Aos 60 anos, Juliette Binoche fala sobre as cinco pessoas que ela amou e apoiou** Com 79 anos, numa idade em que muitos já estão em silêncio, Hanne Lore Elsner abre seu coração mais uma vez. Não para falar sobre fama ou prêmios, mas sobre cinco pessoas cujas vidas ela tocou com sua calorosa presença, sua fé e sua inabalável humanidade. Ela foi a grande dama do cinema alemão, elegante e ao mesmo tempo rebelde. Uma mulher que nunca deixou de acreditar no lado bom das pessoas. Sua voz soa tranquila, mas em cada frase ecoa uma lembrança de encontros que significaram mais do que qualquer papel. Não o brilho do cinema, mas os gestos silenciosos de afeto que marcam seu legado. E assim ela começa a contar sobre cinco pessoas cujos caminhos se cruzaram com o dela e que, graças ao seu amor, coragem e generosidade, encontraram seu próprio lugar na vida. Número 5: Iris Berben, a companheira de jornada e o reflexo de sua força. A primeira pessoa em quem Hanne Lore Elsner pensa com um sorriso suave é Iris Berben. Duas mulheres, duas épocas do cinema alemão, e ainda assim uma alma vinda da mesma profundidade. Elas se encontraram no final dos anos 80, quando o cinema alemão ainda era dominado por homens. Hanne Lore já era uma atriz consolidada, enquanto Iris lutava por seu lugar em um mundo que oferecia pouco espaço para a independência feminina. Hanne Lore viu nela algo que muitos ignoravam: coragem, humor e essa rara habilidade de permanecer vulnerável sem perder sua dignidade. Durante uma filmagem conjunta, Hanne Lore a chamou de lado uma noite e disse: “Nunca deixe que diminuam você, Iris. Força não significa dureza. Significa permanecer sendo você mesma, mesmo quando ninguém te entende.” Essas palavras acompanharam Iris Berben por décadas. Em entrevistas posteriores, ela frequentemente falava sobre como a confiança de Hanne Lore a moldou. Quando se tornou presidente da Academia de Cinema Alemã, ela dedicou seu sucesso a todas as mulheres que, como Hanne Lore, nunca pararam de acreditar em nós. Entre as duas, não nasceu uma amizade barulhenta, mas uma conexão silenciosa, sustentada por respeito mútuo, empatia e a certeza de que a verdadeira grandeza é sempre a capacidade de fazer os outros brilhar. Número 4: Heike Makatsch, a aluna a quem ela ensinou a mostrar seu coração. Quando Heike Makatsch ainda estava no início de sua carreira, era principalmente conhecida por sua leveza, sorriso e charme juvenil. Mas por trás das câmeras, ela lutava com dúvidas, muito jovem, inexperiente e insegura, para ser levada a sério. Hanne Lore Elsner a conheceu pela primeira vez no set de uma produção conjunta. Heike se lembra: “Ela simplesmente veio até mim, colocou a mão em meu ombro e me olhou como se estivesse olhando através de mim. Então, Hanne Lore disse suavemente: ‘Quando você atuar, não faça isso para agradar. Faça para sentir. O público só pode te amar quando você se amar primeiro.'” Essas palavras se tornaram uma bússola para Heike. Anos depois, quando ela ficou internacionalmente famosa com “Love Actually”, falou em uma entrevista sobre como Hanne Lore lhe ensinou a não ser perfeita, mas verdadeira. Hanne Lore tinha o dom de não moldar jovens atrizes, mas de incentivá-las a se reconhecerem. Para Heike, ela foi mais do que uma mentora. Foi uma lembrança luminosa de que vulnerabilidade não é fraqueza, mas a coisa mais bela que um artista pode mostrar. E mesmo depois da morte de Hanne Lore, Heike Makatsch diz que toda vez que está diante das câmeras, ouve sua voz dentro de si: “Ouse ser você mesma.” Número 3: Till Schweiger, o jovem rebelde que ela incentivou a acreditar. No início dos anos 90, quando Till Schweiger ainda era um ator impetuoso e em busca de seu lugar, ele encontrou Hanne Lore Elsner, uma mulher que o entendeu imediatamente. Naquela época, seu nome era pouco conhecido. Ele fazia papéis secundários e lutava contra a imagem do bonito rebelde, que ninguém levava a sério. Em uma filmagem conjunta, Till conta mais tarde, Hanne Lore percebeu sua inquietação. Durante uma pausa, ela se sentou ao seu lado, lhe deu um café e disse: “Você quer tudo, e isso é bom, mas precisa aprender a não precisar de tudo imediatamente. O coração de um artista cresce com paciência.” Till riu na época, mas anos depois ele entenderia o que ela queria dizer. Quando celebrou seu maior sucesso com “Keinohrhasen”, ele escreveu em uma carta aberta: “Hanne Lore me