O terror se espalhou como uma peste em Brasília. A Polícia Federal está prestes a desferir um golpe demolidor que pode mandar para a lona política e talvez para a cadeia, a espinha dorsal do centrão, usando como arma de destruição em massa o explosivo escândalo do banco master. As revelações sobre a rede de corrupção, os balanços fraudulentos e os esquemas de blindagem que protegiam Daniel Vorcaro, o dono corrupto da instituição, vazam diariamente e mostram a promiscuidade total e nojenta entre o poder financeiro e a classe política que
deveria zelar pelo país. O mais espantoso, no entanto, é o silêncio sepulcral que tomou conta do Congresso Nacional. Uma mudez ensurdecedora que contrasta com a magnitude bilionária do escândalo. Essa mudez não é por ignorância, é por puro pavor, pois todo mundo no andar de cima sabe que se a delação vier, a casa cai para valer.

Este momento não é uma coincidência. A explosão de podridão do banco master ocorre justamente quando o legislativo, sob a batuta da câmara e de figuras como Guilherme de Rit, o pretenso herdeiro de Tarcísio, envolvido em outras polêmicas de blindagem, tentava, de forma desesperada e inescrupulosa, minar e enfraquecer a Polícia Federal com emendas e projetos de lei que visavam tolher a capacidade de investigação.
O Congresso tentou amarrar as mãos da PF, transformando o PL antifacção em uma aberração ante PF. E a resposta que recebeu foi uma investigação de proporções épicas que pode engolir o alto escalão da República. Não estou dizendo que a PF está usando o caso para se vingar. A justiça não age por vingança, mas sim por dever.
Mas é innegável que este escândalo oferece à Polícia Federal a oportunidade de ouro de demonstrar à sociedade o seu valor insubstituível diante de uma classe política que não tem escrúpulos em saquear fundos públicos e fundos de pensão, vendendo a proteção a banqueiros corruptos. A PF pode usar essa investigação minuciosa como um martelo para esmagar os políticos que se banquetearam com Vorcaro e mostrar que as tentativas de enfraquecê-la eram, na verdade, um esforço desesperado para acobertar seus próprios crimes. Uma confissão de culpa
antecipada. A filosofia do governo Lula, implementada na PF e na Receita Federal é clara. Investigar o andar de cima de forma direcionada e sem dó. Quando operações como a carbono oculto começaram a desvendar a teia de corrupção, atingindo nomes como Ciro Nogueira e Antônio Rueda, o Congresso entrou em pânico.

O correcorre para blindar o legislativo e reduzir os poderes da Polícia Federal foi uma reação direta ao medo de ser pego. A investigação do Banco Master agora amplifica esse pânico para um nível insuportável. O desespero em Brasília é total, pois a PF pode pressionar e escrutinar cada político que tentou reduzir seus poderes, questionando abertamente com o peso das provas.
Você queria nos enfraquecer porque estávamos investigando você? O que você está escondendo? Isso gera um clima de terror absoluto, onde cada conversa no corredor pode ser uma armadilha. Segundo o jornal O Globo, Daniel Vorcaro tinha um orgulho doentio de sua rede de blindagem em Brasília, uma proteção tão poderosa que, segundo ele, era impossível fazer negócios no Brasil sem ela.
Ele usava essa influência como um ativo, um diferencial que aumentava o valor de sua instituição e a sensação de impunidade, vendendo a ideia de que o Banco Master era intocável. E essa rede era vasta e atingia figuras de alto escalão. O escândalo envolve diretamente a tentativa de vender a instituição falida para o BRB, Banco Regional de Brasília, um banco estatal com o lobby forte do governador do Distrito Federal, Ibanés Rocha.
O Ministério Público Federal apontou de forma contundente que a compra pelo BRB não seria um ato de caridade, mas uma manobra para escamotear operações financeiras suspeitas e ilegais que o BRB já havia feito com o Banco Master, provando a cumplicidade do Banco Estatal e a corrupção dentro da gestão pública.
Entre os políticos mais próximos de Vorcaro estavam Ciro Nogueira, que atuou como um zeloso lobista pela compra do banco, e Antônio Rueda, presidente do União Brasil. As digitais da corrupção estão em todo lugar. Vorcaro se gabava de pagar jantares caríssimos para ministros do STF e de ter relações próximas com figuras como o presidente do Senado, Davi Alcol Columbre, que já demonstrou medo por outro escândalo ligado ao máster no Amapá.
e o ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa. A lista de contatos do banqueiro era uma radiografia do poder brasileiro, mostrando a teia de favores e a zona cinzenta onde a corrupção prospera. No meio dessa lama, no entanto, surge uma figura que se manteve imaculada, o que desmoraliza qualquer ataque da oposição. nosso Fernando Hadad, o ministro da fazenda, a quem a oposição tenta criticar sem sucesso, demonstrou um faro de lince, um tino que faltou a todos os outros políticos experientes.
Segundo Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo, Vorcaro perseguiu Hadad, tentou de tudo, usando intermediários de peso, como o ex-ministro Guido Mantega, para conseguir uma audiência e, provavelmente, vender-lhe a ideia furada. Mas Hadad, desconfiado e inteligente, consultou seus amigos do mercado e percebeu a tempo. Esse cara é furado.

O banco vai quebrar. é uma bomba relógio. Hadad simplesmente não o recebeu, fechando as portas do Ministério da Fazenda para o banqueiro corrupto. Essa resistência inabalável de Hadad é a prova de que há sim exceções na política e é um trunfo que a oposição não pode tocar, provando que o ministro não se dobrou ao lobby sujo do centrão.
O prejuízo do escândalo é bilionário, atingindo o fundo garantidor de crédito e deixando estados e municípios como o Rio de Janeiro, cujos fundos de pensão investiram em CDBs do máster em situação de calamidade, um deputado do PSB, Rodrigo Hollenberg, tenta de forma heróica instalar uma CPI do Banco Master, mas ela é bloqueada sistematicamente pelo mesmo centrão que não quer ver seus crimes expostos.
A obstrução é a confissão, mas a Polícia Federal tem o trunfo final, a delação premiada. Eu não duvido que o diretorgeral da PF, Andrei Rodrigues, uma verdadeira diva que adora um holofote e tem a chance de se destacar na história como o derrubador do centrão fará de tudo para forçar essa delação e chegar junto de figuras como Ciro Nogueira.
O silêncio sepulcral que domina Brasília é o som do medo que precede a bomba. A PF está no comando e o centrão será esmagado e o Manifesto Brasil estará aqui para contar cada detalhe. O terror se espalhou como uma peste em Brasília. A Polícia Federal está prestes a desferir um golpe demolidor que pode mandar para a lona política e talvez para a cadeia, a espinha dorsal do centrão, usando como arma de destruição em massa o explosivo escândalo do banco master.
As revelações sobre a rede de corrupção, os balanços fraudulentos e os esquemas de blindagem que protegiam Daniel Vorcaro.