“Segurem meu bebê, vou cantar”, disse a mendiga. Quando ela soltou a voz, todos choraram!

— Eu vim cantar em troca de um prato de comida. Só preciso de algo para o meu filho. Se eu cantar bem, poderiam dar-lhe de comer, por favor? — Assim falou Viviana, com a voz rouca, cansada, mas cheia de um valor que lhe restava.

Segurava nos braços o pequeno Toñito, o seu filho de apenas um ano e quatro meses, demasiado magro para a sua idade. Estavam parados em frente a um clube iluminado onde se realizavam as audições de um novo reality show musical. A mãe solteira, de apenas 27 anos, segurava o bebé como quem agarra o último motivo para continuar a viver.

O homem encarregado das inscrições olhou-a de cima a baixo e soltou uma gargalhada de troça. A roupa de Viviana estava rota, suja, o cabelo colado ao rosto pelo suor e pelo pó. Toñito soluçava, o corpo a tremer de fome.

— Minha senhora, isto não é uma organização de caridade — disse o responsável, cruzando os braços. — Estamos a fechar o local para as audições do reality. Não aceitamos gente como a senhora aqui.

Fez um gesto com a mão, mandando-a sair dali como se enxotasse um animal de rua. Viviana ficou quieta por um instante. Aquilo doía, mas não era novidade. Tinha ouvido a rejeição tantas vezes que quase parecia acostumada. Ainda assim, a dor no estômago apertava. Não comia bem há dias, e o pouco leite que ainda conseguia dar ao filho estava a secar. O desespero batia-lhe no peito como um tambor.

Precisava de comida, precisava de uma oportunidade. Quando começou a afastar-se, arrastando os pés cansados pelo passeio, uma voz masculina ressoou atrás dela.

— Deixe-a participar.

Viviana virou-se rapidamente. Um homem alto aproximava-se, com barba bem cuidada, bigode arranjado e roupas elegantes. Reconheceu-o de imediato. Era Daniel, o cantor de quem todos falavam nas redes sociais.

Daniel caminhou até ao organizador e falou com firmeza:

— Esta mulher pode ser o novo talento da música, e o senhor vai rejeitá-la só por estar malvestida?

O homem soltou um suspiro impaciente.

— Não é só a roupa, é ela toda — respondeu com desprezo. — Olhe para ela. É de certeza uma toxicodependente, sem casa, sem trabalho. E esse menino até me dá pena. Deve ser filho de…

Mas não terminou a frase. Daniel deu um passo em frente, com o olhar duro, e o outro engoliu as palavras. Mesmo assim, o sujeito insistiu:

— Olhe, senhor Daniel, não posso fazer nada. Há regras. Ela deve apresentar comprovativo de morada, e, sinceramente, duvido que tenha onde viver.

Daniel respirou fundo. Observou Viviana a segurar o filho com cuidado, os olhos baixos, o corpo encolhido pela vergonha. Então, perguntou com a voz serena:

— Qual é o seu nome?

Viviana surpreendeu-se. Há muito tempo que ninguém lhe perguntava isso. Engoliu em seco e respondeu em voz baixa.

— Chamo-me Viviana, mas por que é que quer saber?

Daniel sorriu ligeiramente.

— Porque é importante saber o nome das pessoas — disse. — E diga-me uma coisa, para participar, este senhor precisa que tenha uma casa, não é? Então, aceitaria viver comigo?

Viviana arregalou os olhos. Deu um passo atrás, confusa, sem saber se aquilo era a sério. A ideia de ter um teto, de poder dar um banho quente ao filho, era tentadora, mas não conhecia aquele homem. O medo e a desconfiança apertaram-lhe o peito. Tentou dizer algo, mas as palavras enrolavam-se, trémulas.

De repente, uma voz feminina cortou o ar.

— Vai levar esse lixo para viver consigo?

Todos olharam. Quem falava era Carla, uma cantora famosa, vaidosa, vestida com brilho e saltos altos. Ela cruzou os braços e sorriu com troça.

