
Pai cruel vende Filha Virgem de 18 anos a Fazendeiro – Mas o que ele fez surpreendeu
Desde pequena, Aline aprendeu que o silêncio doía menos que as palavras. Aline deitava no chão duro, cobria-se com o que restava de um cobertor e olhava as estrelas, tentando imaginar se um dia alguém a tiraria dali. No dia do seu aniversário de 18 anos, Aline acordou com esperança.
Tinha feito um bolo simples de fubá com o pouco que encontrou. Pensou que talvez naquele dia o pai lembrasse que ela existia. “Você desapareceu. Onde está agora?” — “Caminhos diferentes. Só queria entender.” — “Hoje é o seu dia, não é? Pois é o dia que eu mais esperei. Pode pegar suas coisas e sair.”
“Pai…” — “Isso não é problema meu. Já resolvi. Você sempre foi um estorvo. Boa sorte, menina. Você nunca foi nada para mim mesmo. Não grite.” Enquanto o carro arrancava e o pai sumia no retrovisor, ela entendeu que seu destino agora estava nas mãos daquele homem desconhecido.
O caminho até a fazenda parecia não ter fim. O carro sacolejava na estrada de terra. E ela não ousava perguntar nada. O homem ao volante, o tal fazendeiro, mantinha o olhar fixo à frente, as mãos firmes e o semblante fechado. “Por favor, para onde o senhor tá me levando?”
“Fica quieta. Chega de gritar. Aqui ninguém vai te ouvir. E eu não gosto de confusão. Entra. Vai tomar banho. Roupa limpa está no quarto ao lado.” As lágrimas se misturaram à água. Ela tremia, lembrando das histórias que ouvira sobre ele. “Senta. Não coloquei veneno, se é isso que tá pensando.”
“Tem mais medo de mim do que devia. Lá em cima tem um quarto. É seu. Tranque a porta se quiser.” — “O senhor não vai…” — “Eu não compro gente para usar. Agora sobe.” E naquela noite, ao deitar-se na cama macia, com o som distante da chuva batendo na janela, Aline teve certeza de uma coisa. Aquele homem não era o monstro que todos diziam, mas também não era um anjo, era um mistério.
“Obrigada, senhor.” — “Já falei para não me chamar de senhor.” — “Desculpe, é o costume.” — “Costume de quê?” — “De baixar a cabeça para todo mundo. De não ter escolha.” — “Pois aqui você tem. Pode comer, pode dormir, pode falar. Só não me encha de perguntas.”
“Por quê?” — “Porque perguntas trazem respostas que às vezes ninguém quer ouvir. Ninguém nunca fez nada para mim. Achei que devia. Só isso.” — “Por que o senhor me comprou?” — “Perguntas demais.” — “Eu só quero entender.”
“Entender o que, menina? O mundo tem muita explicação. Todo mundo diz que o senhor é cruel.” — “E você acredita em tudo que ouve? Seu pai não te venderia se achasse que você valia algo para ele. Fiz o que achei certo. Agora chega, vai descansar. Perguntas demais, mas pelo menos alguém fala nessa casa.”
“Aline, para onde vai?” — “Eu… eu não sei. Não sei. Eu só queria ir embora.” — “Por que o senhor se importa?” — “Porque já vi gente se perder e nunca mais voltar. E não me chame de Senhor.”
“Bom dia.” — “É, bom dia. Sobre ontem…” — “Eu esquece.” — “Mas eu tentei fugir.” — “E eu não te culpo. Só não faz mais isso.” — “Eu achei que… não acredito. O grande Eliseu ainda vive aqui sozinho.”
“Ora, Eliseu, você sempre foi reservado. Agora aparece com uma menina que parece saída de um convento.” — “Cuida da sua vida, Mirna. Já cuidei demais do que era nosso.” Por mais que tente, Eliseu nunca vai enterrar o passado. “Ela era sua esposa?” — “Quase que foi.” — “Você traiu ela.” — “Ao contrário. Vai almoçar. O dia vai ser longo.”
“Um comprimido para dor resolve. Preciso de absorvente. Tem farmácia aberta essa hora?” — “Aline, posso entrar?” — “Pode.” — “Aqui está. Eu não entendo dessas coisas. Uma moça me ajudou.” — “Obrigada.” — “Ah, a dor passou.” — “Passou.”
“Verdade que tu pagou para tirar uma garota de lá? Ela sempre sofreu na mão do pai. Eu vi.” — “Mas toma cuidado, Eliseu.” — “Cuidado do quê?” — “Tu é homem, ela é moça. Ela se tornou uma mulher bonita.” — “Por sinal, o tempo passa e o coração às vezes não pergunta se pode sentir, porque quando o homem olha demais pro mesmo lugar, acaba querendo ficar.”
“Aline, essa é a Maria. Ela vem uma vez por mês dar uma limpeza geral na casa.” — “Prazer em te conhecer, minha jovem.” — “Prazer, dona Maria.” — “Vou pro lago respirar um pouco. Leva a moça. Um pouco de ar puro faz bem pros dois.”
