DOMINGÃO de SURPRESAS! Hugo Motta é DESMASCARADO! Bolsonaro ENJAULADO! SEM ANISTIA! POVO NAS RUAS!

Em um dos mais surpreendentes e rápidos desdobramentos do cenário político recente, o plano de resgate do clã Bolsonaro desmoronou em poucas horas, transformando a euforia inicial de seus apoiadores em um pânico generalizado. O objetivo, traçado em reuniões apressadas e estratégias de última hora, era simples: aprovar uma anistia que libertasse o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente detido, blindasse o mandato do deputado Eduardo Bolsonaro e, consequentemente, ressuscitasse o grupo como força política para 2026. No entanto, o que se concretizou foi uma derrota tripla, marcada pela confirmação do isolamento político de Bolsonaro, a cassação iminente de seu filho e a humilhação do presidente da Câmara, Hugo Motta.

A Derrota da Anistia e o Cálcullo Frio do Centrão

O ponto central de toda a estratégia era a anistia. A esperança era que, ao pautar a chamada “Lei da Dosimetria”, o Congresso entregaria uma anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e, em especial, ao ex-presidente. Por um breve período, o anúncio de Hugo Motta de que o Projeto de Lei (PL) seria pautado gerou explosões de comemoração nas redes sociais bolsonaristas. A sensação era de vitória, de que a pressão do que é conhecido como “gabinete do ódio” havia surtido efeito.

Contudo, a realidade que se impôs foi outra. A reação popular foi imediata e furiosa. Em poucas horas, as redes sociais foram inundadas por mensagens de repúdio. Termos como “Sem Anistia” e “Hugo Motta” dominaram os tópicos mais comentados, deixando clara a posição da maioria da população: não haveria perdão para os atos que atentaram contra as instituições democráticas. Uma pesquisa de opinião revelou que mais de 53% dos brasileiros eram a favor da manutenção da detenção de Bolsonaro, sinalizando que a confiança no ex-presidente estava irremediavelmente quebrada.

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Diante da pressão esmagadora, o Centrão fez seu cálculo eleitoral. Hugo Motta recuou e enterrou a possibilidade de anistia total. Em seu lugar, avançou a dosimetria, uma versão enfraquecida que, na prática, equipara crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito com golpe de Estado. O relator do projeto, Paulinho da Força, tentou adicionar atenuantes, mas a matemática fria dos advogados do ex-presidente revelou a tragédia: mesmo com todas as manobras legais, a pena total de Bolsonaro se mantém entre 18 e 19 anos, com um mínimo garantido de dois anos e nove meses em regime fechado.

Para um líder político que depende da aparição pública constante para manter sua base mobilizada, quase três anos de isolamento representam uma sentença de morte política. O plano ambicioso de uma volta triunfal em 2026 foi substituído pela certeza de um longo período recluso. O Centrão, percebendo que o clã perdeu sua força popular e eleitoral, abandonou o barco, optando por preservar seu próprio capital político.

O Cerco Burocrático a Eduardo Bolsonaro: Da Embaixada ao Desterro

Se a derrota de Bolsonaro foi jurídica e política, a de seu filho, Eduardo Bolsonaro, foi burocrática e implacável. O deputado, que passou meses nos Estados Unidos, autoproclamando-se “embaixador informal” e articulando pressões internacionais contra o Brasil, agora enfrenta o risco real de cassação de seu mandato.

Hugo Motta, em um movimento técnico e direto, anunciou que Eduardo já acumulou faltas suficientes para dar início ao processo de perda do mandato. O regimento interno da Câmara é claro: é impossível exercer o mandato parlamentar fora do território nacional, e o limite de faltas foi ultrapassado. O prazo para a defesa já está correndo, e a previsão é que o processo seja concluído em breve.

A situação de Eduardo, no entanto, é ainda mais delicada no plano internacional. Sua estratégia de tentar minar a justiça brasileira a partir de Washington desmoronou quando o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos cancelou a Lei Magnitsky contra o Ministro Alexandre de Moraes. Essa sincronia, vista por analistas como um acordo diplomático entre os presidentes Lula e Trump (em uma tentativa de normalizar as relações comerciais e diplomáticas, com Trump priorizando interesses geopolíticos sobre a aliança com o clã), deixou Eduardo completamente exposto.

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Sem a proteção de Washington e com a certeza de ser preso preventivamente caso retorne ao Brasil (dado o indiciamento da Polícia Federal e a denúncia da Procuradoria-Geral da República por crimes graves como coação e obstrução), Eduardo se encontra em um verdadeiro limbo. A especulação sobre um possível mandado de prisão internacional via Interpol, admitida pelo próprio deputado, transformou o “embaixador” em um “desertor político” cercado em território estrangeiro. O homem que tentou articular sanções contra seu próprio país agora corre o risco de ser alvo de uma busca internacional.

