O RETORNO DOS “GALÁCTICOS” E A ETERNA SAUDADE: Ancelotti Convoca a Seleção, Vini e Rodrygo Assumem o Comando, e o Brasil Encara a Vida Sem Neymar

O coração do torcedor brasileiro bateu mais forte nesta semana. Não apenas pela expectativa dos jogos, mas pela divulgação da lista sagrada: os 25 nomes escolhidos pelo maestro italiano Carlo Ancelotti para defender a Amarelinha. O cenário é a Ásia, os adversários são a Coreia do Sul e o Japão, mas a verdadeira batalha é interna. É a luta pela redenção, pela afirmação de identidade e, acima de tudo, a prova de fogo para saber se o Brasil consegue dançar o samba sem o seu principal solista.
Sim, Neymar Jr. está fora. O “Príncipe” lera a convocação de casa, mais uma vez traído pelo próprio corpo. Mas, ao fechar uma porta, Ancelotti escancarou outra: a era do trio de ouro do Real Madrid está de volta.
O Trio de Ferro de Madrid: A Salvação da Pátria?
Após um período de incertezas e uma campanha nas Eliminatórias da Copa do Mundo que deixou a desejar (pela primeira vez na história abaixo dos 30 pontos), a Seleção precisa de heróis. E Ancelotti foi buscá-los onde eles brilham mais intensamente: no Santiago Bernabéu.
A grande manchete desta convocação é o retorno triunfal de Éder Militão, Vinícius Júnior e Rodrygo.
Vinícius Júnior: O Fenômeno Imparável Vini volta com a fome de quem quer a Bola de Ouro. Após ser poupado em setembro por questões físicas, ele retorna em estado de graça. Os números não mentem e o campo não engana: participou de quatro gols nas últimas quatro partidas pelo clube. Sua velocidade explosiva, o drible desconcertante e a evolução tática sob o comando de Ancelotti no passado (e agora na Seleção) são as armas que o Brasil usará para furar as defesas asiáticas. Vini não é mais uma promessa; é a realidade brutal que todo adversário teme.
Rodrygo: O Raio Cai Duas Vezes Se Vini é o caos, Rodrygo é a classe. Mesmo lutando por espaço no Real Madrid sob o comando de Xabi Alonso (conforme o contexto atual), o “Rayo” provou seu valor. Ancelotti fez questão de exaltar seu pupilo: “Mesmo sem jogar tanto, Rodrygo é decisivo sempre que entra”. A prova? Uma assistência mágica na goleada de 5 a 0 recente, onde driblou quatro adversários antes de servir Mbappé. É desse tipo de magia, capaz de quebrar linhas compactas, que o Brasil precisa desesperadamente.

Éder Militão: A Muralha Experiente Na defesa, o retorno de Militão traz a hierarquia necessária. Com 40 jogos pela Seleção, ele é, de longe, o pilar mais experiente da lista, superando em muito os companheiros de zaga que mal somam quatro partidas. Sua presença é o seguro de vida que Ancelotti exigia para estabilizar o sistema defensivo.
O Drama de Neymar e as Ausências Sentidas
Enquanto celebramos os retornos, o silêncio sobre a ausência de Neymar é ensurdecedor. O craque, ex-PSG, continua sua via crucis no departamento médico, com previsão de retorno apenas para novembro. Desde outubro de 2023, a camisa 10 sente a falta de seu dono. A cada convocação perdida, a pergunta se torna mais cruel: o corpo de Neymar aguentará até a Copa de 2026? Ou estamos assistindo ao triste epílogo de uma lenda?
Além dele, Raphinha também desfalca o time por lesão, e o jovem prodígio Endrick ficou fora dos planos táticos de Ancelotti para esta data FIFA, mostrando que o treinador não tem medo de tomar decisões impopulares em prol do equilíbrio do time.
As Novidades e a Base de Confiança
Mas nem só de Madrid vive a Seleção. Ancelotti manteve a espinha dorsal de confiança: Casemiro e Bruno Guimarães continuam sendo os motores do meio-campo, com Lucas Paquetá trazendo a criatividade. Jovens como Estêvão e Luiz Henrique ganham sequência, provando que a renovação está em curso.
A grande surpresa? Igor Jesus. O atacante do Nottingham Forest, que vive fase iluminada com quatro gols em quatro jogos, recebe sua chance de ouro. É a prova de que Ancelotti está de olho em quem está performando agora, não apenas nos nomes de sempre.

Missão Ásia: Restaurar o Orgulho
Os jogos contra a Coreia do Sul (10/10) e o Japão (14/10) podem parecer amistosos protocolares, mas não se engane. Para este grupo, é uma questão de honra.
Enfrentar adversários teoricamente inferiores é a oportunidade perfeita para o Brasil impor seu jogo, recuperar a confiança da torcida e mostrar que o “Samba” ainda tem ritmo. Com um ataque veloz e uma defesa reforçada, a expectativa é de espetáculo.
O Brasil entra em campo não apenas para vencer, mas para convencer. Sem Neymar, a responsabilidade recai sobre os ombros de Vini e Rodrygo. Eles estão prontos? Ancelotti aposta que sim. E o mundo estará assistindo.