“O senhor me ensina a tocar?” — “Só se parar de me chamar de senhor. Tenho 30 anos.” — “Nossa, você é jovem. Vê se consegue fazer essa posição. Pera, acho que… Ah, não deu certo.”
“Graças a Deus. Graças a Deus te encontrei, minha menina.” — “Quem é a senhora?” — “Eu procurei algum parente seu. Achei sua tia. A gente vai cuidar de você, querida. Nunca mais vai passar por nada daquilo. Eu prometo. Fiquem para almoçar. Não precisa agradecer. Fiz o que achei certo.”
“Assim que terminar de lavar o quintal, vai pro trabalho, Aline, e não se atrase, ouviu? Me dê o seu pagamento agora. Eu fico com isso. Casa, comida e roupa lavada tem preço. Seu salário é meu.”
“O que o senhor tá fazendo aqui? Que gritaria é essa?” — “Me socorro!” — “Cale a boca. Nem inventa essas mentiras dentro da minha casa.” — “Boa noite, dona Lúcia. Tudo bem com a Aline?” — “Está tudo ótimo.” — “Me socorre, Eliseu. Eles me maltratam.” — “Ele nunca vai te socorrer, nem sabe onde a gente mora.”
“Vou fazer a unha e quero meu quarto limpo até eu voltar. Quem é esse homem lindo?” — “Ei, Aline, aonde você vai?” — “Você deve ser a Aline. O Eliseu me falou muito de você. É um prazer conhecer. Ainda bem que ele te encontrou. Ele é um homem bom, muito bom. Pode subir e descansar. O quarto é o mesmo.”
“Obrigada pelas roupas, moça. Nem tive tempo de pegar as minhas, mas pelo menos eu saí daquela casa. Eu vou procurar um trabalho e não quero atrapalhar.” — “Não está atrapalhando, Aline. Pode ficar o tempo que quiser.”
“Ele é realmente lindo, não é? Viu a carinha dele? É muito fofo.” — “Sim, ele é igualzinho a você quando dorme. Vem aqui, Aline. Vai ter uma festa de rodeio hoje. Quer ir?” — “Está errado. Você é casado, Eliseu.” — “O quê? Eu sou irmão dele.”
“Dança comigo. Esse olhar, esse toque diz tudo sobre a nossa paixão.” Às vezes fico em silêncio só para ouvir seu respirar. É coisa de destino. O mundo parece parar quando você me olha assim. “Bonita a noite, né?” — “É bonita mesmo. Faz tempo que não vejo o céu assim tão limpo. Eu… eu tirei os brincos, não gosto.”
“Bom, e se você se sente melhor ao natural, eu respeito e até acho mais bonito.” — “Eliseu, eu não sei o que dizer. Eu te amo.” — “Você está se divertindo, meu amor?” — “Sim, a água está perfeita.”
“Ei, isso é covardia. Covardia me provocar desse jeito.” — “Eliseu, o que é isso?” — “Você gostou?” — “Adorei.” — “Eliseu, o que vai fazer?” — “Prova. É doce.” — “Eu acho que não consigo. É seguro mesmo?” — “Vem, eu tô aqui. Vem cá. Posso tentar?” — “Vai lá.”
“Ai, obrigada. Deixa eu tentar. Ai, essa não sai nada.” — “Calma. Você consegue.” — “Ai, desculpa!” — “Tudo bem, amor?” — “Ai, meu Deus, que susto. Nunca fui tão feliz como agora com você.” — “Que bom, meu amor.” — “Quer casar comigo, meu amor?”
“Tânia, eu preciso te perguntar uma coisa. Às vezes eu sinto tanto medo.” — “Claro, fala.” — “Ele me pediu em casamento.” — “Isso é maravilhoso.” — “É que eu nunca fiquei com um homem.” — “O homem que é bom vai saber cuidar de você. Vai dar tudo certo. Confia.”
“É que eu nunca fui tão amada. É tudo tão novo para mim.” — “Então aproveita, Line. Nem todo mundo tem a sorte de viver um amor verdadeiro. Pena que amanhã você volta pra sua casa. Meu marido estava em viagem de trabalho, por isso fiquei aqui. Mas amanhã ele volta. Fica tranquila, porque vamos nos mudar para perto daqui mesmo. Durma bem, minha querida.”
“Hoje celebramos o amor que uniu esses dois corações. Eu prometo te amar e cuidar de você todos os dias da nossa vida.” — “Eliseu, não fica bravo, mas tô tão cansada.” — “Vamos só descansar. Amanhã é um novo dia. Obrigada por me entender.”
“Dormiu bem, amor?” — “Muito. Parece um sonho.” — “Não é sonho, é a vida que a gente escolheu. Eu prometo que nossa vida será sempre assim, tão linda. Eu ainda me lembro do dia em que cheguei aqui. Nunca pensei que seria tão feliz.” — “Nem eu. Mas Deus sabia o que fazia.”
