A Revolução dos Bastidores: Kylie, Chloe e a “Sexta-Feira Muito Louca”
O episódio começa com um vislumbre inesperado dos bastidores de uma publi da Kylie Cosmetics inspirada no clássico “Sexta-Feira Muito Louca”. Chloe Kardashian chega belíssima, ostentando uma calça de couro digna do armário da Kika, e revela o projeto. O que realmente choca é o nível de profissionalismo: um storyboard detalhado, com horários e desenhos realistas, mostrando que o império Kardashian não é apenas reality, mas uma máquina de conteúdo meticulosamente planejada.
Chloe, que adora uma oportunidade de fazer cosplay da Mama Kris (e consegue, com sua peruca bet bup artificial que a deixa “muito boneca”), está no auge da sua girl boss interior. Ela confessa que, se pudesse trocar de corpo com alguém, seria com Kylie Jenner. Os motivos? Simples e hilários: a boa relação entre as duas e a curiosidade de “pegar nos peitões” da Kylie. A cena de Kylie ajustando o push-up bra é um aceno irônico à narrativa de “tudo natural” da caçula, nos fazendo questionar: será que a puberdade dela realmente produziu “ácido hialurônico e silicone”? Ou seria apenas o “brilho de quem deu” que a Kylie exibe com seu sorriso glow? O fato é que as duas irmãs estão em sintonia, e Mama Kris, por sua vez, está mais “zen”, trabalhando seu desenvolvimento pessoal e exibindo seu luxo com um visual que a consagra como a original girl boss.
A Autoproclamada Mãe Perfeita: Kourtney e a Crise de Parentalidade
O núcleo do episódio se desloca para a casa de Kourtney Kardashian, o nosso “cristal barraqueiro ariano sem glúten”, que oferece o que se torna o segmento mais irritante e hipócrita da temporada. Kourtney convida uma médica e autora renomada, Erica Komisar, especialista em parentalidade, para uma palestra com as amigas (e a enigmática Sia, que se infiltrou no clã Kardashian fingindo ser assistente da Chloe).
O tema da palestra é crucial: a falta de habilidades parentais básicas e a ausência de figuras de apego (pais presentes) estão gerando uma crise de ansiedade e depressão em crianças cada vez mais jovens. O ponto alto (ou baixo) é a reação de Kourtney.
A “Coitadinha”: Kourtney lamenta que, ao engravidar de Mason aos 30 anos, ela não “leu nada” e ninguém a “ensinou” sobre maternidade. Essa fala é seguida por uma enxurrada de ironias: Pobrezinha, nasceu numa caverna, teve que caçar para alimentar o filho! Ela se vangloria de ter seguido os “instintos maternos”, validando a posteriori a teoria de apego da médica.
O “Trabalho Insuportável”: Ela se vitimiza por ter tido que “trabalhar enquanto cuidava da filha” (Penélope), como se fosse a única mulher no mundo a enfrentar esse dilema. Seu “trabalho”, lembremos, é ser filmada para o reality. Ela chega ao ápice da hipocrisia ao afirmar: “Eu não sabia que não trabalhar poderia ser uma opção para mim na época, senão eu super não teria trabalhado”.
A Lacração da Doutora: A Dra. Komisar, a autoridade no assunto, dá um fecho em Kourtney que é digno de aplausos. Kourtney alega que não trabalhar é o ideal para acompanhar o crescimento dos filhos. A médica refuta: “Não, não é. Seu filho tem que entender que existe momento para tudo. Ele não se espelha em você. Do mesmo jeito que você sai para trabalhar e o seu filho sai para estudar, ele vai entendendo qual é o lugar dele e como ele tem que ocupar o tempo dele na vida, na sociedade.” Um xeque-mate na preguiça disfarçada de “maternidade presente”.
