Gavin Miller é um lutador desde que nasceu.
Quando Jenny e Jason descobriram que estavam esperando gêmeos, seus corações se encheram de alegria.
Mas, logo no início da gravidez, essa alegria foi ofuscada pelo medo.
Exames de ultrassom mostraram que Gavin não estava urinando corretamente.

Os médicos apresentaram a Jenny e Jason uma decisão que nenhum pai deveria jamais ter que tomar: continuar a gravidez ou interrompê-la.
Para eles, nunca houve realmente uma escolha.
“Interromper a gravidez não era uma opção”, afirma Jenny com firmeza. “Sabíamos que seria difícil, mas estávamos determinados a lutar pelo nosso bebê.”

Foram colocados dois cateteres ainda no útero para drenar a bexiga de Gavin.
Ambos falharam.
Jenny foi encaminhada a especialistas e, eventualmente, Gavin e seu irmão gêmeo, Brayden, deram à luz.

Os dois meninos foram imediatamente internados na unidade de terapia intensiva neonatal.
Durante seis semanas, a unidade de terapia intensiva neonatal tornou-se o mundo deles.
A saúde de Brayden estava estável, mas as dificuldades de Gavin logo se tornaram evidentes.

Ela foi diagnosticada com síndrome da barriga de ameixa, também conhecida como síndrome de Eagle-Barrett.
Essa doença é rara e caracteriza-se pela ausência de músculos abdominais, criptorquidia (testículos não descidos) e bexiga aumentada.
“A barriga dela parece uma ameixa seca murcha”, explica Jenny suavemente. “Porque praticamente não tem músculos abdominais.”

Embora Jenny passasse quase todo o seu tempo no hospital, Jason aparecia sempre que podia.
“Eu sabia que os dois bebês estavam em boas mãos e que Jenny estava lá para cuidar deles”, confidenciou Jason.
Quando os meninos finalmente puderam voltar para casa, a jornada de Gavin estava longe de terminar.
Ele precisaria de um transplante de rim.

Mas primeiro, ele precisava recuperar suas forças.
“Dez quilos era o número mágico”, lembra Jenny.
No dia 10 de dezembro, logo após seu primeiro aniversário, Gavin passou por seu primeiro transplante de rim.
A doadora foi a avó dela, mãe de Jenny.

A própria Jenny era compatível, então a família decidiu que ela poderia ser doadora mais tarde, se necessário.
“Disseram-nos que um rim transplantado poderia durar cerca de 20 anos”, explica Jenny.
Já se passaram mais de 12 anos desde aquele dia.
O rim de Gavin tem funcionado bem, mas sinais de declínio estão começando a aparecer.

“Estamos nos aproximando do ponto em que outro transplante será necessário”, admite Jenny.
Ao longo dos anos, Gavin foi submetido a inúmeros procedimentos.
Aos três anos de idade, ele foi submetido a uma reconstrução da parede abdominal.
Ele foi hospitalizado devido a uma pneumonia e outras doenças.

Graças ao tratamento imunossupressor, seu corpo consegue aceitar o rim, mas ele está vulnerável a infecções.
Ela foi diagnosticada recentemente com asma.
Foram realizados exames cardíacos.
Os tratamentos de infusão começaram, com o objetivo de reduzir os anticorpos e proteger o rim que o manteve vivo durante todos esses anos.
Apesar de tudo, Gavin nunca deixou de viver a vida ao máximo.

Jenny e Jason são imensamente gratos à equipe de atendimento dela.
“Eles dedicam todo o tempo necessário para responder às nossas perguntas”, diz Jenny.
Jason descreve seu filho como “gentil, amável, carinhoso e muito corajoso”.

Jenny acrescenta: “Ele é o nosso milagre. Ele nos lembra todos os dias como a vida é preciosa. Ele nunca reclama, não importa as dificuldades. Ele simplesmente vive a vida dele, grato por cada oportunidade que lhe é dada.”
Agora com 13 anos, Gavin está prosperando de uma maneira que seus pais um dia temeram ser impossível.
Ele joga basquete e golfe.
Ele canta em um coral e toca bateria na orquestra da escola.
Ele é o treinador do seu time de futebol.
Gavin personifica a resiliência em todos os sentidos.
De uma frágil luta pela sobrevivência antes do nascimento a uma vida vivida com gratidão, coragem e determinação, ele continua a provar que milagres não são apenas possíveis, mas também reais.