Comprou um rancho em ruínas – regressa semanas depois e encontra 4 mulheres enforcadas lá dentro | Melhores histórias do Velho Oeste

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Jonas Hail cavalgou seu velho cavalo pelo último declive rochoso justamente quando o sol da noite estava prestes a desaparecer atrás das montanhas. Seis semanas atrás, ele havia deixado este lugar para ir à cidade resolver uma disputa de terras, deixando para trás um rancho frio e em ruínas, com nada além de uma varanda vazando e um poço seco. Ele pensava que, quando voltasse, apenas o vento e a poeira o receberiam, como sempre. Mas hoje era diferente.

De longe, Jonas viu fumaça subindo em colunas brancas da chaminé. Na terra onde antes crescia apenas grama seca e selvagem, agora havia fileiras ordenadas de vegetais. O estábulo, que há muito se apodrecera, agora abrigava quatro cavalos desconhecidos pastando silenciosamente. O ar trazia algo estranho. O cheiro de pães assados, de pinho queimado, o aroma de um lar que não estava mais vazio.

Jonas franziu o cenho. Ele tinha certeza de que trancara a porta antes de sair. Este rancho não ficava em nenhuma rota comercial e ninguém sequer sabia que existia. Ninguém deveria estar aqui.

Ele amarrou seu cavalo a um poste e pisou na varanda. As tábuas de madeira rangiam sob suas botas. Uma rajada de vento atravessou o vale, oca e fria, como um aviso. Jonas estendeu a mão para a maçaneta e congelou. A última luz do dia tocou o telhado da varanda, e foi quando ele as viu.

Quatro mulheres pendiam das vigas, cordas apertadas ao redor do pescoço, os pés balançando apenas alguns centímetros do chão. Seus vestidos esvoaçavam na brisa, cabelos embaraçados e selvagens, olhos semicerrados, respiração curta e irregular. Jonas ficou paralisado.

Naquele momento, o mundo prendeu a respiração. Então ele correu em direção a elas com apenas um pensamento na mente:

“Elas ainda estão vivas. Preciso salvá-las agora.”

Jonas não teve tempo de pensar. A faca de caça que sempre carregava no quadril saiu da bainha antes que sua mente conseguisse acompanhar o corpo. Ele se lançou em direção à mais próxima, uma jovem loira, cabelo emaranhado, olhos saltando de falta de oxigênio, cabeça jogada para trás, mãos agarrando desesperadamente o ar. Jonas cortou a corda.

Ela caiu sobre o chão de madeira, encolhendo-se, tossindo violentamente, cada som rasgando da parte mais profunda de sua garganta. Jonas mal teve tempo de se virar para a segunda mulher. Ela era pequena, bochechas machucadas, longos cabelos castanhos embaraçados pelo suor. Estava tão fraca que só conseguia tremer. Seus olhos quase vidrados. Jonas a segurou pelo pescoço antes de cortar a corda, certificando-se de que não caísse. Ela se encolheu contra seu peito, respirando em suspiros finos como fios.

A terceira mulher era mais velha, com traços marcados pela idade, fios prateados entremeando seu cabelo castanho. O rosto dela estava azul. O pulso quase inexistente. Jonas a cortou e a colocou suavemente de lado, verificando a respiração. Fraca, mas ainda presente.

A última mulher, a mais alta, de porte forte, lábios arroxeados, mas os olhos ainda atentos. Ela tentava usar os pés para se apoiar e aliviar a pressão no pescoço, mas estava perdendo força. Quando Jonas cortou a corda, ela se afastou imediatamente, tropeçando para trás até encostar no poste da varanda. As mãos tremiam, mas se ergueram em posição defensiva.

“Fiquem afastados. Não se aproximem de mim.”

Jonas levantou ambas as mãos, respirando pesado.

“Calma. Eu só salvei suas vidas.”

Ela continuava ofegante, olhos arregalados e cautelosos. A mulher mais velha no chão sussurrou, voz como o vento prestes a desaparecer:

“Ele não é quem nos enforcou.”

Jonas assentiu.

“Eu sei, mas quem fez isso?”

As quatro mulheres se entreolharam, pânico nos olhos, medo profundo, mas também como se compartilhassem um fardo pesado demais para falar. A loira Clara tentou falar, mas a garganta ardia. Sua voz saiu em um sussurro rouco:

“Vieram antes do amanhecer, não disseram nada, nos amarraram, nos penduraram.”

Jonas apertou a faca, coração batendo forte.

“Por quê? O que eles querem?”

A forte, Rose, apertou os olhos através da dor.

