do canal e a outra por fora, Dra.

A Simone aplicou pressão firme na barriga de Fabiana, rodando suavemente no sentido que Ana havia indicado. Houve um momento de resistência. Depois uma sensação de clique que a médica sentiu mais do que ouviu. Consegui. Desembaraçou. Bebê B tá em posição. Três minutos depois, o segundo bebê nasceu. Outro menino menor, 1,900g, mais vivo, chorando fraco, mas chorando.

Bebê B masculino, precisa de um pouco de estímulo, mas responsivo. Restava o bebê C e esteva em posição pélvica na Adeas, o mais perigoso dos três nascimentos. Dra. Simone verificou novamente. Pélvica completa, cordão ainda enrolado parcialmente. Se eu puxar errado, comprime o cordão e ele morre. Se eu demorar muito, ele morre também.

Fodeu. A médica estava literalmente com as mãos dentro da paciente, dedos tatiando delicadamente, tentando sentir anatomia através de tecido e líquido. Quando Ana Paula sentiu novamente, dessa vez mais forte, como se alguém sussurrasse instruções diretamente no seu cérebro. Não puxa, deixa ele descer sozinho. Gravidade, tempo.

Ana Paula olhou pro relógio. Os batimentos do bebê C estavam em 110, limite inferior do aceitável, mas ainda estável. Ela tocou o braço de Dra. Simone e disse baixinho: “Deixa ele descer sozinho. Não force, só guia”. E Dra. Simone, que nesse ponto tinha abandonado completamente o ceticismo e estava operando em modo de pura confiança na intuição sobrenatural de Ana Paula, fez exatamente isso.

Apenas posicionou as mãos, segurou delicadamente e esperou. Fabiana teve mais três contrações. Na terceira, o bebê C deslizou para fora, quase sozinho, como se mãos invisíveis o empurrassem por dentro. Um menino, o menor dos três, 1,700 g, roxo, flácido, sem chorar. A pediatra correu com ele pro berço aquecido.

Iniciou o protocolo de reanimação, estimulação, aspiração, oxigênio. 10 segundos, 20, 30. Ana Paula estava observando, as mãos apertadas uma contra a outra, impresse e silenciosa, quando viu uma das formas luminosas, a menor das três, flutuar até o berço aquecido, posicionar-se sobre o bebé e então fundir-se com ele, desaparecer dentro dele.

Ela não sabia como descrever, mas no exato momento em que a forma luminosa tocou o corpinho do BBC, ele deu um espasmo, inalou profundo e começou a chorar. Um choro fraco, quase h um meado de gatinho, mas um choro. Vida. Bebê C masculino, reanimado com sucesso. A sala explodiu em suspiros de alívio coletivo. 40 minutos depois, quando Fabiana estava estável na recuperação, os três bebês na UTI neonatal em incubadoras, mas todos vivos e com prognóstico bom, quando a equipe já tinha se dispersado e a adrenalina começava a baixar, deixando no lugar uma exaustão profunda, Dra. Simone pegou Ana Paula pelo braço e a

levou pra sala de descanso médico. Fechou a porta, encostou-se nela e disse com voz trêmula: “Eu sou até há 30 anos. Nunca acreditei em nada que não pudesse ser provado cientificamente. Mas o que aconteceu hoje?” Ana, você viu algo naquele quarto? Viu e me guiou? A rotação externa que você sugeriu, não havia como você saber que ia funcionar.

A decisão de deixar o BBC descer sozinho contraria protocolo, mas funcionou. E eu juro, eu juro por tudo que quando o BBC estava sendo reanimado, eu senti presença, várias presenças, e a temperatura da sala caiu uns 5 graus. Todo mundo sentiu.

A anestesista comentou: “Então me diz, o que você sabe que eu não sei? O que você tá vendo?” Ana Paula respirou fundo e, pela primeira vez, não com medo ou vergonha, mas com aceitação serena, contou tudo pra Dra. Simone, absolutamente tudo. Os estudos no núcleo espírita, as aulas com Teresa, a explicação sobre mentores espirituais que assumem forma de bebês, a mediunidade intuitiva e terminou dizendo: “Eu sei que parece loucura, mas salvou três vidas hoje.

