Um bilionário disfarçado para espionar a esposa — e ele ficou paralisado ao descobrir o que ela estava fazendo.
O corredor do hotel estava quieto, quieto demais. O chefe Maxwell permanecia ali, respirando rapidamente sob o seu disfarce. Usava uma barba falsa, um casaco velho e um boné preto que cobria metade do rosto. Seu coração batia tão forte que ele podia ouvi-lo nos próprios ouvidos. Levantou lentamente a mão e bateu à porta do hotel. Toc toc toc.
Por um momento, nada aconteceu. Depois ouviu — uma risadinha abafada, uma voz feminina, a voz de Sandra. As pernas do chefe Maxwell quase tremeram. Ele empurrou suavemente a porta e, assim que a luz do corredor se espalhou pelo quarto, o mundo inteiro parou. Sandra, sua esposa, a mulher que ele havia desposado aos 32 anos, aquela pela qual havia orado para que Deus lhe desse, estava deitada na cama do hotel — e outro homem estava na cama com ela. O chefe Maxwell congelou como gelo. Sua boca se abriu levemente, mas nenhuma palavra saiu.
Sua garganta travou. Seu peito parecia ter sido golpeado. Os olhos de Sandra se arregalaram de choque quando ela gritou seu nome — Maxwell! O homem na cama saltou, tentando se cobrir. O quarto cheirava à traição. O ar era pesado, quente e amargo. Por um momento, o chefe Maxwell não conseguia se mover, nem respirar, nem pensar.
Como ele tinha chegado àquele ponto? Como a mulher a quem ele dera tudo pôde traí-lo daquela forma? Há quanto tempo ela vinha fazendo isso escondida? Suas mãos tremiam, seu coração ardia, mas a voz se recusava a sair. E foi aí que o chefe Maxwell sentiu algo se quebrar dentro dele. A história não começara naquele hotel. Começara na sua mansão.

Uma mansão que ele havia construído com o suor de seu rosto, com paciência e sacrifícios que quase o destruíram. O chefe Maxwell não nascera rico. Seus pais eram simples agricultores no estado do Delta. Ao crescer, ele prometeu a si mesmo que a pobreza jamais veria seus filhos.
Essa promessa o impulsionou a trabalhar mais do que qualquer homem ao seu redor. Começou com uma pequena empresa de fornecimento de petróleo, depois uma maior, depois uma companhia, depois outra — até se tornar um dos mais jovens bilionários da região. Mas o sucesso tem um preço. Enquanto outros homens se casavam cedo, ele permanecia sozinho correndo atrás do dinheiro.
Quando finalmente se estabeleceu, tinha 45 anos. Foi então que conheceu Sandra. Ela era bonita, alta, de pele clara, com voz doce e gosto pelo luxo. Ela o chamava de “meu amor” enquanto todos os outros o chamavam de “chefe”. Ele acreditou que ela o amava. Acreditou que ela se importava com ele — mas estava errado.
Durante meses, as coisas não estavam normais em casa. Sandra revirava os olhos quando ele falava. Gritava com os empregados. Chegava tarde da noite com desculpas que nunca pareciam verdadeiras. E o pior — ela não o respeitava. Até o motorista deles percebeu.
“Senhor, a madame anda falando com o senhor de qualquer jeito ultimamente”, murmurou ele um dia. Mas o chefe Maxwell ignorou com um gesto. Ele queria que o casamento funcionasse. Odiava a vergonha. Odiava o divórcio. Não queria que as pessoas zombassem dele. Uma noite, entrou na sala e viu Sandra sorrindo para o telefone.
Sorrindo de um jeito que nunca sorrira para ele. “Com quem você está falando?”, perguntou ele suavemente. Sandra imediatamente escondeu o telefone. “Com ninguém”, disse ela, revirando os olhos. “Deixa eu ver”, disse o chefe aproximando-se. “Você é louco?”, retrucou ela. Ele ficou ali parado, chocado.
Ninguém jamais havia falado com ele assim — nem mesmo seus funcionários. Sandra subiu as escadas furiosa e bateu a porta. Foi o momento em que o chefe Maxwell sentiu algo apertar seu coração. Algo estava errado. Mas quando ele a confrontou mais tarde, lágrimas escorreram dos olhos dela enquanto mentia: “Eu sou fiel. Eu juro. Você é o único homem da minha vida.”

Ele acreditou porque queria acreditar. Mas naquela noite, não conseguiu dormir. Sandra estava na cama ao lado, mas o telefone dela vibrava sem parar debaixo do travesseiro. O rosto dela virava para a tela constantemente. Ela sorria no escuro para outra pessoa.
Foi nesse momento que o chefe Maxwell tomou sua decisão. Ele iria segui-la, iria se disfarçar, iria descobrir a verdade com os próprios olhos. Sandra lhe disse que iria visitar uma amiga, mas o chefe Maxwell sabia que ela estava mentindo. Ela se vestiu bem demais, o perfume era forte demais, a empolgação era evidente demais. Ela saiu de casa às 19h49.
O chefe esperou dois minutos e a seguiu discretamente com outro carro. Ele vestia um disfarce preparado anteriormente. Rastreadou-a até um hotel e a viu encontrar-se com um homem na entrada. Ele a viu segurar a mão daquele homem. Viu quando entraram juntos num quarto. Suas mãos ficaram geladas, suas pernas fracas — mas mesmo assim ele seguiu.
Caminhou pelo corredor, o coração batendo como um tambor, até chegar diante do quarto onde sua esposa o traía. Um homem como ele — que construíra um império do nada, que lhe dera luxo, conforto e respeito — e ela o recompensava daquela maneira.
O chefe engoliu difícil e bateu. Toc. Quando abriu a porta, seu mundo desabou. Sandra gritou seu nome. O homem na cama saltou. O disfarce do chefe Maxwell caiu parcialmente do rosto, revelando sua identidade. E Sandra murmurou uma frase que atravessou seu peito como uma faca: “Por favor… eu posso explicar.”
O chefe Maxwell olhou para ela, a voz trêmula: “Explicar o quê?” Antes que ela respondesse, a porta se abriu ainda mais — e alguém inesperado entrou no quarto. Alguém que o chefe Maxwell jamais imaginaria ver numa situação tão vergonhosa.
Era Anita, a irmã mais velha de Sandra.