— Isto é um reality, Daniel. O público quer ver gente interessante, com histórias inspiradoras, não uma toxicodependente qualquer da rua.

Daniel olhou-a, surpreendido por tanta crueldade.

— Como podes dizer isso se nem sequer a conheces? — perguntou, indignado. — Ela pode ser uma boa pessoa a passar por um momento difícil.

Carla soltou uma gargalhada forte.

— Ai, não sejas ingénuo, querido — troçou. — As pessoas decentes não vivem na rua. Para chegar a isso, é porque já perdeu tudo. Família, amigos, tudo. Certamente fez alguma asneira. Olhe para ela. Mãe solteira, sozinha, com um menino nos braços. Se nem o pai da criança quis ficar, por que é que nós a havemos de aceitar?

Viviana baixou a cabeça. As palavras daquela mulher cravaram-se no seu coração. Toñito começou a chorar, e ela embalou-o devagar, tentando ocultar o rosto banhado em lágrimas.

— Nenhum de nós pode julgar sem ouvir a história dela e muito menos sem a ouvir cantar — disse Daniel com firmeza. — Se eu puder dar-lhe a oportunidade de cantar uma canção, fá-lo-ei. Não imaginam o talento que pode estar ali escondido.

Carla cruzou os braços e olhou Daniel fixamente, irritada.

— E tu sabes, por acaso? — provocou, arqueando uma sobrancelha.

— Ao contrário de ti, Carla. Quando me tornei famoso, não deixei de ser humano.

A frase cortou o silêncio. Daniel voltou-se novamente para Viviana. O seu olhar era amável, sincero.

— Viviana, estou a falar a sério. Não é para sempre e não lhe estou a pedir nada em troca, mas se aceitar viver comigo só para ter uma morada, pode participar na audição agora mesmo.

Viviana ficou sem ar. O coração batia-lhe forte, numa mistura de medo, esperança e vergonha. Ninguém se tinha preocupado com ela daquela maneira. Olhou para o filho, que dormia nos seus braços, e depois para Daniel. A chuva fina começava a cair, e o vento frio da noite fez o bebé encolher-se ainda mais.

— Sim, aceito viver consigo — respondeu com a voz embargada — sempre e quando tenha a oportunidade de cantar. Se for por isso, farei o que for preciso.

Daniel abriu um sorriso sincero. Carla, por sua vez, revirou os olhos com desprezo.

— Olhe, mesmo que agora tenha onde ficar, ainda assim não posso simplesmente aceitá-la — disse o recrutador, cruzando os braços. — O programa exige que participem apenas cantores com histórico de apresentações. E, a vê-la, sinceramente, duvido que tenha cantado para mais alguém além desse bebé.

As palavras caíram sobre Viviana como uma pedra. Baixou o olhar, o coração oprimido. Não tinha vídeos nem nada que provasse quem ela era.

— Senhor, não poderia saltar essa parte? — implorou. — Mesmo que não tenha historial, se eu cantar bem, isso não deveria importar, pois não?

— Isso é verdade — acrescentou Daniel. — E sejamos sinceros, entre os nomes que aceitou para esta audição, há vários a quem fez um favor, não é? Então, por que é que, no caso dela, que é ainda mais simples, não pode fazer uma exceção?

O recrutador coçou a nuca, incomodado, mas manteve a postura.

— Olhe, não me interessa — disse, com arrogância. — Primeiro, nem sequer tem onde viver. O facto de o senhor a ter convidado para sua casa não muda isso. E segundo, o programa é só para profissionais. É o único requisito que não posso ignorar. São ordens da direção.

Daniel respirou fundo. O sangue fervia-lhe, mas tentou manter o controlo. Viviana, ao seu lado, já parecia derrotada.

— Olhe, senhor, agradeço-lhe de coração o que está a fazer por mim, mas não quero arranjar-lhe problemas. Se ele diz que não me vai deixar entrar, está bem. Já estou acostumada a este tipo de coisas.