Salvou pelo menos 12 vidas nos últimos meses.” Então eu escolhi aceitar mesmo sem entender completamente. Dra. Simone ficou em silêncio por longos minutos, processando e então disse algo que surpreendeu Ana Paula completamente. Minha avó, que eu mencionei antes, ela trabalhava como parteira no interior de Minas nos anos 50, ela dizia que conversava com os espíritos das crianças antes delas nascerem, que eles avisavam se o parto ia ser difícil.

Minha mãe também tinha intuições muito fortes com pacientes quando trabalhava como enfermeira. Eu sempre rejeitei isso. Virei médica justamente para provar que tudo tem explicação racional. Mas hoje, hoje eu não posso negar. Tem algo acontecendo que a ciência não explica. E se esse algo tá salvando vidas, quem sou eu para questionar? Ela deu um sorriso cansado.

Não vou sair contando por aí porque me chamariam de louca e perco o CRM. Mas entre nós, eu acredito em você e vou confiar nas suas intuições a partir de agora. Só me avisa quando senti algo, tá? Ana Paula sentiu, sentindo pela primeira vez em meses que não estava sozinha nessa jornada maluca, que tinha pelo menos uma aliada dentro do hospital que entendia. Iana, Dra. Simone, acrescentou saindo da sala.

Obrigada por ter a coragem de aceitar o que a maioria de nós rejeita. Você salvou três bebês hoje. Três milagres pequeninhos que tão vivos porque você ouviu vozes que ninguém mais ouve. Naquela noite, quando Ana Paula chegou em casa às 11 da noite, exausta, mas estranhamente em paz, ela fez algo que não fazia em meses.

Pegou sua Bíblia, abriu em Coríntios, onde Paulo fala sobre dons espirituais, a diversidade de dons, mas o espírito é o mesmo. E pela primeira vez conseguiu conciliar sua fé evangélica com o que estava vivendo. Teresa tinha razão. Mediunidade não era traição a Deus. Era uma das muitas formas que ele escolheu para se comunicar e ajudar. Alguns recebiam um dom de cura, outros profecia, outros de discernimento de espíritos.

Ela tinha recebido mediunidade intuitiva e, em vez de rejeitar com medo, ela ia usar com responsabilidade, humildade, sempre a serviço do bem. Ela ajoelhou ao lado da cama, fez sua prece de sempre, mas dessa vez acrescentou: “Senhor, obrigada por me dar esse dom, mesmo eu não entendendo completamente. Obrigada por colocar mentores espirituais para me ajudar. Obrigada por salvar aqueles três bebês hoje.

Três milagres pequeninhos que estão vivos porque você ouviu vozes que ninguém mais ouve”. E enquanto orava, senti uma presença suave, amorosa, como um abraço invisível. Não tinha medo mais, tinha propósito. Agora você vai descobrir o que aconteceu com Ana Paula do anos depois, como ela se tornou referência silenciosa na maternidade, como criou um protocolo intuitivo que salvou dezenas de vidas sem nunca mencionar espiritualidade oficialmente e como outros.

Profissionais de saúde começaram a procurá-la discretamente, confessando que também viam e sentiam coisas inexplicáveis. Você vai conhecer uma rede secreta de médicos, enfermeiros e parteiras pelo Brasil inteiro que trabalham com mediunidade na área de saúde e vai testemunhar o causo mais impactante de todos.

Quando Ana Paula viu não uma forma de bebê, mas uma forma adulta feminina ao lado de uma gestante, e percebeu que era mãe falecida da paciente, vindo se despedir antes de reencarnar como a própria neta. Dois anos depois daquela noite de trigêmeos, Ana Paula estava no posto de enfermagem, revisando prontuários, quando uma enfermeira nova, recém-contratada, aproximou-se dela com o rosto pálido e as mãos tremendo, e sussurrou com voz quebrada: “Ana, posso falar com você em particular? Eu eu tô vendo coisas. Ouvi seu nome sendo mencionado por outras colegas, como alguém que talvez entendesse. E Ana

Paula sorriu com a mesma compaixão que Teresa tinha demonstrado com ela anos atrás. Levou a jovem pra sala de descanso e disse simplesmente: “Pode contar, sem medo, sem julgamento. Você não está sozinha e não está louca.” Porque naqueles dois anos, Ana Paula tinha descoberto algo extraordinário.

