O inesperado
Quando Emma, a porquinha, chegou à fazenda Apricot Lane na Califórnia, ela estava em um estado lamentável: doente, frágil e com uma gestação avançada. Ela tinha os olhos cansados, o corpo exausto e o espírito destruído.
Os veterinários alertaram o dono da fazenda, Chester, para não criar ilusões.
No seu estado, disseram que Emma só poderia dar à luz seis leitões, se sobrevivesse ao parto. Mas o destino tinha algo completamente diferente reservado para ela.
Na noite em que Emma entrou em trabalho de parto, algo incrível aconteceu. Não nasceram seis nem oito, mas dezessete leitões. Infelizmente, quatro não sobreviveram, mas treze pequenas vidas sobreviveram: se contorcendo, gritando e cheias de promessas.
Chester estava atônito. Ele já tinha presenciado muitos partos na fazenda, mas nenhum como aquele. Era ao mesmo tempo um milagre e uma crise:
Emma estava muito fraca para cuidar deles. Seu corpo estava superaquecer e a febre piorava a cada hora que passava.
Desesperado, Chester tomou a difícil decisão de separar os leitões de sua mãe, com a esperança de salvar tanto os bebês quanto a Emma.
Voluntários intervieram para alimentar os recém-nascidos com mamadeira quatro vezes ao dia, mas apesar de seus esforços, o estado de Emma continuava a se deteriorar.
Emma estava imóvel, mal reagia, respirando ofegante. Os tratamentos médicos não pareciam ajudar.
Foi então que Chester decidiu tentar algo diferente, algo inesperado. Ele levou os leitões de volta para Emma e os deixou se aninhar ao seu lado.
Assim que os colocaram perto dela, Emma despertou. Ela piscou e, pela primeira vez em dias, levantou a cabeça.
Soltou um grunhido silencioso enquanto se aninhava junto aos seus bebês. Pouco a pouco, ela começou a comer. A febre diminuiu. Ela havia recuperado as forças.
«Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, nunca teria acreditado», disse Chester ao lembrar daquele momento. «Foi como ver uma alma ressuscitar.»
A transformação de Emma foi notável. Em poucos dias, ela começou a caminhar, recuperando a energia pouco a pouco. Ela amamentou seus leitões com carinho, e ficou claro: estar com eles era o que a motivava a seguir em frente.
Seu desejo de sobreviver não vinha de medicamentos, mas de amor. O vínculo entre mãe e filhos se mostrou mais forte do que qualquer tratamento que pudessem oferecer.
Hoje, Emma e seus leitões passeiam pelos campos da Fazenda Apricot Lane, felizes e saudáveis. Emma já não é mais o animal quebrado que chegou desesperada; ela é um símbolo de resiliência, uma mãe que lutou para sair do abismo.