BOLSONARO TENTA FUGIR DA PRlSÃO E ALEXANDRE ACIONA A PF!!! BANANINHA CHORA APÓS CASSAÇÃO E PRlSÃO!!

O Brasil assiste, em tempo real, a uma intensificação dramática do cerco jurídico e político que envolve a família Bolsonaro. A semana foi marcada por dois eventos de alta voltagem: a descoberta de uma suposta e engenhosa tentativa de fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro da prisão, meticulosamente disfarçada sob a capa de uma emergência médica, e o desespero público do filho 03, Eduardo Bolsonaro, acuado pela iminente cassação de seu mandato parlamentar.

Em uma jogada que mistura desespero e tática, a defesa do ex-presidente acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de prisão domiciliar. O argumento central era a necessidade de uma cirurgia urgente e imediata, que exigiria ao menos sete dias de internação no renomado Hospital Seis Estrelas DF Nova Star. O movimento, contudo, não passou despercebido pelo ministro Alexandre de Moraes, que agiu de forma decisiva, acionando a Polícia Federal (PF) e expondo a fragilidade do plano.

A Justiça, diante do histórico de manobras envolvendo a saúde de figuras políticas, levantou imediatamente suspeitas. O Hospital Nova Star já foi palco de episódios controversos, como os ocorridos com Roberto Jefferson e Daniel Silveira, onde uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) se transformou em um espaço de livre acesso para visitas não autorizadas pela Justiça, gerando um ambiente de confusão e descontrole. Era evidente o receio de que o mesmo roteiro se repetisse: um deslocamento da custódia oficial para um ambiente hospitalar de luxo, mais propenso a falhas de segurança ou, mais grave, a servir como ponto de partida para um plano de evasão.

A desconfiança de Moraes, no entanto, foi além da mera especulação. Ao analisar o laudo médico apresentado pelos advogados de Bolsonaro, o ministro identificou uma incoerência crucial: o documento se baseava em exames realizados há três meses. Tão logo a análise foi concluída, a verdade veio à tona, revelando a audácia da estratégia da defesa. A própria equipe médica de Bolsonaro havia, em um episódio anterior, há menos de dois meses, descartado a necessidade de cirurgia após uma internação em outubro por obstrução intestinal.

Brazil's Most Powerful Judge Is in the Spotlight—Again

Essa contradição temporal e diagnóstica descredibilizou por completo o pedido. Se os exames de três meses atrás não justificavam a cirurgia na época, por que o fariam agora? A inconsistência sugeria uma tentativa de manipulação, de forçar uma internação com base em dados obsoletos. Além disso, Moraes notou que, desde o início de sua custódia, já se passavam três semanas, e o ex-presidente não havia apresentado nenhuma emergência médica. Ele possui acompanhamento 24 horas e uma rotina que, ironicamente, lhe proporciona uma dieta mais balanceada e controlada do que a que mantinha em casa.

No cárcere, a dieta restritiva impede o consumo de alimentos de difícil processamento intestinal, como carne de porco, pato ou camarão, que ele costumava consumir. A ausência de emergências médicas derrubou o argumento de que seu estado de saúde estaria se deteriorando rapidamente, desfazendo a alegação de um quadro de “soluços intermitentes” que exigiria uma intervenção imediata.

Com a credibilidade dos médicos da defesa zerada, o ministro determinou o acionamento dos peritos da Polícia Federal. Em um prazo de até duas semanas, os peritos têm a missão de realizar uma avaliação isenta e emitir um laudo definitivo sobre a real necessidade de uma cirurgia urgente. A decisão de Moraes representa um ponto final na estratégia de usar a saúde como salvo-conduto e reforça o princípio de que, perante a Justiça, apenas laudos periciais independentes são válidos, e não aqueles fornecidos por médicos particulares, que podem estar sujeitos a pressões ou interesses.

Enquanto o pai era contido por uma decisão judicial cirúrgica, o filho, Eduardo Bolsonaro, vivia seu próprio drama de perda de poder. O deputado federal, conhecido como “Bananinha” por seus apoiadores e críticos, emergiu de um período de reclusão e viagens internacionais (Estados Unidos, El Salvador, Israel, Catar) para confrontar a ameaça real de cassação de seu mandato.

O pivô da crise é o presidente da Câmara, Hugo Motta, que anunciou o processo de cassação de Eduardo por faltas regimentais. O deputado, que limitou sua atividade nas redes sociais a postagens esporádicas e vídeos de reação no YouTube, reagiu com extrema revolta. Em uma postagem amplamente divulgada, ele acusou Motta de escolher a “desonra” e de se curvar a Alexandre de Moraes, alegando que suas ausências seriam fruto de uma “perseguição” política.

O discurso de Eduardo escalou rapidamente para a ameaça velada. Ele declarou que Motta “pagaria o preço” e seria “cobrado nas ruas”, insinuando que não poderia mais circular em público se insistisse na cassação. Essa tática de intimidação, que já foi observada em outros momentos da política recente, serve como um termômetro do desespero do clã. A perda do mandato significa a perda do foro privilegiado, abrindo caminho para que qualquer mandado de prisão, atualmente suspenso pela imunidade, possa ser executado. O medo de se tornar um “futuro foragido”, como especulado por analistas, é palpável.

A ação de Hugo Motta não é isolada; faz parte de um complexo xadrez político que dominou o Congresso. O movimento de cassar Eduardo Bolsonaro serviu como uma espécie de compensação política após a polêmica envolvendo o projeto de lei de “dosimetria”, que propunha a redução de penas para detentos que lessem e trabalhassem. A extrema-direita e o Centrão tentaram aprovar a medida, vista por muitos como uma tentativa de beneficiar indiretamente o ex-presidente.

Apesar de a redução de pena ser mínima e improvável de se aplicar a Bolsonaro (visto que ele teria de ler e trabalhar na prisão, algo considerado impensável), o debate gerou um “escarcel” na esquerda. A aprovação da medida no Senado colocou o projeto na berlinda da Câmara, mas a resistência do Centrão, que não deseja a medida da forma como está, indica que o projeto pode nem ser votado na próxima semana.

Caso seja aprovado, o presidente Lula tem o poder de vetá-lo em até 15 dias úteis, um período que se estende por quase um mês devido aos feriados de Natal e Ano Novo. O Congresso entra em recesso e só retorna em 1º de fevereiro. Motta, visando estabilidade no ano eleitoral, já ventilou a aliados que não pretende pautar temas polêmicos, como a derrubada de um veto presidencial, logo no início de fevereiro. O gesto de colocar a cassação de Eduardo na pauta é visto, portanto, como uma forma de aceno à esquerda e de despolarização da pauta antes de 2026.

A realidade é que o projeto de dosimetria está quase esquecido pelos próprios idealizadores. O que resta é a implacável perseguição política a Eduardo Bolsonaro, vista como uma moeda de troca no grande tabuleiro do poder.

O desenrolar dos fatos desta semana deixa claro que o ex-presidente e seus aliados estão cada vez mais isolados e recorrendo a estratégias de alto risco, como a tentativa de fuga médica. A Justiça, por sua vez, demonstra ter aprendido com os erros do passado, agindo com celeridade e desconfiança calculada. O clã Bolsonaro, agora, enfrenta a ameaça de um destino duplo: a prisão confirmada para o pai e a perda do capital político e da imunidade para o filho. O jogo não está apenas acirrado; ele está chegando ao seu clímax.

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