Ela não era a única profissional de saúde com mediunidade desenvolvida trabalhando silenciosamente em hospitais pelo Brasil inteiro. Havia uma rede invisível de médicos, enfermeiros e técnicos, todos usando seus dons discretamente, salvando vidas através de intuições que a medicina tradicional não conseguia explicar. E agora ela fazia parte dessa rede, ajudando outros a acordar pros seus próprios dons sem surtar no processo.

Nos 24 meses, desde o caso dos trigêmeos, Ana Paula tinha documentado discretamente em seu caderninho pessoal 43 episódios de avisos espirituais: Choros, formas luminosas, intuições súbitas, sensações físicas inexplicáveis que aguiavam durante plantões. E desses 43 avisos, ela tinha conseguido intervir a tempo em 38 casos, salvando mães e bebês que estatisticamente não deveriam ter sobrevivido. Criou o que chamava mentalmente de protocolo intuitivo.

Quando sentia algo, pedia educadamente aos médicos que solicitassem exames extras, por precaução, monitoramento mais rigoroso ou simplesmente ficava de olho redobrado naquela paciente específica. Nunca mencionava espíritos ou mediunidade oficialmente aprendera que a linguagem médica aceitável era pressentimento profissional, intuição baseada em anos de experiência ou algo no padrão de comportamento da paciente que me deixou alerta.

E surpreendentemente a maioria dos médicos aceitava porque os resultados falavam por si mesmos. Dra. Simone tinha se tornado sua maior aliada, confiando cegamente nas intuições de Ana Paula e defendendo-a quando outros colegas questionavam seus pedidos aparentemente aleatórios de exames extras. O caso mais impactante aconteceu seis meses atrás, algo que expandiu completamente o entendimento de Ana Paula sobre como o plano espiritual interage com a maternidade.

Uma gestante de nome Luciana, 42 anos, primeira gestação após anos de tratamento de fertilidade, estava internada para monitoramento de pré-eclâmpsia leve. Ana Paula entrou no quarto para verificar sinais vitais e congelou na porta. Ao lado da cama, sentada numa cadeira que estava vazia fisicamente, havia uma mulher de uns 60 e poucos anos, cabelos grisalhos, expressão serena e amorosa, olhando para Luciana com um misto de alegria e melancolia.

Não era forma de bebê, era adulta, completamente formada. E quando a aparição virou a cabeça e olhou para Ana Paula, sorriu e acenou, como se dissesse: “Eu sei que você me vê”. Ana Paula, agora já treinada para não surtar, fechou os olhos, fez a prece de proteção e perguntou mentalmente: “Quem é você? O que precisa?” E a resposta veio não em palavras, mas em impressões claras.

A mulher era a mãe de Luciana, falecida há três anos atrás de câncer. estava ali para se despedir, porque ela ia reencarnar como a própria neta. O bebê que Luciana carregava era espiritualmente o espírito da sua própria mãe voltando. Ana Paula saiu do quarto com as pernas bambas, foi até Teresa naquela mesma noite no núcleo e contou o que viu, esperando talvez que a mentora dissesse que ela tinha interpretado errado, que era impossível. Mas Teresa apenas sorriu com aquela sabedoria de quem já viu tudo. Acontece mais do que você imagina.

Espíritos que têm laços afetivos muito fortes muitas vezes reencarnam na mesma família, às vezes invertendo papéis. A mãe vira filha, a filha vira mãe. É uma oportunidade de continuar evoluindo juntas, de resolver pendências, de aprofundar o amor.

E quando o espírito tá prestes a reencarnar, às vezes vem se despedir da personalidade anterior, especialmente se ainda há laços emocionais fortes. Teresa explicou que o que Ana Paula estava desenvolvendo era uma mediunidade cada vez mais refinada, que agora não captava apenas avisos de perigo, mas também informações sobre processos de reencarnação. Você tá se tornando o que chamamos de médium de assistência obstétrica. É raro, é precioso, use com sabedoria.

Ana Paula voltou ao hospital no dia seguinte, viu Luciana de novo, e, dessa vez, guiada por uma intuição que vinha não do medo, mas do amor, aproximou-se e perguntou casualmente: “Luciana, você era próxima da sua mãe?” Os olhos da gestante imediatamente marejaram muito. Ela faleceu há três anos. Era meu maior sonho que ela conhecesse minha filha.