O Fracasso da Manobra de Hugo Motta e a Vitória de Glauber Braga

Em meio à implosão do clã, o presidente da Câmara, Hugo Motta, protagonizou uma tentativa de manobra política que se reverteu em sua maior humilhação. Motta tentou pautar a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), sob a alegação de quebra de decoro parlamentar, após o deputado ter se defendido de um agressor que atacou verbalmente sua mãe, que estava doente.

O que parecia um movimento calculado para remover um opositor ferrenho e mandar um recado aos críticos do Centrão se transformou em um levante popular e institucional. Motta pautou a cassação na calada da madrugada e tentou blindar a votação, inclusive expulsando jornalistas do plenário. A jogada, contudo, falhou espetacularmente.

A defesa emocionada de Glauber Braga, que expôs a hipocrisia de se anistiar golpistas enquanto se cassava um parlamentar por defender a honra de sua família, comoveu até adversários. A pressão popular nas ruas e nas redes foi decisiva. O Centrão, que deveria apoiar Motta, rachou. Parlamentares do MDB, PSD e até do PP votaram contra a cassação.

O resultado foi uma dupla derrota para Motta: primeiro, a emenda que previa a suspensão do mandato por seis meses foi aprovada por uma margem mínima; em seguida, a votação final pela suspensão foi esmagadora, com 318 votos contra o plano de cassação. O presidente da Câmara foi abandonado por sua base e sofreu uma derrota que o enfraquece irremediavelmente, rendendo-lhe comparações com o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha.

Flávio Bolsonaro: As Sombras do Passado e as Novas Acusações

Por fim, o senador Flávio Bolsonaro, que assumiu o protagonismo político com a detenção do pai, tornou-se ele próprio alvo de um cerco legal que ameaça sua liberdade. Inicialmente citado por Alexandre de Moraes por supostamente convocar vigílias que poderiam facilitar a fuga do ex-presidente, Flávio viu seu partido (PL) suspender as atividades e o salário de seu pai, um claro sinal de distanciamento e autoproteção da legenda.

No entanto, as acusações mais graves remetem ao seu passado no Rio de Janeiro. Relatórios da Polícia Federal afirmam que Flávio adota o mesmo modus operandi da organização criminosa que tentou um golpe de Estado e está sob mira por sua longa história de esquemas de corrupção.

As investigações do Ministério Público e da Polícia Federal (PF) apontam para a conexão do esquema de “rachadinhas” — a apropriação de parte do salário de assessores em seu gabinete — com o crime organizado. O dinheiro desviado, estimado em milhões de reais, foi movimentado por Fabrício Queiroz e, segundo apuração, irrigou construções ilegais de milícias na Zona Oeste do Rio.

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O elo mais sombrio é Adriano da Nóbrega, ex-capitão do BOPE e comandante do “Escritório do Crime”, cujos parentes eram funcionários fantasmas no gabinete de Flávio. A ligação do senador com a milícia não era apenas financeira, mas de honraria, como a Medalha Tiradentes que ele concedeu a Nóbrega. A morte suspeita de Nóbrega, classificada pela PF como “queima de arquivo,” deixou muitas perguntas sem respostas, especialmente sobre o destino final do dinheiro das rachadinhas.

Recentemente, as investigações foram a um nível ainda mais explosivo. Documentos e áudios ligam aliados diretos do governador Cláudio Castro (o qual Flávio tem grande influência, chegando a indicar o Secretário de Segurança Pública) a líderes do Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do Rio. Fotos de autoridades estaduais abraçadas com traficantes de armas e áudios de secretários exaltando chefões do CV como mais importantes que o secretário de segurança colocam Flávio, que comanda a política de segurança do estado, no centro de uma rede que mistura milícia, tráfico e dinheiro público.

Alexandre de Moraes, com uma jogada estratégica, reabriu o inquérito da interferência na PF, buscando cruzar essas informações com o caso da ABIN Paralela. A intenção é clara: conectar todos esses elementos — golpe, rachadinhas, milícias e facções — em uma única organização criminosa. A conclusão da PF é de que a blindagem da ABIN não era apenas para esconder as rachadinhas, mas também as conexões muito mais sérias com o crime organizado.

A Sentença: Isolamento Total

O balanço do último período é devastador para o clã: a anistia foi enterrada; Jair Bolsonaro está politicamente isolado e com um período longo em detenção garantido; Eduardo Bolsonaro está à beira da cassação do mandato e encurralado internacionalmente; e Flávio Bolsonaro enfrenta acusações que escalam de corrupção para associação com milícias e facções. O recuo do Centrão e a rejeição popular sinalizam que a máquina da impunidade está falhando. O projeto que era para salvar o ex-presidente acabou por ser sua certidão de óbito política e a do seu clã, que entra em um novo ciclo completamente acuado, fragmentado e sem respaldo político.

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