
No frio inverno de 2008, um mistério sem resposta assolou Portugal, um país conhecido por sua ordem e tranquilidade. Em um prédio de 11 andares no centro de Lisboa, uma história macabra e inexplicável começou a se desenrolar, que ainda ressoa na memória de muitos até hoje.
Era um domingo comum, no dia 20 de janeiro de 2008, quando Joana Silva, de 37 anos, e sua filha de apenas 4 anos, simplesmente desapareceram sem deixar vestígios. O casal havia se desentendido algumas horas antes e Joana, irritada, decidiu sair com os filhos para a casa de seus pais, situada a uma curta distância. No entanto, o que deveria ser um simples passeio virou um pesadelo sem fim.
Quando a noite caiu e a mulher e sua filha não retornaram, o marido de Joana, Pedro Ferreira, foi à casa dos sogros procurar por ela. Lá, encontrou os outros filhos, mas a esposa e a pequena menina estavam ausentes. Preocupado, ele procurou por toda a cidade e, sem sucesso, contatou a polícia. A investigação começou, mas não havia pistas claras do paradeiro delas.
A chave para o caso surgiu quatro dias depois, quando um vigilante do prédio financeiro chamou a atenção das autoridades. Ele percebeu que uma moto havia permanecido estacionada de maneira estranha por dias no estacionamento do prédio, com a chave ainda na ignição. Ao rastrear a moto, a polícia descobriu que ela pertencia a Joana, a mulher desaparecida. Isso os levou até o edifício, onde novas evidências surgiram.
O segurança do prédio revelou que no dia 21 de janeiro, quando fazia sua ronda, encontrou um casaco vermelho e um casaco rosa no chão do elevador, junto com um par de sapatos femininos. Quando a polícia verificou os vídeos de segurança, uma cena bizarra foi revelada: Joana e sua filha entraram no elevador, indo diretamente para o 11º andar – o último andar do edifício, onde não havia moradores. O que ocorreu a seguir foi ainda mais desconcertante.
Dentro do elevador, Joana tirou rapidamente seus casacos e os de sua filha, jogando-os no chão. A cena parecia confusa e perturbadora, e após isso, mãe e filha desapareceram para sempre. As imagens seguintes mostraram Joana carregando a menina, indo em direção à escada que dava acesso ao telhado ou a outros andares do edifício, mas, para a surpresa da polícia, as câmeras de segurança não capturaram mais nada.
Sem respostas claras, a investigação se intensificou. Mas as buscas pelo edifício, incluindo os andares superiores e o telhado, não revelaram nada. As evidências mostraram que Joana e sua filha não haviam saído do prédio, o que deixou os investigadores perplexos. O mistério só cresceu, alimentando teorias que iam desde fenômenos sobrenaturais até uma possível fuga com um amante. Não se encontraram sinais de vida da mãe e da filha, e a ausência de qualquer uso de documentos, cartões de crédito ou registros de viagens só tornou o caso mais sombrio.
Enquanto isso, os pais de Joana, ainda esperando por respostas, enfrentavam uma dura realidade: o tempo estava passando, e a esperança de encontrar mãe e filha parecia cada vez mais distante. A história foi esquecida por um tempo, mas o caso ressurgiu em 2013, quando um incidente semelhante, envolvendo a canadense Elisa Lam, reacendeu o interesse sobre o desaparecimento de Joana e sua filha. Chamado por alguns de “A versão de Elisa Lam de Portugal”, o caso voltou aos holofotes, e as investigações foram retomadas.
Ainda assim, até hoje, ninguém sabe o que realmente aconteceu com Joana e sua filha. A família nunca perdeu a esperança, mas também não tem mais respostas. O caso permanece um dos maiores mistérios de Portugal, com a pergunta crucial ainda sem resposta: onde estão Joana e sua filha?