mostrou que força vem da calma. Sem ela, talvez eu tivesse me perdido.” Ela acreditou nele quando quase ninguém acreditava, e não o protegeu com grandes gestos, mas com confiança. Para Hanne Lore, Till não era um concorrente, mas um jovem que ainda precisava aprender a acreditar em si mesmo. E talvez esse tenha sido seu maior presente: ela viu em cada pessoa o que ela poderia se tornar, e não o que era no momento. Número 2: Doris Dörrie, a amiga e alma criativa. Foi um daqueles encontros raros, onde duas pessoas não precisam de explicações, pois já se compreendem antes mesmo de falarem a primeira palavra. Hanne Lore Elsner e Doris Dörrie se conheceram no final dos anos 90, quando Doris trabalhava em seu filme “Bin ich schön”. Dessa colaboração nasceu uma amizade que foi muito além do cinema. Uma conexão baseada em confiança mútua, curiosidade e respeito. Naquele momento, Doris Dörrie era uma das poucas diretoras que se firmavam em um setor dominado por homens. Muitos zombavam de sua maneira discreta, de suas imagens poéticas, de suas personagens femininas não convencionais. Mas Hanne Lore reconheceu nela uma voz que precisava ser ouvida. “Você não faz filmes para agradar,” disse Hanne Lore certa noite depois do trabalho. “Você faz filmes para lembrar as pessoas de quem elas são.” Quando, anos depois, “Kirschblüten – Hanami” foi criado, parecia que duas almas respiravam no mesmo ritmo. Hanne Lore entregou tudo nessa performance. Sua dignidade, sua vulnerabilidade, seu amor. Doris disse em uma entrevista depois: “Nunca vi ninguém atuar com tanta entrega, como se fosse sua vida que estivesse em jogo. Hanne Lore era a verdade em si mesma.” As duas permaneceram unidas até o fim. Quando Doris falava sobre ela, nunca parecia ser uma perda, mas sim uma gratidão. “Ela nunca me guiou. Ela apenas me fez acreditar que já estava no caminho certo.” Assim, de uma relação profissional, nasceu uma das amizades mais bonitas do cinema alemão, sustentada pela confiança mútua e pela silenciosa certeza de que a arte é mais profunda quando nasce do amor. Número 1: Dominik Graf, o diretor que a ajudou a formar uma geração. Quando se fala de Hanne Lore Elsner, não podemos deixar de mencionar Dominik Graf. Ele foi o diretor que a redescobriu repetidamente, e ela foi a atriz que deu profundidade às suas histórias. Juntos, criaram algumas das obras mais impressionantes da televisão alemã, incluindo “Die Kommissarin” e “Hotte im Paradies”. Mas sua conexão foi mais do que profissional. Dominik Graf a chamou uma vez de “O coração que faz meu cinema pulsar”. Nos anos 90, quando ele tentava dar espaço a jovens cineastas, Hanne Lore estava frequentemente ao seu lado, sem brilho próprio, mas como uma apoiadora silenciosa. Ela insistia para que atores jovens, ainda desconhecidos, tivessem a chance de brilhar em seus filmes. “Só assim nosso cinema se mantém vivo,” ela dizia. Graf se lembra depois: “Hanne Lore nunca vinha com exigências. Ela vinha com perguntas, com bondade, com coragem, e trazia algo que nenhum dinheiro no mundo poderia comprar: confiança.” Para muitos dos jovens atores da época, ela foi uma espécie de anjo da guarda, alguém que lhes deu espaço para cometer erros, crescer, encontrar a si mesmos. Ela entendia que a arte só pode surgir quando as pessoas se sentem seguras, vistas e compreendidas. Quando Dominik Graf fez um discurso em homenagem a ela anos depois de sua morte, ele disse suavemente: “Ela era a alma dos nossos filmes. Sem ela, muitos de nós nunca teriam se tornado o que somos hoje.” E talvez, neste frase, esteja a verdade sobre Hanne Lore Elsner. Ela não era apenas uma estrela, mas uma fonte da qual gerações poderiam se alimentar. Cinco pessoas, cinco histórias. E ainda assim, todas elas levam de volta a um coração: o de Hanne Lore Elsner. Ela amou sem esperar nada em troca, apoiou sem condições e deu confiança onde outros apenas conheciam julgamentos. Para ela, o sucesso nunca foi um palco, mas uma ponte. Para os outros: humanidade, para a autenticidade. Hoje, anos depois de sua morte, sentimos sua presença em cada filme, em cada rosto daqueles que ela tocou. Suas palavras, seus olhares, seu sorriso. Tudo isso continua vivo, silencioso e poderoso como um eco na alma do cinema alemão, pois Hanne Lore acreditava no bem, mesmo quando ele era silencioso. E talvez esse seja seu maior legado: ela nos ensinou a buscar grandeza não no brilho,

