Viúva Solitária Compra Três Órfãos Amarrados a Uma Cerca — Mas a Cidade Entra em Choque Quando a Menina Mais Nova Sussurra Seu Nome e Revela Segredos Que Ninguém Deveria Saber

A Corda Estava Apertada Demais Para Crianças Tão Pequenas. Willa Blaine, Aos Quarenta E Três Anos, Já Tinha Visto Nó Suficiente Para Entender Quando Alguém Queria Garantir Controle. Quem Prendera Aquelas Três Crianças Ao Poste Não Estava Disposto A Correr Riscos. A Mais Velha, Talvez Oito Anos, Mantinha O Queixo Erguido Apesar Das Lágrimas Que Sulcavam O Rosto Sujo. O Menino Ao Centro Fitava Os Próprios Pés Descalços, Como Se Ali Houvesse Um Segredo. E A Menor — Uma Garota De Cabelos Louros Emaranhados Ao Couro Cabeludo — Apertou O Peito De Willa Com Uma Dor Que Não Sentia Desde Que A Febre Levara Seu Menino Dois Invernos Atrás.

“Vai Comprar Ou Só Tá Olhando, Dona?” Malachi Brooks Cuspiu Tabaco Na Poeira, Perto Das Botas Gastas De Willa. O Carroção Dele Gemia Sob O Peso De Mercadorias Que Ninguém Acreditava Que Ele Tivesse Obtido Honestamente. Mas Ali, Três Dias De Cavalo De Qualquer Traço De Lei, Saber E Provar Eram Bichos Diferentes.

Willa Não Tirou Os Olhos Das Crianças. Os Lábios Da Pequena Mexiam, Formando Palavras Baixíssimas. Havia Qualquer Coisa No Desenho Daquela Boca Que Fez Willa Se Aproximar. A Corda Marcara Os Punhos Miúdos Até Arrancar Pele; Alguém Tentara Lavar O Sangue, Sem Sucesso.

“Depende Do Quanto Pede”, Disse Willa, A Voz Firme Apesar Da Tempestade Que Crescia Dentro Do Peito. Viera Por Sal, Toucinho, Farinha — Quem Sabe Uma Nova Bride Se O Preço Ajudasse. Não Planejara Isso. Ninguém Planeja Encontrar Crianças Amarradas Como Gado À Sombra Da Mercearia.

Brooks Se Plantou Entre Ela E O Poste, O Corpo Largão Apagando Metade Do Sol.

“Cinquenta Dólares Leva As Três. As Maiores Trabalham Bem. A Pequena Aprende Rápido Com O Estímulo Certo.”

A Palavra “Estímulo” Saiu Da Boca Dele Rançosa Como Carne Azeda. Willa Sentiu As Mãos Formarem Punhos. Enterrara O Marido Cinco Anos Antes; O Filho, Dois Anos Depois. Em Algum Ponto Entre Dois Túmulos, Tinha Parado De Acreditar Em Quase Tudo. Mas A Medo Espesso Daquelas Crianças Empurrava Contra Ela Como Coisa Física, E Algo Frio E Afiado Acordou Dentro Do Peito.

“De Onde Tirou Elas?”, Perguntou.

“Importa? Órfão Não Escolhe Destino. Dei Sorte De Achar Antes Que Gente Com Intenção Pior Levasse.”

A Boca Da Menina Continuava Em Sussurro. Willa Se Inclinou, Forçando O Ouvido. O Vento Virou, Trouxe Poeira, Cheiro De Cavalo E Outra Coisa — A Pausa Que Permitiu Ouví-La, Enfim.

“Thomas”, Disse A Pequena, Claro Como Sino Em Silêncio De Deserto. “Thomas. Thomas.”

As Pernas De Willa Quase Cederam. Thomas Era O Nome Do Seu Menino — O Que Entalhara Cruz De Madeira E Fincara No Chão Duro Dois Invernos Antes. Ninguém Ali O Conhecera; Mudara-Se Depois Que Ele Morreu. “O Que Você Disse?”, Willa Ajoelhou Na Poeira, Deixando O Rosto Na Altura Da Garota Loura. De Perto, Os Olhos Dela Eram Cor De Céu De Inverno: Claros, Fundos, Cansados Demais Para Uma Criança.