A Hipocrisia Máxima: A médica condena o uso de celular durante a amamentação. Imediatamente, acende-se a luz da hipocrisia, lembrando-nos de episódios anteriores em que Kourtney criticava Chloe por estar tensa e rolando o celular. A nossa “sem glúten” estava, minutos atrás, amamentando Rocky (o filho novo, que já está enorme e tem até mullet) enquanto o marido Travis Barker fazia chá, e Penélope, a nossa nova Gata Borralheira Kardashian, dormia no chão ou colocava a mesa.
Kourtney insiste em sua narrativa de que é uma mãe “livre” e “diferente” da mãe controladora. Na verdade, ela está apenas inserindo pautas pseudo importantes no reality para criar relevância, tal qual o protesto falso sobre as queimadas na Califórnia.
O Cérebro de Kim: De Aneurisma Suspeito à Rainha da Produtividade
A saga de Kim Kardashian (Kika) e Scott Disick no médico para um “check-up cerebral” é a dose de drama de alto nível. Kika, ostentando um visual “jaquetinha de cabelo pranchado”, está sobrecarregada: Met Gala, julgamento em Paris e os exames da Ordem dos Advogados (OAB) que ela insiste em passar.

O médico, Dr. Daniel, revela que, embora Kika tenha um “lindo cérebro” — o que Scott descreve como “um cérebro podre” em comparação —, a parte frontal (lóbulos frontais), responsável por lidar com o estresse, está com atividade abaixo do normal. O diagnóstico sutilmente sugere que o estresse crônico fez o cérebro de Kika “adormecer” alguns processos.
A tese do “cérebro adormecido” se torna a desculpa perfeita para justificar as seis reprovações na OAB. Em vez de admitir a dificuldade, ela usa a narrativa de que é uma “mulher não estressada” porque seu cérebro está se tornando mais eficiente. Kika não tem humildade para recuar; ela prefere se provar, mesmo sendo bilionária.
O conflito atinge o ápice quando Kika compartilha o “número de anjo” (213) que seu falecido pai lhe enviou através de um bug de computador. A resposta de Kourtney é um clássico da “sem glúten”: “Seu pai está dizendo a você que provavelmente você não deveria prestar essa prova da OAB, porque você já tem quatro filhos e já tem coisa demais para cuidar.”
Kika responde à altura, jogando shade em várias línguas: “Eu não encarnei para descansar, eu encarnei para trabalhar. […] Eu prefiro estar na merda da escola de direito do que fazer qualquer outra coisa que você poderia achar que eu deveria fazer.” É um momento de glória para Kim, que se posiciona como a trabalhadora incansável contra a morcega Kourtney.
Met Gala: Drama, Diamantes e a Cara de Bunda de Kendall

O Met Gala é o pano de fundo do clímax do episódio.
Kika, a Vilã Chique: Kika está determinada a usar um vestido Chrome Hearts inspirado em Lenny Kravitz, todo em couro de crocodilo, coberto por joias que valem “apartamentos” (e que ela pede à Disney e Hulu que a presenteiem). O drama é real: o vestido não cabe, é cortado e costurado na hora, exigindo um “minuto de silêncio” e solidariedade para o nosso “cristal rabudo”. North West, uma “girl prematura” com tranças azuis, faz uma oração de proteção e para que a mãe seja “a mais bem vestida em nome de Jesus”. O resultado é um look de vilã de “A Princesa e o Sapo”.
Kendall, a Sem Sal: A modelo, que mal aparece, exibe uma “cara de bunda” do tamanho de sua fortuna. Ela escolhe uma designer negra emergente, mas o timing é péssimo: a roupa está quase atrasada. O look, que inclui um colar muito parecido com o de Kika, é ofuscado por sua expressão de tédio.
Kylie, a Descolada: O look de Kylie é “peba”, mas ela resolve o dilema de um sapato dois números maior colando-o ao pé.
A cena final mostra a tensão entre Kourtney e Chloe em um podcast da Chloe. A “Dra. Naí” da família não consegue disfarçar seu “olhar de julgamento” para Kourtney, que, por sua vez, alfineta Kika por trabalhar e tenta se sentir superior por ter um “macho” e não precisar trabalhar. O clima é insustentável, prenunciando a próxima briga da família.