Aos 60 anos, Juliette Binoche fala sobre as cinco pessoas que ela amou e apoiou

Com 79 anos, numa idade em que muitos já estão em silêncio, Hanne Lore Elsner abre seu coração mais uma vez. Não para falar sobre fama ou prêmios, mas sobre cinco pessoas cujas vidas ela tocou com sua calorosa presença, sua fé e sua inabalável humanidade.

Ela foi a grande dama do cinema alemão, elegante e ao mesmo tempo rebelde. Uma mulher que nunca deixou de acreditar no lado bom das pessoas. Sua voz soa tranquila, mas em cada frase ecoa uma lembrança de encontros que significaram mais do que qualquer papel. Não o brilho do cinema, mas os gestos silenciosos de afeto que marcam seu legado.

E assim ela começa a contar sobre cinco pessoas cujos caminhos se cruzaram com o dela e que, graças ao seu amor, coragem e generosidade, encontraram seu próprio lugar na vida. Número 5: Iris Berben, a companheira de jornada e o reflexo de sua força. A primeira pessoa em quem Hanne Lore Elsner pensa com um sorriso suave é Iris Berben.

Duas mulheres, duas épocas do cinema alemão, e ainda assim uma alma vinda da mesma profundidade. Elas se encontraram no final dos anos 80, quando o cinema alemão ainda era dominado por homens. Hanne Lore já era uma atriz consolidada, enquanto Iris lutava por seu lugar em um mundo que oferecia pouco espaço para a independência feminina.

Hanne Lore viu nela algo que muitos ignoravam: coragem, humor e essa rara habilidade de permanecer vulnerável sem perder sua dignidade. Durante uma filmagem conjunta, Hanne Lore a chamou de lado uma noite e disse: “Nunca deixe que diminuam você, Iris. Força não significa dureza. Significa permanecer sendo você mesma, mesmo quando ninguém te entende.”