“Thomas”, Repetiu A Menina. Depois Fixou Willa. “Thomas Disse Que Você Viria.”

Brooks Riu — Som De Cascalho Arrastando Em Madeira.

“Fala Esse Nome Tem Três Dias. Deve Ser Antigo Dono. Criança Gruda Em Coisa Estranha.”

Willa Já Não O Ouvia. Havia Um Traço Familiar Na Menina Que Ela Não Sabia Nomear: O Nariz, A Curva Das Sobrancelhas. “Como Você Conhece Esse Nome?”, Sussurrou.

A Menina Entortou A Cabeça, Como Quem Escuta Algo Invisível.

“Thomas Disse Que A Mãe Tinha Cabelo Amarelo Que Nem O Meu. Cheiro De Sabão E Lavanda. Triste, Mas Boa.”

O Mundo Pendeu De Lado. O Cabelo De Willa, Que O Sol Tinha Desbotado, Ainda Era Loiro. E Ela Usava Sabonete De Lavanda — O Último Pedaço Comprado Seis Meses Antes Com Um Vendedor Ambulante. Podia Ser Coincidência. O Que Gelou O Sangue Foi O Jeito Como A Garota Dissera “Mamãe” — Como Thomas Dizia, Como Se Fosse A Palavra Mais Importante Do Mundo.

“Cinquenta”, Repetiu Brooks, Distante. “Leva Ou Deixa.”

A Mais Velha Falou, A Voz Rachada De Sede.

“Por Favor, Dona. Não Deixa Ele Levar A Gente Pros Garimpos.”

Willa Sabia O Destino De Crianças Em Campos De Mineração. Trabalho Que Quebrava Coluna E Roubava Futuro. “Eu Fico Com Elas”, Disse Sem Se Reconhecer. E Levou A Mão Ao Bolso.

Marshal Gideon Nash Dobrou A Esquina A Cavalo, O Distintivo Piscando À Luz Da Tarde. Os Olhos Vararam As Crianças, Passaram Por Brooks, Pararam Em Willa Ajoelhada.

“Algum Problema?”, Perguntou, A Mão No Revólver.

“Sem Problema, Marshal”, Disse Brooks, Endireitando. “Negócio Legal Com A Dama.”

O Cavalo Bufou, Sentindo A Cordas Nas Peles, O Sangue Seco No Pulso Da Menina. “Essas Crianças Não Parecem Muito Dispostas Nesse ‘Negócio’”, Disse Nash.

“Órfão Não Opina, Marshal. Dou Serviço Honesto. Melhor Que Morrer Na Rua.”

Willa Se Ergueu Devagar, O Joelho Doendo.

“Eu Ia Comprar”, Disse. “Tirar Elas Das Mãos Dele.”

Nash A Mediu Com Olhos De Quem Já Viu De Tudo.

“A Senhora Sabe Criar Criança?”

A Pergunta Foi Um Soco Quente. Willa Criara Thomas Por Sete Anos: Ler, Montar, Tratar Bicho Com Cuidado E Gente Com Respeito. “Sei O Suficiente”, Disse.

A Pequena Tornou A Falar, Quase Um Fio.

“Thomas Disse Que Você Enterrou Ele Debaixo Do Carvalho. E Que Pôs A Bolinha Azul No Caixão.”

O Mundo Parou. Thomas Estava Sob O Único Carvalho Num Raio De Milhas, Com A Bolinha De Gude Azul De Redemoinhos Brancos — A Preferida, Que Ganhará De Jimmy Patterson Atrás Da Escola. Ninguém Sabia Da Bolinha.

Nash Apertou A Rédea. “O Que Foi Que Ela Disse?”

“Criança Fala Besteira De Medo”, Apelou Brooks, A Voz Rindo Sem Convicção.

“Como Sabe Disso?”, Murmurou Willa À Menina.

“Porque Thomas Me Contou. Quando Os Homens Maus Levaram A Gente Da Missão, Eu Chorei. Ele Sentou No Escuro E Falou Da Mãe. Disse Pra Procurar A Moça Do Cabelo Amarelo Que Cheira A Lavanda.”

“Impossível”, Resmungou Nash, Mas O Tom Já Carregava Dúvida.

“Disse Que O Nome Dela Era Willa. Casa Com Venezianas Azuis Perto De Um Córrego Que Corre Pro Leste.”

