A minha filha e a vizinha eram idênticas. Eu temia que o meu marido me estivesse a trair, mas o que descobri foi ainda pior.

Minha filha e a garota da casa ao lado pareciam idênticas. Tive medo de que meu marido estivesse me traindo, mas o que descobri foi ainda pior.

No começo, não dei muita importância à nova família que se mudou para o bangalô ao lado. No nosso bairro, sempre havia pessoas entrando e saindo.

À medida que os dias passavam e nossa filha aproveitava mais tardes brincando no jardim, não conseguia afastar uma crescente sensação de inquietação.

Sua semelhança surpreendente com minha filha imediatamente despertou em mim preocupações. Será possível que meu marido esteja guardando um segredo que poderia destruir completamente a vida que criamos juntos?

Era uma tarde de sábado com brisa e me vi observando-as pela janela da cozinha.

Ava, minha filha, e Clara, a garota dos novos vizinhos, dançavam ao redor do gramado com os braços abertos, girando juntas como duas flores que balançam com a mesma brisa.

O riso delas se filtrava por cima da cerca que compartilhamos, leve e cheio de alegria. À primeira vista, as meninas pareciam irmãs, ou talvez até gêmeas idênticas, diferenciando-se apenas por uma pequena diferença de altura.

Ambas tinham cabelo loiro mel ondulado, rostos suavemente arredondados e olhos cor de avelã que brilhavam com um toque de travessura.

Tentei me convencer de que era uma mera coincidência. Afinal, as crianças costumam ter características semelhantes. Ao me aproximar mais, começou a surgir em minha mente um pensamento inquietante:

Será que meu marido, Lucas, poderia estar vinculado a essa criança de uma maneira que eu não conseguisse compreender? Um pensamento fugaz passou pela minha cabeça, com um toque de amargura.

Nesse momento, a voz de Lucas chegou flutuando do pátio. “É você, Marina?” “Está tudo bem?”. Ele estava de pé na porta, com a testa franzida enquanto observava a tensão estampada no meu rosto.

— Estou bem — disse, forçando um sorriso forçado. Não estava pronta para compartilhar minhas dúvidas ainda. Só precisava de um pouco mais de tempo, um pouco mais de certeza.

Ava correu até mim e puxou meu braço exatamente quando eu estava prestes a fazer outra pergunta. — Papai, você pode vir empurrar Clara e eu no balanço? — suplicou.

Lucas fez uma pausa, a preocupação era evidente em seu olhar, mas ele se deixou guiar para a frente. Fiquei ali, com o coração acelerado, enquanto o via empurrar Clara, seguido por Ava.

Ele riu suavemente com Clara, sua atitude era calorosa e amigável. Um nó de inquietação se formou no meu estômago. Parecia quase confortável demais, como se tivesse um talento secreto para fazer a filha do vizinho rir de pura alegria.

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