Quando se virou para ir embora, Daniel deu um passo rápido e segurou-lhe o braço com cuidado.

— Eu trato disso, é só entrar — disse, decidido.

Viviana ficou paralisada, confusa e assustada. O recrutador, por sua vez, explodiu de fúria.

— Um momento! — gritou. — O senhor não pode simplesmente mandá-la entrar! Eu sou o responsável por organizar as audições! Não pode passar por cima da minha autoridade!

Daniel esboçou um sorriso tranquilo, mas havia algo desafiador no seu olhar.

— A escolha é sua — respondeu, cruzando os braços. — Ou a deixa participar, ou ligo agora mesmo à emissora e digo que já não aceito fazer parte do reality, e deixarei claro que a culpa é de um certo recrutador que se acha melhor do que os outros. Quero ver como explica ao seu chefe que conseguiu que a estrela principal renunciasse ao programa.

O silêncio foi imediato. O rosto do recrutador perdeu toda a cor.

— Estás a ver, Daniel? Olhe o que está a fazer com o programa por causa dessa mendiga! — Carla irrompeu no salão. — Vai fazer com que este pobre recrutador perca o emprego só por sua teimosia, e ainda põe em risco o seu lugar por defender essa mulher. Não vê o quanto incomoda a todos? Vive a tentar despertar pena. Uma pena que nem sequer merece. Tenho a certeza de que fez por merecer esta situação!

Viviana sentiu o coração desabar. As palavras cruéis atingiram-na como chicotadas. As lágrimas rolaram sem controlo, e ela abraçou o pequeno Toñito, tentando protegê-lo do veneno que saía da boca daquela mulher. Nunca se sentira tão humilhada.

— Não vim aqui para prejudicar ninguém — respondeu, com a voz embargada. — Só estava a tentar conseguir algo para mim e para o meu filho. Nem sequer sabia que isto era um lugar de audições para um reality.

— Agora entende por que pedi que ela cantasse? — disse Daniel, com a voz baixa, mas firme.

Carla soltou uma risada amarga.

— Olhe, conheço muito bem gente do seu tipo — disse, cruzando os braços. — Fazem asneiras, magoam os outros, prejudicam quem os rodeia e depois andam por aí com uma latinha na mão a pedir esmola. Fazem-se de vítimas, dizendo que a sociedade foi cruel, quando, na verdade, só estão a colher o que semearam. Gente assim não é desafortunada, é de má índole.

De repente, algo dentro de Viviana acendeu-se. Já a tinham humilhado demasiado para continuar calada. Levantou o queixo, respirou fundo e respondeu com a voz trémula, mas firme:

— Fala assim porque nunca passou por uma verdadeira dificuldade na sua vida — disse, encarando Carla. — Você nasceu famosa. Cresceu rodeada de luxo e acha que isso lhe dá o direito de me julgar. Eu nunca fiz mal a ninguém. Nem sempre as pessoas passam por dificuldades por escolha. Às vezes, é só uma questão de azar, e não vou deixar que a senhora nem ninguém me faça sentir menos por isso.

As palavras de Viviana ressoaram pelo salão como uma bofetada. Carla ficou vermelha de raiva.

— Muito bem, já que quer bancar a valente, vejamos até onde vai a sua ousadia — disse, sinalizando para o recrutador. — Deixe-a participar. Quero vê-la no palco. E garanto-lhe uma coisa: quando desafinar, quando tropeçar na própria vergonha, serei a primeira a levantar-me e a vaiá-la.

O recrutador sabia que, se Daniel abandonasse o reality, o seu emprego estaria perdido. Não tinha saída.

— Está bem, já que os dois insistem, vou deixá-la cantar — disse, gesticulando com as mãos. — Mas que fique claro: será a última da noite, e se alguém da emissora vier reclamar da sua participação, os responsáveis serão vocês dois. Entendido?