Às vezes eu sinto como se ela tivesse aqui, sabe? como se tivesse perto. Ana Paula segurou a mão dela e disse com um sorriso: “Quem sabe ela tá mais perto do que você imagina.” O parto de Luciana aconteceu duas semanas depois, sem complicações, cesariana eletiva, tranquila. Uma menina de 3,5 kg, perfeita, que Luciana batizou de Helena, o mesmo nome da mãe falecida.

E quando Ana Paula segurou o bebê pela primeira vez para fazer os cuidados iniciais de enfermagem, sentiu uma emoção avaçaladora que não era dela, como se o espírito daquela criança transmitisse gratidão, reconhecimento, amor. E soube com aquela certeza que não precisa de prova que o ciclo tinha se fechado lindamente.

Uma mãe e uma filha que se amaram profundamente numa vida agora teriam a chance de continuar essa história. só que com papéis invertidos, aprendendo novas lições, crescendo juntas de novo. Ana Paula contou pra Teresa depois e a mentora disse algo que ela nunca esqueceria. Você tá testemunhando o que a maioria das pessoas nunca verá.

a continuidade da vida, a eternidade do amor, a generosidade de Deus que nos dá sempre novas chances de amar e evoluir. Não é privilégio pequeno, Ana, e não é fardo leve, mas você foi escolhida para isso. Então, honra esse dom. Hoje, aos 40 anos, Ana Paula continua trabalhando na mesma maternidade, continua congregando na Assembleia de Deus, onde nunca conta abertamente sobre mediunidade, mas às vezes compartilha a testemunhos de Deus operando milagres que fazem os irmãos chorarem sem saber que envolvem espíritos.

Continua estudando no núcleo às terças e quintas e continua sendo instrumento silencioso de salvação para dezenas de mães e bebês todo ano. Criou uma pequena rede de apoio com sete outros profissionais de saúde que também têm mediunidade desenvolvida: uma médica pediatra, dois enfermeiros de UTI neonatal, uma parteira, uma anestesista e duas técnicas de enfermagem.

Eles se encontram uma vez por mês num café discreto, compartilham experiências, se apoiam mutuamente, choram juntos quando não conseguem salvar alguém, apesar dos avisos, celebram juntos quando os milagres acontecem. E ninguém no hospital oficial sabe que existe essa rede invisível trabalhando nos bastidores, guiada por vozes que ninguém mais ouve, por luzes que ninguém mais vê, por uma fé que transcende religiões e dogmas.

E se resume a uma verdade simples. O amor continua, a vida continua e há sempre, sempre mãos invisíveis nos ajudando quando pedimos com coração puro. Na última terça-feira, Ana Paula estava saindo do plantão quando viu de novo três formas pequenas e luminosas no corredor, flutuando em direção ao quarto oito.

Ela sorriu, pegou o celular, mandou mensagem pra Dra. Simone quarto oito. Fique de olho, vai precisar. E caminhou para casa sob o céu estrelado de São Paulo, sabendo que amanhã voltaria, que haveria mais partos, mais emergências, mais avisos espirituais, mais vidas salvas, porque esse era seu propósito, sua missão, seu dom.

E ela tinha finalmente aprendido que aceitar quem você realmente é, mesmo quando isso desafia tudo que te ensinaram, não é traição, é libertação. E que servir ao bem usando qualquer ferramenta que Deus te deu é a forma mais pura de fé que existe. existem no mundo inteiro, trabalhando silenciosamente em hospitais, clínicas, maternidades, profissionais de saúde que vem mais do que deveriam ver, ouvem mais do que deveriam ouvir, sentem mais do que deveriam sentir, não são loucos, não estão enganados, são médiuns, são instrumentos, são pontes entre o visível e o invisível e estão salvando vidas

todos os dias, guiados por uma força que a ciência ainda ainda não consegue medir, mas que o amor sempre reconhece. Se você é um deles, saiba, você não está sozinho. Seu dom é real, seu propósito é sagrado. E há sempre, sempre mentores de luz trabalhando ao seu lado, esperando que você tenha coragem de aceitar quem você realmente é. M.

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