URGENTE! HUGO MOTTA ARREGA para GLAUBER BRAGA e DECISÃO EXPLODE: “SEM ANISTIA! POVO NAS RUAS!”

A Câmara dos Deputados foi palco de um evento que transcendeu a política ordinária, culminando não apenas na salvação do mandato de um parlamentar, mas numa retumbante derrota moral e política para a própria liderança da Casa. A tentativa de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), arquitetada nas sombras, desmoronou com uma votação avassaladora, expondo um paradoxo institucional chocante: a perseguição a quem denuncia a corrupção, enquanto se trama o perdão para aqueles acusados de atentar contra a democracia.

O placar que iluminou o painel — 318 votos a favor da suspensão e contra o plano de cassação — não foi um simples número. Foi o registro histórico de um recuo da máquina do poder diante da pressão da opinião pública e da articulação política em defesa da justiça. Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, sofreu a maior humilhação de sua carreira ao ver seu plano de neutralizar um adversário ruir sob o peso da desproporcionalidade e da verdade. A vitória de Glauber Braga foi, antes de tudo, uma vitória da resistência democrática.

O Golpe Institucional Silencioso

Para compreender a dimensão do que ocorreu, é preciso voltar no tempo e analisar a engenharia por trás do movimento. Em uma decisão que rompeu com a praxe e a negociação política, Hugo Motta, na calada da madrugada, pautou a votação da cassação de Glauber Braga, juntando seu caso no mesmo pacote de parlamentares envolvidos em crimes eleitorais graves e foragidos da Justiça. A sujeira da manobra residia na tentativa de equiparar a reação de um filho, que defendeu sua mãe idosa e enferma de Alzheimer de um agressor verbal, com crimes que minam a base da República.

O que esperar de Hugo Motta e do futuro da relação entre os Poderes

O pretexto era o empurrão que Glauber Braga desferiu no provocador. A verdadeira razão, no entanto, era a mais corrosiva possível: silenciar. Glauber Braga, ao longo de seu mandato, nunca hesitou em apontar o dedo para os esquemas de corrupção que permeiam a Câmara. Ele foi uma das vozes mais incisivas na denúncia do chamado Orçamento Secreto e das acusações de desvio de verbas em kits de robótica, cujo processo envolveu diretamente Arthur Lira, seu antecessor e mentor político de Hugo Motta.

A missão era cristalina: remover Glauber Braga, torná-lo inelegível por oito anos e, com isso, mandar um recado frio e cortante para qualquer outro parlamentar que ousasse perturbar a teia de interesses escusos no Congresso. Motta atuava, neste cenário, não como um líder independente, mas como o executor de uma estratégia maior, orquestrada nos bastidores por figuras como Lira e Ciro Nogueira.

O Contraste que Explodiu a Hipocrisia

O que tornou o episódio de Glauber Braga um marco de indignação foi o contexto. Na mesma semana em que se orquestrava sua cassação por uma defesa pessoal, a Câmara avançava na votação do que se disfarçava de “PL da Doimetria” – um eufemismo para anistia a golpistas.

De um lado, a perseguição implacável contra a integridade; de outro, o aceno indulgente a quem planejou derrubar o sistema democrático. Figuras condenadas por crimes de abuso de poder ou envolvidas em tramas contra a ordem constitucional veriam suas penas brutalmente reduzidas. A Câmara, sob a liderança de Motta, trabalhava ativamente para perdoar crimes de lesa-pátria.

A maneira como essa anistia disfarçada foi conduzida apenas aprofundou o abismo da desconfiança. Motta pautou a votação na calada da noite, depois de determinar o desligamento do sinal da TV Câmara e a expulsão de jornalistas do plenário. Deputados contrários ao projeto relataram ter sido agredidos pela Polícia Legislativa na tentativa de impedir o acesso da imprensa. O ato de apagar as câmeras para que o povo não visse o que se tramava foi a confissão silenciosa de um ato que não resistiria à luz do dia.

O questionamento era inevitável: como a mesma Casa perdoa quem tenta assassinar o presidente eleito e cassar quem defende a própria mãe doente? A única resposta possível era a que a votação viria a confirmar: aquilo não era um ato de democracia, mas uma tentativa de golpe institucional, uma manobra da liderança para blindar aliados e retaliar adversários.

A Voz da Honra e a Fuga do Covarde

O momento de virada, que catalisou a reversão do placar, ocorreu quando Glauber Braga subiu à tribuna para se defender. Seus adversários esperavam o roteiro comum: o pedido de desculpas, a negociação de bastidores, a rendição. Mas Glauber não se curvou.