Viviana não conseguia conter o sorriso. O coração batia-lhe forte. Não era o seu plano entrar num reality show, mas podia ser a sua oportunidade de mudar tudo.

— Vamos — disse Daniel, puxando-a com cuidado.

Entraram juntos no clube. Daniel levou-a até ao seu camarim. Lá dentro, Daniela, a stylist e irmã de coração de Daniel, arrumava maquilhagens.

— Esta é a Viviana — anunciou Daniel. — Vai ser um dos grandes nomes da música.

Daniela sorriu e pegou em Toñito, entusiasmada.

— Deus meu, que bebé lindo. Posso pegá-lo um bocadinho?

Viviana sentiu pela primeira vez no dia um pouco de ternura.

— Claro que sim — respondeu, entregando-lhe o menino com cuidado.

Daniela observou Viviana de alto a baixo.

— Assim não podes subir ao palco — disse, com ternura. — Mas calma, não tenho muitas coisas aqui. Ainda assim, vou tentar deixar-te linda. Pelo menos um pouco de maquilhagem para disfarçar a sujidade do rosto, está bem?

Viviana contou a sua história: o casamento, o marido que a silenciou e a agrediu, a traição com a amante, a fuga, o abandono da família, o parto sozinha na praça, a luta por sobreviver nas ruas. O camerim ficou em silêncio. Daniel e Daniela a ouviam em lágrimas.

— Viviana, por favor, dirija-se ao palco para a sua audição — retumbou o altifalante.

Daniela ficou desesperada.

— Ai, não pode ser! Fiquei tão emocionada com a sua história que me esqueci de a preparar para a apresentação! Assim, aqueles idiotas lá fora vão tratá-la igual a como a trataram naquele restaurante!

— Não é preciso — disse Viviana, com calma. — Se realmente me vão escolher, que seja pelo meu talento, não pela minha aparência. Subirei àquele palco tal como estou, e o meu filho vai comigo.

Daniel admirou a sua coragem. Viviana tomou Toñito, ajeitou o pano que o cobria, respirou fundo e saiu do camarim.

Quando atravessou a cortina e pisou o palco, o burburinho do público parou. As pessoas olhavam-na, vestida de trapos, com os pés descalços, e o bebé nos braços, envolvido num pano sujo.

Daniel correu para a mesa do júri.

— O que está a acontecer? — perguntou, tenso.

Carla soltou uma risada amarga.

— Pensei que o público se animaria se ela fosse primeiro. Uma espécie de alívio cómico, sabe? Um número para fazer rir antes que entrem os verdadeiros artistas.

Mas o público não esperou que ela cantasse. Assim que a mulher pegou no microfone, uma onda de murmúrios e risos começou.

— O que faz aí? Vai usar o bebé como chantagem para ganhar o prémio? — gritou um homem da plateia.

A onda de risos propagou-se. Logo começaram os assobios e os gritos.

— Desça daí! Isto não é um circo!

Viviana sentiu o rosto a arder. As lágrimas começaram a rolar. De repente, alguém atirou uma lata na sua direção. Ela virou-se rapidamente, protegendo o bebé com o corpo, e a lata atingiu-a nas costas. O impacto fê-la cambalear. Caiu de joelhos, a chorar.

Daniel levantou-se num salto.

— Estão loucos?! — gritou, encarando o público. — Estão a atirar coisas a uma mãe com um bebé nos braços! Imaginem se atingem a criança! É isso que querem? Magoar um bebé para se sentirem melhor?!

O silêncio foi imediato. Viviana permaneceu ajoelhada, com Toñito agarrado ao peito. Pensou em desistir, mas olhou para o rosto do filho. O pequeno, fraco e cansado, olhava-a com um sorriso suave, inocente. O mundo inteiro podia estar contra ela, mas ele, o seu menino, acreditava nela.