“Bom dia, seu Eliseu. Trouxe minha filha para me ajudar hoje.” — “Oi, Eliseu. Faz anos que não venho aqui. Aline, meu amor, essa é a Roberta, filha da dona Maria. Roberta, essa é a minha esposa, Aline.” — “Prazer, Roberta. Seja bem-vinda.” — “Obrigada. O prazer é meu. Fiquem à vontade. Já volto.”
“E eu posso limpar o quarto do casal?” — “Vou começar pela sala. Vem, Roberta.” — “E eu posso limpar o quarto do casal?” — “A Line prefere arrumar ela mesma. Não precisa ficar tensa, amor. Relaxa. Quer ajuda? Ah, deixa comigo. Eu entendo um pouco disso.”
“Não se preocupe. Vou tirar só das pontas. Vai ficar lindo.” — “Ai, meu Deus! O que você fez? Eram só as pontas!” — “Ai, desculpa. Eu juro que me enganei.” — “O que foi isso, meninas?” — “Perdão, eu não queria. Foi sem querer mesmo.” — “Tudo bem. Termina de cortar o resto para igualar.” — “Cortou o cabelo, amor.” — “Foi um acidente.” — “Ficou linda como sempre.”
“Trouxe um cafezinho, seu Eliseu.” — “Obrigado. Roberta, que short curto, filha. E ainda foi servir o patrão assim?” — “Tá muito calor hoje, mãe.” — “Tu disse que queria aprender a fazer faxina, então faz.”
“O que você está fazendo aqui, Roberta?” — “Desculpa, seu Eliseu. Eu ia usar o outro banheiro, mas estava trancado. Entrei só para ajeitar o sutiã no espelho. Foi rápido.” — “Mas evite entrar aqui outra vez, por favor. Tente usar roupas mais adequadas para trabalhar na minha casa, ok?” — “Me desculpe.”
“O que você sente, Eliseu? Tá doendo demais. Tá tudo bem, meu amor? Aguenta firme, meu amor. Estamos quase lá.” — “Dói muito.” — “A febre cedeu um pouco, mas a pressão ainda está baixa. A senhora anda tomando remédios para ir ao banheiro?” — “Mas o que tá acontecendo?” — “Calma, tô com você.”
“Um mês depois. Maria, Roberta, obrigada por virem. Sinto muito a falta de vocês.” — “Estamos sempre ao seu dispor. Aline, como se sente? Você parece ótima. Aline, o que houve? Você tá bem?” — “Minha barriga.” — “Veio descansar com seu marido, Aline?”
“Eliseu!” — “Aline, eu pensei que fosse você. Eu tava sonolento, juro.” — “Pelo amor de Deus, dona Line, não briguem.” — “E foi um engano.” — “Tira essa garota daqui agora! Aline, foi ela!”
“Esse é o vestido do nosso primeiro encontro e primeiro beijo. Uma página totalmente nova para nós. Desculpa eu ter desconfiado de você. Você sempre foi maltratada, humilhada e é normal ter essa desconfiança. Mas quero provar que meu amor é leal por você.”
“Que fofo! Eu amei. A Maria me ligou envergonhada, pediu demissão.” — “E o que você disse? Ela pediu mil desculpas, mas vai continuar conosco. Coitada, trabalha tantos anos aqui.”
“E as suas dores? A Maria encontrou uma caixa de laxante forte na bolsa da filha. Com certeza Roberta tava te dando isso.” — “Faz sentido. Agora entendo tudo. Porque hoje eu acordei com mal-estar. O que está acontecendo, amor?” — “Eu vou te levar ao médico, então.”
“Não se preocupem, o bebê está bem.” — “Bebê?” — “Sim. E parece que tem dois chegando. Dois bebês. Meu Deus. Calma. Estou bem. Estou bem. Dois bebês. Oh, meu Deus. Parabéns, mamãe e papai. Vocês foram abençoados em dobro.”
“Gêmeos, que notícia maravilhosa. Meu Deus, que alegria! Parabéns. Nossos bebês estão crescendo aqui. Dois coraçõezinhos batendo. Ai, meu Deus. Deus, que alegria. Parabéns. Que lindo. São um menino e uma menina. Deus abençoe. Que legal, um casal. São tão pequenos, o nosso milagre.”
“Vamos, meninos. Seu pai vai levar vocês pra escola. Não se atrasem. Pai, chegamos, meus amores. Pai, olha o que a gente achou. Crianças, levem as merendas. Filha, perdoa o seu pai.” — “Pai, o senhor está acabado. Vem, vamos conversar.”
“Hoje ele me dá forças para recomeçar. Hoje ele quer lhe mostrar que esse gigante que se levantou, você pode derrubar se você tentar. Você vai tentar. O que não pode é você ficar parado em meio a este caos. Não. Oh, você vai tentar. O que não dá é aceitar só porque dizem que não é capaz.”