Uma mulher sem filhos regressa de uma viagem de negócios no dia anterior e encontra um bebé em casa.

Uma mulher sem filhos regressa de uma viagem de negócios um dia mais cedo e encontra um bebé em sua casa.

Quando Vanessa chegou mais cedo a casa depois de uma viagem de negócios, esperava surpreender o marido. Em vez disso, encontrou um bebé deitado ao lado dele — e nada a poderia ter preparado para a verdade que se seguiu.

Depois de três longas semanas em Nova Iorque, Vanessa estava finalmente de volta à ensolarada San Diego. A viagem de negócios tinha sido produtiva mas extenuante, e tudo o que ela mais queria era aconchegar-se junto ao marido, Eric, e dormir na sua própria cama.

Chegou bem depois da meia-noite, pois o voo aterrou mais tarde do que o previsto. Ainda assim, estava demasiado ansiosa para esperar. Entrou silenciosamente pela porta principal, pendurou o casaco e pousou a mala sem acender uma única luz.

Vanessa não tinha contado a Eric que regressaria mais cedo; queria fazer-lhe uma surpresa. Enquanto caminhava em bicos de pés em direcção ao quarto, um leve sorriso desenhou-se-lhe nos lábios.

Tinha imensas saudades dele. O plano era meter-se na cama em silêncio e observar a reação dele quando acordasse e a encontrasse ali.

Mas nada a teria preparado para o que viu a seguir.

A luz da lua filtrava-se pela janela o suficiente para que ela visse Eric profundamente adormecido de um lado da cama… e um bebé do outro.

Um bebé.

Enrolado numa suave manta azul, um pequeno bebé estava aconchegado do lado dele da cama. Uma almofada estava cuidadosamente colocada ao lado, provavelmente para impedir que caísse.

Vanessa ficou paralisada. Prendeu a respiração. Não tinham filhos. Eric não tinha família — crescera num lar de acolhimento. Então, de quem era aquele bebé?

Ela deu a volta à cama em bicos de pés e sacudiu firmemente o ombro de Eric.

— Eric! Eric! Acorda!

Ele mexeu-se, atordoado. «Hã…? Vanessa?», murmurou, piscando os olhos. «O que estás aqui a fazer?»

— Vemo-nos na cozinha —sussurrou bruscamente—. Agora.

Ainda meio a dormir, Eric seguiu-a até à cozinha. Vanessa acendeu a luz e lançou-lhe um olhar que poderia congelar fogo.

— Podes explicar-me porque é que há um bebé na nossa cama?

Eric bocejou. «Deixaram-no à porta há uns dias. Não sabia o que fazer. Tenho estado… a cuidar dele.»

— O quê? Porque não chamaste a polícia?

— Queria fazê-lo. Mas ele chorava, precisava de leite, fraldas… não tive tempo. Pensei que conseguiria resolver. Olha, estou exausto. Tu também deves estar. Vamos dormir e falamos disso amanhã.

Vanessa olhou para ele, incrédula. «Estás a brincar.»

— Por favor —disse ele suavemente, voltando para o quarto—. Resolvemos isto amanhã.

Com mais perguntas do que respostas, Vanessa seguiu-o contragosto e deitou-se na cama, com a mente a mil. Apesar de tudo, adormeceu mais rápido do que esperava, esgotada pela viagem, pela confusão e por um milhão de suspeitas.

7:03 da manhã.

Vozes abafadas.

Vanessa acordou ao ouvir uma mulher a falar.

— Eric, tens de lhe contar. Não podes continuar a mentir.

— Eu vou contar, prometo —respondeu Eric—. Só… quero esperar pelos resultados do ADN primeiro.

Vanessa sentou-se, com o coração a bater descontroladamente. ADN? Quem sabia o quê? E quem raio era aquela mulher?

Arrastou-se até à sala de estar, virou a esquina e apareceu de repente.

— O que se passa? —perguntou—. Ouvi tudo. Eric, é a mãe do bebé?

Eric e a mulher viraram-se surpreendidos. A mulher pareceu confusa por um segundo e depois soltou uma gargalhada.

— Mãe do bebé? —repetiu a sorrir.

— Não tem graça nenhuma! —disse Vanessa—. Eric, traíste-me com ela?!

Eric levantou as mãos em sinal de rendição. «Não! Meu Deus, não! Por favor, ouve-me.»

— Tens dez segundos.

— Ela é… minha irmã. Chama-se Mariah.

Vanessa piscou os olhos. «Desculpa?»

— Conheci-a há duas semanas, por acaso. Estávamos a fazer compras no mesmo supermercado e percebemos que éramos muito parecidos. Começámos a conversar; descobrimos que ambos tínhamos crescido no sistema de acolhimento. Nenhum de nós sabia que tinha irmãos.

Mariah deu um passo em frente. «Estamos à espera dos resultados do ADN, mas temos quase a certeza. Tudo bate certo. Até me lembro de um rapaz no lar que pode muito bem ter sido ele.»

Eric continuou: «Ligou-me ontem à noite em pânico; teve uma emergência familiar e o marido estava fora da cidade. Pediu-me que cuidasse do filho dela, o Leo. Estava demasiado cansado para te explicar quando me acordaste.»

Vanessa deixou cair os braços ao lado do corpo, atordoada. Voltou a olhar para Mariah, desta vez com atenção. A semelhança era inegável.

Mariah sorriu com simpatia. «Compreendo. É muita informação. Mas não estamos a mentir. Nunca me intrometeria no casamento de ninguém. Tenho o meu marido e mais dois filhos em casa.»

Vanessa suspirou, os ombros a ceder. «Eu… está bem. Acredito.»

Todos se sentaram na sala. Enquanto tomavam café e bagels, tudo começou a fazer sentido. Eric pediu desculpa por não lhe ter contado antes; não queria preocupá-la enquanto estava fora.

Alguns dias depois, o teste de ADN confirmou: Eric e Mariah eram realmente irmãos. A notícia uniu-os de imediato.

Quanto a Vanessa, ficou encantada. Ver Eric brilhar com Leo, e descobrir a família que nunca pensou ter, derreteu-lhe o coração.

Ela partiu para uma viagem de negócios a pensar que regressaria à mesma vida de sempre.

Mas voltou e encontrou algo melhor: um novo sobrinho, uma cunhada recém-descoberta e, finalmente, a peça que faltava no passado do marido.

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