Sob a Calota de Gel

A Guardiã da Chama
A Dra. Kate Lloyd, uma ambiciosa paleontóloga de Columbia, recebeu o chamado de gelar a espinha da Antártica. “Um objeto não terrestre. Não é rocha, não é nosso,” Dr. Sander Halverson lhe disse, a voz cheia de uma excitação científica que mascarava um terror subjacente. Em menos de 24 horas, Kate estava na remota Estação de Pesquisa Tule, na Noruega, onde até o ar parecia congelado no tempo.
Sob o gelo milenar, a equipe havia descoberto uma nave espacial e, ao lado dela, uma criatura alienígena colossal, perfeitamente preservada em um bloco de gelo azulado – um prisioneiro adormecido por 100.000 anos. Esta deveria ser a maior descoberta da humanidade, mas Kate sentia um pressentimento gélido.
A cautela de Kate foi descartada pela imprudência científica do Dr. Sander. Ele, juntamente com seu assistente Adam, insistiu em perfurar o bloco de gelo para obter uma amostra de tecido. Kate protestou, temendo que qualquer intrusão pudesse acordar ou danificar o espécime, mas foi ignorada de forma condescendente.
A tragédia irrompeu naquela noite. Enquanto a equipe comemorava com bebidas e euforia, um dos pilotos viu o bloco de gelo quebrado. A criatura, a “Coisa”, havia escapado. Ela se moveu com uma velocidade elétrica, rastejando para o teto e desaparecendo na escuridão.
A primeira vítima foi o cão da estação, desmembrado. Depois, Henrik, puxado para baixo do assoalho por um tentáculo. A equipe disparou com rifles, mas só conseguiram deter o monstro quando usaram um lança-chamas, queimando o galpão e deixando para trás uma carcaça fumegante e disforme.
Kate e Adam conduziram a autópsia. O resultado aterrorizou Kate: A Coisa não era apenas um predador. Era um mímico celular, capaz de absorver qualquer matéria orgânica e replicá-la em uma cópia perfeita, completa com memória e personalidade.
A semente da paranoia estava plantada.

Logo em seguida, três noruegueses tentaram fugir de helicóptero. Kate correu para o chuveiro, onde encontrou manchas de sangue e obturações dentárias de metal descartadas. Ela entendeu o critério: A Coisa não podia imitar materiais inorgânicos. Um deles estava infectado. Kate correu para o exterior, acenando para o helicóptero. Era tarde demais. Griggs, um dos homens, se transformou em um monstro grotesco no ar, fazendo o helicóptero cair e explodir nas montanhas cobertas de neve.
A Estação Tule estava isolada. O rádio estava mudo. O pânico era a nova moeda.
Kate, com o lança-chamas como seu cetro, assumiu o controle. Ela impôs a quarentena. Quando Sander e Adam tentaram realizar testes de sangue, o laboratório pegou fogo – uma clara sabotagem da Coisa que se escondia entre eles.
Em um ato de desespero calculado, Kate propôs o teste final: verificar as obturações dentárias de todos. Quatro homens — Adam, Sander, Edward e Colin — não tinham obturações, tornando-se instantaneamente os mais suspeitos.
O ápice do caos começou quando Carter e Derek, que milagrosamente sobreviveram ao acidente de helicóptero, retornaram. Eles foram isolados. Lars, o guarda, desapareceu. Então, Edward, que eles julgavam seguro, se transformou abruptamente em um monstro gigante, devorando Jonas e mergulhando a base no pandemônio.
Somente Kate e Carter sobreviveram ao massacre inicial. Eles seguiram um Snowcat em fuga, que eles acreditavam ser o Dr. Sander infectado. O veículo os levou de volta ao local da queda da nave, onde A Coisa estava tentando iniciar o voo para escapar da Terra.
Dentro da nave gelada, Kate confrontou Sander-Coisa. Ela usou seu lança-chamas e uma granada para destruir a criatura e os controles da nave, parando o horror que estava prestes a se espalhar.
De volta ao Snowcat, no que parecia ser a vitória, Kate olhou para Carter. Faltava o brinco em sua orelha esquerda – outro material inorgânico. Em um instante de horror paralisante, Kate percebeu que havia lutado ao lado de seu inimigo.
Sem hesitar, ela acionou o lança-chamas contra Carter. A chama consumiu a farsa final. Kate Lloyd, a guardiã da chama, era a única sobrevivente.
Na manhã seguinte, um novo piloto norueguês, Matias, chegou à Tule em ruínas. Ele encontrou um corpo congelado (Colin havia se suicidado no rádio para evitar a imitação). Lars, que havia desaparecido, reapareceu, checando os dentes de Matias. Um cão Husky, fugindo da estação, surgiu do meio dos escombros. Lars sabia que era A Coisa. Ele e Matias iniciaram a perseguição de helicóptero, ligando a história diretamente ao início do filme original de terror…