Em um discurso de 25 minutos, ele manteve todas as suas denúncias contra o esquema do Orçamento Secreto e a corrupção sistêmica que desvia recursos cruciais do país. A cada palavra, o constrangimento entre os deputados do Centrão aumentava.

O ápice do discurso foi a dimensão humana e emocional. Glauber falou da mãe, uma mulher honrada que, mesmo enferma com Alzheimer, foi atacada. Falou do filho pequeno, de 4 anos, a quem a história daquele dia serviria de lição. “Eu quero que ele saiba que não tem motivo para se envergonhar do pai”, disse ele, transformando o plenário num mar de silêncio. Até adversários políticos estavam visivelmente emocionados.

Enquanto a emoção e a verdade tomavam conta do Congresso, o presidente da Casa fazia o que a história registrará como um ato de covardia: Hugo Motta não estava lá. Ele fugiu, levantou-se da cadeira e deixou o plenário pela porta dos fundos. Não teve a coragem de encarar as verdades que eram ditas, nem de ouvir o apelo à dignidade. A ausência do presidente, neste momento crucial, tornou-se um símbolo da sua derrota moral.

A Articulação Implacável e o Racha do Centrão

A fala de Glauber fez mais do que tocar corações; ela expôs a gritante injustiça da cassação. Nos bastidores, a máquina política, impulsionada pelo governo federal e pela esquerda, entrou em ação. Líderes como Lindberg Farias e Guilherme Boulos ativaram suas redes para articular votos. Mas o fator decisivo foi a reação de deputados da oposição e do Centrão que se recusaram a endossar uma punição desproporcional.

O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), um adversário político de Glauber, subiu à tribuna e fez um discurso que virou o jogo. A cassação por tal motivo, afirmou ele, mancharia a reputação da Câmara para sempre. O MDB, o União Brasil e até o PP, base aliada de Hugo Motta, começaram a rachar. O Centrão, a base que deveria sustentar o presidente da Casa, estava em franco abandono.

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O caminho encontrado foi a “emenda salvadora”: em vez da cassação com oito anos de inelegibilidade, uma suspensão temporária de seis meses, mantendo os direitos políticos. Para muitos, era a punição que buscavam sem a crueldade da cassação. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), de 81 anos, veterana da ditadura, fez um apelo eloquente: “Se vocês não conseguem se emocionar com o que ouviram hoje, é porque perderam a alma”. Seu apelo à moralidade ressoou.

O Voto que Esmagou a Arrogância

O momento da votação final foi de tensão insuportável. Primeiro, a votação da preferência pela emenda da suspensão. Por uma margem estreita de apenas seis votos (226 a 220), a suspensão ganhou. Hugo Motta já havia perdido ali. A derrota se consolidou na votação seguinte, para aprovar definitivamente a suspensão de seis meses, com um placar avassalador de 318 votos a favor.

Mais de 300 deputados rejeitaram, de forma inequívoca, o plano de Motta. Sua conspiração falhou espetacularmente, e ele estava exposto, sozinho e humilhado. O simbolismo da derrota se materializou no coro que ecoou pelo plenário, vindo das bancadas de esquerda: “Glauber, fica! Glauber, fica!”. A voz da resistência havia vencido.

As consequências dessa derrota estão apenas começando. Glauber Braga voltará em poucos meses, não enfraquecido, mas como um símbolo de integridade e resistência contra a máquina do poder, com seu futuro político mais forte do que nunca. Hugo Motta, por outro lado, se vê numa situação política frágil, assemelhando-se perigosamente ao destino de seu antecessor, Eduardo Cunha, que usou o cargo para proteger aliados e perseguir adversários e terminou preso e destruído politicamente. Os sinais de sua queda são inegáveis.

A verdadeira lição, contudo, veio das ruas. As manifestações convocadas em todo o Brasil — sob o grito de “Fora Hugo Motta” e “Sem Anistia” — demonstram que o povo entendeu a mensagem: o presidente da Câmara era um instrumento da extrema-direita para blindar criminosos e perseguir críticos. A pressão popular foi a força invisível que fez o Centrão recuar.

A batalha contra a anistia segue agora para o Senado. Mas a vitória de Glauber Braga é a prova cabal de que, quando o povo desperta e exige justiça, o poder, mesmo o mais arrogante, é forçado a recuar. A pergunta não é mais se Hugo Motta cairá, mas quem cairá com ele, pois quando um dominó político começa a tombar, raramente cai sozinho. A guerra pela transparência e integridade no Congresso está longe de terminar, mas a resistência acaba de conquistar uma vitória monumental.

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