MINISTROS TOMAM UM BAQUE!
A VIRADA NOTURNA DE GILMAR QUE SACUDIU BRASÍLIA
Brasília nunca dorme — e, quando dorme, sonha alto demais. Naquela noite abafada de terça-feira, enquanto a maioria do país seguia em seu ritmo comum, algo acontecia nos bastidores do poder que mudaria completamente o clima político das 24 horas seguintes. Os corredores do Planalto, que costumam ficar vazios depois das 22h, estavam iluminados, como se uma alerta invisível tivesse sido acionada. Pessoal de limpeza, assessores, seguranças — todos notavam o movimento estranho. Mas ninguém dizia nada. Era como se uma tempestade estivesse chegando e apenas alguns soubessem o tamanho do estrondo.
Fontes internas — que pediram anonimato — afirmaram que três ministros importantes já estavam reunidos desde o fim da tarde. Eles discutiam, nervosos, revisando documentos, trocando mensagens para aliados, tentando decifrar informações que tinham acabado de chegar às suas mãos. O clima era pesado. Eles sabiam que algo “gigante” estava prestes a acontecer, mas não sabiam quando, nem como. E o nome que surgia repetidamente na conversa era um só: Gilmar.
Gilmar Mendes, conhecido por suas decisões inesperadas e sua habilidade de fazer movimentos decisivos nos momentos mais críticos, estava envolto em mistério naquela noite. Ninguém sabia ao certo onde ele estava, mas todos sabiam que, quando ele se mantém em silêncio por muito tempo, algo está sendo preparado nos bastidores. E aquilo que estava sendo preparado seria, segundo um assessor do Supremo, “um presente que ninguém queria receber — mas que o país precisava ver”.

Às 23h47, tudo mudou. Uma notificação começou a pipocar nos celulares dos assessores jurídicos, jornalistas especializados e figuras estratégicas do governo. Era uma decisão. Uma daquelas decisões que chegam como uma lâmina fina, mas cortam profundamente. Não envolvia diretamente nomes, acusações ou revelações bombásticas — mas tocava em um ponto sensível demais para ser ignorado: um procedimento arquivado há anos seria reaberto. E não qualquer procedimento, mas um caso envolvendo contratos, influências e pressões internas dentro do próprio governo.
A notícia se espalhou em segundos. Um ministro — segundo testemunhos, o mais calmo do grupo — levantou-se imediatamente, começou a caminhar de um lado para outro e repetia a mesma frase: “Não agora, não agora…”. Os outros dois tentavam entender o impacto jurídico e político da decisão. Era apenas o começo, mas todos sabiam que, a partir daquele momento, nada seria como antes.
Nos bastidores, o telefone de Gilmar não parava. Alguns aliados buscavam explicações, outros exigiam conversas imediatas, e alguns — talvez os que mais tinham motivos para preocupação — simplesmente desapareceram da vista pública. A movimentação era intensa, mas Gilmar, como sempre, manteve o controle. Ele sabia que, ao mexer nessa peça, forçaria todo o tabuleiro a se reorganizar. E era exatamente isso que pretendia.
À meia-noite e quatro minutos, uma van preta saiu discretamente da garagem de um prédio que muitos em Brasília conhecem, mas poucos têm acesso. Dentro dela, um grupo de analistas jurídicos levava documentos que seriam encaminhados a diferentes setores institucionais ao amanhecer. A operação estava sincronizada. Era clara a intenção: acelerar o impacto antes que qualquer tentativa de contenção pudesse ser articulada.
Enquanto isso, os ministros que haviam sido surpreendidos pela decisão tentavam acionar aliados no Congresso. Mensagens urgentes eram enviadas para presidentes de comissões, líderes partidários e figuras-chave do Legislativo. A estratégia era simples: montar uma rede de proteção antes que a imprensa tivesse tempo de transformar aquelas linhas jurídicas em manchetes devastadoras.
Mas a imprensa já sabia. Às 00h31, um jornalista conhecido por seu faro afiado publicou uma mensagem enigmática no X (antigo Twitter):
“Movimento forte no Supremo. A madrugada promete.”
Foi o suficiente para iniciar uma avalanche. Repórteres começaram a acordar suas equipes, editores ligaram para suas redações, e colunistas políticos tentavam conseguir qualquer pista. Os primeiros vazamentos já circulavam, mas de forma cautelosa — ninguém queria errar numa noite tão carregada. Todos sabiam que era a típica situação em que uma informação incorreta poderia custar caro.
Enquanto isso, nas redes sociais, a tensão aumentava. Perfis políticos, influenciadores e especialistas começaram a comentar, ainda que sem detalhes. O país estava desperto, mesmo sem saber ao certo o que estava acontecendo. E, como sempre acontece quando Brasília ferve, cada um criava sua própria teoria. Uns diziam que era o começo de uma guerra entre poderes. Outros, que se tratava apenas de mais um ajuste interno. Mas a verdade era mais complicada.
O “presente” de Gilmar não era uma bomba, mas uma chave. Uma chave que abriria portas que muitos acreditavam ter sido seladas para sempre. Quem o havia enviado? E por quê? Segundo fontes próximas ao ministro, o conteúdo que motivou a decisão chegara “de forma inesperada, mas não acidental”. Isso significa, em termos políticos, que alguém muito poderoso tinha interesse em colocar o assunto novamente em circulação.

Às 02h15, dois ministros finalmente saíram do prédio onde estavam reunidos. Entraram em carros diferentes, sem seguranças visíveis, tentando evitar qualquer registro. Mas, em Brasília, nada passa despercebido. No mesmo momento, uma câmera de vigilância privada captou a saída — e o vídeo vazou poucas horas depois. A imagem mostrava claramente o semblante tenso dos envolvidos. Era o tipo de registro que, mesmo sem som, fala muito.
O amanhecer encontrou Brasília em um estado de alerta. As manchetes já estavam prontas, analistas se preparavam para horas de transmissões ao vivo, e a população tentava entender a complexidade do cenário. Alguns celebravam o ato de transparência. Outros temiam uma instabilidade institucional. Mas todos tinham uma certeza: aquela decisão não tinha sido tomada por acaso.
O impacto foi imediato. Reações políticas surgiram de todos os lados. Palavras como “reviravolta”, “imprevisível”, “corajoso”, “arriscado” e “necessário” apareceram repetidamente nas análises matinais. Tanto aliados quanto opositores reconheciam que o movimento mudaria os rumos das próximas semanas — talvez até dos próximos meses.
No final da manhã, Gilmar finalmente falou com a imprensa. Medido, direto, sem revelar mais do que desejava, afirmou:
“A democracia se fortalece quando nossas instituições não têm medo de olhar para o passado.”
A frase repercutiu instantaneamente. Era curta, mas carregada de significado. E deixava claro que aquela decisão não tinha sido apenas técnica. Era um recado. Um recado forte.
O país inteiro agora observava, atento. Os ministros ainda tentavam se reorganizar, aliados buscavam maneiras de conter os danos, e críticos tentavam transformar o episódio em bandeira política. Mas uma coisa era indiscutível: Gilmar havia virado o jogo — e, ao fazê-lo, obrigou todos os outros a se moverem.
E, como sempre em Brasília, isso era apenas o começo.