Oruam: rapper recebeu nova acusação e defesa alega que há perseguição e criminalização midiática
Mais conhecido como Oruam, o rapper Mauro Davi Nepomuceno se tornou réu na terça (30) por tentativa de homicídio qualificado após atirar pedras contra policiais. A defesa do artista alegou que a denúncia é uma perseguição de caráter pessoal, e que o novo processo seria uma estratégia de criminalização midiática.
O cantor já respondia por lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. Segundo o Ministério Público do Estado (MP-RJ), os crimes praticados foram apresentados em duas ações penais, ajuizadas por duas promotorias.
A nova acusação veio após o rapper supostamente jogar pedras de quase 5kg contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, ambos da Polícia Civil do Rio, e uma viatura descaracterizada da corporação. A defesa de Oruam aponta que há fragilidades no processo e acusa abuso.
“É oportuno esclarecer que Oruam já havia sido alvo de denúncia anterior relacionada aos mesmos fatos, pela qual encontra-se atualmente preso, havendo sido considerada, inicialmente, a fragilidade das provas relativas ao tráfico de drogas e associação para o tráfico, tendo o MP optado por não acatar o indiciamento por esses crimes”, afirmaram os advogados do rapper em nota enviada ao colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Amigo do rapper, Willyam Matheus Vianna também foi denunciado pelo crime. O caso teria acontecido quando agentes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) foram até a casa de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor de idade, abrigado na residência do artista.
“O processo apresenta uma narrativa quase ficcional, na qual busca-se identificar, com precisão absoluta, o objeto lançado por Oruam em meio ao tumulto. Não há laudo técnico que assegure, de modo categórico, que a pedra recolhida seja de fato a mesma arremessada pelo acusado”, complementou a defesa.
Segundo os advogados, a denúncia do Ministério Público é uma “narrativa fragilizada, sustentada apenas por testemunhos subjetivos e frágeis, tentando transformar um ato de desespero após um show de horrores, agressões, ataques, danos materiais e que não apresenta provas materiais ou periciais concretas em uma tentativa de homicídio qualificado”.