As Venezianas De Willa Eram Azuis. O Córrego Corria Para Leste. Podia Ser Observação, Alguém Espreitando O Sítio. Mas O Jeito Como A Menina Falava De Thomas Era De Quem Tinha Ouvido Da Própria Boca.

Brooks Sacou Uma Faca. O Ar Cortou.

“Ninguém Compra Criança Hoje. Muita Pergunta. Muita Complicação.”

O Revólver De Nash Saiu Da Bainha Como Cascavel.

“Larga A Lâmina, Brooks.”

Ele Não Largou. Deu Meio Passo Até O Poste. Três Vidas Miúdas Contrapesavam A Liberdade Dele.

“Eu Corto As Cordas, Põe No Meu Carro E Vou Embora. Quem Tentar Parar, O Oeste Dá Suas Fatalidades.”

A Pequena Olhou Para Willa, Olhos De Céu Frio.

“Thomas Disse Que Você Era Corajosa. Que Já Tocou Uma Onça Do Galinheiro Só Com Cabo De Vassoura.”

O Sangue De Willa Virou Água Gelada. Aquilo Acontecera Três Meses Depois Da Morte De Thomas. Nunca Contara A Ninguém.

“Espera”, Disse Ela, Firme. “Senhor Brooks, Você Pediu Cinquenta Pelas Três. Eu Pago.”

Nash Cerrou O Maxilar.

“Não Posso Deixar A Senhora Pagar Por Criança Roubada.”

“Você Não Sabe Se É Roubada”, Cortou Brooks. “Peguei Na Missão. Tenho Papel.”

“Que Missão?”, Exigiu Nash.

A Hesitação De Um Segundo Bastou Para Denunciar A Mentira. “Santa Maria. Três Dias Ao Norte.”

“Então Mostra O Papel.”

Brooks Tateou O Casaco — E Tirou Segunda Faca.

“Acabou A Conversa.”

O Menino Levantou Os Olhos Para Willa, Conhecimento Demais Neles.

“Thomas Mandou Dizer Outra Coisa Se A Gente Achasse Você”, Disse Sawyer. “Ele Perdoa A Senhora Pelo Remédio.”

A Memória Espetou Willa Por Dentro: O Remédio Amargo Que Thomas Vomitara, Chorando Enquanto Ela, Desesperada, Tentava Fazer Engolir. Era O Último Quadro Nítido Do Menino. A Culpa A Roera Por Dois Anos.

Brooks Começou A Recuar Com As Lâminas. A Multidão Em Volta Crescia, Rostos Fechados. “Solta Eles!”, Gritou Alguém. “Criança Não É Gado!”

Brooks Suou. Contou Riscos. “Dona Blaine”, Mudou O Tom, “A Senhora Quer Muito Essas Crianças. Faça Por Cem.”

Cem Dólares Era Um Ano De Trabalho — Telhado Antes Do Inverno, Semente Para A Primavera. Willa Olhou As Três Carinhas E Entendeu Que Dinheiro Não Entrava Na Conta.

“Não Tenho Cem”, Disse.

“Então Temos Um Problema.”

“Iris”, A Mais Velha, Falou: “Ele Mente Sobre A Missão. Comprou A Gente No Asilo De Millerville. Do Senhor Clayton. Pagou Com A Gente As Dívidas De Jogo.”

“Cala A Boca!”, Rosnou Brooks.

“E Os Papéis São Falsos. Eu Vi Ele Desenhando As Letras Erradas Do Meu Nome.”

Brooks Investiu Com A Faca. Willa Já Estava Em Movimento. Jogou O Ombro, Atingiu O Peito Dele, Os Dois Foram Ao Chão, A Lâmina Voou. Brooks Rolou Sobre Ela, As Mãos No Pescoço. Sawyer Se Atirou Nas Costas Do Homem, Punhos Pequenos Batendo Em Costas Largas. Brooks Deu Um Tapa À Queima-Roupa No Menino, Que Bateu No Poste.

Algo Antigo Se Rompeu Em Willa. O Joelho Subiu Seco; O Ar Fugiu Do Pulmão De Brooks Num Uivo. O Cano Do Revólver De Nash Encostou Na Têmpora Do Bandido.

“Mexa E Eu Pinto Esta Rua Com O Que Tem Aí Dentro.”

