Após o trágico acidente que deixou sua filha paralisada, o CEO Richard Cole se vê preso entre culpa e desespero. Mas a ajuda vem de onde ele menos espera: um mecânico simples e seu filho.

Emma Rodriguez entrou apressada no escritório daquela manhã. O dia parecia promissor, com o sol brilhando através das grandes janelas de vidro do prédio de escritórios. Ela mal havia tirado o casaco quando o seu celular vibrou com uma mensagem de última hora. Era uma notificação da sua chefe, pedindo que ela se reunisse com Nathan Blackwood, um dos investidores mais influentes da empresa, que estava de visita para um projeto importante. Emma já conhecia Nathan, mas ele nunca foi uma presença constante em seu trabalho. Ela sentiu uma pontada de nervosismo ao se lembrar do homem que dominava a sala sempre que entrava, com sua postura confiante e olhar sério.

Nathan Blackwood estava sentado à mesa quando Emma entrou na sala. Ele olhou para ela com um sorriso discreto e se levantou, estendendo a mão.

— Emma, finalmente nos encontramos pessoalmente. Como você está?

O aperto de mão de Nathan foi firme e suas palavras eram gentis, mas Emma percebeu uma leve tensão nos seus olhos. Ela não conseguia entender o motivo, mas algo parecia diferente nele. Ao longo da reunião, Nathan se mostrava cada vez mais interessado no trabalho da equipe de Emma, perguntando sobre cada detalhe do projeto em que estavam envolvidos. Ele parecia mais focado e atento do que o normal. Emma sentiu que ele não estava ali apenas como um investidor, mas também como alguém que tinha algo mais em mente.

À medida que a reunião avançava, ela tentou afastar o pensamento, mas não conseguiu. O olhar de Nathan, seu jeito de se comportar… parecia algo mais pessoal do que profissional.

No final da reunião, quando todos começaram a sair da sala, Nathan se aproximou dela.

— Emma, posso te fazer uma pergunta? – disse ele, em um tom que ela não soubera identificar, quase como se ele estivesse hesitando.

Ela o olhou com curiosidade.

— Claro, Nathan. O que você precisa?

Ele deu um leve sorriso, mas o olhar dele não era mais de um simples investidor. Emma sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Eu sei que a gente se conhece apenas de nome, mas há algo em você que me intriga. Posso ser direto?

Emma franziu a testa. Ele estava mais ousado do que ela imaginava.

— Pode, eu acho.

Ele deu um passo mais perto, como se quisesse falar algo muito importante, mas não sabia por onde começar.

— Eu tenho observado sua dedicação, Emma. Você tem uma energia que é difícil de ignorar. Mas me pergunto… o que você realmente quer? O que realmente a motiva a trabalhar tanto?

Emma sentiu o sangue subir à cabeça. Era uma pergunta difícil. Ela sempre se dedicou ao trabalho por um motivo bem claro: ela queria sucesso, estabilidade, e talvez até um pouco de reconhecimento. Mas a forma como Nathan a olhava a fazia questionar suas próprias motivações.

— Eu trabalho porque… é o que eu faço bem. É onde me sinto confortável – respondeu ela, de forma um pouco defensiva.

Nathan apenas assentiu, como se já soubesse a resposta, e deu uma última olhada nela antes de sair.

— Muito bem, Emma. Acredito que você vai longe.

Mas a frase de Nathan ressoou em sua mente durante todo o resto do dia. O que ele queria dizer com aquilo? E, mais importante, o que ele realmente pensava dela? Era uma pergunta que ela não conseguia parar de se fazer.

À medida que os dias se passaram, Emma não pôde evitar cruzar com Nathan mais vezes nos corredores. Ele sempre tinha algo interessante a dizer sobre os projetos em andamento, mas também começava a fazer perguntas mais pessoais. Ele a desafiava a pensar sobre o que ela realmente queria, não apenas no trabalho, mas na vida. Aqueles encontros aparentemente casuais começaram a mexer com as emoções dela de uma maneira que ela não conseguia explicar.

Foi durante um desses encontros que Nathan perguntou se ela gostaria de jantar com ele, para conversar mais sobre as metas da empresa. Emma hesitou por um momento, mas aceitou. O jantar foi formal, mas ao mesmo tempo descontraído. Nathan, ao contrário da sua imagem de empresário sério, estava curioso sobre a vida de Emma, seus sonhos e suas frustrações. Eles riram sobre alguns incidentes de trabalho e falaram sobre suas famílias. Emma percebeu que havia algo mais sobre Nathan do que ela imaginava.

Naquela noite, enquanto ela voltava para casa, Emma não podia deixar de pensar em Nathan. Havia algo nele que a atraía, algo mais do que apenas sua posição no trabalho. Mas ela não queria se deixar envolver por isso. Ela tinha seus próprios objetivos, sua própria carreira para cuidar. No entanto, quando se deu conta, ela já estava esperando o próximo encontro, o próximo jantar.

A tensão entre eles crescia lentamente, de forma quase imperceptível. Mas, ao mesmo tempo, Emma sabia que havia algo mais em jogo. Nathan não era apenas um investidor; ele estava interessado nela de uma forma que ela não poderia negar. Mas ela também não sabia o que queria. E, enquanto o tempo passava, ela se viu dividida entre suas ambições profissionais e o que seu coração começava a desejar.

Nathan, por outro lado, parecia cada vez mais intrigado por Emma. Ele a via como uma mulher de grande potencial, mas também alguém que escondia mais do que parecia. E, à medida que os dois se aproximavam, eles começaram a perceber que a linha entre o profissional e o pessoal estava ficando cada vez mais difícil de distinguir.

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