Viviana secou as lágrimas com as costas da mão. Levantou-se devagar, respirou fundo e caminhou até ao microfone. Ajustou-o, olhou para Daniel, que lhe fez um leve gesto de apoio, e disse com a voz firme:

— Esta é a canção que descreve o meu caminho. Espero que gostem.

Um silêncio denso apoderou-se do salão.

Ela começou a cantar. A sua voz era rouca, cheia de dor, mas ao mesmo tempo poderosa e sincera. Cada nota era uma ferida aberta, uma cicatriz transformada em arte. Cantou sobre o marido que a silenciou, sobre a traição dos pais, sobre a frieza das ruas e sobre a única luz que a manteve viva: o seu filho.

Quando Viviana terminou de cantar, o silêncio que cobriu o salão era quase sagrado. As luzes do palco pareciam mais suaves, e o eco da última nota ainda pairava no ar.

De repente, algo incrível aconteceu. As pessoas começaram a chorar. Não era um choro tímido; eram lágrimas verdadeiras, nascidas da alma, como se cada pessoa naquele auditório tivesse sentido o peso e a dor que aquela mulher carregava na sua voz.

Homens e mulheres enxugavam os olhos. Daniela, no fundo, tinha o rosto encharcado, e até Carla, a cantora arrogante, chorava. A mulher que antes se troçava parecia agora desfeita, com os olhos vermelhos e uma expressão sincera.

— Meu Deus, nunca ouvi nada tão bonito — murmurou Carla, baixinho.

A voz de Viviana tinha atravessado os corações e limpado tudo o que havia de amargo neles.

Quando a música se desvaneceu por completo, o teatro inteiro explodiu em aplausos. As palmas ressoavam como trovões. Gritavam, assobiavam, choravam, todos de pé. O público aplaudia em ritmo, como se quisessem que ela entendesse que ali já ninguém a julgava.

Daniel, sentado à mesa dos juízes, estava de pé, a aplaudir como um fã. Carla, ao seu lado, tentava recompor-se, mas quando chegou o momento de dar a sua opinião, não conseguiu pronunciar uma única palavra. Olhou para Viviana, respirou fundo e simplesmente se levantou, a aplaudir com o público.

Viviana olhava para tudo aquilo atónita. Por um instante, voltou a ver-se como aquela mulher sentada no passeio a pedir um prato de comida. Mas agora, em frente a centenas de pessoas a aplaudir de pé, entendeu que tinha vencido.

O vídeo da sua audição tornou-se viral. A “cantora da rua que comoveu o país” tornou-se um símbolo de superação. Quando chegou a grande final do reality, o resultado já era previsível. Viviana ganhou. Foi coroada campeã perante milhões de pessoas.

Em poucos dias, as consequências vieram à tona. O programa emitiu uma reportagem a contar toda a história de Viviana. As denúncias de abuso foram reabertas. As mentiras de Marrón sobre o seu suposto vício caíram por terra, e a polícia prendeu-o por agressão e maus-tratos.

Os pais de Viviana viram tudo na televisão. Consumidos pela culpa, tentaram contactá-la. Viviana não respondeu de imediato, mas disse que precisava de tempo, e que um dia talvez pudesse perdoar.

Daniel, o cantor que acreditou nela quando ninguém mais o fez, nunca se afastou. Permaneceu ao seu lado em cada etapa. Produziu as suas canções, e pouco a pouco, o carinho entre os dois transformou-se em amor, sereno e puro.

Anos depois, casaram-se numa cerimónia simples, rodeados de amigos e admiradores. No altar, junto ao pequeno Toñito, agora sorridente e cheio de vida, e com o seu segundo filho na barriga, Viviana voltou a cantar.

A voz que um dia foi silenciada pela dor enchia agora o ar de esperança. Viviana era a prova viva de que, mesmo quando o mundo te vira as costas, a fé, o amor e a coragem podem mudar qualquer destino. E enquanto o pequeno Toñito aplaudia, Viviana olhou para Daniel e sorriu.

— Eu disse-te. Cantar podia salvar a minha vida.

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