“Não sabemos”, disseram. “Estávamos escondendo algo, algo deles.”

“Mas não tínhamos nada. Pensaram que estávamos protegendo alguém ou algo”, acrescentou Mayabbel, voz trêmula.

Jonas olhou ao redor. Sem sinais de ladrões de banco. Não era trabalho de vagabundos bêbados. Pendurar pessoas vivas não era apenas enviar uma mensagem. Era tática de quem queria incutir medo até a medula. No poste da varanda, a corda ainda balançava suavemente, e o vento soprava, carregando poeira vermelha para os suspiros quebrados das quatro mulheres.

Jonas respirou fundo.

“Entrem. Eles podem voltar a qualquer momento.”

Rose ergueu a cabeça, olhos escuros com algo que ainda não havia dito. Aproximou-se de Jonas, voz baixa:

“Você não entende. Se eles voltarem, ninguém sobrevive.”

Jonas olhou para o vale escurecendo. Ele sabia que ela estava certa, e sabia mais uma coisa: a partir deste momento, não podia mais se afastar.

Jonas ajudou as quatro mulheres para dentro da casa do rancho. O lugar, antes frio e sem vida, agora carregava a presença de pessoas, mas não era calor que traziam. Era o peso do pânico silencioso. Como quatro pequenos pássaros que escaparam da lâmina de um predador, ele acendeu uma fogueira na lareira. As chamas refletiam nos quatro rostos pálidos, encolhidos juntos, prontos para fugir se Jonas cometesse um único erro.

A mulher mais velha, que mal escapou da morte, tentou se levantar, embora as marcas roxas da corda ainda estivessem frescas ao redor do pescoço. Jonas lhe ofereceu um copo de água. Ela ergueu com mãos trêmulas.

“Sou Grace Shaw”, disse lentamente. “Não somos ladrões, nem causadoras de problemas. Só precisávamos de um lugar para sobreviver ao inverno.”

Clara, a mais jovem, loira, abraçou os joelhos, voz apertada de emoção.

“Pensamos que este rancho estava abandonado. Todos diziam que ninguém morava aqui há anos.”

Jonas franziu o cenho.

“Comprei há 2 meses.”

As quatro mulheres olharam brevemente surpresas. A mais forte, Rose, encarou Jonas por um longo momento, como decidindo se podia confiar nele. Seu cabelo castanho escuro emoldurava olhos como obsidiana, profundos e afiados como uma lâmina.

“Chegamos há 3 dias”, disse Rose. “O poço estava seco, o telhado vazando, o fogão frio, mas ainda era melhor do que morrer na beira da estrada.”

Maybel, pequena e gentil, apertava um pedaço de pano rasgado.

“Tentamos consertar o lugar, plantar vegetais. Só queríamos paz.”

Jonas permaneceu em silêncio. Não sabia se falavam a verdade, mas podia ver o medo real na forma como respiravam. Então perguntou:

“Então, quem os enforcou e por quê?”

O quarto ficou silencioso. O fogo estalava suavemente na lareira. Do lado de fora, o vento assobiava pelas frestas da porta, trazendo um leve uivo dos campos abertos.

Grace respondeu, voz baixa mas firme:

“Não sabemos os nomes deles. Eram seis. Vieram antes do amanhecer. Sem perguntas, sem conversa. Só nos agarraram e nos penduraram.”

A voz de Clara tremia:

“Não entendemos o que queriam. Disseram que estávamos escondendo algo.”

Jonas franziu o cenho.

“O que?”

Rose mordeu o lábio, olhos cheios de desamparo.

“Se soubéssemos, não teríamos acabado penduradas lá, ainda vivas.”

Maybel olhou para cima, olhos cheios de tristeza e medo.

“Quando fugimos da cidade, trouxemos apenas as roupas nas costas. Mas um dos seis homens disse: ‘Nosso objeto está aqui. Você o escondeu na casa, não foi?'”

Jonas se levantou e olhou pela janela. A noite caíra rapidamente. O vento mudava, sinalizando que o frio estava chegando. Ele se virou para as quatro mulheres, ainda próximas ao fogo.

“Talvez tenham se enganado”, disse Jonas. “Ou talvez alguém tenha escondido algo neste rancho muito antes de eu comprá-lo”, falou Rose, com medo do que ele pudesse dizer a seguir.

“Você acha que eles voltarão?”

Jonas apertou a alça da faca.

“Com certeza.”

As quatro mulheres abaixaram a cabeça. O medo pressionava a sala como uma névoa espessa. Então Jonas acrescentou, voz firme como pedra:

“Mas quando voltarem, terão que me enfrentar.”

 

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