Essas palavras acompanharam Iris Berben por décadas. Em entrevistas posteriores, ela frequentemente falava sobre como a confiança de Hanne Lore a moldou. Quando se tornou presidente da Academia de Cinema Alemã, ela dedicou seu sucesso a todas as mulheres que, como Hanne Lore, nunca pararam de acreditar em nós. Entre as duas, não nasceu uma amizade barulhenta, mas uma conexão silenciosa, sustentada por respeito mútuo, empatia e a certeza de que a verdadeira grandeza é sempre a capacidade de fazer os outros brilhar.

Heike Makatsch, a aluna a quem ela ensinou a mostrar seu coração. Quando Heike Makatsch ainda estava no início de sua carreira, era principalmente conhecida por sua leveza, sorriso e charme juvenil. Mas por trás das câmeras, ela lutava com dúvidas, muito jovem, inexperiente e insegura, para ser levada a sério.

Hanne Lore Elsner a conheceu pela primeira vez no set de uma produção conjunta. Heike se lembra: “Ela simplesmente veio até mim, colocou a mão em meu ombro e me olhou como se estivesse olhando através de mim. Então, Hanne Lore disse suavemente: ‘Quando você atuar, não faça isso para agradar. Faça para sentir. O público só pode te amar quando você se amar primeiro.'”

Essas palavras se tornaram uma bússola para Heike. Anos depois, quando ela ficou internacionalmente famosa com “Love Actually”, falou em uma entrevista sobre como Hanne Lore lhe ensinou a não ser perfeita, mas verdadeira. Hanne Lore tinha o dom de não moldar jovens atrizes, mas de incentivá-las a se reconhecerem.

Para Heike, ela foi mais do que uma mentora. Foi uma lembrança luminosa de que vulnerabilidade não é fraqueza, mas a coisa mais bela que um artista pode mostrar. E mesmo depois da morte de Hanne Lore, Heike Makatsch diz que toda vez que está diante das câmeras, ouve sua voz dentro de si: “Ouse ser você mesma.”

Till Schweiger, o jovem rebelde que ela incentivou a acreditar. No início dos anos 90, quando Till Schweiger ainda era um ator impetuoso e em busca de seu lugar, ele encontrou Hanne Lore Elsner, uma mulher que o entendeu imediatamente. Naquela época, seu nome era pouco conhecido. Ele fazia papéis secundários e lutava contra a imagem do bonito rebelde, que ninguém levava a sério. Em uma filmagem conjunta, Till conta mais tarde, Hanne Lore percebeu sua inquietação.

Durante uma pausa, ela se sentou ao seu lado, lhe deu um café e disse: “Você quer tudo, e isso é bom, mas precisa aprender a não precisar de tudo imediatamente. O coração de um artista cresce com paciência.” Till riu na época, mas anos depois ele entenderia o que ela queria dizer. Quando celebrou seu maior sucesso com “Keinohrhasen”, ele escreveu em uma carta aberta: “Hanne Lore me mostrou que força vem da calma. Sem ela, talvez eu tivesse me perdido.”

Ela acreditou nele quando quase ninguém acreditava, e não o protegeu com grandes gestos, mas com confiança. Para Hanne Lore, Till não era um concorrente, mas um jovem que ainda precisava aprender a acreditar em si mesmo. E talvez esse tenha sido seu maior presente: ela viu em cada pessoa o que ela poderia se tornar, e não o que era no momento.

Doris Dörrie, a amiga e alma criativa. Foi um daqueles encontros raros, onde duas pessoas não precisam de explicações, pois já se compreendem antes mesmo de falarem a primeira palavra.

Hanne Lore Elsner e Doris Dörrie se conheceram no final dos anos 90, quando Doris trabalhava em seu filme “Bin ich schön”. Dessa colaboração nasceu uma amizade que foi muito além do cinema. Uma conexão baseada em confiança mútua, curiosidade e respeito. Naquele momento, Doris Dörrie era uma das poucas diretoras que se firmavam em um setor dominado por homens.