Brooks Amoleceu. A Roda De Gente Apertou. O Cheiro De Raiva Ficou Quente E Metálico.

“Cortem As Cordas”, Ordenou Nash. Mrs. Henley Avançou Com Uma Faca Pequena, Libertou Os Três. Iris Esfregou Os Pulsos Em Carne Viva, Ajudou Sawyer A Se Levantar.

“Ele Tem Mais Criança No Acampamento”, Disse Iris, A Voz Tremendo. “Dois Dias Ao Sul. Ia Voltar Depois De Vender A Gente.”

“Quantas?”, Perguntou Nash.

“Cinco Ou Seis.”

“Brooks, Você Vai Desenhar Um Mapa Agora”, Disse O Marshal. “E Vai Rezar Para Estarem Vivas.”

“Tenho Direitos…”, Assoviou Brooks.

“Perdeu Quando Vendeu Criança”, Respondeu Nash. “Mrs. Henley, Tem Cama Na Pensão Para Três?”

“Tenho. Mas…” A Mulher Parou, Olhando Opal. A Menina Recuara Um Passo, Sem Soltar Willa Com O Olhar.

“Thomas Disse Para Você Levar A Gente Para Casa”, Sussurrou Opal. “Casa De Venezianas Azuis E Horta.”

A Rua Murmurou. Todos Sabiam Que Willa Vivia Sozinha. Adotar Três Crianças Não Era Decisão Leve Ali.

“Eu… Não Sei Criar Criança”, Disse Willa. Viu A Mentira Nas Próprias Palavras E Corrigiu Por Dentro. Sabia. Só Tinha Esquecido.

Opal Tocou A Saia Enlameada De Willa.

“Thomas Disse Que Você Lembraria. Que Só Precisava Que Alguém Precisasse De Você.”

Willa Ia Ajoelhar Para Abraçar A Menina Quando Viu, No Pó Onde Brooks Caíra, Uma Bolinha Azul De Redemoinhos Brancos. Idêntica À De Thomas. A Mão De Willa Tremeu Ao Pegar.

“De Onde Veio?”, Perguntou.

Brooks, Com A Face Na Terra E O Ferro Na Cabeça, Riu Seco.

“Pergunta Pra Garota. Carrega Isso Desde Millerville.”

Willa Olhou Opal.

“Thomas Me Deu”, Disse A Menina. “Na Casa Da Febre.”

“Casa Da Febre?”, Repetiu Nash, Sem Largar O Bandido.

“O Lugar Onde Criança Doente Vai Morrer”, Disse Iris, Baixo. “Em Millerville. A Gente Esteve Lá Antes Do Asilo. Três Pegaram Febre. A Gente Sobreviveu. A Maioria Não.”

When? — Ia Perguntar Willa, Mas Sawyer Falou:

“Dois Invernos.”

Dois Invernos. O Mesmo Tempo Em Que Thomas Morreu. Mas Ele Morreu Em Casa, Na Cama, Com Ela Segurando Sua Mão… Não?

“Qual Era O Nome Do Menino?”, Perguntou, Embora Já Soubesse.

“Thomas Blaine”, Disse Opal. “Na Cama Ao Lado. Falava Da Mãe Do Cabelo Amarelo E Do Córrego.”

A Bolinha Escapou Dos Dedos, Caiu Na Poeira.

“Meu Marido…”, Sussurrou Willa. “Naquele Último Dia, Disse Que Ia À Cidade Buscar Remédio.” As Peças Se Encaixaram. Na Aflição, Ele Deve Ter Levado O Menino À Casa Da Febre Em Millerville E, Com Vergonha Ou Culpa, Jamais Dissera A Verdade.

“Ele Falava De Você Todo Dia”, Continuou Opal, Firme Como Gente Grande. “Quando Piorou, Me Deu A Bolinha. Disse Que Se A Mãe Não Viesse, Eu Procurasse Ela Um Dia. Pra Dizer Que Ele Não Teve Medo No Final.”

As Lágrimas De Willa Caíam Sem Que Ela Notasse. O Menino Morrera Longe, Chamando Por Ela, Enquanto Esperava O Marido Chegar Com Um Remédio Que Nunca Viria. “E Você Sabia Do Galinheiro, Das Venezianas, Da Bolinha No Caixão…”

“Ele Contou De Tudo”, Disse Opal. “Das Cantigas À Noite. Do Carvalho Onde O Pai Ia Enterrar.”