Muitos zombavam de sua maneira discreta, de suas imagens poéticas, de suas personagens femininas não convencionais. Mas Hanne Lore reconheceu nela uma voz que precisava ser ouvida. “Você não faz filmes para agradar,” disse Hanne Lore certa noite depois do trabalho. “Você faz filmes para lembrar as pessoas de quem elas são.”

Quando, anos depois, “Kirschblüten – Hanami” foi criado, parecia que duas almas respiravam no mesmo ritmo. Hanne Lore entregou tudo nessa performance. Sua dignidade, sua vulnerabilidade, seu amor. Doris disse em uma entrevista depois: “Nunca vi ninguém atuar com tanta entrega, como se fosse sua vida que estivesse em jogo. Hanne Lore era a verdade em si mesma.”

As duas permaneceram unidas até o fim. Quando Doris falava sobre ela, nunca parecia ser uma perda, mas sim uma gratidão. “Ela nunca me guiou. Ela apenas me fez acreditar que já estava no caminho certo.” Assim, de uma relação profissional, nasceu uma das amizades mais bonitas do cinema alemão, sustentada pela confiança mútua e pela silenciosa certeza de que a arte é mais profunda quando nasce do amor.

Dominik Graf, o diretor que a ajudou a formar uma geração. Quando se fala de Hanne Lore Elsner, não podemos deixar de mencionar Dominik Graf. Ele foi o diretor que a redescobriu repetidamente, e ela foi a atriz que deu profundidade às suas histórias. Juntos, criaram algumas das obras mais impressionantes da televisão alemã, incluindo “Die Kommissarin” e “Hotte im Paradies”.

Mas sua conexão foi mais do que profissional. Dominik Graf a chamou uma vez de “O coração que faz meu cinema pulsar”. Nos anos 90, quando ele tentava dar espaço a jovens cineastas, Hanne Lore estava frequentemente ao seu lado, sem brilho próprio, mas como uma apoiadora silenciosa. Ela insistia para que atores jovens, ainda desconhecidos, tivessem a chance de brilhar em seus filmes.

“Só assim nosso cinema se mantém vivo,” ela dizia. Graf se lembra depois: “Hanne Lore nunca vinha com exigências. Ela vinha com perguntas, com bondade, com coragem, e trazia algo que nenhum dinheiro no mundo poderia comprar: confiança.” Para muitos dos jovens atores da época, ela foi uma espécie de anjo da guarda, alguém que lhes deu espaço para cometer erros, crescer, encontrar a si mesmos.

Ela entendia que a arte só pode surgir quando as pessoas se sentem seguras, vistas e compreendidas. Quando Dominik Graf fez um discurso em homenagem a ela anos depois de sua morte, ele disse suavemente: “Ela era a alma dos nossos filmes. Sem ela, muitos de nós nunca teriam se tornado o que somos hoje.” E talvez, neste frase, esteja a verdade sobre Hanne Lore Elsner.

Ela não era apenas uma estrela, mas uma fonte da qual gerações poderiam se alimentar. Cinco pessoas, cinco histórias. E ainda assim, todas elas levam de volta a um coração: o de Hanne Lore Elsner. Ela amou sem esperar nada em troca, apoiou sem condições e deu confiança onde outros apenas conheciam julgamentos. Para ela, o sucesso nunca foi um palco, mas uma ponte.

Para os outros: humanidade, para a autenticidade. Hoje, anos depois de sua morte, sentimos sua presença em cada filme, em cada rosto daqueles que ela tocou. Suas palavras, seus olhares, seu sorriso. Tudo isso continua vivo, silencioso e poderoso como um eco na alma do cinema alemão, pois Hanne Lore acreditava no bem, mesmo quando ele era silencioso.

E talvez esse seja seu maior legado: ela nos ensinou a buscar grandeza não no brilho.

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