Nash Pigarreou.

“Senhora Blaine, Preciso Prender Este Homem E Sair Atrás Das Outras Crianças. Mas Primeiro: A Senhora Leva Estas Três Ou Não?”

Willa Fitou Os Três Rostos — Esperança, Medo, Fome De Pertencer. Olhou A Bolinha No Chão — Último Presente De Thomas À Menina Que O Confortara Quando Ela Não Pôde.

“Levo”, Disse, E A Palavra Saiu Sólida. Apanhou A Bolinha E A Guardou Fechada Na Palma. Estava Quente Do Sol, Como A Mão De Thomas Naquela Manhã Final. Mas, Em Vez De Perda, Willa Sentiu Outra Coisa: Um Círculo Que Se Fecha.

“Brooks, O Mapa”, Ordenou Nash. “E Reze.”

Duas Horas Depois, Brooks Dormia Numa Cela. Marshall Gideon Nash Cavalgava Ao Sul Com Seis Homens Armados. O Traçado Tosco De Brooks Apontava Um Cânion A Vinte Milhas, Onde Seu Sócio, Crenshaw, Mantinha As Crianças Antes De Vender Aos Garimpos.

Na Semana Seguinte, Willa Ficou À Porta Da Mercearia Com Iris, Sawyer E Opal, Vendo A Coluna Sumir No Horizonte. Iris Apertava A Mão De Sawyer; Opal Abraçava Uma Boneca De Pano Dada Por Mrs. Henley. Sem Cordas, Pareciam Menores — Três Crianças Cansadas Que Precisavam De Banho, Comida Quente E Cama.

“Você Vai Mesmo Ficar Com A Gente?”, Perguntou Iris, Sem Se Permitir Esperar Muito.

“Vou, Se Vocês Quiserem Ficar”, Disse Willa.

“E Se Der Muito Trabalho?”, Arriscou Sawyer. “E Se A Gente Comer Muito Ou Fizer Barulho?”

“Thomas Fazia Barulho Por Três Sozinho”, Disse Willa, Sorrindo. “Comia Tudo E Pedia Repetição. Acho Que Dou Conta.”

Naquela Tarde, O Sol Se Escondeu Atrás Das Montanhas Enquanto Willa Sentava Na Varanda E Via Opal Brincar Com A Boneca; Iris E Sawyer Exploravam O Córrego. As Venezianas Azuis Precisavam De Tinta, A Horta, De Capina. Mas, Pela Primeira Vez Em Dois Anos, A Casa Estava Viva.

Três Dias Depois, Marshall Gideon Nash Voltou Com Seis Crianças Resgatadas. Crenshaw Morrera Ao Tentar Fugir. As Crianças Foram Reunidas A Famílias Quando Existiam; Quando Não, Lares Se Ofereceram. Brooks Iria A Julgamento Por Tráfico De Menores E, Provavelmente, Passaria O Resto Da Vida Na Prisão Territorial.

As Semanas Correram. Iris Aprendeu A Ler Com Os Mesmos Livros Que Thomas Amava. Sawyer Tinha Mão Boa Pra Terra; A Horta Agradeceu. Opal Seguia Willa Para Todo Lado, Tagarela, Mil Perguntas Por Dia. À Noite, Quando A Casa Silenciava, Willa Ia Ao Carvalho Onde Thomas Repousava E Contava As Novidades: O Sorriso Raro De Iris, O Sono De Sawyer Sem Pesadelos, As Cantigas De Opal Para A Boneca — As Mesmas Que Um Dia Cantarolara Para O Filho.

A Bolinha Azul Ficou Na Mesa De Cabeceira. Já Não Doía; Lembrava Os Caminhos Estranhos Pelos Quais O Amor Encontra Gente Que Precisa Dele. Thomas Se Fora, Mas, De Algum Jeito, Trouxe A Willa Três Crianças Precisando Exatamente Do Que Ela Sabia Dar.

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A Casa De Venezianas Azuis Encheu-Se De Risos Outra Vez. E, Pela Primeira Vez Desde A Febre, Willa Blaine Estava Exatamente Onde Pertencia.

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